Lição 6 - O ministério de apóstolo I Plano de Aula

2º Trim. 2014 - Lição 6 - O ministério de apóstolo I Plano de Aula
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
SEGUNDO TRIMESTRE DE 2014
DONS ESPIRITUAIS E MINISTERIAIS: servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário

COMENTARISTA: ELINALDO RENOVATO DE LIMA
PLANO DE AULA - EV. CARAMURU AFONSO FRANCISCO
ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP

PLANO DE AULA Nº 6
LIÇÃO Nº 6 –  O MINISTÉRIO DE APÓSTOLO
1º SLIDE   INTRODUÇÃO
- Iniciamos o segundo bloco deste trimestre, dedicado ao estudo dos dons ministeriais.
- O primeiro dom ministerial que estudaremos é o de apóstolo, aqueles que foram enviados diretamente por Jesus para dar início à Igreja.
2º SLIDE   I – OS DONS MINISTERIAIS
- Dons ministeriais - dádivas concedidas por Cristo com a finalidade de aperfeiçoar os santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo, a fim de que os crentes atinjam a unidade da fé, o conhecimento do Filho de Deus, o nível de varões perfeitos, a medida da estatura completa de Cristo (Ef.4:12,13).
- Os dons ministeriais, ao contrário dos dons ditos “assistenciais”, visam criar condições nos outros crentes para que eles, sim, exerçam o dom “assistencial” que recebeu do Espírito Santo.
3º SLIDE
- Os dons ministeriais não se confundem com “títulos ministeriais” ou “cargos eclesiásticos”.
- São cinco os dons ministeriais, consoante a relação dada pelo apóstolo Paulo em Ef.4:11: apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e doutores (ou mestres).
4º SLIDE
- Os dons ministeriais são exercidos (I):
a) com o propósito de promover o aperfeiçoamento dos santos;
b)  de modo a levar os crentes a servir a Deus;
c) levam à edificação da Igreja, através de: rejeição dos falsos ensinos; crescimento em Cristo; bom ajuste da Igreja; aumento do corpo; edificação em amor;
5º SLIDE
- Os dons ministeriais são exercidos (II):
d) para que a Igreja caminhe rumo à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à estatura completa de Cristo.
e) para permitir que os crentes sigam a verdade em amor;
f) complementarmente, ou seja, um dom ministerial complementa o outro.
6º SLIDE
Os dons ministeriais e os dedos da mão
Polegar – apóstolos
Indicador – profetas
Médio - evangelistas
Anelar – pastores
Mínimo – mestres
7º SLIDE
II – OS DOZE APÓSTOLOS DO CORDEIRO
- “Apóstolo” significa “enviado”. Em Mt.10:1-4, Jesus chamou os Seus doze discípulos e lhes deu poder sobre os espíritos imundos para os expulsarem e para curarem toda a enfermidade e todo o mal (Mt.10:1).
- Estes doze são chamados de “apóstolos”, portanto, porque foram enviados pelo Senhor Jesus para que fossem às ovelhas perdidas da casa de Israel, a fim de pregar o Evangelho.
8º SLIDE
- A noção que se tem de “apóstolo”, portanto, é daquele que é enviado diretamente pelo Senhor Jesus para realizar a obra da pregação do Evangelho a plagas que ainda não haviam ouvido a mensagem da salvação.
- É, aliás, neste sentido que o próprio Senhor Jesus é chamado de apóstolo, como se vê de Hb.3:1, quando Cristo é chamado de “apóstolo e sumo sacerdote da nossa confissão (Mt.10:40; Mc.9:37; Lc.4:18; 9:48; 10:16; Jo.3:17; 4:34; 5:23,24,30,36-38; 6:29,38-40,44,57; 7:16,18,28,29,33; 8:16,18,26,29,42; 9:4; 10:36; 12:44,45,49; 13:16,20; 14:24; 15:21; 16:5; 20:21).
9º SLIDE
- O comissionamento dos doze era uma demonstração de que caberia a eles a continuidade do trabalho da pregação do Evangelho, que era a partir deles que se prosseguiria a proclamação da mensagem da salvação na pessoa de Jesus Cristo.
- Por isso, na tarde do domingo da ressurreição, o Senhor, já triunfante, começou a dar dons aos homens (Ef.4:8) e, dentre eles, deu o dom do apostolado, ao dizer aos discípulos que estavam reunidos no cenáculo: “Paz seja convosco; assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós” (Jo.20:21).
