PORTAL ESCOLA DOMINICAL
PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2015
OS DEZ MANDAMENTOS: valores divinos para uma sociedade em constante mudança
COMENTARISTA: ESEQUIAS SOARES DA SILVA
PLANO DE AULA - EV. CARAMURU AFONSO FRANCISCO
ASSEMBLEIA DE DEUS - MINISTÉRIO DO BELÉM - SEDE - SÃO PAULO/SP
PLANO DE AULA Nº 4
LIÇÃO Nº 4 – NÃO FARÁS IMAGENS DE ESCULTURA
1º SLIDE INTRODUÇÃO
- Na sequência do estudo dos dez mandamentos, analisaremos o segundo mandamento, que proíbe fazer imagens de escultura.
- O segundo mandamento proíbe qualquer uso de bens materiais para adoração.
2º SLIDE I – QUAL É O SEGUNDO MANDAMENTO
- Há uma diferente divisão dos mandamentos. Os romanistas juntaram o primeiro com o segundo mandamento, considerando-o um só.
- O texto bíblico faz clara distinção entre o primeiro e o segundo mandamentos. O segundo mandamento é, portanto: “Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo da terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas, nem as servirás; porque Eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que Me aborrecem” (Ex.20:2,3 e Dt.5:8,9).
3º SLIDE
- O segundo mandamento não é mera continuação do primeiro, pois aqui se mostra COMO Deus é adorado, enquanto que, no primeiro mandamento, manda-se adorar somente a Deus.
- Deus não somente deve ser adorado, como também sua adoração deve ser feita sem o uso de quaisquer representações visíveis.
4ºSLIDE II – O SEGUNDO MANDAMENTO
- O segundo mandamento diz respeito à confecção de imagens de escultura para representação do que houvesse nos céus ou na terra.
- A introdução do uso de imagens de escultura para adoração remonta a Babilônia, mais propriamente a Ninrode, o primeiro imperador mundial (Gn.10:8,9).
5º SLIDE
- O uso de imagens de escultura está umbilicalmente ligado à idolatria, à admissão de outros deuses além ou a despeito do único e verdadeiro Deus.
- O homem, obscurecido pelo pecado e crendo na mentira satânica de que pode “ser igual a Deus” (Gn.3:5), mesmo após o juízo divino do dilúvio, preferiu reduzir a Divindade às coisas criadas.
6º SLIDE
- A adoção de imagens para a representação dos deuses constituía na “mudança da incorruptibilidade divina em corruptibilidade”, uma profunda indignidade, já que se reduzia o Criador a uma mera criatura.
- Esta prática efetuada na comunidade única pós-diluviana foi mantida pelas nações resultantes da divisão efetuada pelo juízo da confusão das línguas, inclusive na região da Mesopotâmia, onde parte da população se manteve após o espalhar das nações.
7º SLIDE
- A proibição da idolatria já se encontrava nos chamados “sete preceitos dos descendentes de Noé” (Gn.2:16,17; 9).
- Noé, quando sai da arca, edificou um altar ao Senhor (Gn.8:19,20), num culto espiritual, sem qualquer representação material para Deus, o que foi agradável ao Senhor.
8º SLIDE
- Abraão também sempre ofereceu a Deus sacrifícios sem qualquer representação material de Deus, sendo certo que a tradição diz que ele se rebelou contra a adoração a ídolos (Gn.12:8; 13:4, 18).
- Como se isto fosse pouco, o Senhor fez passar um fogo no sacrifício que havia Abraão fazer, estabelecendo com ele uma aliança, a demonstrar, pois, que o Senhor era invisível e impossível de ser representado por qualquer criatura (Gn.15:17).
9º SLIDE
- Não se constituiu em novidade alguma a determinação divina do segundo mandamento, já que Deus sempre Se agradou de quem O invocou sem uso de qualquer objeto material.
- A atitude do homem de reduzir Deus Criador a uma criatura para ser adorado é o que o apóstolo Paulo denomina de insensatez de coração que leva a um total obscurecimento da mente humana (Rm.1:21), algo que já fora descrito pelo profeta Isaías (Is.44:9-20).
10º SLIDE
- O segundo mandamento tem duas proibições:
a) a “adoração imoderada”, a “adoração irracional” ou “adoração extravagante”;
b) a adoração de imagens de escultura, pinturas ou gravuras.
11º SLIDE III – O DESCUMPRIMENTO DO SEGUNDO MANDAMENTO
- O descumprimento do segundo mandamento é a chamada “idolatria exterior”, ou seja, a prática da idolatria através da adoração ou do curvar-se diante de imagens de escultura.
- As Escrituras estão repletas de disposições em que o Senhor mostra abominar a prática de adoração por imagens de escultura.
12º SLIDE
- Apesar da clareza deste mandamento ao longo de toda a Bíblia Sagrada, tanto no Antigo como em o Novo Testamento, surgiu a discussão, no meio da Cristandade, se tal proibição abarcava, ou não, a proibição da fabricação de imagens de Cristo, de anjos e de cristãos considerados “santos”.
- No processo de paganização da Igreja, que deu origem ao Romanismo, pouco a pouco, foram introduzidas imagens no culto, utilização que acabou sendo dogmatizada no Segundo Concílio de Niceia, em 787.
13º SLIDE
- Os romanistas defendem o uso de imagens com os seguintes argumentos (I):
a) a “imagem” não é “ídolo”, pois a imagem remete a um objeto fora dela e o ídolo é um ser em si mesmo.
