Lição 9 - O Tempo para Todas as Coisas


LIÇÕES BÍBLICAS - 4º Trimestre de 2013 - CPAD - Para jovens e adultos
Tema: Sabedoria de DEUS para uma vida vitoriosa - A atualidade de Provérbios e Eclesiastes.
Comentário: Pr. José Gonçalves
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva
Questionário
NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
 

TEXTO ÁUREO"Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu" (Ec 3.1).
 

VERDADE PRÁTICAO tempo e o espaço em que vivemos são limitados, por isso, devemos ser bons despenseiros de DEUS nesta vida.
 

LEITURA DIÁRIASegunda - Ec 1.4A transitoriedade da vida
Terça - Ec 3.11A eternidade de DEUS
Quarta - Ec 9.11,12O homem desconhece o tempo
Quinta - Ec 5.18,19A satisfação do trabalho
Sexta - Ec 1.17,18O tempo e o conhecimento
Sábado - Ec 2.4-11O trabalho e a prosperidade como vaidades
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Eclesiastes 3.1-8
1 Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu: 2 há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou; 3 tempo de matar e tempo de curar; tempo de derribar e tempo de edificar; 4 tempo de chorar e tempo de rir; tempo de prantear e tempo de saltar; 5 tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar e tempo de afastar-se de abraçar; 6 tempo de buscar e tempo de perder; tempo de guardar e tempo de deitar fora; 7 tempo de rasgar e tempo de coser; tempo de estar calado e tempo de falar; 8 tempo de amar e tempo de aborrecer; tempo de guerra e tempo de paz.
 
Comentários BEP - CPAD
3.1-8 TUDO TEM O SEU TEMPO DETERMINADO. DEUS tem um plano eterno que inclui os propósitos e atividades de toda pessoa na terra. O crente deve entregar-se a DEUS como sacrifício vivo, deixar que o ESPÍRITO SANTO leve a efeito o plano de DEUS em sua vida e ter cuidado para não se afastar da vontade de DEUS, e assim perder a oportunidade quanto ao propósito divino para a sua vida (ver Rm 12.1,2 .s).
3.11 PÔS O MUNDO NO CORAÇÃO DELES. Nesta passagem, "mundo" é a tradução do hebraico 'olam, que significa "eternidade", com raras exceções. No coração do ser humano, DEUS gravou o anseio inato pelas coisas eternas. O ser humano busca valores eternos já aqui nesta vida, na sua imanente percepção de viver para sempre.
Portanto, a vida material, coisas seculares e prazeres deste mundo nunca satisfarão plenamente o ser humano.
 
