LIÇÃO Nº 6 – JONAS, A MISERICÓRDIA DIVINA


4º Trim. 2012 - Lição 6 - Jonas, a misericórdia divina I
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
QUARTO TRIMESTRE DE 2012
OS DOZE PROFETAS MENORES - advertências e consolações para a santificação da Igreja de Cristo
COMENTARISTA: ESEQUIAS SOARES DA SILVA
COMENTÁRIOS - EV. CARAMURU AFONSO FRANCISCO
ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP

                                                                                                   

LIÇÃO Nº 6 – JONAS, A MISERICÓRDIA DIVINA
                                               O livro de Jonas mostra-nos que Deus é misericordioso, não tem prazer na morte do ímpio.PORTAL ESCOLA DOMINICAL
4º Trimestre de 2012 - CPAD 
Os Doze Profetas Menores - advertências e consolações para a santificação da 
Igreja de Cristo
Comentários da revista da CPAD: Esequias Soares da Silva
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto
LIÇÃO Nº 6 – JONAS, A MISERICÓRDIA DIVINA
O livro de Jonas mostra-nos que Deus é misericordioso, não tem prazer na morte 
do ímpio. 
INTRODUÇÃO
- Na sequência do estudo dos profetas menores, estudaremos hoje o livro de Jonas.
- O livro de Jonas é um retrato da misericórdia divina, primeiro em relação ao profeta, depois, aos 
ninivitas, mostrando que Deus não tem prazer na morte do ímpio.
I – O LIVRO DE JONAS
- Prosseguindo o estudo dos livros dos profetas menores e sua atualidade, hoje estudaremos o quinto livro na 
ordem constante do cânon do Antigo Testamento, o livro de Jonas.
- Em hebraico, Jonas é "Yonah" (יןנה), que significa “pombo”. Jonas era filho do profeta Amitai e era da 
cidade de Gate-Hefer (II Rs.14:25), cidade mencionada em Js.19:13 e que pertencia a tribo de Zebulom, 
localidade próxima à cidade de Nazaré, cerca de 8 km ao norte. Portanto, tratava-se de um profeta do reino do 
Norte, o reino de Israel. 
- Jonas, como se pode observar, era filho de profeta e um profeta que, primeiramente, profetizou no reino do 
norte (Israel), tendo, inclusive, predito o restabelecimento dos termos de Israel desde a entrada de Hamate 
(Síria) até o mar da planície, o que sucedeu no reinado de Jeroboão II, ou seja, seu ministério ficou marcado 
como um mensageiro que trazia boas novas a seu povo, o que teve grande influência em sua resistência para ir 
até Nínive, como veremos infra.
- Existe uma tradição que entende que Jonas teria sido o filho da viúva de Sarepta de Sidom que teria sido 
ressuscitado por Elias (I Rs.17:17-24). A viúva teria se casado com o profeta Amitai, que teria adotado Jonas e 
que teria sido, posteriormente, um grande profeta.
- Jonas, como já vimos, profetizou pouco antes ou no reinado de Jeroboão II, o que faz dele um dos mais 
antigos profetas literários, muito provavelmente anterior a Oseias ou, no máximo, contemporâneo aos 
primeiros dias do ministério daquele profeta. Esta sua antiguidade é um dos argumentos  dos críticos que 
descreem que Jonas tenha existido, entendendo que seu livro é apenas uma lenda, um mito, algo inadmissível 
já que o Senhor Jesus a este profeta se referiu explicitamente (Mt.12:39,40; 16:4; Lc.11:29,30,32).
- Edward Reese e Frank Klassen, co-organizadores da Bíblia em ordem cronológica, situam o livro do profeta 
Jonas por volta dos anos 767 ou 798-784 a.C. Ambos entendem que o livro de Jonas está situado entre a 
primeira parte do livro de Oseias e o livro de Amós, já no reinado de Jeroboão II.
- O livro de Jonas é um livro diferenciado entre os profetas menores, pois, em vez de conter predições, 
como acontece com os outros profetas, é um livro biográfico, em que Jonas relata o que aconteceu tanto 
com ele quanto com a cidade de Nínive, capital da Assíria, a potência mundial da época, tendo o Senhor, em Ajude a manter este trabalho – Deposite qualquer valor em nome de: Associação para promoção do 
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ambos os casos, deixado de exercer o juízo em virtude do arrependimento e conversão dos que deveriam ser 
castigados.
- O livro de Jonas mostra, assim, com grande clareza, que é completamente falsa a imagem que ainda hoje se 
defende de que Deus, no Antigo Testamento, é um ser cruel, sanguinário e sem misericórdia. Pelo contrário, 
no livro de Jonas vemos como Deus sempre foi misericordioso, não só em relação a Israel, mas também em 
relação aos gentios, como foi o caso dos ninivitas.
- De pronto, já temos uma demonstração da atualidade deste livro, na medida em que temos a revelação de um 
caráter divino e que, como tal, é atemporal, qual seja a Sua misericórdia, ou seja, a disposição que Deus tem
de não nos dar aquilo que merecemos em virtude de nossa natureza pecaminosa decaída, desde que haja 
arrependimento e conversão.
- A mensagem do livro diz respeito a um importante episódio do ministério profético de Jonas, qual seja, o de 
ter de pregar uma mensagem de destruição a Nínive, a capital da Assíria, o grande império daqueles dias e que 
representava uma grande ameaça ao povo de Israel. Tratava-se, portanto, de uma mensagem ao principal 
inimigo, o que representava grandíssimos riscos para um profeta israelita. Jonas tentou escapar à ordem 
divina, mas, após muito sofrer, acabou cumprindo a determinação divina. Surpreendentemente, os ninivitas se 
arrependeram e Deus não os destruiu. O livro de Jonas é a mais eloquente demonstração no Antigo 
Testamento de que Deus é um Deus que ama todas as nações. Jonas, por isso, é conhecido como o "profeta 
missionário", o que, aliás, faz jus a seu nome de “pombo”, ave que se constituía em importante meio de 
comunicação naquele tempo (os “pombos-correios”).
-  O livro de Jonas, que tem 4 capítulos, pode ser dividido em três partes, a saber:
a) 1ª parte - chamada e desobediência de Jonas - Jn.1;
b) 2ª parte - arrependimento de Jonas - Jn.2;
c) 3ª parte - pregação de Jonas e seus efeitos - Jn.3-4.
- Em Jonas, vemos a revelação do amor de Deus para com todos os homens, mesmo os ninivitas, maiores 
inimigos do povo de Israel. Temos uma figura do maior missionário de todos os tempos, aquele que veio 
salvar a humanidade por inteiro, Jesus Cristo.