Refutação – o segundo mandamento proíbe qualquer representação material de Deus, pois Ele é Espírito, sendo indiferente a remessa, pois. Ademais, a prática romanista mostra que não há tal distinção, em especial nas imagens de Maria.
14º SLIDE
- Os romanistas defendem o uso de imagens com os seguintes argumentos (II):
b) a “imagem” não é “adorada”, mas apenas “venerada”.
Refutação – o segundo mandamento proíbe que se “curve” às imagens e, no original hebraico, “curvar-se” também significa “respeitar, prestar reverência”, ou seja, “venerar”. Além do mais, Tomás de Aquino, o maior Doutor da Igreja Romana, diz que a imagem de Cristo e a cruz são, sim, adoradas.
15º SLIDE
- Os romanistas defendem o uso de imagens com os seguintes argumentos (III):
c) a proibição de imagens diz respeito apenas a ídolos, não a Cristo, aos santos e aos anjos.
Refutação – o segundo mandamento proíbe que se reproduza tudo o que há nos céus ou na terra e, como Cristo, os santos e os anjos se encontram no céu, esta proibição também os alcança.
16º SLIDE
- Os romanistas defendem o uso de imagens com os seguintes argumentos (IV):
d) a proibição de imagens de Cristo somente valia enquanto Deus não havia Se feito carne, de modo que, agora, após a encarnação do Verbo, Cristo pode ser representado por imagens.
Refutação – Jesus disse à mulher samaritana que Deus é Espírito e importa que os adoradores verdadeiros O adorem em espírito e em verdade (Jo.4:23,24), algo determinado precisamente após a encarnação do Verbo.
17º SLIDE
- Os romanistas defendem o uso de imagens com os seguintes argumentos (V):
e) Deus permitiu o uso de imagens na construção do tabernáculo e do templo, de modo que é lícito o uso de imagens no culto a Deus.
Refutação – As imagens constantes do tabernáculo e do templo não eram para ser adoradas nem veneradas. Ademais, o tabernáculo e o templo eram “sombras dos bens futuros” (Hb.10:1) e, agora, na dispensação da graça, a regra é a adoração em espírito e em verdade (Jo.4:23,24).
18º SLIDE
- Os ortodoxos, embora não adorem imagens de escultura, aceitam pinturas e gravuras (os ícones). Isto também é violação do segundo mandamento, pois se proíbe não só imagens de escultura, mas toda e qualquer representação material do que exista nos céus ou na terra.
- Os muçulmanos, embora se digam contrários à idolatria, também violam o segundo mandamento, pois, na peregrinação obrigatória a Meca, beijam e tocam na “Pedra Preta” para expiação de seus pecados.
19º SLIDE
- A violação ao segundo mandamento produz uma terrível reação por parte do Senhor – o zelo de Deus e o desencaminhar das gerações seguintes, influenciadas pela idolatria.
- O uso de imagens de escultura por parte de Israel levou, por fim, ao cativeiro e à perda da Terra Prometida.
20º SLIDE
- Outra violação do segundo mandamento é a “materialização da fé sobrenatural”.
- A fé não pode ser enquadrada em objetos ou coisas, ela é um poder sobrenatural que nos alcança através da graça de Deus, é algo espiritual. Tentar “materializar” a fé através de “amuletos” é violar o segundo mandamento.
21º SLIDE
- Outra violação do segundo mandamento é o chamado “culto imoderado”, “culto irracional”, ou seja, a prática de condutas, atitudes e comportamentos que, de forma irracional, com base em puro sensacionalismo, emocionalismo e frenesis, diz ser cultuar a Deus.
- A adoração exige uma consciência, uma atitude racional, porquanto Deus quer ser adorado voluntariamente, com reverência e respeito e não de modo tresloucado e sem qualquer sentido – Rm.12:1.
22º SLIDE
- A “adoração extravagante” é violação do segundo mandamento, pois adoração só pode ser casada com reverência, prostração, inclinação, humilhação, quebrantamento etc. Jamais pode ser associada a extravagância, termo que designa excentricidade, estroinice, esquisitice, falta de bom senso, dissipação, malversação etc.
- A adoração, na Bíblia, é sempre reverente, inclusive a que se dará no céu, como se vê em Ap.4:9,11 e 5:9,14.
23º SLIDE IV – A ALCANCE DADO PELO SENHOR JESUS A ESTE MANDAMENTO
- Jesus tratou do segundo mandamento no Seu diálogo com a mulher samaritana (Jo.4:1-30).
- Quando a mulher samaritana perguntou ao Senhor Jesus a respeito do correto lugar de adoração, o Senhor lhe disse que nem num lugar nem noutro, pois havia chegado o momento em que os verdadeiros adoradores adorariam ao Pai em espírito e em verdade (Jo.4:22,23).
24º SLIDE
- O Senhor Jesus explicou àquela mulher que a adoração em espírito e em verdade é exigida porque Deus é Espírito e importa que assim seja adorado (Jo.4:24). A genuína adoração tem de ser:
a) “em espírito”, ou seja, devemos prestar a Deus um culto espiritual, despido de qualquer elemento material que nos leve a Deus, a partir do nosso espírito.
b) “em verdade” – de acordo com a Palavra de Deus, que é a verdade (Jo.17:17) e com sinceridade, ou seja, fruto de uma verdadeira comunhão que existe entre o adorador e o adorado.
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