PORTAL ESCOLA DOMINICAL
JUVENIS – CPAD
3º Trimestre de 2014
TEMA: Lições práticas do Sermão do Monte
COMENTARISTA: Marcos Tuler
LIÇÃO 8 - COMO LIDAR COM AS RIQUEZAS
TEXTO BÍBLICO
Mateus 6.19-25,31-34.
ENFOQUE BÍBLICO
“Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam, nem roubam” (Mateus 6.20).
OBJETIVOS
Reconhecer que os bens terrenos devem ser mais valorizados do que os materiais.
Manter a esperança de que no céu receberemos a recompensa por acumularmos bens espirituais aqui na terra.
Administrar corretamente os recursos que Deus colocou à nossa disposição a fim de nos tornarmos prósperos sem nenhum problema para a vida espiritual.
O valor dos bens terrenos
Vivemos em uma sociedade que, cada vez moas, proporciona novos bens, facilidades,. As vitrines expõem os chamados bens de consumo. Quanto à tecnologia, os aparelhos são cada vez mais sofisticados, práticos, de pequeno porte. Em pouco tempo, todavia, se tornam obsoletos, ultrapassados. Os novos recursos oferecidos parecem ser “irresistíveis”.
As crianças, jovens, juvenis são facilmente captados pelo mundo da publicidade. Que presente devemos dar? Aqueles que são mais divulgados. Ainda mais que tais produtos agradarão às pessoas e prometem dar felicidade, prazer e união. E também a possibilidade de serem mostrados às pessoas seus novos bens eletrônicos ou não. Uns o fazem de forma exemplos; outros de modo exibicionista.
Ateologia da prosperidade enfatiza a prosperidade material e falha também quando mede a fé de uma pessoa pela sua prosperidade material. Em primeiro lugar: quem somos nós para medir a fé de uma pessoa? Em segundo lugar, prosperidade não se limita apenas a bens materiais : “E o Senhor estava com José, e foi varão próspero; e estava na casa de seu senhor egípcio”; “E o carcereiro-mor não teve cuidado de nenhuma coisa que estava na mão dele, porquanto o Senhor estava com ele; e tudo o que ele fazia o Senhor prosperava” (Gn 39.2,23). José era próspero; em qualquer lugar. O segredo: “O Senhor estava com ele”. Como José, podemos passar por aflições, problemas na área financeira, isso não indica ausência se prosperidade. Se o Senhor estiver conosco, seremos vitoriosos.
Ainda podemos destacar que não são todos que conseguem seus bens de forma honesta: “Como a perdiz que choca ovos que não pôs, assim é aquele que ajunta riquezas, mas não retamente; no meio de seus dias as deixará, e no seu fim será insensato” (Jr 17.11). A teologia da prosperidade incentivo o acúmulo de bens materiais, desprezando valores mais importantes. Também produz uma falsa sensação de superioridade, julgando que o outro irmão não tem certo poder aquisitivo, por falta de fé. Nossa felicidade não depende da posse de bens materiais: “E disse´lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza, porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui” (Lc 12.15).
O valor dos bens terrenos são limitados. Eles não nos dão segurança, felicidade. Só valem (quando valem) para a vida terrena? Por quê? Porque mesmo nesta vida necessitamos de algo mais. para suprir nossa carência espiritual e emotiva. Na hora da angústia, da morte, os bens terrenos não poderão socorrer-nos: “Porque, quando morrer, nada levará consigo, nem a sua glória o acompanhará” (Sl 49.17).
OBS: “Um pastor evangélico inglês foi chamado ao leito da morte de um homem rico. Acercando-se do moribundo, o pastor pediu-lhe que lhe desse a mão, enquanto orava por ele nessa hora tão solene, porém o moribundo se recusou a lhe estender a mão. Depois do desfecho, viram que a mão rígida do morto encerrava a chave do cofre de ferro. O coração e a mão, se estavam aferrando às possessões, que o morto não podia levar para o além”. (Natanael de Barros Almeida, citando. Moody. Tesouro de Ilustrações, pág. 77).
Os bens da terra ficarão aqui; a glória da terra, que alguém possa ter alcançado (fama, capacidade, posição), tudo ficará aqui. Queridos (professores, alunos, irmãos), pensem na glória eterna da qual haveremos de desfrutar, pois “Fiel e o que prometeu”. Ninguém será capaz de roubar-nos essa glória. Lembremo-nos: “Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com à glória que em nós há de ser revelada” (Rm 8.18).
