ADOLESCENTES - Lição 7: Quem precisa de amigos?

3° Trim. 2013 - ADOLESCENTES - Lição 7: Quem precisa de amigos?
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
ADOLESCENTES – CPAD
3º Trimestre 2013
Tema: A vida em sociedade
Comentarista: Esdras Costa Bentho


LIÇÃO 7 – QUEM PRECISA DE AMIGOS?

Ao Mestre
Amado (a) o atual século traz grandes desafios à fé cristã. Somente com o ensino da Palavra de Deus, oração e dedicação é possível viver no mundo e mantermos a integridade cristã.

O adolescente está em uma fase de transição, nesta faixa etária é imprescindível que o professor (a) esteja preparado para expor de forma clara e concisa as verdades bíblicas, desfazendo os conceitos antagonistas e paradoxal hoje explicito na mídia e no sistema educacional.
O professor (a) de EBD dever ser um modelo vivo da fé cristã, para que os adolescentes adotem a postura cristã com hábitos sadios, estimulando-os a manterem-se íntegros em meio à corrupção moral instaurada em nossos dias.
A melhor maneira de aprofundar as raízes de nossa vida espiritual é o ensino sistemático e permanente da Palavra de Deus, sem emendas, sem inovações, ensinando como ela é.
Deus vos abençoe.


Objetivo
Professor (a) ministre sua aula de forma que possa conduzir o aluno a:
Valorizar as amizades cristãs, dedicando-se a ser e a manter verdadeiros amigos.


Para refletir
“Em todo o tempo ama o amigo; e na angústia nasce o irmão.”(Pv 17.17 – ARC).

“(...) Muitas pessoas são amigas de ocasião, ficam por perto quando a amizade os beneficia e afasta-se quando não conseguem tirar proveito do relacionamento. Pense sobre seus amigos e avalie sua lealdade para com eles. Seja o tipo de amigo verdadeiro que a Bíblia nos encoraja a ser” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal – CPAD – pg. 854).


Texto Bíblico em estudo:  1 Sm 18.1-5.

Introdução
A amizade entre Davi e Jonatas nasceu espontânea, de forma voluntária (18.1-3), e permaneceu durante as perseguições (20.30-34,41) e continua depois da morte de Jonatas (2 Sm 9.7,13). Essa amizade foi tão extensa que se tornou proverbial entre os israelitas.


Amigo para todas as horas
“Saul e Davi terminaram a sua conversa. Jônatas, filho de Saul, começou a sentir uma profunda amizade por Davi e veio a amá-lo como a si mesmo”(1 Sm 18.1 – NTLH)

Um amigo fiel é um poderoso refúgio
Quem o descobriu...  descobriu um tesouro.

Um amigo fiel não tem preço,
é imponderável o seu valor.

Um amigo fiel é um bálsamo vital
e os que temem o Senhor o encontrarão.

A amizade entre Jônatas e Davi era uma aliança de amor, um exemplo de amizade que tem muito a nos ensinar sobre o real significado e importância da amizade verdadeira.
Na literatura das ciências sociais que tratam sobre o tema, a amizade é vista em geral como uma relação afetiva e voluntária, que envolve práticas de sociabilidade e ajuda mútua e necessita de algum grau de equivalência ou igualdade entre amigos.
           
AAmizade é um bem que infelizmente tem se tornado cada vez mais difícil de ser encontrado. Muitos se chamam amigos, mas a palavra já perdeu muito de seu real significado.
 
A palavra amigo é cheia de significado como se pode ver pelo texto de 1 Sm. 18.1:
”Sucedeu que, acabando Davi de falar com Saul, a alma de Jônatas se ligou com a de Davi; e Jônatas o amou como à sua própria alma.” Esta passagem nos mostra que uma amizade verdadeira é estabelecida por um vínculo muito forte, o vínculo do amor fraternal.

