A petição foi publicada no site da Casa Branca dia 28 de outubro, dois dias após o pleito presidencial, no espaço "We the People" (Nós, o povo), criado pelo governo Barack Obama para receber demandas populares. É preciso 150 assinaturas eletrônicas para que a petição seja publicada. A proposta sobre o Brasil já tinha 92.040 assinaturas na tarde desta segunda-feira. Petições endossadas por 150 mil ou mais pessoas recebem resposta da Casa Branca — que tem a prerrogativa de abraçar ou não a causa.
Tanto o criador da petição sobre o Brasil (F.P.) quanto as demais dezenas de milhares de signatários estão identificados apenas por iniciais, sem informação sobre sua cidade de origem. Esta é a apresentação comum no site para qualquer proposta publicada.
Vários textos de justificativa, porém, costumam listar entidades e pessoas que promovem aquela causa, o que não ocorre na solicitação sobre o Brasil. Para criar uma petição, basta ter 13 anos ou mais, abrir uma conta no site whitehouse.gov e passar por verificação de e-mail.
Na justificativa, o autor afirma que, embora aos olhos da comunidade internacional as eleições brasileiras tenham sido "integralmente democráticas", há vários motivos para suspeita: urnas não seriam confiáveis, a cúpula do Judiciário seria, em sua maioria, formada por membros do PT e a população dependente de políticas sociais teriam sido ameaçadas a perder os benefícios caso não votassem em Dilma.
Abaixo, a íntegra do texto da petição:
"Nós peticionamos o governo Obama para:
Se posicionar contra a expansão bolivariana comunista no Brasil promovida pelo governo de Dilma Rousseff.
Em 26/10, Dilma Rousseff foi reeleita e continuará o plano de seu partido de estabelecer um regime comunista no Brasil — nos moldes bolivarianos propostos pelo Foro de São Paulo. Nós sabemos que, aos olhos da comunidade internacional, a eleição foi integralmente democrática, mas as urnas usadas não são confiáveis, além do fato de que a cúpula do Judiciário é, em sua maioria, de membros do partido vencedor. Políticas sociais também influenciaram a escolha da presidente e as pessoas foram ameaçadas com a perda do benefício de alimentação caso não reelegessem Dilma. Conclamamos uma posição da Casa Branca em relação à expansão comunista na América Latina. O Brasil não quer e não será uma nova Venezuela, e os EUA que (sic) precisam ajudar os promotores da democracia e da liberdade no Brasil".
Via: O Globo e Diário do Poder