Nesta terça-feira (3) a lei que descriminalizou o aborto no Uruguai completou um ano e de acordo com a organização Mulher e Saúde do Uruguai (MYSU) mais de 5 mil abortos foram realizados nesse período.
O número não é oficial, pois o governo só irá apresentar o balanço desses procedimentos nos primeiros meses de 2014, mas em julho deste ano os dados oficiais apontavam que nos seis primeiros meses da nova lei 2.550 gravidezes foram interrompidas.
Os dados foram divulgados pelo vice-ministro de Saúde Pública, Leonel Briozzo, lembrando que nenhuma morte materna foi registrada por conta dos procedimentos realizados nos hospitais.
Quando prestou conta dos primeiros meses, Briozzo afirmou que os dados obtidos pelo governo sobre a quantidade de abortos realizados antes da lei são divergentes dos divulgados pela MYSU. Enquanto a organização diz que entre 1995 a 2002 eram realizados 40 abortos a cada mil mulheres com idade reprodutiva, os dados da Saúde Pública mostram que era dez abortos a cada mil mulheres.
A diretora de MYSU, Lilián Abracinskas, diz que o governo vai precisar se empenhar para conseguir os dados corretos. “Há um incompatibilidade grande com os números históricos e terão que estudar os motivos”, disse.
Abraciskas também faz um alerta dizendo que mesmo com a descriminalização, ainda há muitas mulheres optando pelo aborto clandestino, fruto das “dificuldades” em se conseguir o procedimento nos hospitais.
A lei uruguaia permite que o aborto seja realizado até a 12ª semana de gestação, período que pode ser ampliado para 14 semanas em casos de estupro, má-formação do feto ou risco de morte para a mãe. Com informações Terra.
VIA GOSPEL PRIME