E como o público evangélico reagiria às suas contundentes pregações?
O pregador inglês Charles Haddon Spurgeon nasceu em 19 de junho de 1834
e começou a pregar em 1850. Ele, que tem sido considerado o príncipe
dos pregadores e um apologista exemplar, pregou o Evangelho e combateu
heresias e modismos de seu tempo até 1892, quando partiu para a
eternidade. As citações abaixo deixam-nos com a impressão de que ele se
referia aos trabalhosos dias em que vivemos...
"A apatia está em toda parte. Ninguém se preocupa em verificar se o que
está sendo pregado é verdadeiro ou falso. Um sermão é um sermão, não
importa o assunto; só que, quanto mais curto, melhor" ("Preface",
The Sword and the Trowel [1888, volume completo], p.iii).
Meu Deus, se naquela época as coisas já estavam assim, o que Spurgeon diria hoje?!
"Haveria Jesus de ascender ao trono por meio da cruz, enquanto nós
esperamos ser conduzidos para lá nos ombros das multidões, em meio a
aplausos? (...) se você não estiver disposto a carregar a cruz de
Cristo, volte à sua fazenda ou ao seu negócio e tire deles o máximo que
puder, mas permita-me sussurrar em seus ouvidos: 'Que aproveita ao homem
ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?'" ("Holding Fast the
Faith",
The Metropolitan Tabernacle Pulpit, vol.34 [Londes, Passmore and Alabaster, 1888], p.78).
O sermão acima foi pregado em 5 de fevereiro de 1888, quando Spurgeon
estava sendo censurado por defender o Evangelho. O que ele falaria hoje
das pregações antropocêntricas, que nada falam acerca do Senhor Jesus e
sua gloriosa obra vicária?
"Estão as igrejas vivenciando uma condição saudável ao terem apenas uma
reunião de oração por semana e serem poucos que a frequentam?"
("Another Word Concerning the Down-Grade",
The Sword and the Trowel [agosto, 1887], pp.397,398).
Infelizmente, o chamado "louvorzão" tem substituído o período de oração, em nossos cultos. Spurgeon ainda fala!
"O fato é que muitos gostariam de unir igreja e palco, baralho e
oração, danças e ordenanças. Se nos encontramos incapazes de frear essa
enxurrada, podemos, ao menos, prevenir os homens quanto à sua existência
e suplicar que fujam dela. Quando a antiga fé desaparece e o entusiasmo
pelo evangelho é extinto, não é surpresa que as pessoas busquem outras
coisas que lhe tragam satisfação. Na falta de pão, se alimentam de
cinzas; rejeitando o caminho do Senhor, seguem avidamente pelo caminho
da tolice" ("Another Word Concerning the Down-Grade",
The Sword and the Trowel [agosto, 1887], p.398).
Spurgeon disse isso em 1887 mesmo?!
"Não há dúvidas de que todo tipo de entretenimento, que manifesta
grande semelhança com peças teatrais, tem sido permitido em lugares de
culto, e está, no momento, em alta estima. Podem essas coisas promover a
santidade ou nos ajudar na comunhão com Deus? Poderiam os homens, ao se
retirarem de tais eventos, implorar a Deus em favor da salvação dos
pecadores e da santificação dos crentes?" ("Restoration of Truth and
Revival",
The Sword and the Trowel [dezembro, 1887], p.606).
Hoje, os seguidores da "nova onda" revoltam-se contra os que defendem o Evangelho. Mas o que diriam eles de Spurgeon?
Em Cristo,
Ciro Sanches Zibordi fonte CPAD NEWS