Quem tenta ganhar uma eleição com o poder econômico dificilmente atenderá ao bem comum se for eleito


Quem tenta ganhar uma eleição com o poder econômico dificilmente atenderá ao bem comum se for eleito
A campanha eleitoral de 2012 está nas ruas. Cada candidato usa as armas que tem para tentar conquistar os votos. São quadro candidatos a prefeito e 250 a vereador. Todos querem chegar lá. E, infelizmente, para a maioria deles o fim justifica os meios. Vale tudo para ter sucesso eleitoral.
Mesmo com várias leis que tentaram diminuir a força do poder econômico ele é visível em cada eleição. Não se pode fazer showmícios, não se pode distribuir brindes como camisas ou bonés aos eleitores, não se pode fazer boca de urna, não se pode isso, não se pode aquilo, mas encontram-se brechas e o dinheiro circula a rodo na campanha de alguns candidatos.
Fala-se em compra de lideranças comunitárias por R$ 20 ou 30 mil. Comenta-se de distribuição de R$ 30 ou 50 de gasolina para participação em carreta. Ouve-se falar de contratação de carros para serem adesivados. Contrata-se "fiscais" para trabalhar no dia da eleição. São muitas as ações em que o dinheiro é fartamente usado. E o que não faltam são denuncias, mas muitas vezes a justiça não consegue punir os possíveis compradores e aliciadores de votos.
Quem abusa do poder econômico geralmente é porque não tem argumentos para conquistar o voto consciente dos eleitores. É claro que uma campanha se faz também com dinheiro, mas a força financeira que se vê em algumas campanhas é algo escandaloso.
De onde vem tanto dinheiro? Do bolso dos candidatos é que não é. É doação ou "investimento"? São pessoas bondosas que admiram um candidato ou jogo de interesses para usufruir dos vultosos contratos dos órgãos públicos?
Quem faz derramamento de dinheiro numa campanha dificilmente vai conseguir atender aos interesses da população, especialmente da mais carente. Vai até fazer algumas obras para dar alguma resposta à sociedade, mas boa parte dos recursos públicos, vai pagar o que foi gasto nas campanhas, infelizmente.
Cabe à sociedade, cada um de nós cidadãos comuns, que temos o poder do voto na ponta dos dedos, ignorar o poder econômico e votar em candidatos que tenham virtudes morais, que tenham um histórico de seriedade. Apesar de poucos, mas existem políticos que não colocam o interesse particular acima do interesse público.
É hora do voto consciente, de usarmos a democracia em nosso favor, de escolher representantes, tanto para a prefeitura como para a câmara de vereadores, que antes de tudo sejam comprometidos com o bem comum. Vamos dar o troco àqueles que pensam que podem comprar o nosso voto, que pensam que podem ganhar no grito.