O valor dos bens eternos
Os bens terrenos podem ofuscar o brilho dos bens eternos. A Bíblia destaca a superioridade dos bens eternos em relação os meios materiais que podem ficar ultrapassados, podem ser perdidos ou roubados: “Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam. Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam e roubam” (Mt 6.19-20). Observemos a oposição: terra – “onde os ladrões minam e roubam”; céu “onde os ladrões não minam e roubam”. Tecidos luxuosos eram, por motivo de segurança enterrados, podiam passado certo tempo, estar com traça; moedas sob a terra, poderiam enferrujar-se, perder seu valor.
Se o objetivo principal de nossa vida é o acúmulo de riquezas, estamos errados; podemos perder as nossas riquezas e até nossa salvação: “Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma , e o que tens preparado para quem será? Assim é aquele que para si ajunta tesouros e não é rico para com Deus” (Lc 12.20-21). Se o nosso objetivo é ganhar almas, alcançaremos um tesouro peculiar: se o nosso tesouro é Cristo, ninguém conseguirá tirá-lO de nós.
Em diversas ocasiões temos de assumir uma posição. Especialmente, quando determinadas aquisições, valores poderão entrar em confronto com valores espirituais. Em primeiro lugar, vamos destacar um jovem que teve a coragem, a ousadia de rejeitar o que poderia comprometer a sua fé no Deus verdadeiro. Trata-se de Moisés.
Em primeiro lugar, vamos destacar o ambiente em que vivia Moisés. Embora fosse originário de uma família cultuasse o verdadeiro Deus. Foi “instruído em toda a ciência dos egípcios” (At 7.22). Vivia rodeado por inúmeros deuses. Foi adotado pela filha de Faraó. Assim, teve contato com suas realidades: um mundo de glória terrena , de bens, os “tesouros do Egito” e um outro mundo: o mundo da fé, do Deus único e verdadeiro.
Moisés percebeu que não podia servir a dois senhores e assim decidiu-se por seguir a Deus e a Seu povo. Era necessário romper com o mundo do Egito. A Bíblia assim registra: “Pela fé, Moisés, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, escolhendo, antes ser maltratado com o povo de Deus do que, por um pouco de tempo, ter o gozo do pecado” (Hb 11.24-25). Recusar ser filho da princesa egípcia significava perder posição, poder e também rejeitar ser um sucessor de Faraó. Moisés era jovem, poderia pensar em desfrutar dos prazeres que a vida lhe oferecia, entretanto ele preferiu estar ao lado do povo de Deus. Com o povo egípcio, ele poderia viver um pouco de tempo e depois? Ele escolheu viver ao lado de Deus, até sofrer, mas um dia, também poder estar junto a Deus
Moisés não olhava para o que estava adiante de seus olhos, nem para a perseguição de Faraó, “antes permaneceu firme como quem vê aquele que é invisível” (Hb 11.27b - ARA). Moisés considerou os bens eternos, valorizou-os. Que Deus conceda a nós a firmeza de não contemplarmos as dificuldades, mas contemplar o invisível. Como? Pela fé: “Porque nós andamos por fé e não por vista” (2 Co 5.7). Cremos, acreditamos que existam valores eternos, a vida para sempre com o Senhor.
Moisés via além do que está diante dos olhos; contemplava, pela fé, o invisível, a realidade espiritual. Já temos outra personagem que só percebia o que estava diante de seus olhos: Ló.
A Bíblia destaca: “E levantou Ló os seus olhos e viu toda a campina do Jordão, que era toda bem regada, antes de o Senhor ter destruído Sodoma e Gomorra, e era como o jardim do Senhor, como a terra do Egito, quando se entra em Zoar” (Gn 13.10). A sua escolha foi errada, pois o Senhor iria destruir a cidade para onde se mudaria. Devido à intercessão de seu tio Abraão, que o criara, Deus não permitiu que ele morresse. Entretanto, a escolha foi péssima: levou a família para um local extremamente ímpio. Ele não precisava escolher tal lugar. Sabia que era um ambiente de imoralidade, o de Sodoma. Entretanto, parecia ser um lugar ideal para ele prosperar financeiramente.
