4º Trim. 2014 - Lição 6 - A queda do Império Babilônico I Plano de Aula

4º Trim. 2014 - Lição 6 - A queda do Império Babilônico I Plano de Aula
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
QUARTO TRIMESTRE DE 2014
INTEGRIDADE MORAL E ESPIRITUAL: o legado do livro de Daniel para a Igreja hoje
COMENTARISTA: ELIENAI CABRAL
PLANO DE AULA - EV. CARAMURU AFONSO FRANCISCO
ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP


PLANO DE AULA Nº 6
LIÇÃO Nº 6 – A QUEDA DO IMPÉRIO BABILÔNICO
1º SLIDE   INTRODUÇÃO
- Na sequência do estudo do livro do profeta Daniel, estudaremos hoje o seu capítulo cinco.
- A queda do Império Babilônico, narrada neste capítulo, mostra-nos que o poder humano é passageiro.
2º SLIDE   I – O BANQUETE DE BELSAZAR
- Nabucodonosor reinou em Babilônia até o ano 562 a.C., quando morreu tendo sido sucedido pelo seu filho Evil-Merodaque (II Rs.25:27; Jr.52:31).
- Evil-Merodaque reinou apenas dois anos, sendo morto por seu cunhado, Nerglissar, que talvez seja o Nergal-Sarezer mencionado em Jr.329:3,13, que se apoderou do reino, tendo sido sucedido por seu filho Labashi-Marduk em 556 a.C.
3º SLIDE
- Labashi-Marduk reinou apenas nove meses, sendo deposto pelos sacerdotes, que o substituíram por Nabonido, genro de Nabucodonosor, casado com Nictóris, que, dois anos depois de assumir o trono, passou a dividir o governo de Babilônia com seu filho Belsazar.
- É este Belsazar, corregente do reino da Babilônia, a principal personagem deste capítulo cinco do livro do profeta Daniel.
4º SLIDE
- Babilônia passava por dificuldades econômico-financeiras, sociais e políticas. Nabonido não se encontrava em Babilônia e os medos e persas haviam sitiado a cidade.
- Em meio a tanta dificuldades e risco, Belsazar, mostrando toda sua insensatez e insensibilidade, resolve fazer um banquete para mil convidados.
5º SLIDE
- Com este gesto, Belsazar (cujo nome significa “Bel protege o rei”) revela que possuía a mesma soberba que havia acometido seu avô Nabucodonosor, sendo completamente alheio a tudo o que ocorrera com o seu antecessor por causa disto.
- Nabonido reconhecia a situação difícil que vivia Babilônia, mas recorria aos seus deuses para tentar melhorar tais circunstâncias adversas, também desprezando as condições de seu sogro Nabucodonosor a respeito do Deus Altíssimo.
6º SLIDE
- Belsazar era pior do que seu pai, porém. Nabonido ainda reconhecia a situação grave por que passava Babilônia, mas Belsazar era a tudo indiferente, preferindo desfrutar do luxo e das benesses do poder.
- Belsazar bebeu vinho na presença dos mil, dando a entender que, neste banquete, havia total falta de limites, a ponto de o próprio rei se embriagar despudoradamente.
7º SLIDE
- Esta festa revela toda a índole do mundo sem Deus e sem salvação, toda a carnalidade que nele existe.
- Quando somos guiados pela carne, pelos nossos instintos, há uma conduta totalmente desenfreada, não há limite algum, estando todos dominados pelas paixões e concupiscências.
8º SLIDE
- O vinho simboliza a falsa alegria do mundo, a busca pelo prazer nas coisas desta vida. (Ef.5:18).
- Havendo Belsazar provado o vinho, mandou trazer os vasos de ouro e de prata que Nabucodonosor havia retirado do templo de Jerusalém, para que fossem usados para beber pelos convidados (Dn.5:2).
9º SLIDE
- Belsazar não tinha limites – além da carnalidade, resolve “quebrar um tabu” e manda trazer os vasos que, há quase 60 anos, jamais haviam sido profanados ou tocados.
- Belsazar não via no Deus Altíssimo nenhum valor. Não tinha qualquer temor a este Deus que havia levado o seu avô a comer da erva do campo por sete tempos.
10º SLIDE
- Os vasos foram trazidos e Belsazar e seus convidados passaram a beber neles.
- Em gesto de escárnio, começaram a louvar as divindades babilônias usando dos vasos do templo de Jerusalém.
