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JUVENIS – CPAD
TEMA: A atualidade da mensagem da Bíblia
COMENTARISTA: Ciro Sanches Zibordi
LIÇÃO 8 - QUANDO O MUNDO VAI ACABAR?
TEXTO BÍBLICO
Mateus 24.114
TORPEDO BÍBLICO
“... quando serão essas coisas e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?”
(Mateus 24.3b).
OBJETIVOS
Conscientizar os alunos de que, mais importante do que estarem curiosos quanto aos eventos futuros, é a preparação para a Vinda De Jesus (Mt 25.113).
Definir claramente cada evento escatológico, levando os alunos a terem em mente a ordem dos acontecimentos.
Despertar cada aluno para uma vida de devoção nesses últimos dias.
Sugestão.
Professor permita que seus alunos falem (marque o tempo) o que sabem do
Arrebatamento. Escreva a seqüência dos fatos, dividindo o tempo para poder discorrer sobre cada um deles.
INTRODUÇÃO
As pessoas demonstram curiosidade pelo futuro: O que será que acontecerá?
Muitos confiam nas previsões de astrólogos e outros que se julgam no direito de apontar os eventos futuros, como se fossem oniscientes.
Existem filmes que focalizam aspectos do mundo futuro, conforme imaginam seus criadores;desejam impressionar-nos com suas concepções e prognósticos.
O certo é que a Bíblia nos relata os acontecimentos do futuro com segurança. O Juvenil cristão faz como Daniel que estudava as profecias. Somente, a Palavra de Deus pode dar o correto discernimento dos fatos futuros.
Jesus respondeu a uma pergunta de Seus discípulos (Mt 24.3b). Ele deseja que estejamos a par dos últimos acontecimentos que ocorrerão no final dos tempos.
ARREBATAMENTO DA IGREJA
O principal acontecimento que marcará o início efetivamente o tempo do fim é a Volta de
Jesus. Ele prometeu retirar os Seus da Terra, antes das piores calamidades que acontecerão neste planeta.
Paulo assim se referiu à atitude dos cristãos: “E como dos ídolos vos convertestes a Deus, para servir ao Deus vivo e verdadeiro e esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura” (1 Ts 1.9b,10).
Observemos houve conversões em Tessalônica. Seu desejo: servir a Deus e esperar Jesus, aguardar a Sua Vinda. Jesus nos livrará da “ira futura’”. Ele é o nosso Salvador. Temos o nosso escape, Jesus.
A primeira Vinda de Cristo ocorreu em Belém. A Sua 2 a Vinda se dará em dois capítulos ou etapas. Assim como um livro que possui dois capítulos, mas é o mesmo assim é
Vinda de Cristo.
Na Vinda de Cristo, ocorrerá primeiramente a ressurreição dos mortos, mas propriamente a 1 a Ressurreição, a ressurreição dentre os mortos, da qual participarão todos aqueles que morreram em Cristo: “os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro;depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente comeles nas nuvens a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre como Senhor” (1 Ts.516b,17).
A Vinda de Cristo é a nossa esperança. Esse glorioso acontecimento se dará em duas fases específicas: “Aguardando a bem aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo” (Tt 3.13). Nós esperamos “a bemaventurada esperança” (parte a), ou seja, aguardamos o Arrebatamento, que é a 1 a fase de
Sua Segunda Vinda. A 2 a fase de Sua Segunda Vinda é denominada “Manifestação de Jesus em Glória” (parte b), também chamada de Revelação. Entre as duas fases, há um período de sete anos Daniel escreveu sobre as profecias das Setenta Semanas. As 69 semanas já ocorreram. Entre a 69 a semana e a 70 a semana, houve um intervalo. (Nesse intervalo, Deus chamou a Igreja). Após o Arrebatamento da Igreja, Deus cumprirá a última semana de Daniel (os sete anos), correspondentes à Grande Tribulação.
