Se um pedaço de ferro pudesse falar, o que diria? Ele diria: ‘Eu sou escuro, eu sou frio, eu sou duro’. Bem verdade! Mas coloque esse pedaço de ferro no fogo e espere um pouco, até que o fogo tenha demonstrado seu poder. O que ele diria agora? A escuridão se foi, o frio se foi, a dureza se foi, o ferro passou por uma transformação.
Muitos cristãos admiram o sucesso dos que o conseguiram por meios ilícitos ou duvidosos, invejam suas conquistas, sua influência e seu reconhecimento. Também olham para personalidades duvidosas do mundo do cinema ou da música e desejam um naco de sua “sorte”. Nos filmes e na televisão, essas celebridades são heróis, mas vivem cometendo adultério, trocando de parceiro, praticando violência, enganado os outros ou falando contra Deus.
William MacDonald escreve: “Nos tornamos vítimas entusiasmadas de programas televisivos imbecis ... De bom grado permitimos ser ‘prensados dentro do formato deste mundo’ (Rm 12.2), assumimos sua maneira de falar, de se divertir e de pensar”.[1] Não deveríamos admirar a prosperidade daqueles que não buscam um relacionamento com o Senhor Jesus, “porque o Senhor abomina o perverso” (v.32) e “as más conversas corrompem os bons costumes” (1 Co 15.33; veja também Fp 3.18-19).
Lemos sobre os nove aspectos do fruto do Espírito: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências. Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito. Não nos deixemos possuir de vanglória, provocando uns aos outros, tendo inveja uns dos outros” (Gl 5.22-26).
Muitos podem estar se perguntando como se transforma isso em prática de vida. C.H. Spurgeon nos fornece uma boa diretriz nesse sentido:
Se um pedaço de ferro pudesse falar, o que diria? Ele diria: ‘Eu sou escuro, eu sou frio, eu sou duro’. Bem verdade! Mas coloque esse pedaço de ferro no fogo e espere um pouco, até que o fogo tenha demonstrado seu poder. O que ele diria agora? A escuridão se foi, o frio se foi, a dureza se foi, o ferro passou por uma transformação. Mas se esse pedaço de ferro pudesse falar, com certeza não iria louvar a si mesmo, uma vez que ferro e fogo são duas coisas bem distintas. Se ele pusesse se gloriar, iria se gloriar do fogo, que o transformou em um material bem diferente. – Assim, em mim mesmo eu sou escuro, frio e duro; mas quando o Senhor toma posse de minha alma, quando Seu Espírito penetra em meu coração e fico repleto do Seu amor, então vai embora tudo que é tenebroso, toda a dureza e toda a frieza, e mesmo assim a honra não cabe a mim, mas ao Senhor que fez a obra.
Quem se entrega incondicionalmente ao Senhor experimentará transformação.
(Norbert Lieth - http://www.chamada.com.br)
Notas:
- fest und treu, 1/2011, p.3.
- idem, p.18.
Publicado anteriormente na revista Chamada da Meia-Noite, outubro de 2011.