PORTAL ESCOLA DOMINICAL
PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2014
UMA JORNADA DE FÉ: A formação do povo de Israel e sua herança espiritual
COMENTARISTA: ANTONIO GILBERTO
PLANO DE AULA - EV. CARAMURU AFONSO FRANCISCO
ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP
PLANO DE AULA Nº 12
LIÇÃO Nº 12 – A CONSAGRAÇÃO DOS SACERDOTES
1º SLIDE INTRODUÇÃO
- Na continuidade do estudo do livro de Êxodo, estudaremos o capítulo 29, onde o Senhor descreve a Moisés o ritual da consagração dos sacerdotes.
- A cerimônia da consagração dos sacerdotes é uma belíssima lição sobre o sacerdócio do cristão.
2º SLIDE I – A LAVAGEM, O VESTIR E A UNÇÃO DOS SACERDOTES
- Como tudo que se refere à lei, a cerimônia de consagração dos sacerdotes também aponta para a realidade espiritual da dispensação da graça, onde cada salvo na pessoa de Cristo Jesus é um sacerdote (I Pe.2:9; Ap.1:6).
- O Senhor determina a Moisés que houvesse um ritual para a consagração dos sacerdotes que o próprio Deus havia escolhido, Arão e seus filhos.
3º SLIDE
- A primeira lição é que a cerimônia de consagração tinha como objetivo “santificar para me administrarem o sacerdócio” (Ex.29:1).
- A cerimônia era para deixar bem claro e explícito para todo o povo de Israel que o sacerdote era separado dos outros israelitas para exercer o sacerdócio, tanto que toda a congregação foi ajuntada para assistir à cerimônia (Lv.8:3).
4º SLIDE
- O cerimonial deveria ter os seguintes elementos: um novilho, dois carneiros sem mácula, pão asmo, bolos asmos amassados com azeite, coscorões asmos untados com azeite, tudo feito com flor de farinha de trigo, que deveriam ser postos num cesto (Ex.29:2).
- Cada elemento tem um significado especial para nós da dispensação da graça, mas haveremos de falar de cada um na medida do desenvolvimento do ritual da consagração.
5º SLIDE
- A cerimônia iniciava-se com a condução dos sacerdotes até a porta da tenda da congregação - os sacerdotes eram separados do restante do povo para poder entrar no lugar santo.
- A Igreja, os sacerdotes da nova aliança, tem livre acesso a Deus dentre todos os demais seres humanos neste planeta (Hb.9:11,12).
6º SLIDE
- Uma vez à porta da tenda da congregação, Arão e seus filhos foram lavados com água (Ex.29:4).
- Toda a consagração começa com a lavagem da água, i.e., pela santificação operada pela Palavra de Deus, santificação não só posicional (I Co.1:1,2), mas também progressiva (Jo.17:17; Ap.22:11).
7º SLIDE
- Em seguida à lavagem da água, os sacerdotes foram vestidos com seus vestidos sacerdotais (Ex.29:5,6).
- Estas vestes sacerdotais indicam a vinda do Espírito Santo para habitar em nós (Jo.14:17).
8º SLIDE
- O primeiro a ser vestido foi Arão, escolhido para ser o sumo sacerdote, que deveria usar toda a sua indumentária. Após ele ter se vestido, foi ungido com azeite sobre a sua cabeça (Ex.29:5-7).
- Isto é uma figura da preeminência de Cristo, o nosso Sumo Sacerdote (Cl.1:18; Hb.8:1,2), que é a cabeça do corpo, da Igreja, o princípio e o primogênito dentre os mortos. Ele é o Cristo, ou seja, o Ungido, Aquele que foi escolhido para fazer a reconciliação entre Deus e os homens. Sobre Ele, primeiramente, esteve o Espírito Santo, pelo qual fez bem e curou a todos os oprimidos do diabo (At.10:38).
9º SLIDE
- Arão foi ungido com azeite, em mais uma figura da necessária unção do Espírito Santo que deve pairar sobre todos os salvos na pessoa de Cristo Jesus. Por isso, o apóstolo João disse que todo salvo tem a unção do Santo e sabe tudo (I Jo.2:20).
- A unção do sumo sacerdote foi única, ou seja, uma vez ungido para exercer o sumo sacerdócio, ele não mais seria ungido. De igual modo, a unção recebida pelo salvo em Cristo Jesus não precisa ser repetida (I Jo.2:27). Não existe “nova unção”.
10º SLIDE
- A unção de Arão feita sobre a cabeça e que fazia com que todas as suas vestes fossem embebidas pelo azeite também é figura da unidade que existe no corpo de Cristo, que é a Igreja (Sl.133:1,2; I Co.12:27).
- Esta unidade do corpo de Cristo, da Sua Igreja, é possível única e exclusivamente pela ação do Espírito Santo, este único Espírito que opera na Igreja do Senhor (Ef.4:4).
11º SLIDE
- Após a vestidura e a unção do sumo sacerdote, os filhos de Arão também foram vestidos, sem unção com azeite (Ex.29:9).