10º SLIDE
- Quem estava ali no cenáculo naquela tarde? João nos diz que eram os “doze”, ou seja, na verdade, apenas dez dos doze, já que Judas Iscariotes havia se suicidado e Tomé estava ausente (Jo.20:24).
- Assim, quem foi constituído como “apóstolo”, ou seja, como “enviado de Cristo”? Aqueles mesmos que haviam sido anteriormente comissionados pelo Senhor para a pregação do Evangelho do reino de Deus.
11º SLIDE
- São os doze, pois, propriamente os “apóstolos”, aqueles que foram enviados diretamente pelo Senhor Jesus para dar continuidade à Sua obra salvífica, para complementar a edificação da Igreja, que nascia agora diante da rejeição dos judeus ao Messias (Jo.1:11).
- Enquanto aguardavam o cumprimento da promessa do Pai, o mesmo Lucas nos relata que houve um debate entre os discípulos, que muitos nos esclarece a diferença que existia entre os “apóstolos” e os demais discípulos (At.1:15-26).
12º SLIDE
- Para a escolha do novo apóstolo, então, são apresentados alguns requisitos para se reconhecer um apóstolo, a saber (At.1:21,22):
a) ser varão;
b) ter convivido todo o tempo do ministério terreno de Cristo com o Senhor, desde o batismo de João até a ascensão;
c) ter sido testemunha da ressurreição de Cristo.
13º SLIDE
- Os requisitos exigidos para a escolha deste novo apóstolo mostram-nos que não poderia haver este ministério, no sentido próprio da palavra, além da primeira geração da Igreja.
- É por isso mesmo que o apóstolo Paulo, ao se referir aos apóstolos, diz que eles são “fundamentos” da Igreja, ao lado dos profetas (Ef.2:20), prova de que este dom ministerial é “base” da edificação da Igreja e, assim como a base não é reproduzida ao longo da edificação, tal ministério não pode ser reproduzido ao longo da história da Igreja.
14º SLIDE
- Evidências de que o ministério apostólico é circunscrito aos doze:
a) os crentes perseveravam na “doutrina dos apóstolos” (At.2:42);
b) a entrega de mandamentos do Senhor Ressurreto aos doze (At.1:2);
c) foram os apóstolos que, majoritariamente, redigiram ou orientaram a redação do Novo Testamento
d) João aponta haver apenas “doze apóstolos do Cordeiro” na descrição da Nova Jerusalém (Ap.21:14).
15º SLIDE
- Diante desta constatação, entretanto, surge uma importante questão: e o apóstolo Paulo?
- Como dizer que somente há doze apóstolos, se Paulo é chamado, nas Escrituras, por diversas vezes, de apóstolo, inclusive ficando bem claro que ele era apóstolo pela vontade de Deus e não dos homens, como se vê em Rm.1:1; 11:13; I Co.1:1; 9:1,2; 15:9; II Co.1:1; Gl.1:1; Ef.1:1; Cl.1:1; I Tm.1:1;2:7; II Tm.1:1 e Tt.1:1.
16º SLIDE
- Paulo, na verdade, é que o apóstolo que substituiu Judas Iscariotes. Lucas deixa claro que Matias, por voto comum, passou a ser contado entre os apóstolos, mas não afirma que tenha se tornado um verdadeiro apóstolo, tendo sido escolhido por sortes lançadas, um método que não se coadunava mesmo com o que havia sido feito pelo Senhor Jesus em Seu ministério terreno (At.1:26).
- Paulo, no entanto, foi escolhido diretamente pelo Senhor Jesus que, pessoalmente, O chamou no caminho de Damasco (At.9:1-18), tendo, através de Ananias, revelado que se tratava de um “vaso escolhido para levar o Meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel” (At.9:15).
17º SLIDE
- Paulo foi introduzido no colégio apostólico como um abortivo (I Co.15:8), para ser o “apóstolo dos gentios” (Rm.11:13), como um “fundamento” de todos os gentios que, também, foram introduzidos como zambujeiro na oliveira (Rm.11:17-19).
- Paulo preencheu todos os requisitos exigidos para o apostolado, pois:
a) era varão;
b) teve contato pessoal com o Senhor Jesus, tendo recebido d’Ele toda a revelação de tudo quanto se passou no ministério terreno de Cristo (I Co.9:1; 11:23-25)
c) tornou-se testemunha da ressurreição de Cristo, visto que é o apóstolo que mais a explicita e que mais a entende em todas as Escrituras (Rm.1:1-5; I Co.15; Gl.1:1).