Podemos estabelecer diferenças entre as duas fases da 2 a Vinda de Cristo:
Primeira Fase Segunda Fase
1. Invisível aos olhos do mundo (Ap 3.3) 1. Fase visível: “Todo olho o verá” (Ap 1.7)
2. Jesus virá até aos ares (1 Ts 4.17) 2. Jesus descerá à Terra (Zc14.4)
3. Jesus virá para buscar os Seus (Jo 14.3) 3. Jesus voltará com os Seus (Jd 14).
4. Jesus virá como Noivo 4. Virá como Juiz (Ap19.14)
5. Dia de alegria para o salvo (1Ts 4.17) 5. Dia de lamento (Ao 1.7;Zc 14.5b)
6. Fase denominada Arrebatamento (1 Ts 4.17)
6. Fase denominada “Manifestação de Jesus em Glória” ou “Revelação” (Tt 3.13b).
Entre as duas fases, como já foi destacado, há um período de sete anos.
As páginas do Novo Testamento declaram a Sua 2 a Vinda: “Assim também Cristo, oferecendo se uma vez, para tirar os pecados de muitos, aparecerá, segunda vez aos que o esperam para a salvação” (Hb 9.28).
O Antigo Testamento também menciona a 2 a Vinda de cristo, só que os profetas não estabeleciam as diferenças entre as duas fases.
A ação do Arrebatamento é descrita “num momento” (1 Co 15.52);“num abrir e fechar de olhos” (1Co 15.52), ou seja em um piscar de olhos. O Arrebatamento será rápido como a ação de um ladrão.Contudo, Jesus virá buscar o que é Seu. As pessoas somente percebem que sofreram alguma perda, após o ladrão agir. Devemos estar preparados, vigilantes: “Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele Dia vos surpreenda como um ladrão” (1 Ts 5.4);“Não durmamos como os demais, mas vigiemos e sejamos sóbrios” (1 Ts 5.6).
Tribunal de Cristo
A Bíblia destaca que, após o Arrebatamento, a 1 a fase de Sua 2 a Vinda, todos queMparticiparmos de Sua Vinda comparecemos ao Tribunal de Cristo: “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cad um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal” (2 Co. 5.10).
Fazemos obras por intermédio de nosso corpo: ‘O que fazemos com nossa boca?’ O que fazemos com nossos pés? ‘O que fazemos com nossas mãos’ Empregarmos nossos membros para a obra de Deus?
No Tribunal de Cristo, só comparecerão os salvos. Entretanto, chegará o momento da avaliação de nossas obras: “Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão” (1 Co 3.14). Nossa obra permanecerá, se a fizermos para glória de Cristo, com a finalidade de levar salvação a outras pessoas.
Quem presidirá o Tribunal? Jesus, aquele que saberá tudo julgar com perfeita justiça: nós não precisamos ter medo. Entretanto, nossas motivações serão analisadas. “Fizemos com o desejo de “aparecer”, sobressair? Oprimimos, destratamos nosso irmão só por que temos um cargo, uma função a exercer?
Trabalhamos para servir ou sermos servido?
Cada intenção será julgada. Tudo será, então, revelado: “Portanto, nada julgueis antes do tempo, até que venha o Senhor, o qual não somente trará à plena luz as cousas ocultas das trevas, mas também manifestará os desígnios dos corações;e então cada umreceberá o seu louvor da parte de Deus” (1 Co. 4.5 – ARA). Sem dúvida, o mais apreciado louvor será o da parte de Deus. Alguns ficam desanimados, se por achar que ninguém vê, não desanimemos. O Senhor dará fruto ao nosso trabalho. Ele vê e nos ajudará em nosso trabalho:“Mas esforçai vos, e não desfaleçam as vossas mãos, porque a vossa obra tem uma recompensa” (2 Cr 15.7).
Contribuímos com a obra do Senhor? Ofertamos com alegria ou pesar? A Bíblia destaca: “Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza ou por necessidade;porque Deus ama ao que dá com alegria (2 Co 9.7). Não estamos nos referindo à quantia, pois cada um contribui de acordo com suas posses: “propôs non seu coração” (2 Co 9.7).”
Haverá duas situações;obra aprovada ou obra reprovada.Quando a obra será reprovada?
Quando a mesma for feita com motivos egoístas, feita de qualquer jeito, realizada só na aparência.
Também será avaliado o tratamento dispensado aos irmãos: “Mas tu, por que julgas a teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo” (Rm 14.10).
Observemos a lição expressa na parábola dos talentos. Cada um recebeu talentos a desenvolver: “E a um deu cinco talentos, e a outro, dois, e a outro um, a cada um segundo a sua capacidade, e ausentou se logo para longe” (Mt 25.15). O problema é que o recebeu um talento, não o desenvolveu. È tão importante obter um talento, como cinco. Se colocados em nossas mãos, na dependência de Deus;nosso talento dar frutos. Se desprezarmos o que Deus nos dá, seremos reprovados no Tribunal de Cristo.