- Recebemos o Espírito Santo por causa da obra de Cristo Jesus na cruz do Calvário. Jesus soprou sobre os Seus discípulos o Espírito Santo, pois o Espírito Santo só pode ser dado porque Jesus foi glorificado (Jo.7:39).
12º SLIDE
- Os filhos de Arão receberam suas vestes sacerdotais depois que Arão foi vestido das suas e foi ungido com azeite.
- Recebemos nossas vestes de salvação porque Jesus Cristo, nosso Sumo Sacerdote, foi glorificado, vencendo a morte e o pecado e abrindo para nós um vivo e novo caminho pela Sua carne e, por isso, pôde enviar o Espírito Santo para fazer de nós a Sua morada (Lc.24:49).
13º SLIDE II – O SACRIFÍCIO DA CONSAGRAÇÃO
- Em seguida, o ritual da consagração determinava o sacrifício do novilho diante da tenda da congregação, ou seja, no altar dos sacrifícios.
- Arão e seus filhos puseram as mãos sobre a cabeça do novilho e Moisés degolaou o novilho perante o Senhor, à porta da tenda da congregação (Ex.29:10,11).
14º SLIDE
- Este sacrifício era o sacrifício pelos pecados do sumo sacerdote e dos sacerdotes (Lv.4:1-4), numa clara confissão deles que eram pecadores.
- O sacerdócio aarônico ou levítico iniciou-se diante da constatação de que o pecado não tinha sido tirado. Era um sacerdócio incapaz de abrir um acesso livre a Deus.
15º SLIDE
- No ritual da consagração, após o novilho ter sido degolado à porta da tenda da congregação, o sangue foi tomado e Moisés, com o seu dedo, pôs o sangue nas pontas do altar e o sangue restante foi derramado à base do altar (Ex.29:12).
- A colocação do sangue nas pontas do altar, que eram quatro, é uma figura da redenção de Cristo para toda a humanidade, a “propiciação pelos pecados de todo o mundo” a “expiação ilimitada”.
16º SLIDE
- O derramamento do sangue restante à base do altar é figura do derramamento do sangue de Cristo na cruz do Calvário, o sangue que nos remiu, que nos purificou de todo o pecado. Sem derramamento de sangue, não há remissão (Hb.9:22).
- O derramamento daquele sangue significava a cobertura dos pecados dos sacerdotes e era figura da eliminação do pecado por parte do Cordeiro de Deus (Jo.1:29).
17º SLIDE
- Em seguida, Moisés queimou toda a gordura que cobria as entranhas, o redenho de sobre o fígado e ambos os rins sobre o altar, mas a carne do novilho, a sua pele e o seu esterco foram queimados não no altar, mas fora do arraial, porque se tratava de um sacrifício pelo pecado (Ex.29:14).
- Este ato de queima fora do arraial apontava para o sacrifício de Cristo, que se deu fora de Jerusalém, no monte Calvário (Hb.13:10,11).
18º SLIDE
- Este ato que tipifica o sacrifício de Cristo fora de Jerusalém também tem um importante significado para os salvos, qual seja, a necessidade que temos de também “sair fora do arraial, levando o vitupério de Cristo”(Hb.13:13).
- Levar o vitupério de Cristo é suportar a cruz, desprezar a afronta pelo gozo que nos está proposto, a fim de que também possamos nos assentar no trono de Cristo, à direita do Pai (Hb.12:2).
19º SLIDE
- Em seguida à queima do novilho, Moisés tomou um carneiro, devendo Arão e seus filhos também pôr a mão sobre a cabeça do animal (Ex.29:15).
- O carneiro foi degolado, sendo tomado o seu sangue e espalhado sobre o altar ao redor. O carneiro foi, então, partido em suas partes, teve lavadas as suas entranhas e as suas pernas, que seriam postas sobre as suas partes e a sua cabeça, sendo, então, o animal totalmente queimado no altar, o que se chama de “holocausto”, ou seja, sacrifício totalmente queimado (Ex.29:15-18).
20º SLIDE
- Esta oferta não foi feita pelo pecado, mas, sim, como uma oferta de cheiro suave ao Senhor, uma oferta de gratidão a Deus, um ato de adoração ao Senhor (Lv.1:1-9).
- Esta oferta simboliza a necessidade de estarmos prontos a fazer a vontade de Deus, assim como Jesus Cristo o fez. Quem faz a vontade do Senhor é o “verdadeiro adorador”.
21º SLIDE
- Após o holocausto do primeiro carneiro, Moisés tomou o segundo carneiro, chamado “carneiro das consagrações”, sobre a cabeça do qual Arão e seus filhos também puseram as mãos.
- O carneiro foi degolado à porta da tenda da congregação. Moisés, então, tomou do sangue do carneiro e o pôs na ponta da orelha direita, do polegar da mão direita e do polegar do pé direito de Arão, espalhando o restante do sangue sobre o altar ao redor (Ex.29:20).
