PORTAL ESCOLA DOMINICAL
PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2014
UMA JORNADA DE FÉ: A formação do povo de Israel e sua herança espiritual
COMENTARISTA: ANTONIO GILBERTO
PLANO DE AULA - EV. CARAMURU AFONSO FRANCISCO
ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP
PLANO DE AULA Nº 6
LIÇÃO Nº 7 – AOS DEZ MANDAMENTOS DO SENHOR
1º SLIDE
INTRODUÇÃO
- Na sequência do estudo do livro de Êxodo, estudaremos os capítulos 19 e 20.
- No Sinai, Deus fez um pacto com Israel.
2º SLIDE I – ISRAEL CHEGA AO MONTE SINAI
- Israel prosseguiu a sua jornada rumo ao Monte Sinai, tendo ali chegado no terceiro mês da saída do Egito (Ex.19:1), o mês de Sivã.
- Como eles haviam saído do Egito no dia quinze do mês primeiro, mês que tem 30 dias, peregrinaram durante os 29 dias do mês segundo ( o mês de Zive ou Ijar – I Rs.6:1,37, que tem 29 dias), perfazendo, portanto, um total de 44 dias de peregrinação.
3º SLIDE
- Os israelitas partiram de Refidim, onde haviam perdido a oportunidade de receber a promessa de Abraão, após terem tentado ao Senhor, uma clara demonstração de incredulidade, que corresponde a uma apostasia, ou seja, um desvio espiritual que sempre caracteriza o término de uma dispensação.
- O povo, que havia crido em Deus e O adorado quando da chegada de Moisés ao Egito (Ex.4:31), deu sete demonstrações de incredulidade mesmo depois da manifestação do poder de Deus com as pragas no Egito e na própria libertação do povo.
4º SLIDE
- Como resultado desta descrença, Israel não estava preparado para receber o Senhor em seus corações, para ter pautado o seu relacionamento com Deus com base na fé, assim como havia ocorrido não só com Abraão mas com os outros patriarcas (Hb.11:10-16).
- Deus, então, resolveu dar-lhes a lei, que serviria de aio, de condutor até a realização da promessa da redenção, que se daria apenas com a posteridade de Abraão, a saber, Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (Gl.3:17-24), Aquele que seria anunciado pelo próprio Moisés em sua despedida do povo (Dt.18:15-18).
5º SLIDE
- Ao chegarem ao monte Sinai, algo importante aconteceu aos filhos de Israel: o retorno da unidade - Ex.19:2.
- Assim como haviam sido unidos e, por causa desta união, passado da morte para a vida, agora, também, se tornariam a “propriedade peculiar de Deus dentre os povos” ao firmarem o pacto com Deus no Sinai. Razão tem, portanto, o salmista ao afirmar que onde há união, o Senhor ordena ali a bênção e a vida para sempre (Sl.133:3).
6º SLIDE
- Diante desta unidade, o Senhor mandou que Moisés subisse ao monte e lá, uma vez mais, o Senhor o chamou, apresentando a proposta de pacto a Israel. Deus queria que Israel se tornasse (Ex.19:5,6):
a) povo de Deus entre todas as nações;
b) reino sacerdotal;
c) povo santo.
7º SLIDE
- Diz a tradição judaica que o Senhor apresentou esta proposta a Moisés no segundo dia do mês de Sivã, no dia seguinte que Israel chegou ao monte Sinai.
- No terceiro dia de Sivã, o povo, a uma só voz, aceitou a proposta divina e disseram que fariam aquilo que o Senhor havia falado (Ex.19:8).
8º SLIDE
- Moisés, então, retornou até o monte para dar a resposta do povo a Deus, ocasião em que o Senhor lhe disse que, então, viria numa nuvem espessa, a fim de que o povo ouvisse quando o Senhor falasse com Moisés e para que cressem nas palavras que Moisés fosse dizer ao povo (Ex.19:9).
- O Senhor mostra, então, que o relacionamento que passaria a existir entre Ele e Israel não era o mesmo tipo de relacionamento que tinha existido entre ele e os patriarcas. Não haveria fala direta e Deus falaria “na escuridão de uma nuvem”, a demonstrar, portanto, que o pacto a ser selado indicava apenas “sombras” (Hb.10:1).
9º SLIDE
- Mesmo sendo um pacto inferior ao dos patriarcas, não deixava de ser um encontro com Deus e, por isso, o Senhor mandou que o povo deveria se santificar durante dois dias e, no terceiro dia, deveriam estar prontos, pois o Senhor desceria diante dos olhos de todo o povo sobre o monte Sinai (Ex.19:10,11).
- Como se estava no terceiro dia de Sivã, a descida de Deus no monte se deu, então, no dia seis de Sivã, que é o dia em que os israelitas celebram a festa de Shavuot, ou festa das semanas, ou, ainda, a festa de Pentecostes, ou seja, exatamente cinquenta dias depois da Páscoa.
10º SLIDE
- A exigência da santificação para o encontro com Deus é mais uma demonstração de que não podemos nos apresentar diante de Deus senão em santidade (Rm.12:1,2).