 
A Sabedoria do Criador (3:1-8) - Estudo do livro de eclesiastes - Antônio Neves de Mesquita - Editora Vida
Tudo tem seu tempo determinado. Não há nada para o acaso, para o talvez. O fracasso de muitos, na busca do prazer e do sucesso, consiste no fato de que há transigências, modos de entender as coisas ou de pretender entendê-las. Temos feito sentir haver para tudo um meio-termo. Os extremos são perigosos. O homem culto é aquele que sabe aproveitar-se de todas as oportunidades, para a riqueza, para o prazer, para a Inteligência, construindo um todo harmônico. A harmonia da vida é tudo, e até a natureza nos, ensina isso, que veio das mãos do Criador. A falta de discernimento, a impaciência em colher os frutos do labor logo se apresentam ao homem depois de um dia afanoso de trabalho (pode ser anos), e, em faltando-lhe o raciocínio e a calma ponderante para uma análise fria e segura do que fez e esperou, atiçado pela dúvida, indaga: "Terei eu chegado a realizar o meu ideal? Terei eu corrido atrás do vento? ou semeado para outros colherem?" AI é que a sabedoria mostra a sua superioridade à estultícia. O sábio espera e raciocina; o estulto se atira a qualquer solução, e resolve que tudo é vaidade, que não adianta ser laborioso, trabalhador, pois os estultos aí estão na sua frente, vistosos, deslumbrados, enquanto ele, o sábio, vai ficando para trás. Daí a pergunta: De que vale a diligência, o labor fecundo, o dia-a-dia no campo da observação e do trabalho? Quantos naufragam porque não tiveram tempo para esperar, pois o tempo de segar ainda não tinha chegado (v. 2). Não apenas esse fracasso mas a idéia de que breve chega a morte, e tudo quanto fez para quem vai ficar? Se não houver aquele senso, "basta a cada dia o seu mal", o homem desespera e se acaba.
Existe certa dificuldade que poderíamos chamar de paradoxo referente à sabedoria. Sabedoria significa olhar para a frente e para cima; mas o tolo olha para baixo e quer comer agora o que ontem plantou. Não tem o Instinto da formiga; é como se diz do gafanhoto, que só quer devorar as plantas e nada mais. Então a diferença entre o sábio e o insensato é esta: um sabe esperar, e o outro, desesperar.
1) Como escapar do dilema (vv. 1-3).
O dilema entre a sabedoria e a loucura é de difícil resolução. O homem natural está desprovido dos apetrechos necessários a uma boa solução. Não tem a sabedoria que vem do alto (I Cor. 2:7) e vale-se apenas da sabedoria aqui embaixo. Sem aquela sabedoria é difícil encontrar o caminho a seguir, uma inteligência natural para saber que hoje é hoje e amanhã é amanhã. A confusão resulta em muitas dores e fracassos. A incredulidade na providência divina e nos seus desígnios para a vida humana faz do homem um tolo, um incapaz de conjugar os seus problemas e procurar no seu intrincado o que lhe deve interessar. O xadrez com tantas pedrinhas a serem jogadas, torna muito difícil uma solução tantas vezes. Pedras pretas e brancas: quais as que servem? Se deixássemos a tarefa ao Criador, àquele que sabe distinguir o certo do errado, então teríamos muitas soluções sábias; quantas vezes, porém, nos esquecemos dessa existência!
2) O princípio da sabedoria é o temor de DEUS (Sal. 111:10; Prov. 1:7)
Teremos nós esta sabedoria? Para nós, de um modo geral, todos os tempos são iguais, toda época é de semear e de arrancar o semeado (v. 2). A sabedoria divina diz o contrário, isto é, que há tempo de morrer, tempo de nascer, tempo de plantar e tempo de arrancar (v. 2). O que então nos falta, tantas vezes, é o discernimento dos tempos, como diz JESUS em Lucas 12:46. E ainda E el. 8:5,6; Rom. 13:11. Falta-nos muita discriminação e intuição para descobrirmos o que convém, se é já o tempo de morrer ou de viver ainda, de semear ou de arrancar. Todo este trecho se refere AO TEMPO; tempo para tudo, e o poeta vai longe nas suas dialogações, como tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntar pedras (v. 5). Está então conosco a sabedoria de acharmos o tempo de fazer as coisas, e decidir quanto a elas, como o tempo de chorar e o tempo de rir. A nossa grande dificuldade consiste em nos acharmos dentro do tempo, sem sermos do tempo, ou se somos, é mui precariamente. Somos da eternidade, do para Sempre, como o chamam alguns comentadores. Uma tentativa para descobrir o nosso lugar no tempo (o agora) e o tempo para Sempre é que nos induz a muitos fracassos. Quantos de nós somos capazes dessa distinção? Na maioria dos casos, apenas nos sentimos dentro do tempo de arrancar, esquecidos de que há um tempo de semear, e talvez a semeadura seja arrancada por outros. Em linguagem similar, somos de hoje, e hoje é o nosso dia, embora vejamos que a história nos ensina coisas muito diferentes. Então é preciso sabedoria para semear e para arrancar o semeado, para chorar e para ser alegre. O egoísmo parece ser uma das ensinanças mais criticadas neste livro. Nós somos do tempo, sim, mas não unicamente deste tempo. Ao escrevermos estas palavras, vem-nos logo à mente: Quem irá arrancar o semeado nesta página caso frutifique ou germine? Quem sabe? Só DEUS. Então por que semear? Porque é tempo de semear e há de vir o tempo de arrancar o semeado. Seja esta a nossa filosofia, e fiquemos contentes. Seja a sabedoria divina o nosso lema, e o resto fica com Aquele que domina sobre tempos e tempos e para sempre.
 