E sua mulher? Não se conformava com o que iria perder: “olhou para trás”, após saber que Sodoma teria de ser destruída e ela teria de abandoná-la, deixar aquele tipo de vida para trás. Seu olhar estava fixado em bens terrenos; não soube discernir que a sua vida era um bem maior. Jesus disse: “Lembrai-vos da mulher de Ló” (Lc 17.32). Que nós não permitamos ser dominados por prazeres passageiros a ponto de desprezarmos os valores de Deus
O que a Bíblia fala sobre “fazer fortuna”
As pessoas julgam que a felicidade está no acúmulo das riquezas . Assim, elas direcionam suas vidas para amontoar riquezas. Não pensam em outros objetivos maiores, como a salvação, a honestidade, a integridade. Só pensam exclusivamente em si. Afinal, existem maiores riquezas que as materiais: “Riqueza e honra estão comigo, bens duráveis e justiça” (Pv 8.18). Os bens materiais não são capazes de garantir nada, nem mesmo a felicidade.
A pessoa que só deseja adquirir casas, carros, e mais ... mais... ser o dono do bairro, da cidade. São desejos ambiciosos, que não são orientadas por Deus. O ser humano, nesse estágio, não dá a glória a Deus e não tem tempo para Deus, não O tem como Senhor. Estamos falando daqueles que só permanecem “vidrados” nos bens materiais como o homem da parábola (Lc 12.16-21). Esquecem-se do dom da vida. Felizmente, existem aqueles que tendo excelentes condições financeiras, não se apegam a eles; separam tempo para buscar a Deus como Davi. Este reconheceu que o Senhor é que o abençoara: “Porque quem sou eu, e quem é o meu povo, que tivéssemos poder para tão voluntariamente dar semelhantes coisas? Porque tudo vem de ti, e da tua mão to damos” (1 Cr 29.14).
Existem muitas pessoas que confiam nas riquezas; estas se tornam o seu deus, ou, sejam são idólatras. Negam o Deus que os abençoou. Jó afirmou que a sua fé não estava nas riquezas da terra: “Se pus no ouro a minha confiança e disse ao ouro puro: Você é a minha garantia; se me regozijei por ter grande riqueza, pela fortuna que as minhas mãos obtiveram; se contemplei o sol seu fulgor e a lua a mover-se esplêndida, e em segredo o meu coração foi seduzido e a minha mão lhes ofereceu beijos de veneração, esses também seriam pecados merecedores de condenação, pois eu teria sido infiel a Deus, que está nas alturas” (Jó 31.24-28 - NVI).
Não é errado alguém trabalhar e, assim, obter prosperidade e bem-estar. O que é condenável e arrasador para a vida de uma pessoa, é o seu coração ser dominado pelas riquezas.
As riquezas podem roubar nosso coração
A Bíblia considera o coração como algo que de mais importante possuímos, simbolizando nosso íntimo, nossa parte espiritual: “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as saídas da vida” (Pv 4.24).
Muitos desprezam as verdadeiras riquezas: “Ou desprezas tu as riquezas da sua benignidade, e paciência, e longanimidade, ignorando que a benignidade de Deus te leva ao arrependimento?” (Rm 2.4).
Jesus falou do perigo de enchemos nosso coração com ações que poderão roubar o nosso coração: “E olhai por vós, para que não aconteça que o vosso coração se carregue de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia” (Lc 21.34).
Quando permitimos que o nosso foco seja a busca incessante, egoísta das riquezas, somos dominados por elas, desprezamos o que de mais importante possuímos.
Na busca pelas riquezas, Deus é deixado de lado e os valores cristãos: tudo é feito em nome do acúmulo de riquezas: mentir, trapacear e até mesmo furtos. As pessoas tornam-se cegas pela ambição.
As riquezas podem roubar a nossa visão espiritual
As pessoas estão fascinadas pelas riquezas e ficam cegos, desprezando as verdadeiras riquezas. Em primeiro lugar, fixam seus olhos no que é perecível: “Porventura fitarás os teus olhos naquilo que não é nada? Pois certamente a riqueza fará para si asas, como a águia que voa pelos céus” (Pv 23.5).
