Iniciativa é parte de esforços mais amplos com o intuito de proteger a comunidade contra possíveis ataques terroristas
A Polícia da Indonésia se comprometeu em reforçar a segurança das igrejas registradas (mais de 38 mil) em todo o país durante as festividades de Natal e Ano Novo. As Igrejas ficam muito vulneráveis aos ataques durante as festas cristãs.
A iniciativa é parte de esforços mais amplos com o intuito de proteger a comunidade contra possíveis ataques terroristas entre 23 de dezembro e 1° de janeiro. A polícia já identificou sete áreas, que são os principais alvos de ataques, com base em incidentes passados e tendências atuais: Java Oriental, Java Central, Jacarta, Sumatra do Norte, Sulawesi Central, Bali e Malaku.
Assim como oferecer maior proteção às igrejas, medidas de segurança também serão tomadas na rede de transporte, em locais de turismo e nos shoppings.
As igrejas, em certos países de maioria muçulmana, são extremamente vulneráveis a ataques durante as festas cristãs. Na Indonésia, os cristãos estão sob ameaça de grupos islâmicos que querem eliminar o cristianismo do país.
Igrejas de todo o país foram alvo de ataques coordenados na noite de Natal, do ano 2000, 19 pessoas foram mortas e cerca de 100 ficaram feridas. As bombas explodiram pouco antes dos cultos matutinos começarem. A maioria dos explosivos foi deixada em carros do lado de fora dos templos.
As bombas explodiram em igrejas em Jacarta, Bekasi, Medan, Sukabumi, Mojokerto, Bandung, e na ilha de Batam e Lomok. Onze bombas não detonadas foram encontradas em Sumatra.
Embora nenhum outro atentado dessa magnitude tenha sido feito contra a Igreja indonésia desde então, os cristãos continuam a enfrentar o assédio e a violência de muçulmanos radicais, que são particularmente hostis à presença das igrejas, tornando-as alvos de ataques.
O grupo radical islâmico Jemaah Islamiyah realizou os atentados de 2000 na véspera de Natal. Abu Bakar Bashir, suposto líder espiritual do grupo, foi condenado no ano passado (2011) a 15 anos de prisão por seu envolvimento nos atentados contra as igrejas, bem como outros delitos.
Fonte: Portas Abertas