Eclesiastes 3:1-15 - A tirania do tempo - A Mensagem de Eclesiastes, de Derek Kidner - ABU Editora SC - Caixa postal 30505 - 01051 – São Paulo – SP
Talvez “tirania” seja uma palavra forte demais para o moderado fluxo e refluxo descrito com essas palavras o qual nos leva durante a vida inteira de uma atividade para outra oposta, e de volta novamente àquela. A descrição é agradável, com uma variedade de humor e de ação revelando diferentes ritmos em nossas ocupações. Agrada-nos o ritmo, pois quem gostaria de uma primavera perpétua (“tempo de plantar”, mas nunca colher). No contexto de uma busca de finalidade, no entanto, este movimento de cá para lá e de lá para cá não é nada melhor do que o círculo vicioso do capítulo primeiro; e, além disso, traz consigo suas próprias conseqüências perturbadoras. Uma delas é que nós dançamos ao som de uma música, ou de muitas delas, que não foram compostas por nós; a segunda é que nada do que buscamos tem alguma permanência. Atiramo-nos a uma atividade qualquer que nos dê satisfação, mas com que liberdade a escolhemos? Dentro de quanto tempo estaremos fazendo exatamente o oposto? Talvez as nossas escolhas nem sejam mais livres do que as nossas reações diante do inverno e do verão, ou da infância e da velhice, ditadas pela marcha do tempo e por mudanças espontâneas.
Vista desta forma, a repetição “tempo... e tempo” começa a tornar-se opressiva. Seja qual for a nossa capacidade e iniciativa, o nosso verdadeiro senhor parece ser a inexorável mudança das estações: não apenas as que se encontram no calendário como também aquela maré de acontecimentos que ora leva a um determinado tipo de ação que nos parece adequado, ora a um outro que coloca tudo de maneira inversa. Obviamente, pouco temos a dizer das situações que nos levam a chorar, a rir, a prantear e a saltar de alegria; mas os nossos atos mais deliberados também podem ser condicionados pelo tempo, mais do que supomos. “Quem diria”, falamos às vezes, “que chegaria o dia em que eu acabaria fazendo tal ou tal coisa, e achando que é o meu dever!” Assim, a nação pacifista prepara-se para a guerra; ou o pastor de ovelhas pega a faca para matar a criatura que ele antes cuidou para que não morresse. O colecionador distribui o seu tesouro; amigos têm desavenças amargas; a necessidade de falar vem depois da necessidade de guardar silêncio. Nada do que fazemos parece, fica livre desta relatividade e desta pressão, quase uma imposição, vinda de fora.
Nossa reação natural seria buscar a realidade em algo além das mudanças, tratando a esfera das experiências cotidianas como um mero passatempo. Para nossa surpresa, no versículo 11 Coelet nos faz ver que essas perpétuas mudanças não são algo desordenado, mas um padrão deslumbrante e revelador, uma dádiva de DEUS. O problema não é que a vida se recuse a ficar parada, mas sim que nós só percebemos uma fração do seu movimento e do seu plano sutil e intricado. Em vez da ausência de mudanças, temos uma coisa melhor: um propósito dinâmico e divino, com um princípio e um fim. Em vez de uma perfeição congelada temos o movimento caleidoscópico (tem a ver com olhar para as coisas de diferentes perspectivas, juntando o velho com o novo) de inúmeros processos, cada um com seu próprio caráter e com seu período de florescer e amadurecer, formoso no seu devido tempo, contribuindo para a obra-prima total que é obra do Criador. Nós captamos estes momentos brilhantes, mas mesmo à parte das trevas com que se entremeiam, eles deixam-nos insatisfeitos devido à falta de um significado total que possamos entender. Diferentemente dos animais, absorvidos pelo tempo, nós queremos vê-los em seu contexto pleno, pois conhecemos um pouco da eternidade: o suficiente pelo menos para comparar o efêmero com o “eterno”. Parecemos alguém desesperadamente míope, percorrendo centímetro por centímetro uma grande tapeçaria ou pintura na tentativa de entender o todo. Vemos o suficiente para reconhecer um pouco de sua qualidade mas o grande desenho se nos escapa, pois nunca podemos nos afastar o suficiente para vê-lo como o Criador o vê, completo e por inteiro, desde o princípio até o fim.
Esta incompreensibilidade é desanimadora para o secularista pensante, mas não para o crente. Ambos podem refugiar-se na vida aproveitando-a ao máximo, mas o homem que não têm fé age no vazio. O versículo 12 não é tão frívolo como talvez pareça em algumas versões, como na ER a frase final, enquanto viverem, lança uma sombra sobre qualquer empreendimento. Se nada é permanente, muito embora grande parte do nosso trabalho vá sobreviver a nós, estamos apenas enchendo o tempo; e disso vamos nos dar conta mais cedo ou mais tarde.
O crente, por outro lado, pode aceitar o mesmo tipo de programa despretensioso, não como um tapa-buraco mas como uma tarefa. É um dom de DEUS (v.13), uma porção distribuída em nossa vida cujo propósito é conhecido pelo Doador e é parte de sua obra eterna; pois DEUS não faz nada em vão. Como o versículo 14 destaca, os planos divinos são diferentes dos nossos e em nada precisam ser corrigidos ou acrescidos: eles perduram. O eternamente deste versículo combina com a eternidade colocada no coração do homem (v.11). Participar um pouco disto, por mais modestamente que seja, é um escape da “vaidade de vaidades”.
Assim todo o parágrafo fala com a “bondade” e a “severidade” simultâneas que encontramos na conhecida frase de Romanos 11:22: “... para com os que caíram, severidade; mas para contigo, a bondade de DEUS...” O homem ligado às coisas da terra, à luz dos versículos 14 e 15 e de toda essa seção é prisioneiro de um sistema que ele não consegue quebrar nem sequer vergar; e por trás disso está DEUS como meio de fuga, e nenhum jeito de alijar-se da carga que o estorva ou incrimina. Mas o homem de DEUS ouve estes versículos sem tais receios. Para ele o versículo 14 descreve a fidelidade divina que transforma o temor de DEUS em um relacionamento filial e frutífero; e o versículo 15 lhe assegura que DEUS conhece todas as coisas de antemão, e nada fica esquecido. DEUS não tem empreendimentos abortivos, nem homens que ele tenha esquecido. Novamente Coelet demonstra, de passagem, que o desespero que ele descreve não é o seu próprio, e nem precisa ser o nosso.
Mas há muitos outros fatos acerca do mundo que ele precisa destacar. Agora ele volta-se para o cenário da sociedade humana e a maneira de como nós exercemos o poder.
 
