PORTAL ESCOLA DOMINICAL
JUVENIS – CPAD
3º Trimestre de 2013
Tema: FUNDAMENTOS DA NOSSA FÉ
COMENTARISTA: Israel de Santana Brito
LIÇÃO 5 - OS DONS DO ESPÍRITO SANTO
TEXTO BÍBLICO: 1Co 12.4-11
ENFOQUE BIBLICO
“Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer” 1Co 12.11.
OBJETIVOS
Enumerar os dons espirituais, descrevendo a sua necessidade e importância na vida cristã.
Estabelecer uma relação entre dons ministeriais e espirituais.
Diferenciar o Fruto do espírito dos dons espirituais.
INTRODUÇÃO
Nesta lição procuraremos uma melhor compreensão sobre os dons espirituais, de sua necessidade e importância para nossas vidas. Também entenderemos que o ministério e os dons espirituais caminham juntos e que impossível a manifestação dos dons de forma liberal onde falta o fruto do Espírito. Portanto veremos como pentecostais que há uma necessidade grande de buscar um enchimento real do Espírito Santo e o revestimento que é o batismo com o Espírito Santo e buscar de modo veemente os dons.
OS DONS ESPIRITUAIS E A SUA IMPORTANCIA NA VIDA CRISTÃ.
O Reino de Deus é poder, a fonte desse poder é o próprio Deus, para constituir este Reino foi dado dons aos homens. Mas o que significa ter ou receber dons? Ao aceitar a Cristo como Salvador e Senhor, a pessoa recebe o Poder para se tronar filho de Deus (Jo 1.12). Para nós os Pentecostais, cremos não só no enchimento do Espírito Santo, para geração do fruto, como também no batismo com o Espírito Santo (Lc 24.48,49; At 1.4,5,8).
O batismo como Espírito Santo, é uma promessa do Pai, Jesus comunicou aos seus discípulos que eles receberiam poder ao receber o batismo com o Espírito Santo. É o Espírito Santo, quem transmite o poder de Deus por intermédio dos Dons espirituais. Os canais pelos quais o Espírito Santo revela o poder de Deus são os dons, que pela instrumentalidade dos homens que os recebem e fazem bom uso deles (1Co 12.7-11).
A palavra dom vem do grego, “charisma”, entendemos que o batismo com o Espírito Santo é um dom, pois capacita a pessoa para o serviço (1Co 12.7; 2Co 10.4,5). Ao ser batizado com o Espírito Santo, o crente recebe uma nova dimensão de vida, vindo daí uma visão espiritual maior, e, incentivos para buscar bênçãos e se aprofundar na comunhão com Deus (Fp 3.12,13; 1Co 14.2,28; 1Co 14.4,15,17). O Espírito Santo não é recebido por méritos e nem existem métodos para recebê-lo, não existe datas ou locais específicos e nem postura corporal exigida.
O que existe são condições, como: arrependimento, obediência, busca ardente, com perseverança e desejo ardente para recebê-lo. A igreja é a plataforma do Espírito, o lugar onde se expõe os planos de governo (Mt 21.42,43; At 14.22; Mc 16.15-20). É o Espírito Santo quem administra a Palavra, as missões, a separação de obreiros, as lideranças, as responsabilidades sociais etc., para tal ele equipa a igreja com vários dons.
Palavra da sabedoria – É a participação parcial da infinita sabedoria de Deus, dada a conhecer através da instrumentalidade de um crente, para a solução de problemas. É diferente da sabedoria natural ou adquirida nos livros (1Co 12.8; At 6.10).
Palavra do Conhecimento – É a revelação de ações e fatos, que se baseiam no perfeito conhecimento de Deus (At 5.3,4; 27.23-25).
Discernimento de Espírito – É um atributo de Deus pelo qual se conhece absolutamente todas as coisas e tem autoridade para julgar (1Cr 28.9; Jr 17.9,10). E compreender aquilo que o entendimento humano jamais pode alcançar (1Co 2.9,10).
Dom da Profecia – Falar na própria língua na unção do Espírito santo, é a voz do Espírito. A profecia edifica, exorta, consola, prediz, ela não é fonte de consulta, ou meio de obter direção, seja natural ou espiritual. Jesus é o Único Mediador entre Deus e o homem.
