PORTAL ESCOLA DOMINICAL
SEGUNDO TRIMESTRE DE 2013
A FAMÍLIA CRISTÃ NO SÉCULO XXI: Protegendo seu lar dos ataques do inimigo
COMENTARISTA: ELINALDO RENOVATO DE LIMA
COMENTÁRIOS - SUPERINTENDÊNCIA DAS EBD'S DA ASSEMBLEIA DE DEUS EM RECIFE/PE
LIÇÃO 03 – AS BASES DO CASAMENTO CRISTÃO - 2º TRIMESTRE 2013
(Ef 5.22-28,31,33)
INTRODUÇÃO
Nesta lição definiremos o termo “base” e sua aplicação no contexto da lição. Destacaremos quais as bases de sustentação de um casamento cristão. Veremos também as caraterísticas do amor ágape destacadas por Paulo na carta endereçada aos coríntios. Por fim, veremos também quais recomendações o apóstolo Paulo dá a mulher e ao marido a fim de que vivam bem e harmoniosamente.
I - DEFINIÇÃO DA PALAVRA “BASE”
O termo “base” do grego “básis” significa literalmente “planta do pé”. O Aurélio diz que a palavra base significa: “tudo quanto serve de fundamento, apoio ou sustentáculo”; parte inferior onde alguma coisa repousa ou se apoia. Figuradamente significa: “origem, princípio, fundamento”. No contexto da nossa lição, diz respeito as colunas de sustentação em que deve estar fundamentada a família segundo o padrão divino revelado nas Escrituras Sagradas.
II – AS BASES DO CASAMENTO CRISTÃO
O casamento é comparado a uma construção (Pv 14.1). A expressão “edificar” usada no referido texto, no hebraico é bãnãh que significa: “construir, fundar, estabelecer, edificar, reedificar”. A Bíblia nossa “regra de fé e prática”, nos mostra sobre quais bases o casamento cristão deve estar edificado. Vejamos algumas delas:
2.1 Apessoa de Deus (o autor do casamento). A Bíblia nos mostra que Deus é o criador do casamento (Gn 2.18-25). Como tal, Ele estabeleceu o padrão para o matrimônio que deve ser: heterossexual (Gn 1.27); monossomático (Gn 2.24); indissolúvel (Gn 2.24; Mt 19.6) e monogâmico (Gn 2.18). Portanto, a coluna principal de sustentação do lar é o próprio Deus, visto que Ele se compara a uma rocha que tem o sentido de fundamento (Dt 32.4; I Sm 2.2; Is 44.8) e o lar que nele está edificado não é destruído (Sl 127). Também o salmo 128 conhecido como o “salmo da família”, nos mostra claramente os benefícios decorrentes de um lar que tem o Senhor como alicerce: “Bem-aventurado aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus caminhos. Pois comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem. A tua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos como plantas de oliveira à roda da tua mesa. Eis que assim será abençoado o homem que teme ao SENHOR”.
2.2 APalavra de Deus (a direção para o casamento). Quem constrói o seu casamento sobre o fundamento da Palavra de Deus, manterá seu lar firme, mesmo diante das provações. Jesus afirmou que quem ouve os seus ensinamentos e vive de acordo com eles é “comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha” (Mt 7.24,25). Apesar dos temporais, essa casa permanece firme. Mas também, Jesus falou que quem ouve as suas palavras e não as pratica “é semelhante a um homem insensato que edificou a sua casa sobre a areia” (Mt 7.26,27). Esta casa também passou por turbulências, porém diferente da primeira, caiu e grande foi a sua queda (Mt 7.26,27). Como podemos ver, da mesma maneira se procede na vida conjugal (Pv 14.1,2). A Bíblia tanto orienta como os casados devem comportar-se no casamento, como também instrui aos solteiros quais critérios devem usar para casar-se. Vejamos alguns:
2.3 O amor (a motivação para o casamento). O Aurélio define a palavra “amor” como: “sentimento que predispõe alguém a desejar o bem de outrem”. Teologicamente, o amor é definido como “o sentimento que nos constrange a buscar, desinteressada e sacrificialmente, o bem de outrem” (CLAUDIONOR, 2006, p. 43). O livro de cantares nos fala sobre o amor entre um homem e uma mulher. O título hebraico deste livro pode ser traduzido literalmente por “o Cântico dos Cânticos”, expressão esta que significa “O Maior Cântico”. Este livro foi inspirado pelo Espírito Santo e inserido nas Escrituras para ressaltar a origem divina da alegria e dignidade do amor humano no casamento. Em seus versos encontramos expressões amorosas entre Salomão e a sunamita (Ct 2.16; 6.3; 7.10). Portanto deve estar presente no casamento o amor divino (ágape) que é o amor incondicional. A cerca deste amor o apóstolo Paulo dedica um capítulo inteiro (I Co 13).
III - CARACTERÍSTICAS DO AMOR DESCRITAS EM I CORÍNTIOS 13
É sofredor
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Ou seja, o amor é paciente ou longânimo, não se ofende no primeiro insulto, é lento para irar-se e recebe as injurias sem retalhar. Jesus sofreu na cruz do calvário por amor (II Co 1.5; Mt 5.39).