OBS: " O Livro de Jonas ante o Novo Testamento - Jesus assemelhou-se a Jonas: 'Uma geração má e adúltera pede um sinal, porém não se lhe 
fará outro sinal, senão o do profeta Jonas, pois, como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim estará o Filho do Homem três 
dias e três noites. Os ninivitas ressurgirão no juízo com desta geração e a condenarão, porque se arrependeram com a pregação de Jonas. E eis que 
está aqui quem é mais do que Jonas." (Mt.12.39-41)." (BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL, p.1314).
" Cristo Revelado - As palavras de Deus a Jonas em 4.10-11 fazem paralelismo entre as palavras de Jesus em Jo.3.16. Deus Se preocupa com 
todas as nações da Terra. É verdade que Cristo tem um relacionamento especial com os membros do Seu Corpo, a Igreja, o amor de Cristo pelo 
mundo foi dramaticamente demonstrado quando Ele morreu na cruz pelos pecados de toda a humanidade. João Batista reconheceu a universalidade 
desse amor, quando exclamou: 'Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo' (Jo.1.29). O amor de Deus por todos os seres humanos, como 
ensinado a Jonas, foi demonstrado principalmente por Jesus Cristo, que declarou que um Dia está por vir, quando 'ajuntarão os Seus escolhidos, 
desde os quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus; (Mt.24.31). (BÍBLIA DE ESTUDO PLENITUDE, p.336).
- Segundo Finnis Jennings Dake (1902-1987), o livro de Jonas tem 4 capítulos, 48 versículos, 8 ordenanças, 12 
perguntas, nenhuma promessa, um versículo de profecia cumprida e 6 mensagens distintas de Deus (1:2; 2:10; 
3:2; 4:4,9,10).
- Segundo alguns estudiosos da Bíblia, o livro de Jonas, o 32º livro da Bíblia, está relacionado com a décima 
letra do alfabeto hebraico “yod” (י), cujo nome tem significado de “mão”, palavra que simboliza o poder, a 
permissão, a habilidade e a autoridade, sendo um livro que nos mostra a necessidade que temos de estar 
debaixo da mão do Senhor, ou seja, de temermos a Deus.Ajude a manter este trabalho – Deposite qualquer valor em nome de: Associação para promoção do 
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III – CHAMADA E DESOBEDIÊNCIA DE JONAS
- O livro de Jonas começa com uma ordem de Deus para que o profeta, identificado como “o filho de 
Amitai”, fosse até a grande cidade de Nínive e clamasse contra ela, porque a sua malícia havia subido até 
o Senhor (Jn.1:1,2).
- Notamos, portanto, que  Jonas, ao tempo desta ordem do Senhor, já era um profeta estabelecido em 
Israel, certamente já proferira as mensagens a respeito do restabelecimento dos termos do reino do norte, e era 
chamado pelo Senhor para ir pregar aos ninivitas, ou seja, ir pregar na capital da Assíria, potência mundial da 
época e que ameaçava Israel, para lá pregar uma mensagem de juízo, dizendo que Deus não estava a Se 
agradar do comportamento mau daquele povo.
- Os assírios ficaram conhecidos na história por sua grande crueldade. Ao contrário dos outros povos, os 
assírios não se contentavam apenas em conquistar as outras nações. Sua conduta era de dizimar os inimigos, 
matando o maior número possível deles e, depois, os espalhando em outras terras, a fim de que as nações 
conquistadas desaparecessem por completo. 
- Uma das mais conhecidas técnicas cruéis empregadas pelos assírios em suas conquistas era o empalamento 
ou empalação, que consistia num “…método de tortura e execução utilizada antigamente que consistia na 
inserção de uma estaca no ânus, vagina, ou umbigo até a morte do torturado. Algumas vezes deixava-se um 
carvão em brasa na ponta da estaca para que, quando esta atingisse a boca do supliciado, este não morresse até 
algumas horas depois, de hemorragia. Usava-se também cravar a estaca no abdômen.…”(Empalamento. In: 
WIKIPEDIA. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Empalamento Acesso em 03 set. 2012).
- Compreende-se, portanto, a reação do profeta diante da ordem divina. Conhecido como um profeta que havia 
sido usado por Deus para falar do restabelecimento dos termos de Israel e sabedor de que os principais e cruéis 
inimigos do seu povo estavam a ponto de serem destruídos por Deus, Jonas, dentro de seu nacionalismo, não 
quis saber de levar uma mensagem para aquela nação, até porque “havia o risco de os assírios se 
arrependerem” e, como Jonas sabia que Deus era misericordioso, pois, por isso mesmo, apesar da vida 
pecaminosa de Israel, estava a restabelecer-lhes os termos (II Rs.14:26,27), Israel teria de conviver com estes 
inimigos, mantendo a nação em perigo.
- Não bastasse isso, Jonas estava sendo chamado para profetizar aos gentios, a um povo que não gozava das 
promessas de Deus, um povo idólatra e que, portanto, não era “o povo de Deus”. Como poderia Jonas pregar a 
um povo gentio sendo ele israelita? Como os assírios poderiam dar crédito a um profeta estrangeiro, sendo, 
aliás, extremamente cruéis como eram para os estranhos, notadamente Israel, que era a próxima nação no 
mapa a ser conquistada?
- Embora compreensível, o pensamento de Jonas era inadmissível. Deus é o Senhor de todas as coisas, 
faz como quer e cabe a nós, Seus servos, obedecer-Lhe tão somente. Não cabia a Jonas decidir se a Assíria 
deveria, ou não, ser poupada do juízo divino, nem Deus estava a precisar do profeta para executar Seu juízo. 
Como profeta, ou seja, porta-voz de Deus, cabia a Jonas tão somente ir a Nínive e proferir a mensagem divina.
- Ademais, Jonas havia se esquecido de que o Senhor, no instante mesmo em que propôs o pacto com Israel no 
monte Sinai, dissera que toda a terra é d’Ele (Ex.19:5) e que fazia parte da missão de Israel ser “um reino 
sacerdotal e um povo santo” (Ex.19:6), de modo que o fato de ter chamado Jonas para pregar em Nínive era 
uma demonstração deste papel sacerdotal.