É nesse contexto, o das riquezas, que Jesus declarou: “A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, o teu corpo terá luz. Se, portanto, a luz que em ti são trevas, quão grandes serão tais trevas!” (Mt 6.22-23).
Quantos perderam a sua visão espiritual, agarrando-se aos valores materiais. Diante de uma oportunidade, não fazem como Moisés, ao contrário põem tudo a perder: “Quando vi entre os despojos uma boa capa babilônica, e duzentos siclos de prata e, uma cunha de ouro do peso de cinqüenta siclos, cobicei-os e tomei-os; e eis que estão escondidos na terra, no meio da minha tenda, e a prata debaixo dela” (Js 7.21). Como podemos observar foram escondidos na terra roupas (poderiam com o correr do tempo adquirir traças) e objetos de grande valor monetário. Acã perdeu a sua visão espiritual: Deus concederia uma grande vitória ao povo de Deus, na conquista de Ai, na primeira oportunidade. Ao invés de Acã ter focalizado sua atenção nos inimigos a ser vencidos e a ter fé em Deus, ele ficou fascinado por coisas materiais. Na realidade, a perda desta primeira batalha em relação a Ai, não foram os inimigos comuns. O que causou derrota a Acã e a Israel foi um inimigo interno: a cobiça. Mais tarde, Israel conseguiu conquistar Ai; Acã perdeu sua vida, pois desobedecera a Deus de forma deliberada. Acã permitiu que riquezas temporárias roubassem a sua visão espiritual, a sua visão no Deus que tem maiores riquezas: as: eternas.
As riquezas podem roubar a fé em Deus
A fé passa a ser colocada nas riquezas e não no Deus que concedeu tais bênçãos. As pessoas são iludidas pelas riquezas adquiridas, como se fossem eternas: “O seu pensamento interior é que as suas casas serão perpétuas, e as suas habitações de geração em geração; dão às suas terras os seus próprios nomes” (Sl 49.11).
As riquezas são a confiança nas pessoas, gastam todo seu tempo cuidando delas. Outras querem servir a dois senhores, porém um entra em conflito com o outro: “Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom” (Mt 6.24).
OBS: “Mamom” – do aramaico, significando “riquezas”. Jesus o empregou como se fosse um ídolo. Muitas pessoas têm o dinheiro como deus, apegam-se a ele, como se fosse sua salvação.
Como lidar com as riquezas?
As riquezas não são em bem em si mesmas, nem um mal. Depende do uso que fizermos delas.
Lidar com as riquezas, leva-nos a lidar com as pessoas, independente de sua condição financeira. Em diversas ocasiões, Deus coloca em nossa vida pessoas que são uma bênção, poderão abençoar-nos especialmente na fixação dos valores espirituais.
Também não podemos desprezar uma pessoa, colocá-la de lado, devido à sua condição financeira: “Porque, se no vosso ajuntamento entrar algum homem com anel de ouro no dedo, com vestes preciosas, e entrar também com sórdida vestimenta, e atentardes para o que traz a veste preciosa e lhe disserdes: Assenta-te tu aqui, num lugar de honra, e disserdes ao pobre: Tu, fica aí em pé ou assenta-te abaixo do meu estrado, porventura não fizestes distinção dentro de vós mesmos e não vos fizestes juízes de maus pensamentos?” (Tg 2.2-4).
OBS: “Por que é errado julgar uma pessoa por sua condição econômica? A riqueza pode indicar inteligência, decisões sábias, e trabalho árduo. Por outro lado, pode apenas significar que uma pessoa teve a felicidade de nascer em uma família rica. Ou pode ser sinal de cobiça, desonestidade ou egoísmo. Honrar alguém só porque ele, ou ela, se veste bem, é considerar a aparência como algo mais importante que o caráter. Às vezes fazemos isso, porque: (1) a pobreza nos incomoda; não queremos enfrentar as nossas responsabilidades, para com aqueles que têm menos do que nós; (2) queremos ser ricos também, e esperamos usar a pessoa rica, como um meio para tal fim; (3) queremos que a pessoa rica venha juntar-se à nossa igreja, e que ajude a sustentá-la financeiramente. Todos esses motivos são egoístas, originando-se da visão de que somos superiores ás pessoas pobres. Se dissermos que Cristo é o nosso Senhor, então devemos viver como Ele exige, não mostrando qualquer favoritismo e amando todas as pessoas não importando se são ricas ou pobres” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, nota a Tg 2.2-4. pág 1754).
