PORTAL ESCOLA DOMINICAL
PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2013
ELIAS E ELISEU - Um ministério de poder para toda a Igreja
COMENTARISTA: JOSÉ GONÇALVES
COMENTÁRIOS - EV. CARAMURU AFONSO FRANCISCO
ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP
LIÇÃO Nº 4 – ELIAS E OS PROFETAS DE BAAL
Devidamente aprovado na
escola de Deus, o profeta Elias mostra ao povo de Israel que só o Senhor
é Deus.
INTRODUÇÃO
- Na sequência do estudo sobre o ministério de Elias, veremos o grande
desafio lançado pelo profeta Elias e que levou o povo de Israel a
reconhecer que só o Senhor era Deus.
- Elias somente pôde ser o instrumento de Deus para a demonstração de
quem tinha a verdadeira deidade, depois de ter ele próprio experimentado
esta soberania divina.
I – ELIAS APRESENTA-SE A ACABE
- Na sequência do estudo do ministério do profeta Elias, hoje abordaremos o famoso embate entre Elias e os profetas de Baal e de Asera,
fugindo um pouco da ordem cronológica, já que, na lição passada,
deixamos Elias partindo para Sarepta de Sidom, onde seria sustentado por
uma viúva, tema que abordaremos na lição 6.
- O fato é que, após ter tido a experiência de ser sustentado por uma
viúva paupérrima, a fim de que aprendesse que Deus era não só o Deus de
Israel mas de todas as nações, bem como Aquele que provê não só Seus
profetas, mas todos os seres humanos, bem como de ter tido a experiência
de que Deus é o dono da vida, a ponto de ressuscitar o filho daquela
mesma viúva, Elias teve todas as experiências necessárias para que,
então, tendo sido devidamente provado e aprovado, retornasse para
publicamente se mostrar não só ao rei Acabe mas a todo o Israel.
- Estas experiências de Elias são, como já temos dito nas lições
anteriores, uma cabal demonstração que, para sermos aprovados por Deus,
para sermos como Apeles, ou seja, aprovado em Cristo (Rm.16:10), temos,
antes de mais nada, de ser provados, pois não há aprovação sem prévia
provação.
- O fato é que, três anos e seis meses depois que havia
proferido a palavra profética anunciadora da longa seca, o profeta Elias
recebe a ordem de Deus para que se mostrasse a Acabe, porque era
chegado o tempo de dar chuva sobre a terra (I Rs.18:1).
- O texto bíblico mostra-nos, com absoluta clareza, que não há coisa
alguma de triunfalismo na expressão do profeta quando disse que não
cairia chuva sobre Israel segundo “a sua palavra”. Ao contrário do que
dizem muitos falsos pregadores de nossos dias, a expressão “segundo a
minha palavra” de que fala o profeta em I Rs.17:1 não contém qualquer
“determinação” ou “força própria” do profeta, mas a vontade de Deus tão
somente, pois vemos aqui, em I Rs.18:1, que o próprio Deus diz que Ele é
quem daria chuva sobre a terra, prova de que não se dependia da vontade
do profeta para que chovesse, ou não, mas, sim, da vontade do Senhor.
- Agora que Elias havia experimentado a soberania divina sobre a
natureza, sobre todas as nações e sobre a vida humana, o profeta estava
em condições de, novamente, se manifestar ao rei Acabe e a todo o
Israel, pois havia sido aprovado pelo Senhor.
- No momento em que Elias se vai apresentar a Acabe, a fome era extrema
na terra e o rei, inclusive, estava tendo grandes dificuldades para
alimentar os seus animais, a ponto de estar procurando, juntamente com
seu mordomo Obadias, fontes de água e erva para este fim ( I Rs.18:5,6).
- A fome já tinha chegado também ao palácio do rei e Acabe sentia na
pele que Baal não era capaz de fornecer alimentação aos animais, apesar
de o rei ser um adorador daquela falsa divindade.
- Obadias, nome cujo significado é “servo do Senhor”, era um homem
temente a Deus, como afirma o texto sagrado, a ponto de, correndo risco
de vida, ter se disposto a sustentar cem profetas do Senhor, que
escondeu em duas covas, cada uma com cinquenta profeta, dando-lhes pão e
água, no instante em que Jezabel destruía os profetas do Senhor (I
Rs.18:4).
- Notamos, portanto, que, enquanto Elias era escondido pelo Senhor,
diante do progresso da seca, não tendo sido exitosa a busca pelo profeta
Elias, Jezabel se voltou contra os profetas do Senhor que ainda
restavam, certamente mandando perseguir e matar aqueles que estavam
vinculados às escolas dos profetas, de onde Elias havia certamente saído
para pronunciar a sua palavra profética a respeito da seca.
- Este simples relato do texto sagrado mostra-nos, com absoluta clareza, que a fidelidade a Deus nem sempre representa imunidade à perseguição ou, mesmo, à morte.
Embora o texto bíblico não deixe claro, dá-nos a entender que Jezabel
conseguiu matar e destruir alguns profetas, pois é dito que, em meio à
destruição, Obadias conseguiu esconder cem deles, e não todos eles.
Houve profetas que morreram pelo único fato de servir a Deus, não tendo
Deus livrado estes da morte.
- Precisamos, portanto, entender que nem sempre Deus livra os Seus
servos da morte e da perseguição, Elias e estes cem profetas foram
guardados e escondidos pelo Senhor, mas outros pereceram. Por que isto
aconteceu?
- Por primeiro, para que entendamos que Deus é soberano, está acima de
cada de um de nós, fazendo como Lhe apraz, não estando preso a nossas
vontades, a evidenciar, uma vez mais, a mentira dos triunfalistas e
defensores da chamada confissão positiva, que infestam os nossos
púlpitos lamentavelmente nestes dias tão difíceis em que vivemos.
- Por segundo, foi necessário que Jezabel iniciasse a matança dos
profetas para que Obadias, homem temente a Deus, tomasse a iniciativa de
livrar os cem profetas. O mordomo do rei não teria se movimentado caso
não visse a ameaça de morte por parte da rainha. Deus permitiu esta ação
maligna da rainha para que cem profetas fossem poupados. Aliás, quem
não garante que, caso Jezabel não iniciasse a matança dos profetas, esta
centena de profetas não morreria de fome, diante da grande seca
existente? Deus cuidou, assim, que as escolas de profetas subsistissem
apesar da fome extrema e da apostasia generalizada.
fonte http://www.portalebd.org.br