- O profeta, diante desta ordem, procurou “fugir de diante da face do Senhor”. Desceu até Jope, 
conhecido porto israelita e achou um navio que ia para Társis, o mais longínquo lugar conhecido da época, o 
extremo ocidental do mundo até então conhecido No navio, como que querendo mesmo se esconder da 
presença divina, Jonas foi para o porão, como se isto fosse suficiente para se esconder da presença do Senhor 
(Jn.1:3).Ajude a manter este trabalho – Deposite qualquer valor em nome de: Associação para promoção do 
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- Jonas deliberadamente se rebelava contra o Senhor, numa atitude que era, num certo sentido, mais grave que 
a dos próprios assírios a quem ele não queria pregar. Deus dizia que os ninivitas se comportavam muito mal, 
que eram muito maus e a malícia subira até o Senhor, mas os assírios não conheciam a Deus como o profeta, 
nem tampouco sabiam a Sua vontade.
- Jonas, ao revés, era um profeta, alguém que tinha intimidade com Deus, que conhecia a Sua voz, que sabia 
quem era o Senhor e que recebia o Espírito de Deus, já que se tratava de um profeta. Por isso, assim que 
embarcou naquele navio, Jonas já sentiu a mão do Senhor, visto que Deus mandou ao mar um grande vento e 
fez-se no mar uma grande tempestade e o navio estava para quebrar-se (Jn.1:4).
- A malícia dos assírios, embora tivesse subido até o Senhor, não promovera qualquer reação divina a não ser a 
ordem ao profeta para que anunciasse o juízo divino. Já a desobediência do profeta trouxe, de imediato, já no 
início da viagem, uma grande tempestade que pôs em risco todos os tripulantes e passageiros do navio.
- Este fato já nos mostra que a desobediência de um servo de Deus é mais grave aos olhos do Senhor do 
que a maldade praticada por quem nunca conheceu a Deus. A reprovação divina aos desobedientes que 
uma vez já provaram do perdão divino é bem maior do que daqueles que jamais receberam a Deus como 
Senhor. Por isso mesmo o apóstolo Pedro afirmou que a estes que apostatam da fé “…tornou-se-lhes o último 
estado pior do que o primeiro, porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça do que, 
conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado; deste modo sobreveio-lhes o que por 
um verdadeiro provérbio se diz: o cão voltou ao seu próprio vômito e a porca lavada ao espojadouro da lama” 
(II Pe.2:20 “in fine”-22).
- Nós, que já recebemos a Cristo Jesus como Senhor e Salvador de nossas vidas, precisamos ficar bem atentos 
a esta realidade bíblica. O exemplo de Jonas é uma demonstração de que o servo de Deus desobediente está 
em situação bem pior do que o incrédulo impenitente. Pensando abreviar o tempo de vida de Nínive negandolhe uma pregação de juízo de onde poderia vir o arrependimento e conversão e, por conseguinte, a 
manifestação da misericórdia divina, Jonas só tinha conseguido trazer prejuízo para si e para os que estavam 
com ele.
- Quantas pessoas não foram prejudicadas pelo gesto tresloucado do profeta? Sua desobediência pôs em risco 
não só a vida dos demais tripulantes e passageiros, como também as cargas que eram transportadas naquele 
navio, o que envolvia, também, as economias de todos os envolvidos nestas transações comerciais, cargas que 
foram lançadas ao mar diante da grande tempestade. Quando o servo de Deus desobedece ao Senhor traz 
prejuízos para todos quantos estão à sua volta. 
OBS: Como bem disse o pastor Edi Marcos Vinagre de Lima, presidente das Assembleias de Deus – Ministério Vila Bela – São Paulo/SP, em 
estudo proferido em 21 de setembro de 2010, na Assembleia de Deus do Belenzinho, em São Paulo/SP, Jonas causou incômodo até para o peixe 
que o engoliu, pois não deve ter sido fácil para aquele animal ficar com Jonas em seu ventre por três dias e três noites…
- A tempestade aumentava e tudo o que era feito era inútil para garantir a segurança do navio. Jonas, no 
entanto, diante de tamanho alvoroço, desceu aos lugares do porão e se deitou, e dormia um profundo sono. O 
mestre do navio, ao encontrá-lo nesta situação de absoluta indiferença a tudo o que ocorria, acordou-o e o 
mandou invocar o seu Deus, a fim de que o Deus do profeta pudesse se lembrar daqueles homens e não 
permitisse a sua morte.
- Jonas, um profeta, ser chamado à atenção por um gentio para que orasse e buscasse a Deus! Que vergonha, 
amados irmãos! Mas quantas vezes isto não acontece conosco? Quantas vezes Deus também não usa pessoas 
incrédulas para nos repreender em nossa negligência com as coisas espirituais?
- Deus usou aquele mestre do navio como um “mensageiro” para retirar Jonas do estado de letargia espiritual. 
Jonas estava completamente indiferente à sorte daqueles homens que estavam a ponto de perecer naquele 
navio, do mesmo modo que estava indiferente à vida dos ninivitas, tanto que havia se recusado a pregar-lhes a 
mensagem de juízo.Ajude a manter este trabalho – Deposite qualquer valor em nome de: Associação para promoção do 
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- A indiferença com a sorte do próximo é uma das características de quem está a desobedecer a Deus. 
Assim como quem está em comunhão com o Senhor sente compaixão pelas almas perdidas, não tem prazer na 
ideia de que muitos estão a perecer eternamente por não conhecerem ao Senhor Jesus; aquele que não está em 
comunhão com o Senhor pensa apenas “no próprio umbigo”, não tem a dimensão do próximo, não está nem 
um pouco incomodado com o fato de que milhares de vidas, todos os dias, estão caminhando para a perdição 
eterna.
- Façamos uma reflexão: qual é a nossa reação diante da iminência da morte eterna dos que nos cercam? A 
reação de Jonas, de total indiferença, de sono profundo no porão da consciência, ou a do apóstolo Paulo, que 
exclamava: “ai de mim se não anunciar o evangelho!” (I Co.9:16 “in fine”)? Quantos Jonas não temos visto, 
na atualidade, em nossas igrejas locais…
- Jonas, mesmo diante da fala do mestre do navio, manteve-se inerte, sem qualquer reação. Não invocou o 
nome do Senhor, porque sabia que não seria ouvido, pois Deus não ouve a pecadores (Jo.9:31). Parecia 
conformado com a situação, sabendo que a tinha causado, mas, ainda assim, sem se importar com as vidas que 
estava levando à morte juntamente com ele.
- No desespero, os marinheiros resolveram lançar sortes para saber por que causa lhes havia sobrevindo aquele 
mal. Mais uma vez, vemos a manifestação da misericórdia divina, que já havia se manifestado através da fala
do mestre do navio, que havia provocado Jonas a uma reflexão. Agora, as sortes caíram sobre Jonas.