Cronos e Kairos. 
Cronos e Kairos são termos gregos para designar o tempo. Cronos é o tempo medido pelo relógio, calendário, rotina. É o tempo determinado dentro de um limite. Kairos significa o momento certo, oportuno. Refere-se a um aspecto qualitativo do tempo.

Aqui, quero mostrar esses dois tempos enquanto vivência em nosso dia-a-dia profissional. Falamos muito de administração de tempo, que saber administrar o tempo é de suma importância para o sucesso de nossas atividades, que tempo é dinheiro e muitas outras afirmações sobre como fazer o tempo trabalhar a nosso favor.

Nosso dia-a-dia é marcado por esses dois tempos, enquanto cronos quantifica, kairos qualifica. Isso significa que podemos viver o tempo burocrático, medido por cronogramas, horas, prazos determinados, com qualidade, valorizando e qualificando o instante, o momento vivido. Porque Kairos é a ação que muda o sentido interior das nossas atividades diárias. Uma vez que não podemos fugir do cronos, podemos dar atenção a pequenos detalhes do nosso dia-a-dia que tornarão nossa vida mais plena e feliz.

Com certeza, não é fácil fazer esses dois tempos caminharem juntos. Rotinas, organização burocrática, cronogramas a serem cumpridos, horários determinados, reuniões e tantas atividades pelas quais somos cobrados. Mas, essa burocracia é necessária até para que possamos viver o tempo Kairos. Imagine a alegria de uma meta cumprida, o trabalho da equipe atingindo seus resultados, isso é qualidade, é momento oportuno. O pagamento do salário, por exemplo, é uma burocracia que permite qualificar a sua vida, fazer o que você acha prazeroso.

No dia-a-dia, precisamos ter a disponibilidade interior de valorizar as atividades que realizamos e as que outras pessoas realizam por nós. Se o trabalho de um gari, por exemplo, for melhor valorizado, automaticamente ele o fará com mais alegria, cumprirá seus horários e verá grande sentido em suas atividades. Assim acontece com todas as outras formas de trabalho. Isso é viver cronos transformado em Kairos. Sentir a vida mesmo nas tensões provocadas por tantos afazeres. Aprender a conviver com os ruídos de uma vida, muitas vezes mecânica, porque quando estamos bem, as coisas vão bem e o tempo, seja medido por um sentimento ou por um minuto é um instante que não volta a se repetir. Como muito bem disse Rubem Alves: “O tempo pode ser medido com as batidas de um relógio ou pode ser medido com as batidas do coração”.
Pensem nisso! Tenha um cronos recheado de Kairos.
 