Bodas do Cordeiro
Após a avaliação e conseqüente recompensa no Tribunal de Cristo, ocorrerá a maior recepção Existente : as bodas do Cordeiro. A palavra bodas sugere um casamento e uma recepção. Entre os judeus. A festa do casamento durava sete dias (Jz 14.12). Um casamento deveria ter uma grande comemoração. Esta expressava a alegria. As bodas do
Cordeiro expressam a grande alegria que haverá nos céus: “Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos lhe a glória, porque são vindas as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou” (Ap 19.7).
Durante as Bodas, a Igreja, constituída de todos os salvos, será apresentada diante do Pai.
As Bodas do Cordeiro será a realização da união eterna entre Cristo e Sua Igreja. Os salvos do Antigo e Novo Testamento participarão desse evento.
O relacionamento entre Cristo é comparada a um casamento;Sua Noiva é comprometida com Ele: “Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus;porque vos tenhopreparado para vos apresentar como uma virgem para um marido, a saber, a Cristo” (2 Co 11.2).
Somente Jesus, podia dar condições a nós, a Sua Igreja, para que tivéssemos condições de estamos com Ele, preparados, santificados diante de Sua presença: “Para a santificar,purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa eirrepreensível” (Ef 5.27). Por isso, a razão da extraordinária alegria (Ap 19.7). A Igreja se aprontou, porque Ele deu lhe as condições necessárias para Sua amada se apresentar:
“Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela” (Ef 5.25b). Jesus morreu para que a Igreja fosse santa, separada do pecado.
As Bodas serão o momento mais esperado: a celebração da união eterna, da felicidade total, daquele que permaneceu até o fim.
Sentar se à mesa com Jesus, cear com Ele: oh, doce privilégio! Ele mesmo assim se expressou: “Felizes os servos cujo senhor os encontrar vigiando, quando voltar. Eu lhes afirmo que ele se vestirá para servir, fará que se reclinem à mesa, e virá servi-los”
(Lc 12.37a – NVI). Ele nos servirá. O Juvenil é convidado a participar deste acontecimento. O Rei nos convida à semelhança da parábola: “Porém eles, não fazendo caso, foram, um para o seu campo e outro para o seu negócio;e, os outros ,apoderando-se dos servis, os ultrajaram e mataram” (Lc 22.56).
Os convidados da parábola desprezaram o convite.
A aceitação do convite implica um tempo de preparação para as Bodas. Foi ordenado a
João que registrasse: “E disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de Deus” (Ap 19.9). È destacada a felicidade de todos os irmãos de todas asépocas poderem participar desse momento sem igual. As palavras são “verdadeiras”, ouseja, é salientada a realidade do fato: as Bodas acontecerão realmente.
As vestes especiais da Noiva são descritas: “E Fo ilhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente;porque o linho fino são as justiças dos santos” (Ap19.8). A ARA registra: “linho finíssimo”. É o linho da melhor qualidade, sem mistura:
“puro” e3 brilhante. As obras de justiça do salvo brilham de forma incomparável. O brilho deve iniciar se com as nossa obras pela fé aqui: “Para que irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio duma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo” (Fl 2.15).
As roupas de linho fino eram caras, Jesus pagou um alto preço por nós. Não podemos comparecer diante dEle sem a roupa adequada: “E disse lhe: Amigo, como entraste aqui, não tendo veste nupcial? E ele emudeceu” (Mt. 22.12).
OBS: “A ‘veste nupcial’ simboliza a condição de se estar preparado – uma possessão presente da verdadeira fé em Cristo e da constante obediência como fruto da graça de Cristo (Mt 24.44;25.21). Cristo alude ao homem que estava sem vestes nupciais, para levar nos a um auto exame e perguntar nos:
‘Senhor, sou eu?’” (Bíblia de Estudo Pentecostal, p. 1432, nota a Mt 22.11, parte b).
