A Paraíba registrou até junho deste ano 630 casos suspeitos de hepatites virais, o que aponta a ocorrência de 32,6 novos casos da doença por mês. Destes, 196 foram confirmados, segundo dados do Núcleo de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST)/Aids e Hepatites Virais da Secretaria de Estado de Saúde (SES). No ano passado, foram 2.950 notificações de casos suspeitos da doença em todo o Estado e 535 deles confirmados.
Ainda conforme os dados, do total de casos de hepatites virais confirmados no ano passado, 161 eram do tipo A, 223 do tipo B e 151 do C. Já as confirmações deste ano mostram que nos primeiros 6 meses houve o registro de 102 casos de hepatite A, 58 de hepatite B e 36 casos de hepatite C. De acordo com o setor, existe ainda a variação D da doença, mas na Paraíba circulam apenas os vírus A, B e C da doença.
Em alusão ao Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais, comemorado no dia 28 de julho, a SES, por meio da Gerência Executiva de Vigilância em Saúde e Gerência Operacional de DST/Aids e Hepatites Virais, realizou um seminário, durante todo o dia de ontem, para os profissionais de saúde. O evento ocorreu no auditório do Centro Formador de Recursos Humanos da Paraíba (Cefor-PB), em João Pessoa.
De acordo com a gerente operacional de DST/Aids e Hepatites Virais da SES Ivoneide Lucena, o seminário estadual é de extrema importância para os profissionais de saúde devido à troca de experiências. “Este é um momento de muita troca de informação e experiência, onde os trabalhadores de saúde discutirão o cuidado às pessoas com hepatites virais. Um momento também de divulgação do serviço que está sendo prestado para o usuário, como no Clementino Fraga, e para se discutir sobre o cuidado integral com as pessoas que vivem com Hepatites B e C no Estado”, considerou.
O principal objetivo do seminário foi de reunir os profissionais da Vigilância Epidemiológica e da Atenção Básica de vários municípios para implementar as informações sobre o agravo, no que se refere a notificação, investigação e diagnóstico, através da solicitação e interpretação dos marcadores sorológicos. Além disso, houve o debate sobre a ampliação da faixa etária da vacina, que nesta semana passou a abranger pessoas com até 49 anos de idade.
Ivoneide Lucena destacou que no Hospital Clementino Fraga, em João Pessoa, é oferecido gratuitamente o tratamento para pessoas diagnosticadas com hepatites virais, que vai desde o acompanhamento médico, através de uma equipe multiprofissional, que envolve nutricionistas, psicólogos, médicos, enfermeiros, entre outros, bem como a dispensação dos remédios, que também são distribuídos nos Centro de Medicamentos Excepcionais (Cedmex).
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com jornaldaparaiba