INTERAÇÃOAlguém poderia dizer que o livro de Eclesiastes mais parece uma obra secular que a Palavra de DEUS. Mas na verdade ele se apresenta realista. Ali, Salomão apresenta uma perspectiva de desencanto com a vida, se incomoda com a transitoriedade da existência e conclui: tudo na vida é "vaidade", isto é, passageiro. Se partirmos do ponto de vista de que o que Salomão está dizendo encontra-se interligado com o seu histórico de vida encharcado em pecado - ninguém mais do que ele sabia o que era viver uma vida outrora na presença de DEUS, mas agora longe dos seus caminhos -, veremos que há apenas uma conclusão que ele poderia chegar: a vida sem DEUS é vaidade!

OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:Conhecer o livro e a mensagem de Eclesiastes.
Explicar a transitoriedade da vida e a eternidade de DEUS.
Administrar bem o tempo e as relações interpessoais.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICAPrezado professor para introduzir a lição desta semana sugerimos que você reproduza o esquema abaixo conforme suas possibilidades. Nesta lição, vamos iniciar o estudo do livro de Eclesiastes e, para isto, é imprescindível começarmos o estudo a partir de uma visão panorâmica de todo o livro. O esboço de Eclesiastes permite conhecer, de maneira panorâmica, seu conteúdo de uma só vez. Portanto, antes de iniciar a aula leia e analise o esboço juntamente com a classe

ESBOÇO DO LIVRO DE ECLESIASTES
Autor: Salomão
Tema: A nulidade da vida à parte de DEUS
Data: Cerca 935 a.C.
I. Introdução: A inutilidade Geral da vida Natural (1.2-11)
II. A inutilidade de uma vida egocêntrica (1.12—2.26)
A insuficiência da sabedoria humana - 1.12-18
A banalidade da vida (riquezas e prazeres) - 2.1-11
A transitoriedade das grandes conquistas - 2.12-17
Injustiça associada ao trabalho forçado - 2.18-23
O real prazer da vida está em DEUS - 2.24-26
III. Reflexões diversas sobre as Experiências da Vida (3.1—11.6)
Concernentes às coisas de DEUS - 3.1-22
Experiências vãs da vida natural - 4.1-16
Advertências a todos - 5.1—6.12
Provérbios diversos a respeito da sabedoria - 7.1—8.1
Sobre a justiça - 8.2—9.12
Mais Provérbios variados sobre a sabedoria - 9.13—11.6
IV. Admoestações finais (11.7—12.14)
Regozijar-se na juventude - 11.7-10
Lembrar-se de DEUS na juventude - 12.1-8
Apegar-se a um só livro e temer a DEUS - 12.9-14
Temer a DEUS e guardar os seus mandamentos
 
I - ECLESIASTES, O LIVRO E A MENSAGEM
1. Datação do livro.
2. Conhecendo o Pregador.
II - DISCERNINDO OS TEMPOS
1. A transitoriedade da vida.
2. A eternidade de DEUS.
III - O TEMPO E AS RELAÇÕES INTERPESSOAIS
1. Na família.
2. No trabalho.
IV - ADMINISTRANDO BEM O TEMPO
1. Evitando a falsa sabedoria e o hedonismo.
2. Evitando a falsa prosperidade e o ativismo.
 
SINOPSE DO TÓPICO (1) O nome Eclesiastes é uma referência a alguém que fala, ou discursa, em uma reunião ou assembleia.
SINOPSE DO TÓPICO (2) Nas Escrituras, o tempo se mostra na transitoriedade da vida e na eternidade de DEUS.
SINOPSE DO TÓPICO (3) O relacionamento familiar do crente deve ser intenso, assim como o trabalho deve ser uma atividade prazerosa e agradável.
SINOPSE DO TÓPICO (4) Para administrarmos bem o nosso tempo devemos começar por evitar a falsa sabedoria, o hedonismo, a falsa prosperidade e o ativismo. Estes roubam-nos o tempo.
 
