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Falar sobre a próstata ainda é um tabu entre os homens devido, principalmente, à falta de informação. Como algumas doenças provocam os mesmos sintomas do que problemas nesse órgão, ao menor sinal de alteração, é comum que os homens se assustem e logo imaginem os piores diagnósticos. Por isso, é necessário procurar um médico urologista para fazer o exame de toque retal anualmente para prevenir ou diagnosticar doenças como o câncer de próstata ou doenças benignas, que são as que serão tratadas neste tópico.
Quais são as doenças benignas da próstata
Prostatite
É o processo inflamatório da próstata que pode ou não pode ser causado por bactérias. Embora qualquer indivíduo possa ter essa doença, ela ocorre com mais frequência em homens com vida sexual mais ativa. É classificada em quatro tipos:
Prostatite bacteriana crônica
Alguns de seus sintomas são sensação de micção incompleta, aumento da frequência urinária e desconforto ejaculatório e suprapúbico. Pode ser confundido com a HPB devido à semelhança entre os sintomas. O tratamento é feito com antibióticos, analgésicos e anti-inflamatórios.
Prostatite bacteriana aguda
Tipo que possui sintomas mais fortes como ardência, dificuldade e retenção urinária, prostração e febre. Se não tratada, a doença pode evoluir para uma septicemia. O tratamento é semelhante ao utilizado na prostatite bacteriana crônica.
Prostatite abacteriana crônica ou síndrome da dor pélvica crônica
Seu principal sintoma é a dor pélvica crônica superior a três meses de duração. O tratamento é feito com medicações para controle da dor crônica.
Prostatite inflamatória assintomática
Ocorre em indivíduos com elevação do antígeno prostático específico (PSA) que foram submetidos à biópsia próstatica. Não precisa de tratamento.
Diagnóstico
A melhor forma de identificar o tipo de prostatite do paciente é através do toque retal. A massagem prostática é contraindicada, pois há risco de disseminação da infecção. Secreções prostáticas e urina são coletadas para análise.
Hiperplasia Prostática Benigna (HPB)
É o crescimento da glândula prostática em consequência da proliferação celular (hiperplasia das células do epitélio e do estroma). Essa doença pode acometer qualquer homem a partir dos 40 anos e não pode ser prevenida de forma eficaz, mas pode-se tratar seus sintomas depois do diagnóstico da doença. Atinge cerca de 30% dos homens com até 65 anos e mais de 90% dos idosos na casa dos 80.
Sintomas
Alguns dos sintomas que podem ocorrer são:
- Impossibilidade de urinar devido à retenção urinária aguda;
- Obstrução da uretra prostática devido ao aumento de volume da glândula. Consequentemente, provoca jato urinário fraco, demora em iniciar a micção, aumento da micção noturna, mais de oito micções ao dia, entre outros.
Formas de diagnóstico
- Entrevista médica.
- Exame físico (toque retal) para estabelecer o volume aproximado da próstata.
- Coleta de exames laboratoriais que detectarão, por exemplo, sinais de infecção urinária que podem disfarçar os sinais e sintomas da hiperplasia, são tratados com antibiótico. Se detectados valores altos de antígeno prostático específico, uma biópsia da próstata deverá ser realizada.
- Utilizar o questionário “Escore Internacional de Sintomas Prostáticos” (IPSS). Esse questionário avalia a gravidade da HPB e acompanha os pacientes com poucos sintomas.
Tratamento dos sintomas
- Manejo expectante para os pacientes com grau mínimo de doença.
- Terapias medicamentosas.
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