- Nesta santificação, o povo, também, lavou os seus vestidos (Ex.19:10,14). O sacerdote sempre tem que estar com as suas vestes santas (Ex.28:2-4; 31:10; 35:19), que outras não são senão as vestes da salvação (Is.61:10), vestes lavadas no sangue do Cordeiro (Ap.7:14), vestes que nos permitirão entrar na cidade celestial pelas portas (Ap.22:14), vestes que representam as justiças dos santos (Ap.19:8). Como estão as nossas vestes?
11º SLIDE
- Deus disse que iria “descer diante dos olhos de todo o povo sobre o monte de Sinai”, pois:
a). O Senhor não habitava no monte, mas, sim, nos céus dos céus;
b) O Senhor queria Se fazer próximo do povo;
c) O mandamento não era algo distante do povo (Dt.30:11-14).
12º SLIDE
- O Senhor, ainda, determinou que fossem fixados limites ao redor do monte Sinai, limites estes que o povo não poderia suplantar (Ex.19:12).
- O pacto entre Deus e Israel seria limitado, inferior ao relacionamento de amizade entre Deus e Abraão.
13º SLIDE
- No terceiro dia, ao amanhecer, houve trovões e relâmpagos sobre o monte, uma espessa nuvem e um sonido de buzina muito forte, de maneira que estremeceu todo o povo que estava no arraial (Ex.19:16).
- Moisés, então, levou o povo para fora do arraial, ao encontro de Deus, tendo todos se posto de pé diante do monte (Ex.19:17), enquanto Moisés subiu ao monte (Ex.19:20).
14º SLIDE II – OS DEZ MANDAMENTOS
- Moisés desceu do monte e deu recomendações ao povo e, em seguida, o Senhor, então, lhes falou as “dez palavras”, o “Decálogo”, que ficaram conhecidas como “os dez mandamentos”.
- A mensagem recebida veio diretamente de Deus e isto nos mostra que tudo quanto ali se disse não só se trata de um pacto entre Deus e Israel, mas também nos revela o caráter de Deus e o que o que fazem aqueles que são santos, que têm comunhão com Deus.
15º SLIDE
- Os "dez mandamentos" são destinados aos filhos de Israel, fazem parte do pacto estabelecido entre Deus e Israel (Ex.19:7-25).
- Como igreja de Deus, não temos de nos ater aos dez mandamentos, nem observá-los por causa do pacto estabelecido entre Deus e Israel, pois a lei não vigora sobre a igreja (Gl.4:21-31).
16º SLIDE
- Entretanto, os dez mandamentos foram dados por Deus e, portanto, são Suas palavras, são a expressão de Sua vontade e de Seu caráter.
- Desta forma, os princípios éticos constantes daquela revelação são perenes e imutáveis, pois Deus não muda nem n’Ele há sombra de variação (Tg.1:17; Nm.23:19). Sendo assim, a ética dos dez mandamentos é, verdadeiramente, a ética divina e, portanto, deve ser o comportamento que se aguarda do homem que se diz servo do Senhor.
17º SLIDE
- Foi neste sentido que Jesus, ao pronunciar o sermão do monte (Mt.5-7), expôs a Sua doutrina e, de forma admirável, reafirmou a ética estabelecida no monte Sinai. Por isso Jesus pôde dizer que veio não para abrogar a lei mas para cumpri-la (Mt.5:17).
- O cristão não cumpre a lei para ser salvo, mas, bem ao contrário, por ser salvo, novamente nascido, gerado pela Palavra, produz um fruto que é plenamente compatível com a ética que Deus revelou, através de Moisés, no monte Sinai e que foi reafirmada, com todo esplendor e profundidade, por Jesus no sermão do monte.
18º SLIDE
- Os "dez mandamentos" contêm duas partes bem nítidas (daí porque até serem duas as tábuas da lei - Ex.22:15,16) (Mc.12:28-34):
a) cinco mandamentos relacionados à relação do homem para com Deus;
b) cinco mandamentos relacionados da relação do homem para com o seu semelhante.
19º SLIDE
- Os cinco mandamentos referentes à relação entre Deus e Israel são os seguintes:
a) não terás outros deuses diante de mim;
b) não farás para ti imagem de escultura nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra; não te encurvarás a elas nem as servirás;
c) não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão;
d) lembra-te do dia de sábado para o santificar; seis dias trabalharás e farás toda a tua obra, mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhuma obra;
e) honra a teu pai e a tua mãe para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá.
20º SLIDE
- Os cinco mandamentos referentes à relação entre os israelitas e os seus semelhantes são os seguintes:
f) não matarás;
g) não adulterarás;
h) não furtarás;
i) não dirás falso testemunho contra o teu próximo;
j) não cobiçarás a casa do teu próximo, a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo
21º SLIDE
- Quando o Senhor vem falar com Israel, o povo não quis d’Ele se aproximar, retirou-se, ficou de longe (Ex.20:18,19)
- Deus queria inscrever a Sua lei no coração do povo, mas os filhos de Israel se recusaram a recebê-la deste modo, apesar da insistência de Moisés (Ex.20:20, 21).