11º SLIDE
- Tudo parecia normal. Belsazar e seus mil convidados viviam num “mundo de fantasia”, estavam a satisfazer todos os seus instintos, tudo parecia muito bom, apesar de os medos e persas estarem a ponto de invadir a cidade e de o nome do Senhor estar sendo desonrado.
- A ilusão dominava e todos que ali estavam achavam estar desfrutando “do bom e do melhor”.
12º SLIDE
- Em meio àquela orgia, algo totalmente diferente acontece: “Na mesma hora, apareceram uns dedos de mão de homem, e escreviam, defronte do castiçal, na estucada parede do palácio real e o rei via a parte da mão que estava escrevendo” (Dn.5:5).
- Toda aquela algazarra cessou num só instante. Ocorrera algo sobrenatural, incompreensível, que fez cessar todo o alarido, todo o festival. Não havia ali vinho algum que subsistisse, não havia qualquer atitude carnal que continuasse, diante de algo tão misterioso.
13º SLIDE   II – A INTERPRETAÇÃO DA ESCRITURA NA PAREDE
- Diante daquela inusitada e aterradora situação, Belsazar não teve outra saída senão voltar a exercer a sua função real, ordenando com força que se introduzissem os astrólogos, caldeus e adivinhadores na sua presença.
- Belsazar, então, disse que quem lesse aquela escritura na parede e declarasse a sua interpretação seria vestido de púrpura e traria uma cadeia de ouro ao pescoço e seria, no reino, o terceiro dominador (Dn.5:7).
14º SLIDE
- Nesta atitude do rei Belsazar podemos ver como estava decadente o Império Babilônico, pois:
a) o rei chamou os ´sabios “aos berros”, demonstrando descontrole e falta de autoridade;
b) o rei ofereceu honrarias a quem lesse e interpretasse o escrito, provando que ninguém mais agia por lealdade ou sentimento do dever;
c) os sábios eram totalmente desprezados na corte, tanto que entre “mil grandes” não havia sequer um deles;
15º SLIDE
- Todos os sábios do rei entraram no salão de festas, que se havia tornado o salão do terror e do medo. Ninguém pôde ler a escritura que estava escrita na parede estucada (Dn.5:8).
- Deus mostra a Belsazar toda a impotência da religião babilônica, do saber calcado na idolatria e no mundanismo. Nenhum sábio pôde interpretar o que estava escrito na parede.
16º SLIDE
- Diante da incapacidade declarada pelos sábios babilônios, Belsazar desesperou-se ainda mais.
- Seu imobilismo mostra a sua fraqueza de caráter e a vaidade de todos quantos se alienam das coisas de Deus nos momentos cruciais da vida.
17º SLIDE
- A situação era tão grave que alguém se lembrou de recorrer até a rainha-mãe, ou seja, à mãe de Belsazar e mulher de Nabonido, que a história diz chamar-se Nitócris.
- A rainha-mãe, ao saber da situação, vai até o encontro de seu filho e lhe traz uma sugestão, qual seja, a de que deveria procurar Daniel.
18º SLIDE
- A rainha-mãe dá de Daniel o mesmo testemunho que outrora fora dado por Nabucodonosor, a saber, que Daniel:
a) era conhecido por seu nome hebraico – mantivera sua identidade ao longo dos anos;
b) tinha o “espírito dos deuses santos” – reconhecido como tendo comunhão com Deus;
c) era um “espírito excelente, de ciência e entendimento, interpretando sonhos e explicando enigmas e solvendo dúvidas” – fazia bem o que lhe davam para fazer.
19º SLIDE
- Daniel vivia uma situação de esquecimento por parte da corte babilônia, mas continuava fiel ao Senhor, o tempo e as mudanças governamentais não mudaram a sua integridade.
- Talvez pensasse que seu tempo de exercício na administração havia se findado, mas Deus estava a preparar um novo momento na vida de Daniel. Deus também usa idosos na Sua obra (Sl.92:12-15a).
20º SLIDE
- Diante das palavras de sua mãe, Belsazar mandou que se chamasse Daniel, que, foi, então, introduzido na presença do rei.
- O rei, demonstrando toda a sua insensatez e insensibilidade, mesmo diante de tamanho currículo dado por sua mãe, prefere chamar Daniel de “um dos cativos de Judá que Nabucodonosor havia trazido de Judá” (Dn.5:13).