Dom de Línguas – É uma língua nunca estudada antes pelo que fala. É uma mensagem do Espírito Santo em línguas estranhas à igreja.
Interpretação das Línguas – é feita sobrenaturalmente, as palavras são dadas por revelação, sem esse dom a mensagem em línguas não tem utilidade (1Co 14.13).
Dom da Fé – Não é a fé natural e nem a comum para a salvação, trata-se de uma fé sobrenatural e especial. É quando o homem desaparece a exemplo dos heróis da fé, a fé apareceu na hora do impossível (Hb 11).
Dons de Curar – Pode ser gradualmente ou instantâneo, trata-se também de uma fé para curar de modo especial.
Operação de Milagres – É um efeito no mundo físico, distinto das leis da natureza ou que sobrepuja ao nosso conhecimento dessas leis. Ex: multiplicações de pães e peixes; abrir os olhos de cegos de nascença; andar em cima das águas; mandar que o vento se aquiete; o paralitico que ficava na porta do templo e etc.,
Há, portanto uma urgente necessidade de se encher do Espírito, ser batizado com o Espírito Santo. E não apenas isto, mas nos colocarmos com urgência a disposição do Administrador que Governa com Saber ilimitado, usando-nos com os seus dons.
DONS MINISTERIAIS VERSUS DONS ESPIRITUAIS.
Com já vimos é do Espírito a responsabilidade administrativa da igreja, para isto ele faz parceria com homens, que foram chamados por Cristo (Ef 4.12-16). O que é chamado de ministério, como verá a seguir.
Ministério da Edificação (Ef 4.12-16):
Apóstolos – estes deveriam mostrar provas de terem vividos com Jesus ou com os apóstolos.
Profetas – homens de declarações inspiradas, que se distingue dos pregadores normais.
Evangelistas – mensageiros de boas novas, recebem a mensagem do Espírito.
Pastores – apascentador, guarda, é o que conduz o rebanho ao pasto (Sl 23).
Mestres – chamados para tirar as duvidas doutrinarias.
Ministério Interno (1Co 12.28):
Apóstolos – Enviado com uma missão especifica.
Profetas – Declara a mente de Deus ao povo, ministério que vê as necessidades momentâneas.
Mestres – Dever especial de ensinar aos membros as doutrinas pratica.
Operadores de Milagres – Pessoas usadas na operação de obras poderosas.
Cura – Pessoa que oram e Jesus cura – restauração especial.
Socorro – Atender os pobres, fracos ou doentes.
Governo – Pessoas que trabalham na administração da igreja ajudam a mantê-la viva como organização.
Variedades de Línguas – Dom de falar em outras línguas.
Observando as listas e os textos bíblicos em Efésios o ministério é especifico, reservado e de maiores responsabilidades. Já os de Coríntios são obreiros internos e usados em trabalhos na própria igreja local, podendo sim expandir, mas a principio o texto revela o Espírito santo agindo nos crentes de modo geral.
Há uma correlação entre os dons do Espírito e o Ministério, primeiro porque quem cuida do ministério é o Espírito Santo. Não há duvida que um Mestre fala usado no dom da Palavra da Sabedoria e do Conhecimento. É impossível Socorrer alguém em suas necessidades sem estar cheio do Espírito, socorrer aqui é atender os pobres conforme a Bíblia (Tg 2.13-16), sem que haja sentimento político ou qualquer tipo de exaltação.
Ninguém que seja cheio do Espírito pode estar na igreja sem nada fazer. O administrador tem lugar para todos (Rm 12.3-8).
Você pode:
Ministrar;
Ensinar;
Exortar;
Repartir com liberalidade;
Presidir com cuidado;
Exercitar misericórdia com alegria;
Honrar outros membros do corpo de Cristo;
Compartilhar com os santos em suas necessidades;
Seguir a hospitalidade;
Chorar com os que choram.
Que Deus nos ajude a sermos eficazes (1Pe 4.7-11)
A DIFERENÇA ENTRE O FRUTO DO ESPIRITO E OS DONS ESPIRITUIAS.