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É benigno
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Benignidade é um aspecto do fruto do Espírito. É o Amor em ação (Rm 2.4;11.22, I Co 6.6 , Cl 3.12).
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Não é invejoso
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O Amor não tem inveja. A inveja é uma paixão de ter aquilo que ele não pode, paixão doentia ( Sl 37.1; Gn 37.11; Pv 24.1; I Co 3.3).
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Não trata com leviandade
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Não tem comportamento de orgulho, antes tem seriedade e procede irrepreensivelmente(Pv 21.4; 28.25; II Tm 3.4).
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Não se ensoberbece
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Não é arrogante, extravagante não se engrandece (Judas 1.16).
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Não se porta com indecência
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Não éindesejável, não se porta em vexames, não age impropriamente;
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Não busca os seus interesses
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Não é egoísta, e nem pensa em si mesmo (Gl 5.14; 6.2,10).
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Não se irrita
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Ele não se irrita por qualquer coisa, porém é passivo (I Pe 3.8).
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Não suspeita mal
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Nãopaga com a mesma moeda, não trama algo mal. E nenhum de vós pense mal no seu coração contra o seu próximo, nem ameis o juramento falso; porque todas estas são coisas que eu odeio, diz o Senhor(Zc 8.17; Rm 12.17,20,21)
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Não folga (regozija) com a injustiça
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O amor jamais se alegra quando outros cometem a maldade, o erro; também não se alegra com a queda alheia, com a fraqueza dos outros, resultado do pecado afim de exaltar-se em sua suposta retidão (Rm 12.15; Fp 4.8; Ef 4.17; 5.2)
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Folga com a verdade
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Procura andar na verdade. Não anda na mentira, enganando os outros. (Jo 3.21; João 14.6; I Pe 2.1).
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Tudo sofre
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É um fruto do Espirito que suporta as dificuldades, em algumas traduções é sempre protetor (Jó 42.1-2; Tg 5.11; II Tm 2.12).
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Tudo crê
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Sempre confia espera sempre o melhor. (II Co 3.4)
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Tudo espera
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Olha a fé no futuro. Tem a característica de paciência (Hb 11.1; Sl 40.1; I Pe 5.7).
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Tudo suporta
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Sempre persevera. Suporta as circunstâncias no dia a dia; é paciente (Sl 40.1; Tg 1.3).
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IV – O COMPROMISSO DO MARIDO E DA MULHER NO CASAMENTO
4.1 Submissão da esposa ao marido (Ef 5.22). A expressão “submissão”no grego é “hupotassõ” que quer dizer: “submeter-se; obedecer”. A recomendação paulina de submissão da esposa ao marido (Ef 5.22; Cl 3.18), foi feita também pelo apóstolo Pedro (I Pe 3.1). É necessário entender que Deus estabeleceu a família como unidade básica da sociedade e que toda família necessita de um dirigente. Por isso, Deus atribuiu ao marido a responsabilidade de ser cabeça da esposa e da família (Ef 5.23). Esta sujeição quer dizer também que a mulher deve cumprir o seu dever para com o esposo, como por exemplo: amando-o (Tt 2.4), respeitando-o (Ef 5.33), ajudando-o (Gn 2.18), vivendo de forma pura (Tt 2.5), com um espírito manso e quieto (I Pe 3.4), sendo uma boa mãe (Tt 2.4) e dona de casa (I Tm 2.15; 5.14; Tt 2.5).
4.2 Amor do esposo para com a esposa (Ef 5.25). Paulo usa o amor de Cristo pela Igreja, para dizer que de forma semelhante o esposo deve amar a esposa. Esse amor é descrito pelo apóstolo como: (1) INCONDICIONAL – Cristo amou a Igreja, mesmo com suas fragilidades, de igual modo o marido deve amar a esposa, apesar dos seus defeitos; (2) PERSEVERANTE – Cristo amou, ama e amará a Igreja, o marido deve manter o seu amor por sua esposa até que a morte os separe;(3) SANTIFICADOR – o apóstolo diz que Cristo se entregou por sua Igreja “para a santificar”. Portanto o marido que ama a sua esposa mantém o seu lar em santificação, evitando brigas, desavenças, mágoas e infidelidade; (4) SACRIFICIAL – Cristo se sacrificou pela Igreja, assim o marido deve amar a esposa, pois ferindo-a, ferirá a si mesmo e amando-a amará a si mesmo (Ef 5.28,29); (5) ROMÂNTICO – Cristo não só se sacrificou pela Igreja como dela cuida e alimenta (Ef 5.29). O marido deve seguir o mesmo padrão, demonstrando seu romantismo por palavras (Ct 2.10,13), mas também por obras, ou seja, dedicando-lhe tempo e agradando-lhe (I Co 7.33).
CONCLUSÃO
Como pudemos ver, o casamento tal qual uma edificação deve ter uma base sólida as quais são: Deus, a Palavra e o amor. Deste modo, o matrimônio se manterá firme dentro da boa perfeita e agradável vontade de Deus (Rm 12.2).
REFERÊNCIAS
fonte Portal EBD