O sumo sacerdote Josué encontrava se com suas roupas sujas: “Ora, Josué, vestido de vestes sujas, estava diante do anjo.Então, falando ordenou aos que estavam diantedele, dizendo: Tirai lhe estas vestes sujas. E a ele lhe disse: Eis que tenho feito com que passe de ti a tua iniqüidade e te vestirei de vestes novas” (Js 3.3,4). As vestes sujas, símbolo do pecado, foram retiradas. O Senhor deu lhe novas vestes. O mesmo Ele pode fazer hoje. Ainda há tempo para preparar se estar com as vestes espirituais: “(Eis que venho como vem o ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para não andar nu, e não se veja a sua vergonha.)” (Ap 16.15 –ARA). Andar nu significa que a pessoa não teve o cuidado de prepara se para a volta de Jesus. Sabia que Jesus
viria, contudo ficou indiferente a essa doutrina.
Grande Tribulação
Enquanto os remidos estão em alegrai, participando das Bodas do Cordeiro, A Terra será palco de um sofrimento nunca antes visto: a Grande tribulação: “Porque, naqueles dias,haverá uma aflição tal, que nunca houve,desde o princípio da criação, que Deus criou, até agora, nem jamais haverá” (Mc 13.19).
A Grande Tribulação corresponde à última semana de Daniel (Dn 9.27). É um período de sete anos: os primeiros três anos e meio serão um período de falsa paz, pois as pessoas acreditarão na astúcia do Anticristo: “o qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou se adora” (2 Ts 2.4 a ). Nós já percebemos uma oposição sistemática contra as coisas de Deus, porém nos dias da Grande Tribulação, isso será uma oposição total contra Deus, perseguição contra aqueles que não aceitarão seus propósitos. Os três anos e meio restantes serão o período propriamente dito da Grande Tribulação.
Nessa ocasião de horror, haverá salvação, contudo as pessoas terão de morrer, ou seja, não aceitando as imposições do Anticristo: “E vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta nem a sua imagem, e não receberam o sinal na testa nem na mão;e viveram ereinaram com Cristo durante mil anos” (Ap 20.4b).
Haverá salvação durante a Grande Tribulação, porém será um tempo de muita angústia:
“E um dos anciãos me falou, dizendo: Estes que estão vestidos de vestes brancas, quem são e de onde vieram? E eu disse lhes:
Estes são os que vieram de grande tribulação, lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro” (Ap7.14).
A Igreja, os salvos não passarão pela Grande Tribulação: Temos “Jesus que nos livra da ira futura”. Nós, que recebemos Jesus e O servimos, afastando nosde todo o mal, nãopassaremos pela Grande Tribulação: “Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Ts 5.9). Jesus nosarrebatará, assim estaremos livres desse período cruel que se abaterá sobre a terra.
Passada a oportunidade da Graça, a ira de Deus se manifestará de forma específica na
Grande Tribulação. Os salvos não são alvos da ira de Deus, pois foram reconciliados em
Cristo: “Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira” (Rm 5.9).
O Arrebatamento ocorrerá antes da Grande Tribulação: “Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra” (Ap 3.10).
Jesus ensinou: “Em verdade, em verdade vos digo: Quem ouve a minha palavra, e
crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida” (Jo 5.24).
Na Bíblia, vários nomes são empregados para a Grande Tribulação: “ira do Cordeiro (Ap 6.16);“Porque é vindo o grande Dia da sua ira;e quem poderá subsistir?” (Ap 6.17);“ira do Todo-poderoso”
(Ap 19.15). “tempo de angústia para Jacó: “Ah! Porque aquele dia é tão grande, que não houve outro semelhante! E é tempo de angústia para Jacó;ele, porém, será salvo dela” (Jr 30.7).
A Grande Tribulação tem como alvo, principalmente os judeus: “E haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo;mas, naquele tempo, livrar-se-á
o teu povo, todo aquele que se achar escrito no livro” (Ap 12.1b).
Entretanto, o mundo inteiro será também envolvido nesse período.
Uma falsa trindade estará operando: o Dragão, a Besta e o Falso Profeta (Ap 16.13). O
Dragão é Satanás (Ap 12.3;20.2). O Anticristo é identificado com a besta que subiu do
“mar” (Ap 13.1). Ao Anticristo “Foi lhe permitido fazer guerra aos santos e vencê-los;e deu-se-lhe poder sobre toda tribo, e língua e nação” (Ap 13.7). O Falso Profetarealiza sinais para enganar: “E faz grandes sinais, de maneira que até fogo faz descer do céu à terra, à vista dos homens” (Ap 13.13). O Falso Profeta é identificado comparado à Besta que subiu da “da terra” (Ap 13.11).