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I - Subsídio Bibliológico
O tema do livro de Eclesiastes é que 'debaixo do sol [isto é, 'sem DEUS no cenário'], tudo é vaidade'. A palavra-chave do livro é 'vaidade', que aparece trinta e oito vezes, sendo usada para descrever coisas externas e tangíveis (Ec 2.15,19; 8.10,14), bem como pensamentos (Ec 1.14; 2.11). O vocábulo 'vaidade' origina-se do hebraico hebhel [...], que enfatiza aquilo que é efêmero e vazio. A expressão 'vaidade de vaidades' indica a maneira hebraica de expressar um superlativo (poderia ser traduzida como 'muito fútil'). Este método também é visto na expressão 'lugar santíssimo' (Êx 26.34), cujo significado literal no idioma hebraico é 'santo dos santos'.
[...] A perspectiva de Salomão na época em que ele escreveu é a chave para entender o livro de Eclesiastes de modo apropriado, e para explicar o seu pessimismo geral. Salomão escreve do mesmo ponto de vista em que tinha vivido a maior parte da sua vida, e a de 'debaixo do sol' (Ec 1.3, e 30 outras ocorrências). É com a perspectiva terrena e secular que a vida se torna fútil. Ainda assim, há momentos que a fé de Salomão em DEUS se dá a conhecer (Ec 12.13,14 é normalmente mencionado, mas este é somente o clímax de pensamentos como 2.25; 3.11,17...)" (Bíblia de Estudo Palavras-Chave: Hebraico e Grego. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, pp.701-02).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II - Subsídio Bibliológico"Peculiaridades do Livro de Eclesiastes
A palavra 'Eclesiastes' vem do grego. É o título do livro na Septuaginta e significa: 'Aquele que fala a uma assembleia'.
No hebraico é Qohéleth. Pode ser traduzida de muitos modos como: 'o Pregador, o Sábio, o Velho, O que sabe, o Sapiente Venerado, o Colecionador de Máximas, O que sabe que não sabe'.
Como a palavra Qohéleth tem forma feminina, alguém pensa que deve significar uma assembleia ou reunião. A mesma palavra de 1.1 aparece em 7.27, significando a sabedoria dada por DEUS para inspirar Salomão. Pode ser entendida como a própria sabedoria pregando a sabedoria.
Qohéleth, 'Pregador', é empregado aqui como um nome de Salomão.
O Eclesiastes revela um esforço buscando a felicidade. O autor procurou o bem supremo na sabedoria, nos prazeres, na política, nos bens materiais, e concluiu que tudo é vaidade e aflição de espírito.
Tem sido considerado o livro mais misterioso do Cânon Sagrado. Para uns, é a esfinge da literatura hebraica.
Alguém acha que o texto apresenta uma alma em desespero, afirmando um materialismo puro ou um niilismo ativo.
Há uma opinião considerando o Eclesiastes um monólogo em que o Pregador expõe sozinho suas ideias, ao contrário dos outros livros da Bíblia que, em geral, têm uma forma de diálogo com DEUS" (MELO, Joel Leitão de. Eclesiastes versículo por versículo. Rio de Janeiro: CPAD, 1999, pp.17-18).

VOCABULÁRIOHedonismo: Doutrina que ensina o prazer como o bem supremo da vida.
Tangíveis: Tocável, sensível, palpável.
Esfinge: Na Grécia antiga, monstro fabuloso que propunha enigmas aos viandantes e devorava quem não conseguisse decifrá-los. Pessoa enigmática, que pouco se manifesta e de quem não se sabe o que pensa ou sente.
Niilismo: Ponto de vista que considera que as crenças e os valores tradicionais são infundados e que não há qualquer sentido ou utilidade na existência.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDAMELO, Joel Leitão de. Eclesiastes versículo por versículo. Rio de Janeiro: CPAD, 1999.
SAIBA MAIS - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 56, p.40.
 
Questionário da Lição 9 - O Tempo para Todas as CoisasResponda conforme a revista da CPAD do 4º Trimestre de 2013 - Provérbios e Eclesiastes
Complete os espaços vazios e marque com "V" as respostas verdadeiras e com "F" as falsas
 
EXTO ÁUREO
1- Complete:
"Tudo tem o seu __tempo__ determinado, e há __tempo__ para todo o __propósito__ debaixo do céu" (Ec 3.1).

VERDADE PRÁTICA
2- Complete:
O __tempo__ e o espaço em que vivemos são __limitados__, por isso, devemos ser bons __despenseiros__ de DEUS nesta vida.
 