- Alguns, a lerem esta passagem, ficam confusos. Como poderia um procedimento gentílico, vinculado à 
adivinhação, levar até Jonas? Haveria algum valor neste procedimento? Poderíamos, então, recorrer a tais 
práticas para tentarmos descobrir as coisas?
- Temos aqui um caso excepcional e que tinha a sua razão de ser. Evidentemente que o lançar sortes não é uma 
prática recomendada pela Bíblia Sagrada e os servos de Deus não devem valer-se dela. Ocorre que Deus 
estava usando da Sua misericórdia, não queria que aqueles homens viessem a morrer por causa de Jonas, nem 
mesmo queria que Jonas morresse e, em virtude disto, permitiu que a prática apontasse Jonas como o causador 
do mal. Deus sempre está no controle de todas as coisas, amados irmãos!
- Os marinheiros confrontaram então o profeta, indagando-lhe qual era a sua ocupação, qual era a sua terra e 
de que povo ele era. Jonas, então, foi constrangido a admitir a sua situação. Confessou-se hebreu, servo de 
Deus e que estava a fugir da face do Senhor, o Senhor que fizera os céus e a terra (Jn.1:8-11).
- A confissão é o primeiro passo para que alcancemos o perdão dos nossos pecados. Vemos, assim, 
claramente, que o propósito divino em permitir que as sortes caíssem sobre Jonas tinha um objetivo: levar não 
só Jonas ao arrependimento e conversão, mas até os marinheiros.
- Na sua confissão, Jonas acabou por pregar para os marinheiros. Ele, que não queria ir até Nínive para 
levar uma mensagem divina a gentios, estava a trazer a mensagem a respeito de quem era Deus para os 
marinheiros, marinheiros estes que se converteram, na medida que o texto sagrado nos dá conta de que eles 
temeram a Deus, reconhecendo a Sua soberania  e o Seu poder de causar aquela grande tempestade, como 
também passaram a sacrificar ao Senhor e a Lhe fazer votos (Jn.1:16).
- Jonas é interpelado pelos marinheiros sobre o que deveriam eles fazer para sair daquela situação e o profeta, 
então, sabendo da  misericórdia divina, manda que os marinheiros o lancem ao mar, pois sabia que era o 
causador de todos aqueles males. Assim, pensava ele estar livrando os marinheiros da morte e, igualmente, se 
entregando nas mãos do Senhor.Ajude a manter este trabalho – Deposite qualquer valor em nome de: Associação para promoção do 
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- Assim que Jonas foi lançado ao mar, a fúria cessou, fez-se calmaria e os marinheiros puderam reconhecer 
que o Deus de Jonas era, realmente, o Deus que fizera os céus e a terra, o único Deus verdadeiro e o resultado 
foi que todos se converteram ao Senhor.
- Era a misericórdia divina que se manifestava, salvando não só a vida de todos os marinheiros, como a 
própria vida de Jonas, já que o Senhor preparou um grande peixe para que tragasse o profeta.  O Senhor 
poderia ter deixado Jonas morrer, mas não era esse o Seu desejo, mas, antes de mais nada, manifestar a Sua 
misericórdia ao profeta para que ele pudesse transmitir a mensagem divina de juízo a Nínive com toda 
eficácia.
- Muitos discutem a respeito deste “grande peixe” que engoliu Jonas e que em Mateus é chamado de “baleia” 
(Mt;12:40), o que foi o suficiente para críticos e incrédulos em geral dizerem que tudo não passa de uma 
lenda, já que uma baleia não teria condições de engolir um ser humano, dado o fato de que sua goela não é 
suficientemente larga para tanto.
- Por primeiro, é oportuno dizer que se a Bíblia afirma que o fato ocorreu, ele ocorreu independentemente de a 
ciência poder, ou não, comprová-lo, até porque as Escrituras dizem que “o Senhor preparou” este animal para 
tal tarefa. 
- De qualquer sorte, como bem assevera o professor brasileiro Júlio Minham, em sua obra Maravilhas da 
ciência, o termo grego traduzido por “baleia”, a saber, “ketos”, era um termo empregado para indicar todo e 
qualquer animal marinho de grandes proporções, tanto que deu origem ao termo “cetáceo” que indica todos os 
mamíferos marinhos, de modo que o termo deve ser entendido de forma genérica, não se referindo às baleias 
propriamente ditas.
- Como se não bastasse, o referido professor, na sua obra já mencionada, dá notícia de casos de grandes peixes 
(peixes mesmo e não baleias…) que chegaram a engolir seres humanos, um num rio brasileiro e outro num 
mar inglês, sendo que, neste último caso, a pessoa ficou dois dias e duas noites no ventre do peixe e ainda foi 
resgatado com vida! Ora, como diz Minham: “…Não parecerá razoável admitir que, se um homem, no curso 
ordinário da natureza, pode viver dois dias e duas noites dentro de um monstro marinho, um profeta de Deus, 
sob Sua proteção e cuidado diretos, poderia suportar a experiência por mais um dia e uma noite? “ 
(Maravilhas da ciência. 5.ed. s.l.: Livraria Atheneu, 1957, p.213).
II – O ARREPENDIMENTO DE JONAS
- Jonas percebera que Deus é misericordioso, que não tem prazer na morte do ímpio, tanto que fizera com que 
o mestre do navio, desconhecedor de quem era Deus, lhe houvesse pedido que invocasse a Deus e, mesmo 
diante de sua inércia, fizesse com que as sortes caíssem sobre o profeta e ele tivesse de relatar tudo o que 
estava a ocorrer em seu relacionamento com Deus.
- Deus não mede esforços para obter a salvação dos homens, a ponto de Ele mesmo, na pessoa do Filho, ter 
Se feito carne para propiciar ao homem um meio para retornar a ter comunhão com Ele (Jo.1:14,17). Esta 
prova do amor de Deus (Rm.5:8) é mais do que suficiente para que saibamos que Deus é misericordioso e não 
quer, por isso mesmo, que nós recebamos o que merecemos por causa dos nossos pecados, que é a morte 
(Rm.6:23).
- O apóstolo Paulo, em suas epístolas ditas “pastorais”, ou seja, dirigidas a seus cooperadores na obra de Deus, 
em que orientava aqueles como deveriam agir na condução da igreja do Senhor Jesus, acrescenta, em sua 
costumeira saudação, em que desejava sempre aos seus leitores a graça e a paz procedentes de Cristo, também 
a misericórdia (I Tm.1:2; II Tm.1:2 e Tt.1:4), como a fazer lembrar àqueles obreiros a necessidade que temos 
de nos lembrar, sempre, que, se estamos na senda verdadeira, é única e simplesmente porque não estamos a 
receber o que merecemos do Senhor.Ajude a manter este trabalho – Deposite qualquer valor em nome de: Associação para promoção do 
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- Quando falamos em graça e misericórdia de Deus, é importante frisarmos que ambas provêm de Deus, mas, 
num certo sentido, são opostas. Se a graça é o favor imerecido de Deus ao homem, ou seja, é recebermos 
aquilo que não merecemos, a misericórdia é o inverso, ou seja, é não recebermos de Deus o que merecemos.