Tanto o Fruto como os dons são importantes para o crente, na igreja de Corinto, havia uma grande manifestação dos dons, mas pouca do Fruto. Então primeiro o Fruto e na seqüência os dons, pelo Fruto se conhece o salvo, mas ser usado nos dons não significa que esteja salvo (Mt 7.22). Para que haja uso dos dons de modo correto é preciso que haja caridade (1Co 13.1-3). O uso de qualquer dom sem a caridade é inútil, o fruto do Espírito domina o portador do dom.
Com certeza muitos já viram pessoas exaltadas porque oraram e o doente foi curado, outros orgulhosos porque profetizam. Alguns até fazem questão de serem respeitados por serem usados com alguns dons. É uma pena que isto aconteça, pois a Bíblia diz que o fruto domina o portador do dom e quem tem a caridade não se exalta, pelo contrario se humilha cada vez mais na presença de Deus (1Co 13.4,5; 14.33).
Não pode haver qualquer tipo de sentimentos negativos (Pv 16.32), os maiores perigos que rondam os portadores dos dons são: orgulho, a pessoa quer ser notável, não aceitando passar por humilhação; o interesse próprio, a falta de amor é algo notável em nossos dias por alguns que são usados com os dons na igreja. O diabo queria que Jesus satisfizesse seus interesses, transformando as pedras em pães (Lc 4.1-19).
Os crentes de Corinto, são chamados de meninos (1Co 14.20), pelo desprezo que faziam ao fruto, se tornaram imaturos espirituais. A imaturidade espiritual prejudicou o uso dos dons naquela igreja, eles estavam agindo como meninos de forma inconstantes. Um menino tem todas as emoções com a mesma facilidade, ao mesmo tempo em que chora por algo ele também pode rir. O menino é levado pelos sentimentos ele fica zangado, sente se importante, logo pode estar sonhando com algo importante, gosta mais do que é doce do que de alimentos sólidos que lhe trás saúde.
O menino é capaz de fazer muitas coisas como se esquecer dos comportamentos, ou então ele se isola, (quantos crentes que fica em casa melindrado, mas é “profeta”). Qual o menino que gosta de conselhos? Mas o menino pela ordem natural da biologia cresce, desenvolve e se torna adulto, amadurece e deixa as coisas de menino. Paulo fala a igreja de Corinto que a vida espiritual e desenvolvida pelo fruto do Espírito que faz com que o crente cresça.
Um crente que tem maturidade não ultrapassa os limites no uso dos dons (1Co 4.6), as manifestações dos dons na vida deles não conflita com a Palavra de Deus. Não pode haver contradição entre a manifestação do Espírito e o uso da Palavra (2Pe 1.21). Cada portador dos dons deveria ter conhecimento que ele como ser humano é apenas um pequeno recipiente e deve se portar e conservar na humildade, deixando Deus usá-lo. Quem agir assim aceitando a Palavra de Deus caminhará com certeza para a perfeição.
Outra coisa interessante a ser respeitada no uso dos dons é concernente a doutrina, os dons espirituais não é para doutrinar a igreja. Esta particularidade é da Palavra de Deus, alguns desavisados pensam que estão acima do bem e do mal ao invés de deixarem Deus usá-los, eles tentam fazer o contrario e saem por ai profetizando o que as pessoas devem fazer ( 1Rs 13; Gl 1.8). Quando o uso dos dons é feito na orientação do Espírito e o portador esta cheio do fruto, o Espírito Santo, age com liberdade de ação,. Neste ultimo caso há crescimento espiritual e físico da igreja (At 9.31; 5.32; Gl5.25).
CONCLUSÃO
Se a igreja desprezar os dons ela perderá seu brilho, nada pode substituí-los, portanto devemos buscá-los com veemência. Os dons não são de uma pessoa em particular é dado à igreja e para que seja usado na igreja e pelos membros da mesma. (1Tm 4.14)
OBRAS CONSULTADAS
· PEARLMAN, Myer – Conhecendo as doutrinas da Bíblia – Editora Vida, 15ª impressão, 1990.
· JR, Floyd C. Woodworth, Fundamentos da Verdade, ICP, 1988
· BERGSTÈN Eurico – Teologia Sistemática, CPAD, 1984 – 3ª Edição
· BIBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL – CPAD
· RODRIGUES, Jair – O Espírito Santo – Apostila, 1997
Colaboração para Portal Escola Dominical – Pr. Jair Rodrigues
fonte portal ebd