COMENTÁRIO/INTRODUÇÃO
3- Como os nossos dias são denominados por muitos filósofos e qual a explicação pata tal?
(    ) "a era do vazio e das incertezas".
(    ) Há uma explicação para isso: a rejeição à tradição bíblica propagada pelo Cristianismo.
(    ) Podemos perceber o desencadeamento desse processo na relativização da ética e na total rejeição à verdade absoluta.
(    ) Neste ambiente de contradições filosóficas não existe verdade, e sim "verdades" desprovidas de qualquer sentido.

I. ECLESIASTES, O LIVRO E A MENSAGEM
4- Qual a datação do livro de Eclesiastes e qual seu autor?
(    ) Estudos indicam que o relato dos fatos ocorridos em Eclesiastes podem ser datados por volta do ano 1000 a.C., período no qual o rei Salomão governava Israel.

5- Qual o autor do livro de Eclesiastes, que é identificado como Pregador e qual o significado dessa expressão?
(    ) Salomão, que identifica-se como o pregador, traduzido do hebraico qoheleth (Ec 1.1,12).
(    ) A palavra "pregador" deriva de qahal, expressão que possui o sentido de "reunião" ou "assembleia".
(    ) A Septuaginta (que é a tradução da Bíblia Hebraica para o grego) traduziu qoheleth pelo seu equivalente grego ekklesia, daí o nome Eclesiastes: uma referência a alguém que fala, ou discursa, em uma reunião ou assembleia.
(    ) O pregador foi Salomão, que já estava velho, mas tinha uma visão bem realista da vida.
 
6- Para que apontam as palavras do pregador de eclesiastes?
(    ) Conforme registradas em Eclesiastes, e embora retratem um período de declínio político, moral e econômico de Israel, suas palavras apontam para DEUS como a única fonte de satisfação, realização e felicidade humana.

II. DISCERNINDO OS TEMPOS
7- Qual o dilema que Salomão procura responder em Eclesiastes e qual sua conclusão?
(    ) Um tema bem claro em Eclesiastes é o da transitoriedade da vida.
(    ) Ela é efêmera, passageira.
(    ) Salomão estava consciente disso (Ec 1.4).
(    ) Sendo a vida tão curta, que "vantagem tem o homem de todo o seu trabalho, que ele faz debaixo do sol?" (Ec 1.3). Esse é o dilema que Salomão procura responder.
(    ) A vida é passageira, dura pouco.
(    ) Por isso, muitos buscam satisfazer-se de várias formas.
(    ) Há os que acham que a sabedoria resolverá o seu problema (Ec 1.16-18; 2.12-16).
(    ) Outros buscam preencher a sua alma com os prazeres dessa existência (Ec 2.1-3).
(    ) Ainda outros recorrem às riquezas (Ec 2.4-11).
(    ) E, por último, há aqueles que se autorrealizam no trabalho (Ec 2.17-23).
(    ) Tudo é vaidade! O centro da realização humana não está nessas coisas.

8- Como é vista a eternidade de DEUS
 pelo pregador Salomão?
(    ) Cerca de 40 vezes o Pregador refere-se a DEUS no Eclesiastes.
(    ) Ele o identifica pelo nome hebraico Elohim, o DEUS criador.
(    ) Isto é proposital, pois Salomão alude com freqüência àquilo que acontece "debaixo do sol" (Ec 1.3,9,14; 2.18).
(    ) É debaixo do sol que está a criação; é debaixo do sol que o homem se encontra.
(    ) Mas o Pregador tem algo mais a dizer.
(    ) Ele quer destacar o enorme contraste entre a criação e o Criador, mais especificamente entre DEUS e o Homem.
(    ) DEUS é eterno, onipotente, autoexistente, enquanto o homem é finito, frágil e transitório.
(    ) Por ser mortal, o homem não deve fixar-se apenas nas coisas dessa vida, pois o DEUS Eterno pôs a eternidade em seu coração (Ec 3.11 - ARA).

III. - O TEMPO E AS RELAÇÕES INTERPESSOAIS
9- Como deve ser aproveitado nosso tempo nas relações interpessoais com nossa família?
(    ) O Eclesiastes ensina que uma das características de nossa vida é a brevidade.
(    ) Por isso, devemos usufruir com intensa alegria, juntamente com o nosso cônjuge e filhos, dos bens que o Senhor nos proporciona (Ec 9.7-9), pois a vida pode rapidamente se acabar.
(    ) Nesse capítulo, Salomão refere-se a vários itens que eram usados pelos israelitas em ocasiões festivas (Am 6.6; Ct 1.3; 2 Sm 14.2; Sl 104.15).
(    ) O que isso significa? Antes de mais nada, que o nosso lar deve ser uma permanente ação de graças a DEUS por tudo o que Ele nos concede.
(    ) Nossa casa deve ser um lugar de celebração. Desfrutemos, pois, as alegrias domésticas em companhia da esposa amada (Ec 9.9).
(    ) A metáfora tem uma mensagem bastante atual: a família cristã, sem recorrer às bebidas alcoólicas e outras coisas inconvenientes e pecaminosas (Ef 5.18), pode e deve alegrar-se intensamente.
(    ) A vida do crente não precisa ser triste.