A amizade que nasceu no coração de Jônatas e Davi era algo tão profundo que levou Jônatas a arriscar-se em favor de seu amigo.
Em 1 Sm 20.33 Saul tenta matá-lo por estar defendendo Davi: “Então, Saul atirou-lhe com a lança para o ferir; com isso entendeu Jônatas que, de fato, seu pai já determinara matar a Davi.”

Jônatas, que parecia ter dificuldades em acreditar que seu pai ainda queria matar a Davi (1 Sm 20.2: “Ele lhe respondeu: Tal não suceda; não serás morto. Meu pai não faz coisa nenhuma, nem grande nem pequena, sem primeiro me dizer; por que, pois, meu pai me ocultaria isso? Não há nada disso.”), agora tinha motivos de sobra pra crer que Saul estaria pronto a tudo para eliminar Davi, até mesmo matar seu próprio filho.

A princípio Jônatas tinha porque duvidar que seu pai ainda quisesse matar Davi, pois ele havia lhe jurado que não o faria (1 Sm. 19.6: “ Saul atendeu à voz de Jônatas e jurou: Tão certo como vive o Senhor, ele não morrerá.”). Porém as atitudes de Saul  durante a Festa de Lua Nova não deixavam mais dúvidas de que aquele juramento não seria cumprido.
           
Jônatas agora sabia que se sua amizade com Davi fosse mantida, ele perderia o trono. Contudo isso não foi razão forte o suficiente para abalar aquela aliança de amor firmada entre Jônatas e Davi. Jônatas não estava disposto a abrir mão desta amizade por coisa alguma.
           
Davi também correu riscos em virtude de sua amizade com Jônatas. Após a morte de Jônatas Davi procurou saber se ainda havia algum descendente de Saul vivo: Disse Davi: Resta ainda, porventura, alguém da casa de Saul, para que use eu de bondade para com ele, por amor de Jônatas?” 2 Sm. 9.1. Ao ser informado de que havia um filho de Jônatas vivo Davi o levou para morar no palácio e comer da sua mesa:”Trabalhar-lhe-ás, pois, a terra, tu, e teus filhos, e teus servos, e recolherás os frutos, para a casa de teu senhor tenha pão que coma; porém Mefibosete, filho de teu senhor, comerá pão sempre à minha mesa. Tinha Ziba quinze filhos e vinte servos”.  2 Sm. 9.10.

O mais comum em uma situação como aquela seria procurar eliminar todos os descendentes de Saul já que estes poderiam procurar promover um levante ou o assassinato de Davi para recuperar o trono, no entanto, Davi ao invés de temer perder o trono e quem sabe a sua própria vida corre o risco por amor a Jônatas. Ë preciso lembrar que Jônatas era amigo de Davi e o amava, mas Mefibosete não necessariamente.
           
No Novo Testamento nós também temos o exemplo de Epafrodito que foi outro a não se importar em correr riscos por uma verdadeira amizade. Paulo era acusado de traição ao Império Romano, e esta era uma acusação grave. Paulo poderia ser condenado a morte e, quando um prisioneiro era condenado a morte, quem estava com ele deveria morrer também. Mesmo sabendo disso, Epafrodito abandona sua cidade, sua casa, todos os seus e vai para Roma cuidar de Paulo. Isso é amizade verdadeira, isso é comprometimento. Que coisa maravilhosa é ter amigos assim. Felizes são aqueles que podem ser e contar com amigos deste porte.


Amigo honesto, amigo da onça
Qualquer um pode ficar ao seu lado quando você está certo, mas um amigo verdadeiro permanece ao seu lado mesmo quando você está errado... mas não calado, o avisa do mal, o aconselha... não te deixa mesmo quando você não compreende sua argumentação.

Para desenvolver uma amizade profunda são necessárias certas prioridades:
Reconhecer a necessidade de se ter amigos. Em nossa sociedade repleta de pressões, precisamos de um amigo em quem confiar e com quem possa ter conversas objetivas.

