O TESTEMUNHO DE KIRK FRANKLIN, EX-VICIADO EM PORNOGRAFIA

Kirk Franklin vendeu mais de dez milhões de discos em menos
 de dez anos, ganhou três prêmios Grammy e sete vezes o
 prêmio Dove. Seu sucesso “Stomp”, do álbum triplo de platina
 “God’s Property”, o transformou no astro dos jovens na MTV.
Quando a carreira de Kirk chegou ao topo há alguns anos, sua 
vida pessoal deixou de ser secreta. Kirk deixou claro e confessou
 seu vício em pornografia.
“Havia sempre aquele menino cujo irmão mais velho tinha
 revistas pornográficas. A primeira vez que vi uma devia ter uns
 oito ou nove anos. A partir daí me tornei um viciado. E levei isso
 para meu casamento. Minha esposa ficou ciente da situação 
somente no segundo ano de casados”.
A esposa, Tammy, ao ser questionada sobre quando descobriu,
 respondeu: “Bom, assim que descobri que ele estava com
 problema ele disse: ‘Querida, vamos fazer a coisa mais
 verdadeira. Vamos manter a verdade’”, conta.
Kirk afirma que, quando casaram, ele ainda tinha aqueles
 solteiro, e tentou fazer com que sua esposa visse junto com
 ele
. “No segundo ano do nosso casamento, ele tentou implementar isso dentro do nosso relacionamento. Ele dizia
: ‘Veja isto comigo, querida’. Essa atitude me fez sentir suja. Nossa intimidade deixou de ser santa. Eu pensava: 
‘Eu não estou olhando, não vou ver isso com você’, e ficava com raiva”, conta Tammy.
A vida secreta de Kirk teve acessos de fúria enquanto ele viajava para promover seus últimos lançamentos. 
Em casa, Tammy não fazia idéia da extensão do problema dele. “Não vi nenhuma evidência de que ele estivesse
 fazendo aquilo em casa. Ele sabia o que eu pensava sobre essa situação”.
Para Kirk, fazer isso em casa, não tinha tantos problemas. “Eu tinha uma vida secreta, assistia a programas de
 pornografia na TV enquanto ela dormia”.
E como você entender que esse vício tinha que ser enfrentado? Kirk conta: “Nós estávamos num hotel em Los
 Angeles numa manhã e eu disse: ‘Querida, preciso te contar algo. Estou lutando contra a pornografia. E isso 