10- Como deve ser aproveitado nosso tempo nas relações interpessoais no trabalho
?
(    ) O trabalho não deve ser um fim em si mesmo.
(    ) Quando ele é o centro de nossa vida transforma-se em fadiga (Ec 5.16,17).
(    ) Quando o trabalho deixa de ser um fim em si mesmo, passa a ter real significado, tornando-se algo prazeroso, não pesado (Ec 5.18).
(    ) A palavra traduzida do hebraico samach é "gozar", evocando regozijo e alegria.
(    ) Isto significa que o nosso local de trabalho deve ser um lugar agradável e alegre, fruto das relações interpessoais sadias.

IV. - ADMINISTRANDO BEM O TEMPO
11 - A busca pelo conhecimento tem sido o alvo do homem através dos séculos. Salomão também empreendeu essa busca (Ec 1.17,18). Como evitar a falsa sabedoria e o hedonismo
?
(    ) Quem procura o conhecimento desperta a consciência em relação ao mundo ao seu redor, e é tomado por um sentimento de impotência por saber da própria incapacidade de melhorar a natureza das coisas.
(    ) Nesse aspecto, a busca do conhecimento, como o objeto de realização pessoal, pode conduzir à frustração.
(    ) Semelhantemente, a busca por prazer, por si só, configura uma prática hedonista e contrária a DEUS (Ec 2.1-3).
(    ) Muitos são os que buscam a satisfação no álcool, drogas, sexo etc.
(    ) Tudo terminará num sentimento de vazio e frustração.
(    ) Quem beber dessa água tornará a ter sede (Jo 4.13).
(    ) Somente o Evangelho de CRISTO pode satisfazer plenamente o ser humano.

12- Em Eclesiastes 2.4-11, Salomão desconstrói a ilusão daqueles que buscam, nos bens terrenos, a razão fundamental para a vida. Como é a falsa prosperidade e o ativismo?
(    ) A falsa prosperidade leva o homem a correr desenfreadamente para acumular riquezas, alcançar elevadas posições na sociedade e obter notoriedade e fama.
(    ) Tudo isso, conclui o sábio, é correr atrás do vento.
(    ) Por outro lado, e não menos danoso, é a prática de um ativismo impiedoso, que pode estar nas esferas da profissão ou de qualquer outra prática (Ec 2.17-23).
(    ) Isso também é correr atrás do vento.
(    ) O trabalho, quando empreendido racionalmente, não nos desumaniza, mas nos faz crescer como pessoas.

CONCLUSÃO
13- Complete:
Vimos que há um __tempo__ para todas as coisas! Esse __tempo__ é extremamente precioso para ser desperdiçado! Por conta da transitoriedade da nossa existência, devemos saber usar bem o nosso __tempo__, seja buscando conhecimento, seja desfrutando da companhia de nossos __familiares__ e, principalmente, servindo ao Senhor. Somente DEUS é eterno e somente Ele deve ser o __centro__ de nossa busca.
 
 
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AJUDA
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Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
Comentário Bíblico Beacon, v.5 - CPAD.
GARNER, Paulo . Quem é quem na Bíblia Sagrada. VIDA
CHAMPLIN, R.N. O Novo e o Antigo Testamento Interpretado versículo por Versículo. (CPAD)
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD
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Dicionário Bíblico Wycliffe - Charles F. Pfeiffer, Howard F. Vos, João Rea - CPAD.
Dicionário Vine antigo e novo testamentos - CPAD.
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Estudo no Livro de Provérbios - Antônio Neves de Mesquita - Editora Vida
Teologia do Antigo Testamento - Walter C. Kaiser Jr. - Vida Nova
James, por Hendrickson Publishers - Edição Contemporânea, da Editora Vida, Traduzido pelo Rev. Oswaldo Ramos.
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