22º SLIDE
- Este segundo carneiro era sacrificado para purificação do próprio exercício do ofício sacerdotal.
- O sacerdote deveria ser purificado na sua audição, nas suas obras e no seu comportamento.
23º SLIDE
- Após a colocação do sangue sobre a orelha direita, o polegar da mão direita e o polegar do pé direito, Moisés tomou do sangue que estava sobre o altar e do azeite da unção e o espargiu sobre Arão e sobre os seus vestidos, como também sobre os seus filhos e os vestidos de seus filhos com ele, para que, então, fossem eles santificados, como também suas vestes (Ex.29:20).
- A aspersão do sangue e do azeite sobre Arão e seus filhos simboliza que não podemos ser sacerdotes se não formos “nascidos da água e do Espírito” (Jo.3:5).
24º SLIDE
- Após a aspersão do sangue e do azeite sobre as vestes e as pessoas de Arão e de seus filhos, Moisés tomou deste segundo carneiro a gordura, a cauda, a gordura que cobre as entranhas, o redenho do fígado e ambos os rins com a gordura que neles tivesse, o ombro direito do carneiro, assim como uma fogaça de pão, um bolo de pão azeitado e um coscorão do cesto dos pães asmos, pô-los nas mãos de Arão e de seus filhos, devendo eles mover tudo isto perante o Senhor (Ex.29:22-24).
- Tratava-se de uma “oferta de movimento”, ou seja, algo que deveria ser oferecido perante o Senhor com um movimento das mãos e dos braços. Esta “oferta de movimento”, simboliza o revestimento de poder, o batismo com o Espírito Santo.
25º SLIDE
- Em seguida, Moisés tomou a “oferta de movimento” das mãos de Arão e de seus filhos e a queimou no altar como “oferta queimada ao Senhor” (Ex.29:25).
- Tratava-se este sacrifício de um “sacrifício pacífico”, de uma “oferta alçada”, ou seja, algo proveniente de alguém que teve seu pecado perdoado, que está em plena comunhão com o Senhor e que é grato a Deus pela sua redenção.
26º SLIDE
- Após a queima de tudo quanto estava nas mãos de Arão e de seus filhos, Moisés tomou o peito do carneiro, movendo-o com movimento perante o Senhor, sendo esta a porção de Arão, assim como o ombro da oferta alçada (Ex.29:26-28).
- Esta carne foi cozida no lugar santo e consumida por Arão e seus filhos — a refeição sagrada é o símbolo da comunhão que deve haver entre os sacerdotes e Deus e entre os sacerdotes entre si.
27º SLIDE
- A porção de Arão e seus filhos era composta do peito do carneiro e de seu ombro direito. - A comunhão com Deus e com os irmãos é movida pelo amor e pelo sustento de toda a obra salvífica por Cristo Jesus.
28º SLIDE
- Além do carneiro, também foi consumido o pão asmo, que estava no cesto, simbolizando a santidade e as necessárias verdade e sinceridade que deve existir na vida do sacerdote de Cristo.
- O que sobejou do alimento até à manhã, foi queimado com fogo, porque era santo (Ex.29:34), a nos ensinar que nossa comunhão com Deus é algo diário, algo que deve ser mantido dia após dia.
29º SLIDE
- A consagração durou sete dias, devendo, todos os dias, ser preparado um novilho para sacrifício pelo pecado, bem como ser purificado o altar, fazendo-se expiação sobre ele, bem como foi ele ungido para santificá-lo, tornando-se, assim, o altar santíssimo (Ex.29:36,37).
- Sobre o altar, foi realizado o chamado “holocausto contínuo” (Ex.29:42), que apontava para o sacrifício de Cristo na cruz do Calvário. O sacerdote de Cristo não deve propor saber entre os homens senão Cristo, e Este crucificado.
30º SLIDE
- O sacrifício contínuo aponta para Cristo Jesus, pois (I): a) o cordeiro de um ano aponta para Jesus como Cordeiro de Deus (Jo.1:29);b) a flor de farinha aponta-nos para Cristo como o pão da vida (Jo.6:35,48), como o grão de trigo que morre para viver e produzir fruto (Jo.12:24);
31º SLIDE
- O sacrifício contínuo aponta para Cristo Jesus, pois (II): c) a quarta parte de um him de azeite batido aponta-nos para Cristo como Aquele que foi ungido pelo Espírito Santo para fazer bem e curar a todos os oprimidos do diabo (At.10:38), como o Cristo, o Ungido de Deus (Mt.27:17,22); d) a quarta parte de um him e vinho aponta-nos para Cristo tanto como Aquele que derramou o Seu sangue para nos remir (Rm.3:25; 5:9; Ef.1:7; Cl.1:14;Ap.1:5), como também Aquele que proporciona a todos nós a alegria da salvação (Sl.51:12; 104:15).
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - EV. CARAMURU AFONSO FRANCISCO
fonte portal EBD