- Jonas precisava saber que Deus é misericordioso e, por isso, não recebemos aquilo que merecemos. Em 
seu nacionalismo inconsequente, o profeta achava que Deus seria misericordioso com Israel, dando a ele o 
restabelecimento dos seus termos, mesmo que ele não merecesse, mas não faria o mesmo com os assírios, já 
que se tratava de um povo que não adorava o Senhor e que, por isso mesmo, mereceria perecer. Deus não faz 
acepção de pessoas (Dt.10:17) e Sua misericórdia, que era ilimitada (Ex.33:19) e não somente aos israelitas, 
que guardavam e amavam Seus mandamentos (Ex.20:6; Dt.7:9).
- O livro de Jonas revela-nos este lado misericordioso de Deus para além dos limites de Israel e de Judá, a nos 
mostrar que, mesmo no Antigo Testamento, Deus não Se circunscrevia ao povo que era Sua propriedade 
peculiar, mas que o fato de não se ter alcançado plenamente a ação misericordiosa a todos os povos naquele 
tempo não derivava de uma diferenciação de Deus em relação ao homem na lei e na graça, mas, sim, 
fundamentalmente, de uma falha da nação israelita que, além de não cumprir a lei, não assumiu a sua posição 
de reino sacerdotal e povo santo.
- Anos depois de Jonas, o profeta Jeremias revelaria mais uma vez esta faceta da misericórdia divina, ao 
assinalar, diante de uma Jerusalém destruída, que a causa de não sermos consumidos é a misericórdia de Deus, 
uma misericórdia que não tem fim (Lm.3:22).
- Muitos de nós, ainda hoje, em plena dispensação da graça, não têm a exata noção do significado da 
misericórdia de Deus. Agem exatamente como o profeta Jonas: entendem que alguns merecem a salvação, mas 
outros, não. Entendem que alguns são capazes de ser perdoados pelo Senhor, mas outros, não. Fazem uma 
seleção de quem pode e merece ser perdoado e de quem não está nas mesmas condições, esquecendo-se de que 
Deus é misericordioso e Suas misericórdias não têm fim! Cuidado, amados irmãos, pois não somos Deus e não 
podemos nos constituir juízes do próximo, pois somente o Senhor o é (Tg.4:11,12).
- Jonas, tendo percebido a misericórdia divina, no exato instante em que é engolido pelo grande peixe e 
mantido vivo, arrependeu-se de seu pecado, que já fora confessado diante dos marinheiros, fazendo uma 
oração ao Senhor, a única oração de um pecador que é ouvida por Deus, qual seja, a oração em que se 
reconhece o pecado e se pede perdão pela sua prática.
- Jonas viu que o Senhor não só não queria a morte dos marinheiros, mas também não queria a sua própria 
morte. Engolido pelo grande peixe, o profeta notou que se lhe abria uma oportunidade e, de pronto, aproveitou 
da circunstância para pedir perdão.
- Que bom seria, amados irmãos, se todos nós fizéssemos como fez o profeta, pedindo perdão imediatamente 
após a prática dos pecados cometidos, aproveitando, assim, a manifestação da misericórdia divina, que não nos 
fulmina, que não nos consome assim que pecamos. “Hoje é o dia aceitável” para pedirmos perdão.
- Quantos não estão arriscando perigosamente as suas vidas e a sua eternidade postergando a confissão e o 
pedido de perdão por causa de seus pecados. Enquanto Deus lhes dá esta oportunidade, pela Sua misericórdia, 
ficam tais pessoas a pensar na sua reputação, nas consequências de uma confissão perante parentes, amigos, 
irmãos em Cristo, esquecidos de que pecado é uma questão de vida ou morte eternas e é um assunto entre o 
homem e Deus. Façamos sempre como Jonas, pedindo perdão enquanto é tempo, antes que seja tarde demais. 
Atendamos ao que nos aconselha o apóstolo João: “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não 
pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo. E Ele é a propiciação 
pelos nossos pecados, e não somente pelos nosos, mas também pelos de todo o mundo” (I Jo.2:1,2).
- Jonas clamou ao Senhor na sua angústia e “do ventre do inferno” gritou, tendo tido a convicção de que o 
Senhor lhe respondeu e ouviu a sua voz. Assim como Deus atendeu a Jonas do ventre de um peixe, debaixo Ajude a manter este trabalho – Deposite qualquer valor em nome de: Associação para promoção do 
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das águas do mar Mediterrâneo, também ouvirá a tantos quantos clamarem a Ele arrependidos de seus 
pecados. Aleluia!
- Jonas reconhecia a situação caótica em que se encontrava, dentro do ventre de um grande peixe, com algas 
enroladas na sua cabeça, mas o Senhor, que é misericordioso, livrou a sua vida da perdição, tendo sentido que 
a sua oração havia entrado no templo da santidade de Deus. Jonas reconhecia, inclusive, que mais importante 
do que seguir um cerimonial ritual no templo de Jerusalém era o de ter a sua oração atendida no templo efetivo 
de Deus, que não era construído por mãos humanas (Jn.2:1-7).
- Em nossos dias, devemos ter também esta convicção, e com muito maior razão, pois, como disse o escritor 
aos hebreus, o sangue de Cristo nos deu entrada perante o trono da graça (Hb.4:16; 10:19,20) e, ousadamente, 
podemos entrar no santuário, onde alcançamos a misericórdia e achamos a graça divinas.
- Ao vermos que Jonas, naquela situação espiritual extremamente delicada, de dentro do ventre de um grande 
peixe, conseguiu que Deus o ouvisse em sua oração sincera, por que devemos duvidar de que Deus nos ouve 
em nossos clamores, diante de nossas dificuldades? Basta confessarmos os nossos pecados e pedirmos perdão 
pela sua prática, de modo sincero e autêntico, que o mesmo Deus que ouviu a Jonas, também ouvirá a cada um 
de nós. Como diz o apóstolo João: “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os 
pecados e nos purificar de toda a injustiça” (I Jo.1:9). Aleluia! Tenhamos fé na misericórdia deste Deus que 
não muda!