Na Bíblia, existem vários homens e mulheres de posses, que souberam empregá-las para o seu bem-estar próprio, não de forma egoísta, mas também para a obra de Deus e para o próximo.
Abraão (Gn 13.2);
José (Gn 45.8,13).
Barzilai (2 Sm 19.32).
Jó (Jó 1.3).
José de Arimatéia (Mt 27.57-59).
As mulheres que contribuíam para o ministério de Jesus (Lc 8.1-3).
Maria (Jo 12.1-3).
Devemos ter cuidado com o desejo egoísta de acumular riquezas.
Há cristãos que se esquecem de Deus, julgam-se “os donos” da situação, donos de seus bens, quando, na verdade, somos mordomos. Deus mencionou Suas dádivas a Israel: “casas cheias de todo bem, que tu não encheste, e poços cavados, que tu não cavaste, e vinhas e olivais, que tu não plantaste, e, quando comeres e te fartares, guarda-te e que não te esqueças do Senhor, que te tirou da terra do Egito, da casa da servidão” (Dt. 6.11-12). Infelizmente, mais tarde, Israel não soube reconhecer a Deus.
O orgulho: “Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real, com a força do meu poder e para glória da minha magnificência?” (Dn. 4.30). O rei não considerou Deus que lhe dera poder para realizar seus empreendimentos.
Confiam em posses, não no Deus Todo-Poderoso: “Não confiem na extorsão, nem ponham a esperança em bens roubados; se as suas riquezas aumentam, não ponham nelas o coração” (Sl. 62.10 – NVI).
Também poderemos ajudar com nossos bens, nosso salário, a obra de Deus e os aflitos. A obra de Deus necessita de nossa voluntariedade, pois “Deus ama ao que da´com alegria” (2 Co 9.7b). O problema que se impõe é: “quando se deve começar a contribuir?”. Depois... depois.... Deve-se iniciar agora, como que se tem. Não é necessário ter, “em mãos”, uma quantia polpuda, mas dar, segundo as nossas posses.
È bom lembrar que não bastar aplicar o dinheiro em qualquer setor da obra do Senhor, aplicar para os necessitados. Existem aqueles, que são arrogantes: “Eu já ofereci”; “Já dei uma generosa oferta”, mas não partiu do seu coração. E ainda há os que contribuíram e, por isso, querem ser tratados de forma especial. É preciso: (1) Lembrar-se de Jesus: “Porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre, para que, pela sua pobreza, enriquecêsseis” (2 Co 8.9); (2) contribuir é uma “graça”, como fizeram as igrejas em favor do ministério do apóstolo Paulo: “Portanto, assim como em tudo sois abundantes na fé, e na palavra, e na ciência, e em toda a diligência, e em vossa caridade para conosco, assim também abundeis nessa graça” (2 Co 8.7); (3) dar-se em primeiro lugar ao Senhor, como fizeram os cristãos da Macedônia: “E não somente fizeram como nós esperávamos, mas também a si mesmos se deram primeiramente ao Senhor e depois a nós, pela vontade do Senhor” (2 Co 8.5).
Tenhamos a perspectiva correta como mordomos de Deus. Assim, saberemos lidar com as nossas posses.
CONCLUSÃO
Todos devem tomar cuidado s ser vigilantes, para que as riquezas não nos desviem de servir a Deus, de sermos Seus discípulos.
Que nossas posses não nos sirvam de embaraço, mas que possam ser empregadas para nossas necessidades e também para a obra de Deus.
Também não esqueçamos da dignidade do trabalho honesto em um mundo que procura meios ilícitos de obtenção de bens. Assim, sejamos a diferença.
Louvemos a Deus: “Nesta terra tesouros não há,/Que nos possam aqui segurar; /Desejamos ir ao céu onde Cristo já está,/Ao lugar onde iremos descansar. Desejamos ir lá,/Desejamos ir lá;/Que alegria será;/Quando nós nos encontrarmos lá” (2a estrofe e estribilho do hino 214 da Harpa Cristã).
Colaboração para o Portal Escola Dominical: Profª. Ana Maria Gomes de Abreu (Inn memorian).
FONTE PORTAL EBD