22º SLIDE
- Havia uma desconfiança no meio do povo de Israel, a mesma desconfiança que os havia feito fracassar nas sete vezes em que Deus havia posto à prova a sua fé desde a saída do Egito.
- Esta falta de fé impediu-os de terem a lei em seus corações, tornando, assim, necessário, no próprio selar do pacto, um novo concerto (Jr.31:33,34), concerto este que é a nova aliança em Cristo Jesus, como explicitou o escritor aos hebreus (Hb.8:8,13).
23º SLIDE
- Moisés, então, foi até onde estava o Senhor, na escuridade (Ex.20:21).
- A lei foi dada na escuridade, na sombra (Hb.10:1), enquanto que, em Cristo, o relacionamento com Deus é feito na luz, na luz do Evangelho de Cristo (Jo.1:4,5; 3:19-21; II Co.4:4).
24º SLIDE
- O Senhor, então, falou a Moisés, mandando que eles observassem o que havia sido falado no monte, bem como que sacrificassem num altar de terra, sem pedras lavradase sem degraus (Ex.20:23-26).
- Nestas instruções, o Senhor deixa claro que seriam necessários sacrifícios para que houvesse a aproximação entre Deus e o povo, bem como que deveria haver simplicidade, humildade e reverência no culto ao Senhor.
25º SLIDE III – BREVE EXPLANAÇÃO DOS DEZ MANDAMENTOS
- O primeiro mandamento diz respeito à adoração única e exclusiva ao Senhor. Não podemos ter outros deuses. Nosso único Senhor é Deus.
- Jesus reafirmou este mandamento em várias ocasiões, como, v.g., na terceira tentação (Mt.4:10) e no sermão do monte (Mt.6:33).
26º SLIDE
- O segundo mandamento diz respeito à confecção de imagens de escultura para representação do que houvesse nos céus ou na terra.
- Este mandamento também foi reafirmado pelo Senhor Jesus, v.g., na conversa com a mulher samaritana (Jo.4:23-26).
27º SLIDE
- O terceiro mandamento diz respeito a não se dizer o nome do Senhor em vão, traduzindo a reverência que se deve ter ao Senhor.
- Este mandamento foi reafirmado pelo Senhor Jesus, v.g., quando falou a respeito dos juramentos (Mt.5:33-37).
28º SLIDE
- O quarto mandamento diz respeito ao sábado e é exclusivo do relacionamento entre Deus e Israel – Ex.31:13-17 e Dt.5:15.
- Este mandamento NÃO foi reafirmado pelo Senhor Jesus, que, bem ao contrário, deixou claro que se tratava de mandamento que perdeu sua razão de ser com a vinda de Cristo, Aquele que dá descanso à alma (Mt.11:28,29; 12:1-8; Mc.2:23-28; Hb.4:1-11).
29º SLIDE
- O quinto mandamento é um verdadeiro mandamento de transição, visto que se refere tanto ao relacionamento de Deus com o homem, pois honrar os pais:
a) é reconhecimento da soberania divina, pois os pais são verdadeiros “representantes” de Deus para os filhos;
b) é dever com relação a quem temos de devolver todo o benefício que nos foi feito.
30º SLIDE
- O sexto mandamento diz respeito ao respeito à vida: “não matarás”. Ela é dom exclusivo de Deus (I Sm.2:6) e que, portanto, jamais pode ser atacada por um ser humano.
- O Senhor Jesus reafirmou este mandamento no sermão do monte, inclusive ampliando-o não só à morte física, mas a todo e qualquer intento contra a pessoa (Mt.5:21,22).
31º SLIDE
- O sétimo mandamento diz respeito à fidelidade conjugal: Não adulterarás. Trata-se de uma consequência da própria fidelidade devida a Deus.
- Este mandamento foi reafirmado e ampliado pelo Senhor Jesus, que não levou em conta apenas a prática física de um ato sexual com quem não é seu cônjuge, mas a própria cobiça de quem não é seu cônjuge (Mt.5:27,28).
32º SLIDE
- O oitavo mandamento diz respeito à propriedade do próximo: Não furtarás. Trata-se de consideração do patrimônio e do trabalho alheios, do esforço feito para a sobrevivência de cada um.
- O Senhor Jesus também reafirmou este mandamento ao considerar que os agentes do diabo são “ladrões e salteadores” (Jo.10:8,10), a mostrar que o desrespeito ao patrimônio alheio é pecaminoso e não é admitido pelo Senhor.
33º SLIDE
- O nono mandamento diz respeito ao falso testemunho, questão que está umbilicalmente relacionada à mentira.
- O Senhor Jesus reafirmou este mandamento, ao dizer que o diabo é o pai da mentira (Jo.8:44), ao passo que Ele, Cristo, não só diz sempre a verdade (Jo.8:45), mas é a própria Verdade (Jo.14:6).
34º SLIDE
- O décimo mandamento fala da cobiça.
- Ao se referir ao adultério, o Senhor Jesus já havia mostrado que a cobiça é algo execrável e que é inadmitido por Deus, tendo, portanto, reafirmado aqui também este mandamento.
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL = EV. CARAMURU AFONSO FRANCISCO
FONTE PORTAL EBD