- Jonas era levado a experimentar o verdadeiro caráter de Deus. Ele, que se recusara a ir até Nínive para pregar 
a gentios idólatras que ameaçavam a sua nação, agora era forçado a reconhecer que “os que observam 
vaidades vãs deixam a Sua própria misericórdia” ou, na versão da Bíblia de Jerusalém, “aqueles que veneram 
vaidades mentirosas abandonam o Seu amor” (Jn.2:8).
- O profeta reconhecia que seu nacionalismo era uma “vaidade vã” ou “vaidade mentirosa”, que agir diante de 
uma mentalidade humana, contrária à vontade de Deus, é simplesmente abandonar a misericórdia divina, é 
abandonar o amor de Deus.
- Muitos, em nossos dias, por causa de preceitos de homens, de mandamentos humanos, estão a agir como os 
fariseus, impondo encargos demasiadamente pesados sobre os homens, querendo dificultar a salvação, como 
se isso fosse possível. São pessoas que não têm o amor de Deus, que já o abandonaram se um dia o tiveram, 
porquanto agir desta maneira é desconhecer quanto Deus nos ama e quanto Deus deseja que todos os homens 
se salvem e venham ao conhecimento da verdade (I Tm.2:4).
- Jonas reconheceu aquilo que Moisés havia percebido num dos momentos mais íntimos que teve com o 
Senhor, ou seja, que Deus tem misericórdia de quem quiser ter misericórdia e compaixão de quem quiser ter 
compaixão (Ex.33:19), de que a salvação provém do Senhor e não do homem e  que, portanto, não nos 
incumbe senão agir segundo a determinação do Senhor (Jn.2:9).
- Jonas também mostrou toda a sua confiança em Deus ao agradecer, ainda no ventre do grande peixe, pelo 
livramento que estava a suplicar, inclusive fazendo votos para oferecer sacrifícios em gratidão pela nova 
chance que teria.
- Deus não decepcionou o profeta. Três dias e três noites depois de ter sido engolido pelo grande peixe, o 
Senhor mandou que o animal vomitasse Jonas na terra. Jonas não recebeu o que merecera, fora mantido vivo 
apesar de sua desobediência.
IV – PREGAÇÃO DE JONAS E SEUS EFEITOSAjude a manter este trabalho – Deposite qualquer valor em nome de: Associação para promoção do 
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- É importante observarmos que Jonas não foi jogado em Nínive, como alguns, açodadamente, entendem. O 
texto bíblico diz que ele foi vomitado na terra e o Senhor mandou que  se levantasse e fosse até Nínive, 
repetindo, assim, a ordem que lhe dera na primeira vez (Jn.3:1,2).
- As palavras ditas pelo Senhor são claras a nos mostrar que Jonas não foi lançado em Nínive, até porque 
Nínive não era uma cidade banhada por mar, ficando às margens do rio Tigre. Jonas, certamente, foi lançado 
em terra na própria costa de Israel, muito provavelmente na própria Jope onde havia embarcado, tendo, então, 
recebido a ordem para ir para a Assíria.
- O Senhor dá, novamente, a ordem ao profeta que, para provar o seu arrependimento, deveria mudar a sua 
atitude anterior, atendendo agora à ordem divina. Vemos que a misericórdia do Senhor somente é alcançada 
pelo homem quando há arrependimento, arrependimento este que é “mudança de atitude”, “mudança de ação”. 
Não há que se falar em arrependimento se não há modificação nas atitudes e na conduta da pessoa que se diz 
arrependida, estando aí a necessária distinção entre arrependimento e remorso.
- Deus fez com que Jonas voltasse ao mesmo lugar onde havia desobedecido à Sua ordem e repetiu a mesma 
mensagem dada anteriormente. O profeta demonstraria arrependimento se agisse de maneira diversa que fizera 
da primeira vez, ou seja, em vez de fugir de diante da face do Senhor, fosse para Nínive e lá pregasse a 
mensagem de juízo divino.
- Jonas não decepcionou o Senhor e demonstrou que se tratava de uma pessoa realmente arrependida, tanto 
que partiu para Nínive, não se preocupando com a índole cruel dos assírios, com o fato de ser um estrangeiro 
que iria pregar a mensagem de um Deus em que os ninivitas não criam.
- Jonas entrou na grande cidade de Nínive, de três dias de caminho, pregando a mensagem que lhe fora 
dada por Deus: “Ainda quarenta dias e Nínive será subvertida” (Jn.3:4).
- Jonas não se intimidou com qualquer dos razoáveis fatores que levara em conta da primeira vez que ouvira a 
mensagem divina e começou a caminhar por toda a Nínive, trazendo uma dura mensagem, uma mensagem de 
juízo para aquele povo.
- Jonas fora alvo da misericórdia divina, mas, nem por isso, deixou de trazer a mensagem que Deus lhe 
mandara dar: “Ainda quarenta dias e Nínive será subvertida”. A misericórdia divina não exclui a justiça 
divina. Deus é misericordioso, mas também é justiça. Como ensinou Agostinho de Hipona (354-430): “a 
misericórdia também pune”.
- Muitos, nos dias hodiernos, confundem a misericórdia divina com a ausência de castigo por parte de Deus. 
Esquecem-se de que Deus é também justiça e passam a pregar um “Deus bonzinho, que jamais levará o 
homem para o inferno”. Não nos deixemos levar por este pensamento, que é de origem diabólica. Deus não 
tem prazer na morte do ímpio, Deus não deseja que os homens se percam, mas se eles se mantiverem em seus 
delitos e pecados e não se arrependerem de sua prática, serão, sim, condenados ao juízo eterno.
- Deus ama o pecador, mas aborrece o pecado. Deus ama o ser humano, mas não tolera a prática do pecado. 
Por isso, Deus faz com que o homem tenha conhecimento do que está sentenciado para todos quantos Lhe 
desobedecerem, mas depende do homem se afastar do pecado e passar a obedecer ao Senhor. Deus não quer 
que ninguém se perca, mas muitos irão para a perdição por livre e espontânea vontade.
- Jonas pregou a mensagem que Deus lhe mandara pregar e a consequência foi que “os homens de Nínive 
creram em Deus; e proclamaram um jejum, e vestiram-se de caso, desde o maior até ao menor” (Jn.2:5).
- Os moradores de Nínive, a começar do próprio rei, creram que o Deus de Jonas, o Deus de Israel era o 
único e verdadeiro Deus e que poderia, então, mandar a destruição para aquela cidade conforme Jonas 
estava a pregar. Apesar de sua religião, apesar de sua idolatria, apesar de sua crueldade, os ninivitas Ajude a manter este trabalho – Deposite qualquer valor em nome de: Associação para promoção do 
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perceberam que a mensagem de Jonas era verdadeira e que deveriam pedir perdão ao Deus que fez os céus e a 
terra para que escapassem daquele juízo.