O Anticristo será um homem, um líder dotado de grande astúcia. Será investido de poder pelo dragão, Satanás: ”E o dragão deu-lhe o seu poder, e o seu trono, e grande poderio”(Ap 13.4a).
O reinado do Anticristo é por tempo limitado, pois um outro reino se levantará, como veremos na lição 11.
Armagedom
No final da Grande Tribulação, dar-se-á a batalha de Armagedom: “Porque eu ajuntarei todas as nações para a peleja contra Jerusalém” (Zc 14.2a).
A Bíblia destaca a ação demoníaca para impulsionar os dirigentes das nações contra
Israel: “Porque são espíritos de demônios, que fazem prodígios;os quais vão ao encontro dos reis de todo o mundo para os congregar para a batalha, naquele grande Dia do Deus Todo poderoso”
(Ap 16.14). Nesta guerra, Israel será cercado por exércitos de todo o mundo. Parece ser o fim de Israel: esse é o projeto de Satanás: o extermínio do povo judeu porém haverá um escape para a nação israelita.
O texto bíblico designa o local desta guerra: “E os ajuntaram no lugar que em hebraico se chama Armagedom” (Ap16.16 – ARA).
OBS: Armagedom significa “vale de Megido”. Localiza se em “uma planície de 14 por 20 milhas no norte de Israel, estende se até o oeste ao pé do Monte Carmelo, onde Elias invocou a
Deus e caiu fogo dos céus. O Armagedom está na encruzilhada de Israel, que é um terreno de ligação entre os três mais populosos continentes da terra – Europa, África e Ásia” (John
WESLEY. Pensando o Impensável, tr. de Marcos T. Ferreira e José Arismar dos Santos,p. 148149).
Israel sofrerá o pior aperto de sua história, quanto os exércitos da terra comandados pelo Anticristo cercarão Israel. Podemos imaginar todo o armamento bélico dirigido contra o povo de Deus. Humanamente falando, não haveria saída para Israel, Porém haverá Um que virá para salvar o povo israelita de seus inimigos. As credenciais do Libertador:
“Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça” (Ap19.11);“E na veste e na sua coxa tem escrito este nome: REI DOS REIS E SENHOR DOS Senhores” (Ap 19.16). Seu séqüito: “E seguiam no os exércitos que há no céu em cavalos brancos e vestidos de linho fino, branco e puro” (Ap 19.14). Todos os salvos que já estão no Céu Oacompanharão nesse momento.
Jesus descerá até o Monte das Oliveiras: “E, naquele dia, estarão os seus pés sobre o
Monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente;e o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um vale muito grande;e metade do monte se apartará para o norte, e a outra metade para o sul” (Zc 14.4).
Dirigindo se para Armagedom “naquele grande Dia do Deus Todo poderoso”
(Ap 16.14b), Jesus destruirá os exércitos que investiram contra Israel. O Anticristo será posto
fora de ação “pelo assopro da sua boca e aniquilará pelo esplendor de Sua vinda” (2Ts 2.8b).
Parecia tudo perdido, porém era chegado o tempo de Deus cumprir Seu plano na vida do povo israelita, sendo Jesus Seu Rei: “Porque eu vos digo que, desde agora, me não vereis mais, até que digais: Bendito o que vem em nome do Senhor!” (Mt 23.39).
A Vinda de Cristo para derrotar o Anticristo e seus exércitos constitui a 2 a fase da Sua
Vinda, quando Ele voltará junto com os Seus: “Então, virá o Senhor, meu Deus e todos os santos contigo, ó Senhor” (Zc 14.5b).
Contemplando Seu Libertador, Israel se arrependerá por não ter aceitado o Messias, e um grande choro haverá em Israel: “E sobre a casa de Davi e sobre os habitantes deJerusalém derramarei o Espírito de graça e de súplicas;e olharão para mim;aquem traspassaram;e o prantearão como quem pranteia por um unigênito;echorarão amargamente por ele, como se chora amargamente pelo primogênito” (Zc 12.10).
O fim da besta e do falso profeta será o lago de fogo (Ap19.26).
Julgamento das Nações
Após dar a punição ao Anticristo, ao falso profeta e a Satanás, Jesus julgará as nações pelo tratamento dispensado a Israel: “E, quando o Filho do Homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então, se assentará no trono de sua glória;e todas asnações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o bode aparta dos bodes as ovelhas” (Mt 25.3132).
