PORTAL ESCOLA DOMINICAL
PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2014
UMA JORNADA DE FÉ: A formação do povo de Israel e sua herança espiritual
COMENTARISTA: ANTONIO GILBERTO
PLANO DE AULA - EV. CARAMURU AFONSO FRANCISCO
ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP
PLANO DE AULA
INTRODUÇÃO AO TRIMESTRE
1º SLIDE
- O 1º trimestre de 2014 é um “trimestre bíblico”. Estudaremos o livro de Êxodo.
- “Uma jornada de fé” – a caminhada feita por Israel do Egito até o monte Sinai foi uma atitude de fé, primeiramente de Moisés(Ex.4:18), depois de todo o Israel(Ex.4:31; 12:37).
2º SLIDE
- Subtítulo do trimestre - “a formação do povo de Israel e sua herança espiritual”.
- No livro do Êxodo, vemos o término da obra divina para a formação de um povo separado dos demais, que lhe fosse reino sacerdotal no meio de todas as nações da Terra (Ex.19:5,6).
3º SLIDE
-“Êxodo” significa “saída”, nome dado pelos gregos a este livro, pois o livro se dedica a mostrar como Israel saiu do Egito e foi até o monte Sinai receber a lei.
- O título hebraico do livro é “Shemot”, que significa “nomes”, das primeiras palavras do livro em Ex.1:1.
4º SLIDE
Capa da revista do trimestre
- A travessia do Mar Vermelho, um dos grandes sinais descritos no livro de Êxodo (Ex.14:15-31), travessia esta que sela a libertação de Israel do Egito, pois foi ali que o Senhor destruiu o exército de Faraó e tornou totalmente impossível que os israelitas retornassem para o Egito.
- Este papel da travessia do Mar Vermelho torna-o figura da própria conversão a Cristo Jesus, da salvação, que é testemunhada pelo batismo nas águas, como nos mostra o apóstolo Paulo em I Co.10:1,2.
5º SLIDE
Blocos do trimestre
1º bloco – lições 1 a 5 – a libertação de Israel do Egito
2º bloco – lições 6 a 10 – o pacto de Israel com Deus
3º bloco – lições 11 a 13 – regras do sacerdócio e o legado de Moisés
6º SLIDE
Comentarista deste trimestre
- Pastor Antonio Gilberto, o mais antigo dos consultores teológicos da CPAD e que dispensa apresentação, pois se trata de um grandes baluartes da Escola Bíblica Dominical na história das Assembleias de Deus no Brasil.
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PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2014
TEMA – Uma jornada de fé: A formação do povo de Israel e sua herança espiritual
COMENTARISTA : Antonio Gilberto
PLANO DE AULA Nº 1
LIÇÃO Nº 1 – O LIVRO DE ÊXODO E O CATIVEIRO DE ISRAEL NO EGITO
1º SLIDE INTRODUÇÃO
- Neste primeiro trimestre de 2014, estudaremos o livro de Êxodo, o segundo livro da Bíblia Sagrada.
- O livro de Êxodo fala-nos da saída de Israel do Egito e da sua transformação em propriedade peculiar de Deus dentre os povos.
2º SLIDE I – O LIVRO DE ÊXODO
- Os cinco livros de Moisés são chamados de “livros da lei”, mas não são eles livros que se limitem a registrar regras, como verdadeiros códigos legais. Na verdade, apresentam eles muito conteúdo histórico.
- O livro de Êxodo é um livro que apresenta ambas as características. Além de narrar como se deu a saída de Israel do Egito, também contém o primeiro código de leis que Moisés recebeu da parte de Deus.
3º SLIDE
- O livro de Êxodo é chamado pelos hebreus de "Shemot"(שמות), que é a palavra "nome", com que se inicia a narrativa do livro (Ex.1:1: " Estes são pois os nomes dos filhos de Israel, que entraram no Egito com Jacó; cada um entrou com sua casa). Alguns hebreus denominam o livro de "We'ele"(ואלה), que significa "estes são".
- A denominação "Êxodo" foi dada pelos tradutores das Escrituras para o grego (a Septuaginta), uma vez que a mensagem principal deste livro é precisamente a da história da libertação do povo de Israel do Egito, ou seja, a sua "saída" do Egito. A palavra grega "êxodo" quer dizer "saída".
4º SLIDE
- O livro de Êxodo, que tem 40 capítulos, pode ser dividido em três partes, a saber:
a) 1ª parte - os hebreus no Egito – Ex.1-12;
b) 2ª parte – os hebreus no deserto – Ex.13-18;
c) 3ª parte – os hebreus no Sinai - Ex.19-40.
5º SLIDE II – O CATIVEIRO DE ISRAEL NO EGITO- A narrativa do livro do Êxodo segue a sequência dos fatos do livro de Gênesis, sendo, pois, sua continuação lógica e histórica.