21º SLIDE
- Somente depois de ter chamado Daniel de “cativo de Judá” ,é que Belsazar revela que lhe havia sido dito que Daniel tinha o espírito dos deuses santos e que era ele portador de luz, entendimento e excelente sabedoria e que, por isso, queria que ele interpretasse a escritura da parede estucada.
- Belsazar era uma pessoa completamente alheia às coisas de Deus e, por isso, era arrogante e sem qualquer consideração às pessoas que se dedicavam às coisas divinas.
22º SLIDE
-  Belsazar, então, após ter dito o que ouvira falar a respeito de Daniel, renova a oferta que havia feito aos demais sábios babilônios, ou seja, de que quem lesse e interpretasse a escritura seria vestido de púrpura, poria uma cadeia de ouro no pescoço e se tornaria o terceiro dominador do reino (Dn.5:16).
- Daniel, então, em primeiro lugar, disse ao rei que ficasse com os dons e que desse os seus presentes para outro (Dn.5:17). Esta resposta de Daniel mostra que ele ainda se guiava pela lealdade e sentimento de dever.
23º SLIDE
- Apesar de abrir mão das honrarias oferecidas, mostrando que não era pessoa que tinha “um preço”, mas alguém que agia com o sentimento de dever, Daniel disse que leria e interpretaria a escritura que se encontrava na parede estucada.
- Antes, porém, de fazer a leitura e ler a interpretação, Daniel vai ao âmago da questão, ao motivo pelo qual aquela mão escrevera aquelas palavras na parede. Daniel fala a Belsazar a respeito do Deus Altíssimo, pois, apesar de saber de tudo o que havia ocorrido com Nabucodonosor por causa de sua soberba, insistia não só em não servir como agora a ofender.
24º SLIDE
- A escritura era a seguinte: MENE, MENE, TEQUEL, UFARSIM.
- A interpretação era a seguinte: MENE – Contou Deus o teu reino e o acabou; TEQUEL – Pesado foste na balança e foste achado em falta; UFARSIM – Dividido foi o teu reino e se deu aos medos e persas.
25º SLIDE
- A repetição da palavra MENE que demonstra o poder de Deus (Sl..62:11), a indicar, portanto, que se trata de uma sentença vinda diretamente de Deus, de um exercício da soberania do Senhor.
- O Deus Altíssimo, que já havia se revelado na corte de Babilônia, como Aquele que tinha o reino sempiterno e cujo domínio era de geração em geração, dava a Belsazar a notícia de que seu reino havia acabado, que não se tratava de um reino perene, como imaginava o rei.
26º SLIDE
- A segunda escrita mostra-nos que Deus não somente tem o controle do tempo e faz o que Lhe apraz, como também que é o juiz de toda a Terra (Gn.18:25).
-  Todos nós teremos de prestar contas ao juiz de toda a Terra (Cf. Hb.4:13).
27º SLIDE
- A terceira escritura traz o juízo que sobreviria sobre o rei Belsazar: “Dividido foi teu reino e se deu aos medos e persas”.
- Belsazar não havia se arrependido, jamais havia dado atenção ao Deus Altíssimo e, ainda por cima, havia tomado a deliberação de deliberadamente voltar-se contra Ele ao usar os vasos do templo de Jerusalém. Por isso, o reino de Babilônia terminaria ali e seria substituído pelo império dos medos e persas, como, aliás, havia sido mostrado a Nabucodonosor cerca de 56 anos antes.
28º SLIDE
- Belsazar, resignado mas não arrependido, mandou que se dessem as honrarias prometidas a Daniel.
- Demonstrava, neste gesto, a sua soberba uma vez mais, já que fizera ouvidos moucos da negativa de Daniel em receber tais dons.
29º SLIDE
Por que Daniel não se recusou a receber as honrarias? Porque não era rebelde, dava bom testemunho de fidelidade e lealdade ao rei a quem servia.
- O homem fiel a Deus não age conforme as circunstâncias, mas, sim, mantém-se inabalável e firme em sua maneira de viver.
30º SLIDE
- O juízo divino consumou-se. Naquela mesma noite. Belsazar, o rei dos caldeus, foi morto.
- Daniel, porém, milagrosamente, sendo o “terceiro dominador do reino”, não foi morto, tendo não só sido mantido vivo, mas, também, sido aproveitado pela nova administração. O que havia sido um juízo para Belsazar, era mais um ato da Providência Divina para manter em vida o velho Daniel. Deus honra àqueles que O honram (I Sm.2:30).

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