O local do julgamento é o vale de Josafá (Jl 3.12). Aqueles povos que perseguiram Israel irão condenados “para o tormento eterno” (Mt 25.46). Os condenados (os bodes) ficam à esquerda do Rei (Mt 25.41).Os que trataram bem Israel, Jesus lhes declara: “E, quando te vimos enfermo na prisão ou na prisão e fomos verte? E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que, quando o fizestes a um destes meus pequeninos a mim o fizestes” (Mt 25.3940).
Em suma, os que maltrataram Israel, são colocados, à esquerda e condenados.Aqueles que estiverem à sua direita ( representados pelas ovelhas) são convidados a participarem do reino Milenial: “Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o Reino que vos está preparado desde a fundação do mundo” (Mt 25.34b). O julgamento foi realizado diante dos judeus: “destes meus pequeninos irmãos” Mt 25.40.
Milênio
Finalmente, ocorrerá o Milênio, quando Jesus reinará visivelmente: “E o Senhor será rei sobre toda a terra;naquele dia, um será o Senhor, e um será o seu nome” (Zc 14.9).
O Milênio será uma época de paz e prosperidade e conhecimento de Deus. Um tempo nunca antes presenciado, com Jesus reinando.
OBS: “O Milênio não é o fim nem a consumação de todas as coisas, como alguns supõem, mas um tempo de provação para o desfecho completo da obra de Deus, quando então o senhor Jesus, depois de dominar todas as coisas, entregará o Reino as Pai” (João de OLIVEIRA. O Milênio, p.15).
Alguns fatos sobre o Milênio
· A capital do reino: “E irão muitas nações e dirão: Vinde e subamos ao monte doSenhor e à Casa do Deus de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e nósandemos pelas suas veredas;porque de Sião sairá a lei, e a palavra do Senhor, deJerusalém” (Mq 4.2).
· A bênção sobre o povo judeu: “Assim diz o Senhor dos Exércitos: naquele dia,sucederá que pegarão dez homens, de todas as línguas das nações, pegarão, simna pela da veste de um judeu, dizendo: Iremos convosco, porque temos ouvidoque Seus está conosco” (Zc 8.23).
· Os animais viverão em paz: “E morará o lobo com o cordeiro, e o leopardo com ocabrito se deitará, e o bezerro, e o filho do leão, e a nédia ovelha viverão juntos, eum menino pequeno os guiará” (Is 11.6);(Is 11.8;35.9).
· A maldição retirada da Terra: “E a terra seca se transformará em tanques , e aterra sedenta, em mananciais de águas;e nas habitações em que jazia nos chacais haverá erva com canas e juncos” (Is 35.7);Is 41.1920.
· Período de grande longevidade : “Ainda nas praças de Jerusalém habitarão velhose velhas, levando cada um na mão o seu bordão, por causa da sua muita idade”(Zc 8.4);Is 65.22
· Cessarão as guerras (Mq 4.3);
· Haverá saúde (Is 33.24).
· O conhecimento de Deus será abundante (Is 11.9)
· As nações abençoadas por intermédio de Israel (Is 60.1112)
· A justiça do reino (Jr 23.5;Is 11.35;Sl 72).
· Israel de posse de todo o território prometido (Gn 15.18;17.8)
· Na terra, ocorrerão nascimentos e mortes (Zc 8.5;Is 65.20).
· A glória de Deus na Terra (Sl 97).
· Período livre da atuação de Satanás
Revolta de Satanás
A Bíblia destaca: “E, acabando se os mil anos, Satanás será solto da sua prisão” (Ap
20.7). Após um período sem a ação de Satanás, este será solto. Aqueles que nasceram durante o
Milênio, serão provados em sua fidelidade a Deus. Aqueles que viveram durante o Milênio viviam uma época dourada, na qual o Rei era Jesus, portanto, um reinado de paz e segurança. Satanás passará “a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar, para as ajuntar em batalha” (Ap 20.8).
OBS: “Gogue e Magogue (v.8;expressão oriunda de Ez 38,39), representa as nações do mundo rebeladas contra Deus e a sua justiça” (Bíblia de Estudo Pentecostal, p. 2009, nota a Ap 20.8).