- Assim como os marinheiros, os ninivitas entenderam que Deus é Senhor e que tudo está sob o Seu controle e 
que, diante do juízo determinado, não haveria outra coisa a fazer senão recorrer à misericórdia deste Deus, a 
fim de que não recebessem o que mereciam.
- O rei da Assíria foi o primeiro a crer na mensagem. Quando a mensagem de Jonas lhe chegou aos 
ouvidos (certamente por algum assessor), o rei se levantou do seu trono, tirou de si os vestidos, cobriu-se de 
saco e assentou-se sobre a cinza, atitudes que, em todo o Oriente, simbolizavam humilhação, arrependimento e 
pedido de clemência.
- Normalmente entre as nações gentílicas, e entre os assírios não era exceção, os reis eram divinizados ou 
reconhecidos como emissários dos deuses. Quando o rei da Assíria toma esta atitude, está a reconhecer que era 
inferior ao Deus que mandara a mensagem por intermédio de Jonas, algo extremamente raro. Não nos 
esqueçamos de que Jonas era um estrangeiro e oriundo de um país que era o próximo alvo dos assírios em suas 
conquistas. Tudo isso foi desconsiderado pelo rei que, reconhecendo a sua malícia, começou a clamar pela 
misericórdia divina.
- Todos nós precisamos da misericórdia de Deus. Tanto Jonas, um profeta de Deus, precisava da 
misericórdia quando no ventre do grande peixe, quanto o rei da Assíria, um gentio que não servia a Deus, 
ainda que estivesse no trono da maior potência mundial da época. Será que temos esta noção, ou pelo fato de 
termos alguma posição social, alguma posição eclesiástica, de sermos filhos de Deus achamos que não mais 
carecemos da misericórdia divina?
- Nos dias em que vivemos, não são poucos os que cristãos se dizem ser que acham que não precisam mais da 
misericórdia de Deus, que isto é tema para “desviados” e “incrédulos”. Tais pseudocristãos acham que são 
“merecedores” das bênçãos de Deus e que Deus é “obrigado” a lhes abençoar. Fujamos deste pensamento 
antibíblico, amados irmãos. Aqui tanto o pregador (Jonas), quanto os ouvintes, a começar do mais ilustre 
deles, precisavam da misericórdia de Deus!
- Além do rei, os grandes de seu reino também foram tocados pela mensagem pregada por Jonas, de tal modo 
que saiu um mandado para que nem homens, nem animais, nem bois, nem ovelhas provassem coisa alguma, 
nem lhes fosse dado pasto ou bebessem água, devendo tanto homens quanto animais serem cobertos de saco, 
devendo clamar fortemente a Deus e se converterem cada um do seu mau caminho e da violência que havia 
em suas mãos, na esperança de que Deus pudesse voltar atrás e Se arrepender do que havia dito que faria 
(Jn.3:7-9).
- Alguns estudiosos das Escrituras, como era o caso do saudoso pastor Walter Marques de Melo (1933-2012), 
que conosco freqüentava o Estudo dos Professores da Escola Bíblica Dominical na Assembleia de Deus  –
Ministério do Belém  – sede (São Paulo/SP), entendia que estes “animais” de que fala Jn.3:7,8 não eram 
propriamente animais, visto que animais não se convertem nem podem clamar fortemente a Deus.
- Segundo tais pensadores,  estes “animais” seriam os homens mais cruéis de Nínive, pessoas que eram 
“desalmadas”, ou seja, pessoas que não tinham qualquer consideração ao próximo, que se constituíam em 
verdadeiras “bestas-feras”, que não tinham nem dó nem piedade, expressão bíblica que não seria exclusiva de 
Jonas, mas que se encontram, por exemplo, em I Co.15:32; Tt.1:2; II Pe.2:12 e Jd.10.
- Tal pensamento faz, mesmo, sentido. Notadamente em nossos dias, dias de multiplicação da iniquidade 
(Mt.24:12), são muitos os homens cruéis que estão a viver entre nós, que cometem atrocidades que nem 
mesmo os animais propriamente ditos conseguem praticar (II Tm.3:3), como se veem diariamente nas páginas 
policiais dos noticiários. Entretanto, até mesmo estes “animais” são abrangidos pela misericórdia divina, como 
prova os efeitos da mensagem de Jonas.Ajude a manter este trabalho – Deposite qualquer valor em nome de: Associação para promoção do 
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- Os assírios não tinham recebido nenhuma mensagem de esperança da boca do profeta Jonas. Jonas apenas 
disse que, dentro de quarenta dias, Nínive seria subvertida. Os ninivitas logo “vestiram a carapuça” e 
entenderam que eram maus e violentos e que Deus os puniria com razão em virtude desta conduta impiedosa.
- Passaram, então, a clamar diante de Deus, a pedir perdão pela sua maldade e violência, em tudo se 
assemelhando ao que fizera o profeta Jonas quando estava no ventre do grande peixe. E Deus, que não faz 
acepção de pessoas, do mesmo modo que ouviu o profeta, também ouviu os ninivitas.
- Ao contemplar o arrependimento e conversão de Nínive, Deus Se arrependeu do mal que faria àquela 
cidade e não o fez (Jn.3:10). Aqui temos, uma vez mais nas Escrituras, a expressão “Deus Se arrependeu”, 
que causa espécie a alguns, já que uma das características divinas é a imutabilidade (Ml.3:6; Tg.1:17).
- A expressão “arrependimento de Deus” é um dos exemplos de “antropopatia” nas Escrituras, ou seja, a 
atribuição de um sentimento humano a Deus para que possamos compreendê-l’O, já que Deus é além da nossa 
capacidade de entendimento.
- Deus não muda, n’Ele não há sombra de variação. Como então pode Ele Se arrepender? O “arrependimento 
de Deus” não é a mudança de Deus, mas, sim, a mudança do homem que faz com que a reação divina seja 
diversa. Deus iria destruir Nínive por causa da sua malícia que havia alcançado o limite da tolerância divina 
(Jn.1:2 “in fine”). Entretanto, os ninivitas se arrependeram dos seus pecados e se converteram, mudaram de 
conduta e de comportamento, de sorte que Deus, como não muda, ante esta mudança, também teve de alterar a 
sentença, poupando Nínive da destruição.