- A repetição da menção dos nomes dos filhos de Israel no início do livro tem o papel de mostrar que se deveria manter o propósito de preservar a esperança da promessa feita a Abraão de posse da terra de Canaã.
6º SLIDE
- Dentro deste propósito, o livro de Êxodo, então, diz que o Senhor fez a Sua parte, permitindo a frutificação e o aumento e multiplicação intensa do povo de Israel, de tal sorte que o texto sagrado diz que “a terra se encheu deles” (Ex.1:7).
- O povo multiplicou-se, encheu a terra, mas não se misturou com os egípcios, manteve a sua identidade.
7º SLIDE
- A multiplicação e o crescimento do povo, ainda que, acompanhado da preservação da identidade, produziram uma acomodação.
- Por causa disto, após algum tempo, levantou-se um novo rei sobre o Egito, que não conhecera a José e que, ao contemplar a existência de um povo numeroso e que não se misturava com os egípcios, resolveu eliminá-lo.
8º SLIDE
- O período em que Israel ficou no Egito não foi todo ele um período de escravidão, de cativeiro. Até a subida ao poder deste novo Faraó , Israel ali vivia regaladamente.
- Deus permitiu a mudança da situação para que os israelitas desejassem, novamente, retornar para Canaã.
9º SLIDE
- Este novo Faraó (muitos entendem ter sido Setos I ou Seti I), alterou a situação do povo de Israel, passando a afligi-los, determinando que edificassem as cidades de Pitom e Ramessés, tornando-os escravos (Ex.1:9,10).
- A primeira arma utilizada pelo mundo contra o povo de Deus é a aflição, a opressão.
10º SLIDE
- O povo de Israel crescia apesar de estarem a sofrer muito, tendo uma vida amarga com dura servidão, em barro e tijolos, com todo o trabalho no campo, com todo o serviço (Ex.1:14).
- Vendo Faraó que, apesar de toda a opressão, o crescimento do povo permanecia, resolveu elaborar um novo plano para ocasionar a diminuição do povo e, assim, mandou que as parteiras das hebreias, Sifrá e Puá, matassem todos os filhos homens dos israelitas, deixando viver somente as mulheres, como uma forma de “controle da natalidade” do povo de Israel (Ex.1:16).
11º SLIDE
- O “controle de natalidade” é uma velha arma do inimigo do povo de Deus, do adversário da vontade de Deus.
- As parteiras das hebreias, Sifrá e Puá, porém, eram tementes a Deus e, por isso mesmo, não acataram as ordens de Faraó, que eram contrárias ao desígnio divino.
12º SLIDE
- Ao saber do descumprimento da ordem, Faraó chamou as parteiras e elas, então, lhe diseeram que as mulheres hebreias eram mais espertas que as egípcias e davam à luz antes que as parteiras chegassem e, deste modo, esta ordem, que era encoberta, não podia ser cumprida (Ex.1:19,20).
- A Bíblia diz que Faraó nada fez contra as parteiras e elas foram abençoadas por Deus com o “estabelecimento de casas”.
13º SLIDE
- Sifrá e Puá não mentiram a Faraó. Não temos aqui um caso de “mentira santa”.
- Não existe “mentira santa”. A mentira é filha do diabo (Jo.8:44) e o príncipe deste mundo nada tem com Cristo Jesus (Jo.14:30), que é a verdade (Jo.14:6). Assim, como Jesus é o Santo (Lc.1:35), nada pode haver de “santo” em qualquer mentira.
14º SLIDE
- Faraó, porém, não desistiu. Fracassando esta segunda tentativa de destruição do povo, partiu para a terceira estratégia, que era a do genocídio explícito e não mais velado.
- Faraó determinou a todo o povo egípcio que matasse os meninos que nascessem com vida, preservando, apenas, as meninas (Ex.1:22).
15º SLIDE
- Como resistir à ordem de Faraó? Não havia condição alguma de resistir a esta ordem de matança.
- Estaria Israel fadado a ser destruído em uma geração? Deus volta a atuar e faz surgir precisamente desta geração que não teria mais homens aquele que libertaria Israel do cativeiro.
16º SLIDE III – O NASCIMENTO DE MOISÉS E A SUA PREPARAÇÃO NO EGITO
- Israel encontrava-se numa situação extremamente delicada, pois Faraó havia determinado a morte de todos os meninos hebreus que nascessem a partir de então, situação que punha a própria sobrevivência da nação israelita em xeque (Ex.1:22).
- Em meio a esta verdadeira tragédia, houve um casamento entre Anrão e Joquebede, casal que mostrou confiar em Deus, formando uma família em situação tão adversa.
