PORTAL ESCOLA DOMINICAL
ADOLESCENTES – CPAD
2° Trimestre 2013
Tema: A vida de Cristo na harmonia dos Evangelhos
Comentarista: David Rodrigues Nascimento
LIÇÃO 13 – JESUS O GRANDE VENCEDOR
Ao Mestre
Amado (a) estamos encerrando mais um trimestre.
É imprescindível que você professor (a) faça uma avaliação, para que saiba se houve ou não aprendizagem em seus alunos. A avaliação faz parte da Lei do Ensino, e é muito necessária, até mesmo para que os professores possam elaborar melhor o preparo de suas aulas, e os métodos a serem usados mais eficazmente.
Após o ensino ter sido ministrado, mesmo sabendo que você se empenhou, carregou sua linguagem de ilustrações, e a lição foi ouvida e entendida, você deve fazer uma avaliação.
O conhecimento adquirido pelo aluno deve ser avaliado pelo professor, para que se veja a aplicação do ensino na conduta e no caráter do aluno, para se constatar que, de fato, houve a aprendizagem. Isso é muito importante até mesmo para que o professor (a) se aprimore em seus métodos de ensino.
Deus abençoe grandemente seu ministério.
Objetivo
Professor (a) ministre sua aula de forma que possa conduzir o aluno a:
Entender e explicar o porquê ser necessário Jesus ter morrido na cruz.
Para refletir
“Eu sou aquele que vive. Estive morto, mas agora estou vivo para todo o sempre. Tenho
autoridade sobre a morte e sobre o mundo dos mortos.” (Ap 1.18 NTLH).
Texto Bíblico em estudo: Mc 16.18.
Introdução
O Senhor Jesus é o Divisor da História Universal. A História está dividida em antes e depois de
Cristo. Ele é o único cuja história afeta a vida humana. Ninguém pode ficar alheio à Sua Vida e
Obra. Jesus é o nosso exemplo em tudo; a Bíblia diz que em tudo quanto fez Ele foi perfeito; é
Nele que devemos nos inspirar, assim como Ele cumpriu a vontade de Deus, nós também
devemos fazer.
Jesus foi obediente em tudo
Jesus, o enviado por Deus. Em Hebreus 3.1 encontramos assim escrito: “...considerai a Jesus
Cristo, apóstolo e sumo sacerdote da nossa confissão “(apóstolo no grego significa “enviado”).
Deus enviou o seu Filho ao mundo para salvar a humanidade. O homem havendo pecado perdeu o domínio que Deus havia lhe entregue para que administrasse a terra.
“E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se move sobre a terra.” (Gn 1.26).
Com a vinda de Jesus ao mundo para morrer em nosso lugar, Deus estava em Cristo
Reconciliando-se com o homem, ou seja, o plano de Deus em quando criou o homem voltaria a ter continuidade. Jesus experimentou a morte em substituição a todos os homens. Jesus é o nosso Sumo Sacerdote porque Ele morreu para “fazer propiciação” por nossos pecados. Ele pagou o preço por nossos pecados ao morrer em nosso lugar. Esse é o Evangelho, as Boas
Novas para todos os seres humanos em todos os lugares e para sempre. Que Deus deu o Seu Filho e Jesus deu a Sua vida como sacrifício pelo pecado, pagando com isso a dívida do pecado. Sua vida, morte e ressurreição possibilitaram o perdão e salvação do pecado, sem ser complacente com o pecado, e dando a toda a humanidade uma demonstração do verdadeiro caráter de Cristo e Satanás. A ponte feita com o corpo moído e sangrando de Cristo atrai as pessoas para longe da armadilha do pecado. O amor supera o abismo, capacitando a todos que colocam sua fé em Cristo como Senhor e Salvador a terem parte na vida eterna. Com seu sacrifício Ele triunfou, garantindo salvação a todos quantos crerem em seu Nome.
O sofrimento de Jesus
A perfeição da Obra de Cristo consistiu exatamente em alcançar o alvo, ou seja, Jesus vencendo todas as limitações humanas em beneficio dos homens, pois seu sofrimento e morte era parte essencial do Plano de Deus para salvar a humanidade. Deus, por meio de Quem todas as coisas existem, sendo Onisciente, antes da fundação do mundo (como nos afirmam as Escrituras), elaborou o Plano divino com o propósito de trazer de volta aqueles que ELE criou para a sua glória. Para alcançar isso, não poupou seu único Filho, enviando para realizar uma Obra
Perfeita, Completa e Suficiente.