- Deus sempre agiu desta forma. Com Caim, também Lhe advertiu para que mudasse seu procedimento, mas 
Caim persistiu em fazer o mal e, por isso mesmo, não alcançou o perdão. No dilúvio, também, durante cem 
longos anos, Deus deu à humanidade a oportunidade do arrependimento pela pregação de Noé, mas ninguém 
se converteu, razão pela qual foram submersos pelas águas do dilúvio. Ló, também, serviu de testemunha de 
justiça perante as cidades da planície, mas ninguém lhe deu ouvidos, de forma que todos foram atingidos pelo 
fogo e enxofre mandados por Deus do céu.
- Ao contrário de toda esta gente, os ninivitas, nos dias de Jonas, se arrependeram e se converteram de seus 
pecados, motivo por que foram poupados por este Deus imutável e invariável. 
- O mesmo ocorre ainda hoje. Quem crer na mensagem do Evangelho, será salvo; quem não crer, será 
condenado (Mc.16:16). Hoje ainda é dia aceitável, hoje ainda é dia de salvação, aceitemos, pois, o aviso 
divino e nos arrependamos e convertamos, antes que seja tarde demais!
- Jonas, que já fora alvo da misericórdia divina, ao ver a reação dos ninivitas, logo intuiu que Deus não 
destruiria a cidade. Isto desgostou extremamente o profeta, que ficou ressentido (Jn.4:1).  
- Jonas percebera que Deus era misericordioso, mas ainda não tinha aceitado  que a misericórdia pudesse 
atingir os assírios, inimigos de seu povo. O nacionalismo falava, uma vez mais, mais alto do que o amor no 
coração do profeta.
- Jonas, então, vai à presença de Deus e mostra toda a sua mágoa, dizendo que tivera razão em tentar fugir 
para Társis, pois sabia que Deus era “piedoso, misericordioso, longânimo e grande em benignidade e que Se 
arrependia do mal” (Jn.4:2).
- Nesta expressão do profeta, vemos que o profeta fugira de diante da face do Senhor porque sabia que era 
grande a possibilidade do perdão divino a Nínive e que isto não era bom para a sua nação. Com a dura 
experiência do ventre do grande peixe, Jonas experimentara o que apenas sabia teoricamente, ou seja, que Ajude a manter este trabalho – Deposite qualquer valor em nome de: Associação para promoção do 
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Deus era misericordioso, mas, por incrível que pareça, ainda não havia sido contagiado pela misericórdia 
divina. Experimentara a misericórdia de Deus mas não se tornara um misericordioso.
- Quantos de nós não tem sido como Jonas? Sabemos que Deus é bom. Experimentamos a bondade divina, 
mas ainda não somos bons. Que isto mude em nós, amados irmãos, pois não entraremos no reino dos céus se 
nossa justiça não superar a dos escribas e dos fariseus (Mt.5:20) e tais pessoas, assim como Jonas, sabem 
muito bem que Deus é bom, mas não praticam a bondade.
- Jonas, no seu ressentimento, pediu até a morte para Deus, pois se achou um profeta fracassado, já que a sua 
mensagem não se cumprira, não vendo que o propósito de Deus era, exatamente, o de exercer a Sua 
misericórdia para com aquele povo. O profeta não podia enxergar que a sua pregação fora capaz de converter a 
Deus a maior cidade do mundo de então, que ele fizera, pela vez primeira, o papel que Deus havia deixado a 
todo israelita, o de ser um reino sacerdotal e povo santo diante de todas as nações da Terra.
- Jonas, ressentido, saiu da cidade, depois que o Senhor lhe respondeu com uma pergunta: “É razoável esse teu 
ressentimento?” (Jn.3:4).
- Deus, então, foi tratar uma vez mais com o Seu profeta. Jonas fizera uma cabana ao oriente da cidade e se 
assentara debaixo dela, à sombra, até ver o que aconteceria à cidade. Ainda nutria a esperança de que o Senhor 
destruiria Nínive, ficou “na arquibancada”, como disse, certa feita em um ensino o pastor Aldey Nelson 
Rocha, aguardando o mal sobre os inimigos.
- Quantos, na atualidade, não procedem da mesma forma? Ficam “sentados na arquibancada”, esperando que o 
mal sobrevenha a quem eles não querem bem. Trata-se de uma conduta irrazoável, nos dizeres do próprio 
Senhor. Como podemos dizer que estamos em comunhão com o Senhor desejando o mal do próximo, se Deus 
quer que todos se salvem e venham ao conhecimento da verdade? Como podemos dizer que somos 
participantes da natureza divina se, em vez de desejarmos o bem do outro, queremos assistir ao seu mal?
- O Senhor, então, fez nascer uma aboboreira, que subiu por cima de Jonas, fazendo-lhe sombra e o profeta 
ficou muito alegre por causa da aboboreira, que lhe veio trazer refrescor. Entretanto, no dia seguinte, o Senhor 
enviou um bicho que feriu a aboboreira e esta se secou.
- Sem a aboboreira, Deus mandou um vento calmoso, oriental, que feriu a cabeça de Jonas e o profeta, diante 
deste grande incômodo, quis, uma vez mais, morrer, já que sentiu falta da aboboreira.
- O Senhor, então, perguntou a Jonas se era razoável ele desejar a morte por causa de uma simples aboboreira 
e o profeta disse que sim. Então, o Senhor, mostrando a incoerência de Jonas, disse se não seria também 
razoável que o Senhor quisesse a vida da população de Nínive, que, na época era de mais cento e vinte mil 
homens, muito mais importantes do que a aboboreira, com a agravante de que a aboboreira não tinha sido feita 
por Jonas, enquanto que todas aquelas criaturas de Nínive tinham sido obra das mãos do Senhor (Jn.4:5-11).
- Jonas, então, aprendeu a lição de que devemos, sim, nos compadecer do próximo, do ser humano que é 
criado à imagem e semelhança de Deus. O profeta aprendeu que devemos dar ao ser humano o máximo 
valor nesta Terra, sabendo que se trata de algo que é extremamente amado e querido pelo Senhor.
- Temos agido desta maneira, ou damos mais valor às aboboreiras do que às almas perdias que estão 
celeremente caminhando para o inferno? Que valor temos dado à salvação das almas? Temos o mesmo 
sentimento missionário de Cristo Jesus que deixou a Sua glória para vir nos salvar aqui neste mundo vil e 
tenebroso?
- A misericórdia divina alcança tanto os ingênuos, que não sabem discernir entre a mão direita e a esquerda, 
como os “animais”, estes homens cruéis e nefastos que têm prazer em praticar a maldade. Jesus veio salvar a Ajude a manter este trabalho – Deposite qualquer valor em nome de: Associação para promoção do 
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