17º SLIDE
- O casal teve um terceiro filho, do sexo masculino, quando vigorava a ordem de matança de Faraó.
- O casal nem sequer deu um nome ao menino, embora o tenham achado “formoso”. Em sua confiança em Deus, o casal não cumpriu a ordem de Faraó e procurou esconder o menino, o que conseguiram fazê-lo por até três meses.
18º SLIDE
- Vendo que não poderiam mais esconder o menino, para tentar salvar a sua vida, puseram a criança numa arca de juncos, devidamente betumada para que não fosse possível a penetração da água, tendo posto a arca nos juncos à beira do rio (Ex.2:3).
- O menino foi posto à beira do rio, em local estratégico, onde se costumava banhar a filha de Faraó. Tanto isto era premeditado que Miriã ficou ao longe, observando o que poderia acontecer (Ex.2:4).
19º SLIDE
- A filha de Faraó desceu a lavar-se no rio e notou a presença daquela arca de juncos com o menino e logo percebeu que se tratava de um menino dos hebreus e, mesmo assim, resolveu tomá-lo como seu filho, tendo tido compaixão com a criança que chorava.
- O gesto da filha de Faraó mostra-nos bem como a ordem de Faraó não fora bem recebida pelo povo egípcio, a exemplo, aliás, do que ocorrera com as parteiras Sifrá e Puá (Ex.2:5,6).
20º SLIDE
- Neste instante, Miriã surge e, com muita perspicácia, convence a filha de Faraó a deixar que a criança fosse educada por uma ama das hebreias e, deste modo, Moisés foi levado de volta aos braços de sua mãe que não só criou o menino como também foi assalariada por isso (Ex.2:7-9).
- O Senhor, então, começava a trabalhar para mudar a situação aflitiva em que vivia o Seu povo no Egito, poupando a vida de Moisés, fazendo-o criar e educar, em sua primeira infância, entre os hebreus, mas, ao mesmo tempo, abrindo-lhe a porta da família real egípcia, para que fosse devidamente formado e preparado para a obra que Deus queria lhe dar.
21º SLIDE
- Vencida esta etapa inicial de educação, Moisés foi levado para o palácio, onde teve a educação de um verdadeiro príncipe, pois era filho da filha de Faraó.
- A princesa o adotou e lhe deu o nome de “Moisés”, cujo significado é “retirado das águas”, um nome tipicamente egípcio (Ex.2:10).
22º SLIDE
- Moisés foi instruído em toda a ciência e sabedoria egípcias, então das mais evoluídas, senão a mais evoluída e desenvolvida daquela época (At.7:22).
- Diz a tradição judaica que foi um grande líder militar, que teria se notabilizado na corte de Faraó. Encontramos Deus usando todo o conhecimento e sabedoria humanos à disposição naquele tempo para que servisse de esterco para o ministério de Moisés (Fp.3:8).
23º SLIDE
- A educação que Moisés recebera de sua mãe era mais forte do que tudo aquilo que aprendera no palácio e, por isso, “já grande”, Moisés não conseguiu se desvincular das cargas que seus compatriotas carregavam (Ex.2:11).
- Ao ver que um varão egípcio feria um varão hebreu, bem como que ninguém o notava, resolveu matar o egípcio, escondendo-o na areia. Achou, certamente, que sua posição social, seu poderio, seu conhecimento seriam suficientes para dar um basta àquela situação.
24º SLIDE
- No dia seguinte, animado com a perspectiva de dar uma solução às cargas de seu povo por meio de suas habilidades naturais e de sua posição social, Moisés buscou ser árbitro na contenda entre dois hebreus e aí foi desmascarado.
- Faraó procurou matar Moisés e, então, Moisés, desmascarado, sem o apoio do povo escravizado, que apoio algum lhe poderia dar, perseguido por Faraó como traidor do Egito, perde tudo quanto tem e é obrigado a fugir, indo para Midiã, região desértica, onde se assentou junto a um poço (Ex.2:15) e, também com base na violência, livra as filhas de Jetro de pastores malignos que a haviam atacado (Ex.2:17,18).
25º SLIDE
- Moisés tinha quarenta anos de idade (At.7:23) e, então, começa a segunda fase de sua vida.
- Em vez da fama, do poder e da mordomia do palácio de Faraó, Moisés agora teria a aridez do deserto, a falta absoluta e completa de bens materiais, passando a ser tão somente o pastor das ovelhas do rebanho de Jetro (também chamado de Hobabe – Nm.10:29; Jz.4:11 e de Reuel – Ex.2:11), de quem se tornou genro, ao se casar com Zípora (Ex.2:21), com que teve um filho, a quem deu o nome de Gérson.
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - EV. CARAMURU AFONSO FRANCISCO
fonte PortalEBD