De tudo que a Bíblia fala sobre amizades, devemos aproveitar algumas lições importantes. Entre elas:
  • Escolher cuidadosamente os nossos amigos, evitando amizades que nos levariam ao pecado.
  • Valorizar amigos que nos corrigem quando erramos.
  • Cortar amizades que prejudicam a nossa vida espiritual, especialmente quando os "amigos" incentivam o pecado e participação em religiões falsas.
  • Ser amigos fiéis e de confiança, especialmente nos momentos difíceis quando os amigos mais precisam de nós.
  • Sempre manter nossa relação com Deus acima de qualquer amizade humana, confessando a nossa fé no meio de uma geração perversa.

Quando se trata de amizade, devemos valorizar qualidade, e não quantidade: "O homem que tem muitos amigos pode congratular-se, mas há amigo mais chegado do que um irmão" (Pv 18.24).


Conclusão
Uma vez que escolhemos bons amigos, devemos ser bons amigos! As Escrituras nos aconselham sobre as responsabilidades de companheiros fiéis. Amigos contam com a presença uns dos outros: "Mais vale o vizinho perto do que o irmão longe(Pv 27.10).

"O olhar de amigo alegra ao coração; as boas-novas fortalecem até os ossos”(Pv 15.30). Por outro lado, não devemos abusar da amizade, causando aborrecimentos:

Não devemos abandonar nem trair os nossos amigos (Pv 27.10).

Amigos verdadeiros não são interesseiros, mas aqueles companheiros fiéis que ficam ao nosso lado, nos bons tempos e nos maus: "Em todo tempo ama o amigo, e na angústia se faz o irmão" (Pv 17.17).
A amizade verdadeira traz benefícios mútuos.


DINÂMICA
LIÇÃO 7 – QUEM PRECISA DE AMIGOS?
Somos amigos?

Modalidade: reflexão

Objetivo: Conhecer mais nossas relações com as pessoas e perceber qual a influência delas sobre nossa vida.

Material:Papel em branco e caneta para todos os participantes.

Como Fazer:
1. Todos recebem uma folha em branco e marcam um ponto bem no centro dela. Este ponto representa o desenhista.
2. Desenhar diversos pontos nas extremidades da folha, significando cada pessoa com quem você tenha relação, seja boa ou má; pessoas que você influencia ou que influenciam você (pode-se escrever junto o nome ou as iniciais).
3. Traçar flechas do ponto central, você, para os pontos periféricos, as pessoas que estão em sua volta, segundo o código que segue:
a) --> Flecha com a ponta para fora: pessoas que influencio ou que aprecio.
b) <-- a="" com="" de="" dentro:="" flecha="" gostam="" influenciam="" me="" mim.="" ou="" p="" para="" pessoas="" ponta="" que="">
c) <--> Flecha em duplo sentido: a relação com esta pessoa é mutuamente respondida.
d) <- -=""> Flecha interrompida: relação cortada.
e) <-> Flecha interrompida por uma barra: relação através de intermediários.
f) <-> Flecha interrompida por muro: relação com um bloqueio que impede o seu pleno êxito.
4. Avaliar o seu desenho e Responder:
a) Ficou fora do meu desenho algum parente mais próximo?
b) As relações que me influenciam estão me ajudando?
c) As relações que possuem barreiras ou que estão interrompidas podem ser restauradas?

5. Avaliar se a dinâmica acrescentou algo de bem em minha vida. Descobri algo?

Aplicação:
“Não abandones o teu amigo, nem o amigo de teu pai,(...)  melhor é o vizinho perto do que o irmão longe.”(Pv. 27.10)

Devemos ter atitudes que demonstrem que temos em nós o amor de Deus. Se formos amigos verdadeiros, também encontraremos amigos leais.

Um amigo de verdade, sempre deseja o nosso bem, por isso sempre nos fala a verdade, mesmo que não gostemos na hora...
Pense nisso, e influencie seus amigos.

                                                                        (Adaptação)

Colaboração para Portal Escola Dominical – Profª. Jaciara da Silva
fonte  portal ebd