PORTAL ESCOLA DOMINICAL
SEGUNDO TRIMESTRE DE 2013
A FAMÍLIA CRISTÃ NO SÉCULO XXI: Protegendo seu lar dos ataques do inimigo
COMENTARISTA: ELINALDO RENOVATO DE LIMA
COMENTÁRIOS - EV. CARAMURU AFONSO FRANCISCO
ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP
LIÇÃO Nº 10 – A NECESSIDADE E A URGÊNCIA DO CULTO DOMÉSTICO
A família somente cumprirá o papel que lhe está destinado pelo Senhor se for um altar onde se possa manifestar a presença do Senhor.
INTRODUÇÃO
- Tudo que temos estudado a respeito da família neste trimestre é dependente de uma vida devocional que permita a contínua adoração a Deus na família por parte de seus integrantes. O grande segredo da manutenção da esperança do povo de Israel em Deus, apesar da rejeição de Jesus Cristo, está na vida devocional familiar que foi estabelecida desde os primórdios da história daquele povo e é na manutenção de uma vida devocional familiar, que os cristãos poderão resistir aos ataques do adversário e constituir uma igreja vitoriosa que será arrebatada ao término desta dispensação.
- A vida devocional familiar é denominada, comumente, de “culto doméstico” e é a mola mestra de toda a prática que conduz a família a uma vida de santidade, de direção do Espírito Santo e que se constitui no segredo para a vitória da família sobre o mal e, consequentemente, de toda a igreja do Senhor.
I – O CULTO DOMÉSTICO COMO ELEMENTO DE SALVAÇÃO OU PERDIÇÃO NAS ESCRITURAS SAGRADAS
- "Lar" é uma palavra latina cujo significado primeiro é o de um local, nas antigas residências romanas, em que se procedia à adoração dos antepassados familiares. Normalmente, como nos ensina o historiador francês Foustel de Coulanges em seu livro "A Cidade Antiga", havia um compartimento nas casas romanas onde somente poderiam entrar os membros da família, onde eram cultuados os antepassados familiares, os chamados "deuses lares". Normalmente, havia um altar em honra a estas divindades e um fogo que nunca se apagava, onde se realizava tal adoração.
- Vê-se, portanto, que a ideia do "lar" está vinculada a ideia de uma ligação espiritual entre os membros de uma mesma família, ou seja, o lar é a própria unidade espiritual dos integrantes de uma família. Para os romanos, a família possuía, sobretudo, um vínculo sobrenatural entre os seus membros, tendo sido os próprios juristas romanos que tornaram célebre a famosa definição de casamento, atribuída a Modestino, segundo a qual o casamento estabelece a "união divina e humana que gera uma vida em comum entre um homem e uma mulher", definição que foi parcialmente acolhida pelo nosso novo Código Civil no seu artigo 1511.
- Estas noções romanas estão perfeitamente consonantes com o que a Bíblia Sagrada fala a respeito da família. Ao criar a família, Deus estabeleceu que o papel do homem como dominador sobre toda a criação sobre a terra estava indissociavelmente relacionado com a vida em família. Quando observamos que Deus determinou que o homem dominasse sobre a criação na terra (Gn.1:26), logo percebemos que este papel estava destinado a um ser sexuado, que fosse macho e fêmea (Gn.1:27), assim como verificamos que este domínio somente se tornaria possível na medida em que o homem frutificasse e se multiplicasse sobre a face da terra (Gn.1:28). A vida familiar, portanto, não se restringiria a aspectos físicos ou naturais, mas estava relacionada com a própria sobrenaturalidade do homem, representada aqui pela noção de domínio sobre a natureza.
- A vida familiar, ademais, estava destinada a suprir um sentimento de solidão que Deus observou em Adão, quando este nomeou todos os seres viventes (Gn.2:18-20). A família, portanto, tinha um papel de suprimento de necessidades existenciais e afetivas do homem, sendo ela uma solução de Deus para o ser humano e não um problema, como, infelizmente, tem sido nos nossos dias.
fonte portal ebd