é um problema’”.
Em sua resposta, Tammy foi sensível. “A melhor coisa foi que ele viu isso como um problema. A maioria dos
 homens acha que isso é normal. E o fato de ele vir até mim buscando a transformação me fez feliz. Então,
 comecei a orar por ele intensamente. Eu queria que ele soubesse, mais do que qualquer outra coisa, que
 teríamos de combater juntos”.
“Isso é que é estranho na pornografia. Existem diferentes pessoas, mesmo na sociedade, que sentem isso de
 uma forma diferente. Entende o que estou tentando dizer? Existem alguns homens cristãos que conheço que
 diriam: “Eu prefiro fazer isso do que enganar a minha esposa”. Quando eu tive de esclarecer o assunto,
 disse: ‘Amigo, estamos enganando nossas esposas. Conforme aquilo que o homem pensa, assim ele é.
 Então, estamos as enganando’”, comenta Kirk.
Kirk tinha ao seu lado uma esposa disposta a atravessar tudo isso ao seu lado. Mas e quanto às pessoas 
que tomaram conhecimento disso? “É estranho porque você está falando com um homem que foi ministro de
 louvor na igreja desde quando tinha onze anos. Você acharia que a sociedade é que faria com que eu tivesse
 que me examinar. Acho que as pessoas devem ser alertadas. Eu desejei que alguém tivesse me ensinado sobre
 isso quando passei pelo problema, há muito tempo atrás. Que alguém tivesse me falado sobre as conseqüências
 do sexo, da carne e da luxúria, da vaidade, do orgulho do ego, e de todas as outras coisas. Eu gostaria que
 alguém tivesse me acompanhado anos atrás. Mas deixa eu te contar uma coisa que aconteceu com
 “o talentoso”: “o talentoso” da igreja caiu. Eles conseguem, natural e emocionalmente, controlar a atmosfera d
o culto da igreja”, explicou Kirk.
As pessoas se referiam a ele com base no talento, ao invés de vê-lo como homem. “Ninguém pergunta ao levita
: “Você está firme? Como vai o casamento? E o relacionamento entre você e sua esposa?”. Ninguém exige
 a responsabilidade do “talentoso” na sociedade”.
Apesar da esposa de Kirk saber de seu problema e orar por ele, ninguém o ajudou em seu posicionamento.
 Até que ele conheceu o Pastor Tony Evans, um homem que não estava deslumbrado com a fama de Kirk
. “Fui à igreja dele pela primeira vez em 1988. Eu tinha um álbum chamado “Stomp”. Eu estava indo viajar
 à Dublin, Irlanda, para cantar com Bono Vox, recebia flores de Arsênio Hall, cartas de Mike Tyson, estava 
saindo com Denzel Washington e todas aquelas pessoas famosas. Eu estava gravando o piloto de um 
programa de televisão para a ABC. Mas tudo isso não se pode levar para o céu. Contudo, eu me banhava
 nisso e muitas pessoas da minha comunidade também”, conta.
Mas, quando Kirk e sua família começaram a freqüentar a igreja do Pastor Evans, Kirk não recebeu o mesmo
 tratamento a que estava acostumado.
Segundo Pastor Evans, o respeito às pessoas é fundamental. “Você vem para cá do mesmo jeito que todos
 vêm – através da cruz. E na cruz o chão é muito nivelado, e você é tratado igual a todos. Reconhecemos seus
 talentos, respeitamos as pessoas. A Bíblia diz “para dar honra a quem merece honra”. Mas há apenas uma 
pessoa célebre, e ela é Jesus Cristo”.
Para Kirk, era muito importante saber que o Pastor Evans não se preocupava com quem ele era. “Se eu não
 chegasse na hora, tinha de me sentar onde todos se sentavam, não poderia escolher lugar. Eu ficava furioso
 com isso. Mas havia uma coisa que me atraía para lá, e eu orava para ser liberto. Uma noite liguei para ele e
 disse: ‘Preciso de ajuda. Tenho um problema’”.
Pastor Evans: “Como a área sexual define os homens, e é acessível a eles, é facilmente atingida depois de um
 certo ponto. Isso tem a ver com quem você é, torna-o um homem de verdade – todas essas definições errôneas
. Mas quando podemos esclarecer a identidade de uma pessoa em Cristo e ajudá-la a entender como orar em
 espírito, ela passa a entender que a lei do espírito é maior que a da carne”.
Kirk contou ao Pastor Evans tudo. Isso o ajudou a ser honesto com as pessoas importantes de sua vida. Assim
 começou a viagem de sua cura com a Tammy. “Agora eu estou limpo há quatro anos. Há um processo para
 essa libertação e, se eu fui liberto, qualquer um pode. Durante anos eu nunca perguntei se podia ser liberto da
 pornografia. Eu estava gravando álbuns em que Deus falava com as pessoas que eram abençoadas por Ele.
 A música “Why we sing” foi lançada em 1993 e eu estava me debatendo com a pornografia. Através daqueles
 álbuns Deus estava falando e todas as pessoas estavam conseguindo vitórias, caminhando, vivendo, exceto eu.
 Eu costumava perguntar e queria saber o que estava acontecendo. O que pode ajudar as pessoas é que minha
vitória não veio por 

experiência emocional, mas pela verdade. A verdade me libertou”, finaliza.
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