O Senhor permaneceu obediente e cumpriu sua missão.
“Ele foi obediente até a morte, e morte de cruz”. (Fp 2.8).
O sofrimento físico de Jesus começou no Getsêmani. Em Lucas diz: "E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra." (Lc 22.44).
Todos os truques têm sido usados por escolas modernas para explicarem esta fase, aparentemente seguindo a impressão que isto não podia acontecer. No entanto, conseguese muito consultando a literatura médica. Apesar de muito raro, o fenômeno de suor de sangue é bem documentado.
Sujeito a um stress emocional, finos capilares nas glândulas sudoríparas podem se romper, misturando assim o sangue com o suor. Este processo poderia causar fraqueza e choque. Atenção médica é necessária para prevenir hipotermia.
Após a prisão no meio da noite, Jesus foi levado ao Sinédrio e Caifás o sumo sacerdote, onde sofreu o primeiro traumatismo físico. Jesus foi esbofeteado na face por um soldado, por manter-se em silêncio ao ser interrogado por Caifás. Os soldados do palácio tamparam seus olhos e zombaram dele, pedindo para que identificasse quem o estava batendo, e esbofeteavam a Sua face.
De manhã cedo, Jesus, surrado e com hematomas, desidratado, e exausto por não dormir, é levado ao Pretório da Fortaleza Antônia, o centro de governo do Procurador da Judéia, Pôncio Pilatos, o governador romano presente em Jerusalém na época da Páscoa.
Jesus foi levado a Ele porque, de conformidade com a lei romana, os judeus não tinham autoridade para decretar pena de morte
Acusado pelos chefes dos sacerdotes e pelos líderes religiosos, Ele nada respondeu.
Então Pilatos lhe perguntou: “Você não ouve a acusação que eles estão fazendo contra você?”
Quando Pilatos percebeu que não estava obtendo nenhum resultado, mas, ao contrário, estava se iniciando um tumulto, mandou trazer água, lavou as mãos diante da multidão e disse: “Estou inocente do sangue deste homem; a responsabilidade é de vocês”.
Pilatos tornou-se o símbolo dos que tomam decisões religiosas à base da conveniência política, e não à base da verdade e justiça. Todo crente deve tomar cuidado para não transigir com a Palavra de Deus. Ele deve tomar posição por aquilo que é justo, e não por coisas que servirão apenas a suas ambições egoístas.
Então perguntou o governador: “Qual dos dois vocês querem que eu lhes solte?” Responderam eles “Barrabás!” Perguntou Pilatos: “Que farei então com Jesus, chamado Cristo?” Todos responderam: “Crucificao!”
Todo o povo respondeu: “Que o sangue DELE caia sobre nós e sobre nossos filhos!” Então
Pilatos soltou-lhes
Barrabás mandou açoitar Jesus e o entregou para ser crucificado.
Os açoites, antes da crucificação, eram um brutal costume romano, o qual fazia parte da punição capital. O açoite era feito de uma forte tira de couro, na ponta da qual havia um pedacinho de chumbo ou de outro metal, ou de osso. O número de açoites dependia do capricho do cruel executor. Com freqüência esse espancamento reduzia o corpo a uma massa de carne sangrenta
(ver Josefo, Guerras Judaicas, II.14.9, onde se menciona esse costume). Jesus foi entregue aos soldados, a fim de que recebesse esse castigo cruel.
As autoridades religiosas estavam solicitando o apoio do povo, na condenação de Jesus. Era uma multidão ao mesmo tempo maleável e tremendamente pervertida.
A Bíblia Sagrada em várias passagens falam acerca da deidade absoluta de Jesus.
São inúmeras as passagens que falam de maneira explicita que Jesus é Deus (Rm 9.5; Fp 2.5; Tt
2.14; Hb 1.8; 2 Pe 1.1) e ao mesmo tempo homem ( 1 Tm 2.5; 1 Jo 4.3). Jesus assumiu a forma humana para entrar no mundo; e o que a Bíblia chama de “mistério da piedade” (1 Tm 3.16).
“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.” (Jo 1.14).
