PORTAL ESCOLA DOMINICAL
JUVENIS- CPAD
2º Trimestre de 2014
Tema: Os perigos do relativismo moral
Comentarista: Telma Bueno e Marcelo Oliveira
2º Trimestre de 2014
Tema: Os perigos do relativismo moral
Comentarista: Telma Bueno e Marcelo Oliveira
LIÇÃO 12- DISCIPLINA, PRECISAMOS DELA?
Texto bíblico Pv 3.1-12
Filho meu, não te esqueças da minha lei, e o teu coração guarde os meus mandamentos.
Porque eles aumentarão os teus dias e te acrescentarão anos de vida e paz.
Não te desamparem a benignidade e a fidelidade; ata-as ao teu pescoço; escreve-as na tábua do teu coração
e acharás graça e bom entendimento aos olhos de Deus e dos homens.
Confia no SENHOR de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento.
Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas.
Não sejas sábio a teus próprios olhos; teme ao SENHOR e aparta-te do mal.
Isso será remédio para o teu umbigo e medula para os teus ossos.
Honra ao SENHOR com a tua fazenda e com as primícias de toda a tua renda;
e se encherão os teus celeiros abundantemente, e trasbordarão de mosto os teus lagares.
Filho meu, não rejeites a correção do SENHOR, nem te enojes da sua repreensão.
Porque o SENHOR repreende aquele a quem ama, assim como o pai, ao filho a quem quer bem.
Enfoque bíblico
“Filho meu, não rejeites a correção do Senhor, nem te enojes da sua repreensão”
Objetivos
· Conscientizar de que precisamos de disciplina se queremos viver de modo a agradar a Deus.
· Compreender que Deus disciplina e corrige aqueles que Ele ama.
· Agradecer a Deus pelo se amor em nos corrigir
Introdução
Uma definição de disciplina eclesiástica seria: “Todos os meios e medidas pelas quais a igreja busca a sua santificação e boa ordem necessária para a sua edificação espiritual e a eliminação de tudo o que ameaça o seu bem-estar” (D.S.Chaff).
Através da Sua Palavra, o Senhor já concedeu aos seus filhos e Igreja, instruções claras quanto à disciplina. Muito antes de nós pensarmos na disciplina eclesiástica, Deus já planejou tudo para o crescimento sadio da Sua Igreja.
Cabe a nós aplicarmos o que Ele já estabeleceu.
Ao escrever aos coríntios, Paulo utilizou a figura “bebês em Cristo” para caracterizar os coríntios imaturos (I Co 3.1), porque não manifestaram sinais da sua filiação divina, mas sim, humana e carnal. Através do ensino bíblico, o cristão é encorajado a pensar e agir de forma a imitar o seu Senhor, evitando os erros de ignorância e negligência. “Ensinar”, “exortar”, “educar”, “admoestar”, “repreender”, “corrigir”, são termos encontrados no Novo Testamento para a disciplina eclesiástica.
A falta da disciplina “positiva”, através do “ensino”, contribui para problemas mais graves, e, conseqüentemente, leva à disciplina “negativa”, ou seja, o afastamento da comunhão até que o pecador se arrependa.
Texto fonte: http://www.ibcu.org.br/apostilas/eclesiologia/aula5.pdf
Parte I- É preciso disciplinar
Propósito e necessidade da disciplina
Em qualquer passo, o alvo da disciplina bíblica sempre visa “recuperar o ofensor”. Nunca alguém deveria iniciar a disciplina bíblica, tendo em vista, “afastar” o ofensor da comunhão, pois, o Senhor Jesus conferiu somente à Sua Igreja a responsabilidade de pronunciar o Seu perdão e os seus juízos (Mateus 18.15-17). A Igreja deve, portanto, aplicar princípios bíblicos já estabelecidos por Cristo, quanto ao governo de seus membros, e, se necessário for, na remoção de membros.
“A Igreja não tem o direito de ignorar um comportamento persistentemente pecaminoso entre os seus membros. Nosso Senhor não deixou aberta diante de nós essa opção.” (Daniel E.Wray).
