Atenção: Dilma irá reter (CONFISCAR) o PIS para 'salvar' superávit!


Fazer superávit com PIS do trabalhador não é boa ideia

O governo quer usar o abono salarial (PIS), benefício de R$ 724 pago anualmente a quem recebe até dois salários mínimos, para ajudar no superávit primário. Tem direito ao abandono quem trabalhou com carteira assinada no mínimo um mês do ano anterior e está cadastrado no PIS há pelo menos cinco anos. Acontece que muita gente não sabe que tem direito a esse "dinheiro do PIS" e deixa de tirá-lo. Normalmente, o governo faz uma campanha para lembrar esses trabalhadores de baixa renda que se esqueceram do benefício. Mas este ano, ele não vai fazer campanha, como mostrou hoje o jornal O Globo.
Se passar do dia 30 de junho, prazo para a retirada do abono, esse dinheiro - R$ 1,32 bilhão no total - só pode ser sacado por decisão judicial. A ideia do governo é que esses recursos sejam usados para engordar o superávit primário.

Não vai ter campanha, mas lembramos aqui que o trabalhador que se encaixa nesse perfil tem direito a esse benefício. Até agora, segundo o jornal, quase 2 milhões de pessoas ainda não sacaram o abono. 
O governo deve buscar o superávit primário, mas da maneira correta, controlando gastos, aumentando as receitas da forma mais certa possível, e não deixar de informar o trabalhador de baixa renda que ele tem um dinheiro a receber. Não faz sentido fazer uma coisa dessas hoje em dia.
Não é com esse dinheiro que deve ser feita a economia para o pagamento de juros da dívida, o chamado superávit primário. O governo está aumentando suas despesas em 8,4% este ano, enquanto as receitas crescem apenas 4%. Desde o plano Real, o salário mínimo vem tendo ganhos reais fortes. Se o governo acha que o abono está pesando nas contas, que faça uma proposta alternativa, o que não pode é fazer o que está fazendo.
Essa não é a melhor forma de fazer o superávit. O equilíbrio das contas públicas deve ser perseguido, mas não a esse preço. Tem muita coisa que o governo precisa consertar. O gasto com desemprego, por exemplo, está aumentando muito numa época de baixo desemprego. O que não pode é deixar de alertar as pessoas, não fazer campanha, porque são exatamente esses trabalhadores os que precisam mais.
fontehttp://oglobo.globo.com/economia/miriam/