Que maravilha! Um Deus se tornando humano, para habitar, ou seja, relacionar-se novamente com o homem que ELE criou e que se havia perdido. O Senhor Jesus conhece as fraquezas e dificuldades comuns aos homens, pois, Ele nasceu de mulher; sentiu dores; experimentou a tristeza em muitas situações, alegrou-se em outras; trabalhou com as mãos e do seu rosto escorreu o suor; viveu numa comunidade; muitas vezes sentiu fome e sede (podemos ver isso nos evangelhos).
Em resumo, o Senhor foi um homem comum. Despojado da glória celeste; sujeito aos mesmos erros e dissabores dos demais humanos. Com muito esforço e luta que conseguia ter comunhão com o Pai. Ele conseguiu e afirmou-nos que podemos também!
Ele sabe o quanto custa obedecer a Deus num meio que é hostil a Deus. E nós temos de aprender a obediência e exercitá-la em nossa vida.
Jesus provou ser verdadeiro homem e verdadeiro Deus.
A crucificação de Cristo
Crucificação era um método romano de execução. Neste ato combinavam-se os elementos de vergonha e tortura, e por isso o processo de era olhado com profundo horror. O castigo da crucificação começava com flagelação, depois do criminoso ter sido despojado de suas vestes.
No azorrague os soldados fixavam os pregos, pedaços de ossos, e coisas semelhantes, podendo a tortura do açoitamento ser tão forte que às vezes o flagelado morria em consequência do açoite.O flagelo era cometido o réu estando preso a uma coluna.
No ato de crucificação a vítima era pendurada de braços abertos em uma cruz de madeira, amarrada ou presa a ela por pregos perfurantes nos punhos e pés. O peso das pernas sobrecarregava a musculatura abdominal que, cansada, tornava-se incapaz de manter a respiração, levando à morte por asfixia. Para abreviar a morte os torturadores às vezes fraturavam as pernas do condenado, removendo totalmente sua capacidade de sustentação, acelerando o processo que levava à morte. Nos momentos que precedem a morte, falar ou gritar exigia um enorme esforço.
Assim fizeram com Jesus Cristo, com uma inscrição de poucas palavras: INRI, ou Iesus
Nazarenus Rex Ioderum – Jesus Nazareno, Rei dos Judeus.
Quanto os braços se cansam, grandes ondas de cãibras percorrem seus músculos, causando intensa dor. Com estas cãibras, vem a dificuldade de empurrar-se para cima. Pendurado por seus braços, os músculos peitorais ficam paralisados, e o músculos intercostais incapazes de agir. O ar pode ser aspirado pelos pulmões, mas não pode ser expirado.
Jesus luta para se levantar a fim de fazer uma respiração. Finalmente, dióxido de carbono é acumulado nos pulmões e no sangue, e as cãibras diminuem. Esporadicamente, Ele é capaz de se levantar e expirar e inspirar o oxigênio vital. Sem dúvida, foi durante este período que Jesus conseguiu falar as frases registradas nas Escrituras:
Jesus olhando para os soldados romanos, lançando sorte sobre suas vestes disse: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. " (Lc 23:.4)
Ao ladrão arrependido, Jesus disse: "Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso."
(Lc 23.43)
Olhando para baixo para Maria, sua mãe, Jesus disse: “Mulher, eis aí teu filho.” E ao atemorizado e quebrantado adolescente João, “Eis aí tua mãe.” (Jo 19.2627)
O próximo clamor veio do início do Salmo 22: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”
Ele passa horas de dor sem limite, ciclo de contorção, câimbras nas juntas, asfixia intermitente e parcial, intensa dor por causa das lascas enfiadas nos tecidos de suas costas dilaceradas, conforme Ele se levanta contra o poste da cruz.
Então outra dor agonizante começa. Uma profunda dor no peito, enquanto seu pericárdio se enche de um líquido que comprime o coração.
Lembramos o Salmo 22 versículo 14 “Derramei-me como água, e todos os meus ossos se desconjuntaram; meu coração fez-se como cera, derreteu-se dentro de mim.”
Agora está quase acabado a perda de líquidos dos tecidos atinge um nível crítico o coração comprimido se esforça para bombear o sangue grosso e pesado aos tecidos os pulmões torturados tentam tomar pequenos golpes de ar. Os tecidos, marcados pela desidratação, mandam seus estímulos para o cérebro.