Na primeira oportunidade, os homens preferiram outro líder Satanás. Este novamente conseguiu reunir uma multidão e “cercaram o arraial dos santos e a cidade amada”
(Ap 20.9b). Israel e Jerusalém, a cidade amada, eram o foco do ataque. Mas Deus age, pois “desceu fogo do céu e os devorou” (Ap 20.9b). Os revoltosos foram destruídos. Finalmente, Satanás é lançado no “lago de fogo”. (Ap 20.10). Justamente com a Besta e o Falso Profeta será atormentado para sempre.
As nações rebeladas sob o comando de Satanás prova que o homem falhou durante o Milênio. Também aponta que Satanás não muda de tática: é um rebelde, luta contra Deus e Seus escolhidos.
Nunca mais Satanás exercerá qualquer ação contra as pessoas! Que maravilha! Nosso maior inimigo cessará para sempre sua atividade maligna. Sairá de cena par sempre.
Juízo Final
Segue se o acerto final aqueles que recusaram a salvação de Jesus. A Bíblia assim declara: “Os restantes dos mortos não reviveram até que se completassem os mil anos” (Ap 20.5a). Portanto, após o Milênio, mil anos, após a 1 a ressurreição ocorrerá a 2 a ressurreição: todos os perdidos ressuscitarão para receber a sua sentença. Essa é a ressurreição dos ímpios.
Jesus ensinou sobre a ressurreição: “E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida;e os que fizeram para o mal, para a ressurreição da condenação” (Jo 5.29). A realidade das duas ressurreições está registrada no AntigoTestamento: “E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno” (Dn 12.2).
Todos os ímpios comparecerão perante o grande trono branco (Ap 20.11). Cada um será julgado individualmente: “E foram julgados, um por um, segundo as suas obras” (Ap 20.13b).
Uma multidão diante do Supremo Juiz: “E abriram se os livros. E abriu se outro livro, que é o da vida, e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras” (Ap 20.12).
OBS: “Alguns desses livros podem ser: 1)O livro da consciência (Rm 2.15;9.1);2)O livro da natureza (Jó 12.79;Sl 19.14;Rm 1.20);3)O livro da Lei (Rm 2.12). Ora, a Lei revela o pecado (Rm 3.20).;4)O livro do Evangelho (Jo 12.48;Rm 2.16);5)O livro da nossa memória (Lc 16.25: “Filho, lembrate” ;Mc 9.44 – aí deve ser uma alusão ao remorso constante no Inferno). (Ver o contexto: vv. 4448 e Jeremias 17.1);6)O livro dos atos dos homens (Ml 3.16;Mc 12.36;Lc 12.7;Ap 20.12);7) O livro da vida (Sl 69.28;
Dn 12.1;Lc 10.20;Fp 4.3;Ap 20.12)” (Antonio GILBERTO. O calendário da profecia, p. 94).
Eternidade
Os sinais apontam apara a Vinda de Cristo. Esse mundo será destruído (2 Pe 3.7). Uma nova realidade surgirá: “E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, o mar já não existe” (Ap 21.1). Viveremos eternamente com o Senhor. A maior glória será contemplar nosso Amado Salvador: “E verão o seu rosto, e na sua testa estará o seu nome. E ali não haverá
mais noite, e não necessitarão de Lâmpada, nem de luz do sol, porque o Senhor Deus os alumia, e reinarão para todo o sempre” (Ap 22.45).
Preparando se para o Arrebatamento.
· Orando (Cl 4.2)
· Trabalhando para o Mestre (Mt 24.46).
· Dando testemunho em sua vida diária (Mt 5.16).
· Observando as profecias como Daniel (Dn 9.2)
· Vigilância: (Mt 24.44).
· Falando de Sua Vinda (1Ts 4.18).
CONCLUSÃO
A Vinda de Cristo é nossa esperança.
È necessário vigilância e empenho, pois Ele diz: “Certamente, cedo venho” (Ap 22.20b).
Como diz as palavras do hino: “Oh! Que festim de glória para nós há de ser!/Quando tiver nas nuvens, Cristo de aparecer/Oh! Nesse evento mui feliz/e de prazer também,/Eu hei de ver meu bom Jesus,/fonte de todo o bem” (1 a estrofe e estribilho do hino 457 da Harpa Cristã).
Colaboração para o Portal Escola Dominical: Profa. Ana Maria Gomes de Abreu.
fonte portal ebd