Quais são os PROPÓSITOS da disciplina bíblica?
a) Glorificar a Deus
Pela obediência às instruções de Cristo relativas à manutenção de um governo eclesiástico apropriado, Deus é glorificado.
Alguns textos quanto à aplicação da disciplina à vida da igreja:
Mt 18:15-19:
Rm 16.17:
1Co 5:
1Tes 5.14:
1Tm 5.20:
Tt 1.13:
Tt 3.10:
Ap 2.14:
Ap 2.20:
b) Recuperar o ofensor – Mt 18; II Ts 3.15
c) Manter a pureza e evitar a profanação da Ceia – I Co 5.6-8; 11.27.
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d) Exigir a integridade e a honra de Cristo e da Sua Palavra – II Co 2.9,17
e) Evitar dar causa a Deus para Ele se voltar contra a Igreja – Ap 2.14-25; 3.3
f) Impedir que outros caiam em pecado – I Tm 5.20
Texto fonte: http://www.ibcu.org.br/apostilas/eclesiologia/aula5.pdf
Parte II- Deus também nos disciplina
A confiança na misericórdia de Deus não exclui a devida correção dos que erram. Inclui o perdão, mas supõe o cumprimento da correção e, acima de tudo, a segurança de que Deus é também justiça.
Os Atos do Apóstolos descrevem a primeira perseguição à Igreja e os frutos daí resultantes. Em nossos dias continua a ofensiva à obra de Cristo. Ela é causada pelos inimigos de fora e, no interior, pelo pecado de seus filhos. O que ocorre, em nossos dias, nos deve levar a corrigir os erros, e desmascarar os caluniadores e a viver com intensidade o Evangelho de Jesus. Anunciando a Salvação por meio de nosso Senhor Jesus Cristo, mas lembro-nos de que os que rejeitam a Verdade do Evangelho, sofrerão as conseqüências de sua decisão.
O Senhor Jesus ensinou como se deve corrigir fraternalmente aquele que erra, espiritualmente.Para JESUS, por pior que seja uma pessoa, Deus não o desampara, por isso disse:
"Assim também, não é da vontade do vosso Pai, que está nos céus, que um destes pequeninos se perca" (Mt 18.14).
Devemos viver de forma a conhecer e a praticar a Vontade de Deus, para que possamos viver de maneira que seja agradável ao Senhor (Cl 1.9-10).
Devemos viver uma vida marcada pela pureza, paz, gentileza, espírito
conciliatório, misericórdia e sinceridade.
Dessa forma, estaremos obedecendo a Deus, e com certeza muitas serão as bênçãos, pois o Senhor é Recompensador daqueles que o servem em
sinceridade e obediência.
O Senhor nos instrui pela sua Palavra, e o Espírito Santo age para que
possamos:
-Alcançar um coração sábio (Sl 90.12);
- Experimentar paz e descanso nas adversidades (Sl 94.12-13);
- Saber aplicar a Palavra de Deus à nossa vida diária (Lc 12.12);
- Fazer “discípulos” (Mt 28.19; Cl 1.28); pois precisamos ensinar a
outros que Jesus é o Cristo (At 5.42) e que as Escrituras são a
verdade.
A correção de Deus nos mostra Seu Amor, e produz em nós o fruto de
justiça. “E, na verdade, toda correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas, depois, produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela.” (Hb 12.11).
Texto: Jaciara da Silva
Parte III- Aceitando a disciplina
Quando um pai corrige seus filhos, estabelece proibições: “Você chegou tarde, nas próximas duas semanas, não poderá sair com os amigos”, existem filhos que se rebelam contra os pais, não querendo compreender as causas de uma proibição. Se tomaram uma atitude, é porque realmente amam seu filho. Seria mais fácil, os pais não disciplinarem não ouvir choros, expressões de ressentimento. Os pais são firmes, porque amam os filhos. Só mais tarde, os filhos compreenderão que era, por amor, que os pais assim procediam.