Jesus clama “Tenho sede!” (Jo 19.28)
Lembramos outro versículo do profético Salmo 22 “Secou-se o meu vigor, como um caco de barro, e a língua se me apega ao céu da boca; assim, me deitas no pó da morte.”
Uma esponja molhada em vinagre, é levantada aos seus lábios. Ele, aparentemente, não toma este líquido. O corpo de Jesus chega ao extremo, e Ele pode sentir o calafrio da morte passando sobre seu corpo. Este acontecimento traz as suas próximas palavras provavelmente, um pouco mais que um torturado suspiro “Está consumado!”. (Jo 19.30)
Sua missão de sacrifício está concluída. Finalmente, ele pode permitir o seu corpo morrer.
Com um último esforço, Ele mais uma vez pressiona o seu peso sobre os pés contra o cravo, estica as suas pernas, respira fundo e grita seu último clamor:“Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito!” (Lc 23.46).
Para não profanar a Páscoa, os judeus pediam para que os réus fossem despachados e removidos das cruzes. O método comum de terminar uma crucificação era por crucificatura, quebrando os ossos das pernas. Isto impedia que a vítima se levantasse, e assim eles não podiam aliviar a tensão dos músculos do peito e logo sufocaram. As pernas dos dois ladrões foram quebradas, mas, quando os soldados chegaram a Jesus viram que não era necessário.
Aparentemente, para ter certeza da morte, um soldado traspassou sua lança entre o quinto espaço das costelas, enfiado para cima em direção ao pericárdio, até o coração. O verso 34 do capítulo 19 do evangelho de João diz: "E imediatamente verteu sangue e água." A água era saída de fluido do saco que recobre o coração, e o sangue do interior do coração.
Jesus venceu a morte
A ressurreição de Cristo é um acontecimento real que teve manifestações historicamente comprovadas como o testifica o Novo Testamento. O apostolo Paulo, no ano 56 d.C, pôde escrever aos Coríntios: "Porque vos transmiti, em primeiro lugar, o que por minha vez recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras; que foi sepultado e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras; que se apareceu a Cefas e depois aos Doze"(1Cor 15.34).
A Ressurreição de Cristo – e o próprio Cristo ressuscitado é princípio e fonte de nossa ressurreição futura: "Cristo ressuscitou dentre os mortos como primícia dos que dormiram... do mesmo modo que em Adão morrem todos, assim também todos reviverão em Cristo" (1Cor 15.
20.22).
Cristo ressuscitado vive no coração de seus fiéis. Nele os cristãos "saboreiam os prodígios do
mundo futuro" (Hb 6,5) e sua vida é transportada por Cristo ao seio da vida divina "para que já
não vivam para si os que vivem, mas para aquele que morreu e ressuscitou por eles" (2Cor 5.15).
Conclusão
Assim com o as Escrituras nos afirmam, assim a Igreja crê, que Jesus Cristo é verdadeiro Deus,
Filho de Deus feito homem, a Segunda Pessoa da Trindade, que assumiu uma natureza humana e que por isso possui não só a natureza divina mas também uma natureza humana: duas naturezas numa só Pessoa Divina. O homem que, na sua vida terrena, foi conhecido como
Jesus de Nazaré, não era uma pessoa humana unida, como disse Nestório, de um modo único, com uma unidade moral, com a Pessoa do Filho de Deus. Ele era Deus, Filho Único do Pai, que se fez homem para a salvação dos homens.
A missão de Cristo é a salvação dos homens. “O Filho de Deus fez-se homem para que os filhos dos homens pudessem chegar a ser filhos de Deus” (cf. Agostinho, Epist. 140.3.9; Patrologia
Latina 3 3 :5 4 1 ).
“O Verbo fez-se carne para que os homens pudessem participar da vida divina” (Atanásio, Inc. 54). Estas palavras expressam a missão de Cristo: Ele veio para salvar os homens. E para que isso fosse alcançado, cumpriu toda a vontade do Pai, “e, achado na forma de homem, humilhou sem a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cru z.” (Fp 2.8). Louvado Deus!
Colaboração para Portal Escola Dominical – Profª. Jaciara da Silva
FONTE PORTAL EBD