18º SLIDE
III – AS CARACTERÍSTICAS DO APOSTOLADO
a) “qualidade representativa”;
b) promoção da cura dos quebrantados do coração (Lc.4:18), da repreensão dos espíritos malignos e da cura de enfermidades (Mt.10:1; Mc.6:13; Lc.9:2; At.2:43; 4:33; 5:12,15,16; 19:11);
c) consciência de que, por terem o dom ministerial mais importante, eram os últimos (I Co.4:9; Lc.9:48).
19º SLIDE
As características do apostolado (II)
d) necessidade de dedicação ao ministério da Palavra e à oração (Jo.3:34; At.6:2,4);
e) total ausência de vontade própria por parte do apóstolo (Jo.5:30; 6:38; Gl.2:20);
f) ausência de doutrina própria (Jo.7:16,18; 12:49; I Co.11:23).
g) posição acima das igrejas locais, mas sem sede de poder ou interferência (At.8:14; 11:22; 14:23; 20:17-38).
20º SLIDE   IV – O APÓSTOLO COMO DESBRAVADOR, COMO MISSIONÁRIO
- A Igreja é chamada de “apostólica”, uma vez que está firmada no “fundamento dos apóstolos e dos profetas” (Ef.2:20).
- A “doutrina dos apóstolos” continua a ser ensinada e vivida pela Igreja em virtude da ação do Espírito Santo, que foi mandado pelo Senhor Jesus para nos guiar em toda a verdade e nos fazer lembrar de tudo quanto Jesus ensinou (Jo.16:13;14:26).
21º SLIDE
- O Senhor Jesus, que é a cabeça da Igreja e que deu, primeiramente, os apóstolos, agora dá à Igreja os outros dons ministeriais: profetas, evangelistas, pastores e mestres, através dos quais se promove o aperfeiçoamento dos santos e a edificação do corpo de Cristo em amor.
- Por isso, não há uma “sucessão apostólica”, como defende a Igreja Romana, que diz que o Colégio Apostólico foi substituído pelos “bispos”, que seguem o “Magistério”, ou seja, prosseguem no ensinamento da “doutrina dos apóstolos”, acrescendo coisas a este ensino, que constituiria a chamada “Tradição”.
22º SLIDE
- Mas “apóstolo” quer dizer “enviado” e, neste sentido, como diz o Catecismo da Igreja Romana, “…Toda a Igreja é apostólica na medida em que é "enviada" ao mundo inteiro; todos os membros da Igreja, ainda que de formas diversas, participam deste envio.…”
- Por isso, no próprio Novo Testamento, Barnabé é chamado de apóstolo juntamente com Paulo em At.14:14, como, em Rm.16:7, Andrônico e Junia também são assim chamados.


23º SLIDE
- Desde os primeiros dias da Igreja, as pessoas que haviam sido “enviadas” para desbravar terras que ainda não tinham sido evangelizadas, que tinham sido enviadas como missionários, eram também chamadas de “apóstolos”, até porque o nome “apóstolo”, como dissemos, significa “enviado” em grego.
- Este costume perpetuou-se na Igreja, de modo que também são chamados de “apóstolos”, ao longo da história da Igreja, aquelas pessoas que abriram frentes de trabalho, que estabeleceram igrejas em locais até então não evangelizados.
24º SLIDE
- Assim, toda pessoa que é enviada para missão, abrindo trabalhos onde não os havia antes, sendo um desbravador da mensagem do Evangelho, é chamada de “apóstolo”.
- Estes “apóstolos” são, na verdade, evangelistas pioneiros, que lançam as bases da evangelização numa determinada região, mas que não têm o mesmo papel dos doze apóstolos do Cordeiro.
25º SLIDE  V – OS FALSOS APÓSTOLOS
- Já nos dias apostólicos, a igreja teve de enfrentar os que diziam ser apóstolos, mas não o eram (Ap.2:2).
- Ao pôr à prova os que se diziam apóstolos e não o eram, certamente o pastor de Éfeso e o restante da igreja fizeram um paralelo entre Paulo e os pretensos apóstolos que por lá chegaram.
26º SLIDE
- Sinais do apostolado apresentados por Paulo aos efésios (At.20:17-30), que faltam nos “falsos apóstolos”:
a) constância, a manutenção de uma conduta diante de Deus e dos homens;
b) serviço com humildade, com muitas lágrimas e tentações, por causa da perseguição;
c) nunca ter deixado de anunciar e ensinar publicamente e pelas casas, testificando tanto a judeus como a gregos, a conversão a Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo;
d) estar limpo do sangue de todos os crentes, porque nunca deixara de anunciar o conselho de Deus.
COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL - EV. CARAMURU AFONSO FRANCISCO