Da mesma forma, nosso Pai Celestial nos corrige. Devemos refletir, diante de uma provação. Às vezes, passamos por uma dificuldade, porque Ele nos está treinando para algo que só Ele pode nos dar; um plano que Ele deseja realizar em nossa vida. José passou por diversos problemas, porém não era devido a seu comportamento errado. Deus iria colocá-lo em uma posição de autoridade para melhor servir a Deus. Ele foi humilde, esperando o tempo de Deus, e, assim no devido momento, foi nomeado vice-governador do Egito.
Outras vezes, estamos sob a correção de Deus. Devemos aceitá-la, pois assim nos ensinam as Escrituras: “Filho meu, não rejeites a disciplina do Senhor, nem te enfades da tua repreensão. Porque o Senhor repreende a quem ama, assim como o pai ao filho a quem quer bem” (Pv 3.12 – ARA). O objetivo de Deus é que todos possam chegar ao Céu, que tenhamos um desenvolvimento sadio, não um crescimento uniforme, não um “inchaço”.
Tantos erros poderiam ser evitados, se levássemos a sério a disciplina, os ensinos dados por nosso Mestre. As pessoas julgam que sabem o suficiente, sabem “virar-se” por conta própria, no entanto, a Bíblia recomenda:
“Confie no Senhor de todo o seu coração e não se apóie em seu próprio entendimento; reconheça o Senhor em todos os seus caminhos, e ele endireitará as suas veredas. Não sejas sábio a seus próprios olhos; teme o Senhor e evite o mal. Isso lhe dará saúde ao corpo e vigor aos ossos” (Pv 3. 5-8 – NVI).
Às vezes, necessitamos da correção de Deus para estarmos em oração, na meditação de Sua Palavra: “Antes de ser afligido, andava errado; mas agora guardo a tua palavra” (Sl 119.67); “Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os teus estatutos” (Sl 119.71). Alguns negligenciaram a oração, mas na época da correção de Deus, voltam a empregá-la: “Senhor, no aperto, te visitaram; vindo sobre eles a tua correção, derramaram a sua oração secreta” (Is 26.16).
O autor de Hebreus estabelece uma comparação entre a disciplina dos pais e a disciplina do Pai Celestial: “Nossos pais nos disciplinavam por curto período, segundo lhes parecia melhor; mas Deus nos disciplina para o nosso bem, para que participemos da sua santidade” (Hb 12.10).
È verdade que ninguém se alegra pelo fato de receber correção, mas ela é necessária: “E, na verdade, toda correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas, depois, produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela” (Hb 12.11). Como reagimos à correção de Deus?
OBS: “Podemos responder à disciplina de várias maneiras:
(1) Podemos aceitá-la com resignação;
(2) podemos aceitá-la com autocomiseração, considerando que realmente não a merecemos;
(3) podemos ficar irados e ressentidos em relação a Deus, ou
(4) podemos aceitá-la com gratidão, como a resposta apropriada que devemos a um Pai amoroso”
(Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, nota a Hb 12.11, p.1747).
Texto: Ana Maria Gomes de Abreu.(in memorian)
Conclusão
Conta-se que, certa vez Michelangelo viu um bloco de pedra e disse: “aí
dentro há um anjo, vou colocá-lo para fora!” Depois de algum tempo, com o seu gênio de escultor, fez o belo trabalho. Então lhe perguntaram como tinha conseguido aquela proeza. Ele respondeu: “o anjo já estava aí, apenas tirei os excessos que estavam sobrando”.
Educar é isto, é ir com paciência e perícia tirando os maus hábitos e
descobrindo as virtudes, até que o “anjo” apareça. A disciplina e a correção, faz parte desse trabalho. E quanto usadas de forma sábia, com certeza o resultado será maravilhoso. Amém.
Texto : Jaciara da Silva
Colaboração para Portal Escola Dominical – Prof. Jair César S. Oliveira