PORTAL ESCOLA DOMINICAL
ADOLESCENTES – CPAD
1º Trimestre 2015
Tema: Cremos
Comentarista: Marcelo Oliveira de Oliveira
LIÇÃO 6 - NA SALVAÇÃO, O NOVO NASCIMENTO
Ao Mestre
Prezado (a) na lição de hoje estudaremos a respeito do novo nascimento (Jo 3.3). Procure, no decorrer da lição, enfatizar o fato de que o novo nascimento é uma das principais doutrinas da fé cristã e que ninguém pode fazer parte do Reino de Deus se não nascer de novo (Jo 3.3). Mediante a fé em Jesus experimentamos uma profunda transformação de vida. Essa mudança radical não é apenas exterior, mas interior.
Objetivo
Professor (a) ministre sua aula de forma que possa conduzir seus alunos a compreender a expiação dos pecados por meio do sacrifício vicário de Cristo e a necessidade do novo nascimento.
Para refletir
“Em resposta, Jesus declarou: "Digo-lhe a verdade: Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo". (Jo. 3.3 - NVI).
Texto Bíblico: Gn. 3.3-8.
Conceito
O novo nascimento é:
1. Regeneração (Tt 3.5).
2. Condição essencial para entrar no Reino de Deus (Jo 3.3,5).
3. Uma mudança interior que reflete no exterior (2 Co 5.17).
4. Abandonar a prática do pecado (1 Jo 3.9).
5. Comunhão com Deus.
Novo Nascimento: Transformação interior operada pelo Espírito Santo na vida daquele que crê em Jesus Cristo e o aceita como Salvador.
Jesus foi categórico: “Aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus” (Jo 3.3). As Escrituras também afirmam: “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (2 Co 5.17).
Por conseguinte, a mudança de caráter do homem, outrora sem Deus, em um novo homem à semelhança de Cristo, é a comprovação objetiva da nova vida em Cristo Jesus (Ef 4.25-32).
Todo cristão deve passar pelo novo nascimento. A regeneração é uma nova dimensão de vida produzida pelo Espírito Santo.
Uma nova criação
“Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”(2 Co 5.17). Note que o texto bíblico não diz “será”, mas, sim, “é”. Isto significa que o novo convertido sofreu uma mudança radical de vida. Agora, ele tem outro coração (Ez 36.26); outra mente — a de Cristo — (1 Co 2.16); outro pensamento (Fp 4.8); outro alvo — Cristo Jesus — (Fp 1.21).
Quando pela fé, aceitamos o sacrifício de Cristo, damos o primeiro passo na vida cristã e imediatamente inicia-se um processo de transformação, em nosso interior, para experimentarmos “a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2).
Transformação radical
Ser uma nova criatura em Deus não implica numa mera reforma exterior. Apesar de o cristão ser distinto do mundo em sua maneira de ser e de agir, sua nova vida não está assentada apenas em regras comportamentais, sociais e religiosas. Mas na pedra de esquina que é Cristo Jesus, nosso Senhor e Rei (Ef 2.20).
Na verdade, aquele que “nasce de novo” sofre uma transformação radical de vida, começando pelo seu interior, abrangendo todo seu coração, desejo e vontade (At 2.37; Rm 5.5; 2 Co 7.2). Tal transformação é refletida nas esferas espiritual e social da vida do novo convertido (Mt 5.13.14).
Uma nova dimensão de vida
Escreveu Paulo a Tito: “Ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, justa e piamente” (Tt 2.12). Este versículo evidencia a nossa luta diária em um mundo marcado pela impiedade. Mas Deus nos convida a cultivar uma vida de sobriedade (bom senso), justiça (retidão) e piedade (espiritualidade) “neste presente século”. Se assim agirmos, causaremos um impacto singular na sociedade na qual estamos inseridos, levando-a a transformar-se pelo poder do Evangelho de Cristo.
O passado ficou para trás
Quando alguém confessa seus pecados e os abandona é sinal de que foi regenerado, alcançando plenamente, no Senhor, a cura de sua alma (1 Pe 1.3; Is 43.25; Pv 28.13; 2 Cr 7.14). O que era impróprio, indigno e pecaminoso é sepultado e para sempre esquecido. Eis o que nos garante o próprio Senhor: “Pois perdoarei as suas iniquidades e dos seus pecados jamais me lembrarei” (Jr 31.34). De fato, “as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”. Esqueça, pois, o que ficou para trás (Fp 3.13,14). Viva, doravante, em novidade de vida com a bênção de Deus e na consolação do Espírito Santo (Hb 8.12; Mq 7.19).
“Eis que tudo se fez novo”
Esta é uma expressão abrangente e profunda. Tudo o que Deus faz é perfeito e bom. Por isso, a nossa vida é sempre renovada (2 Co 4.16; Ap 21.5). Podemos desfrutar diariamente da presença de Deus, pois as suas misericórdias são novas a cada manhã (Lm 3.23) e a sua graça nos basta (2 Co 12.9). O Senhor não nos deixa nem nos desampara (Hb 13.5,6). Ele nos toma pela “mão direita” e diz: “Não temas que eu te ajudo” (Is 41.10,13).
É tempo de avançar
Confessa Paulo aos filipenses: “Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão” (Fp 3.13). O passado ficou para trás; tudo agora se fez novo. Louvado seja Deus!
Avancemos, “olhando para Jesus, o autor e consumador da fé” (Hb 12.2). Enquanto o apóstolo Pedro olhava para o Senhor, caminhava por sobre águas. Porém, ao desviar os seus olhos de Cristo, começou a ser envolvido pelas ondas daquelas águas (Mt 14.22-33). Portanto, avancemos para grandes vitórias em Deus, olhando somente para Cristo, a nossa eterna e sublime esperança (Cl 1.27; 1 Tm 1.1).
Temos um novo olhar
A fé em Jesus Cristo muda o nosso interior, abrindo-nos novos horizontes e perspectivas. Já não atentamos mais aos nossos interesses, mas para os de Deus, porque pertencemos única e exclusivamente ao Pai: “Estou crucificado com Cristo” (Cl 2.20). E doravante a nossa a luta não é mais contra a “carne e sangue”, mas contra os “principados” e “potestades” nos “lugares celestiais” (Ef 6.12). Este deve ser o nosso alvo: um amoroso serviço em prol do Reino de Deus (Mc 12.31; Rm 14.1; 1 Co 12.4-7).
Temos uma nova atitude
Quando Cristo torna-se o centro de nossas vidas, nossas atitudes passam a ser pautadas segundo a Palavra de Deus. Em vez de contenda, confusão ou gritaria (Ef 4.31), buscamos a paz de Deus, a direção do Senhor e o refrigério do Espírito Santo para conduzir-nos por um novo e vivo caminho (Rm 6.4; Hb 12.14).
Temos uma nova vida abençoada
A verdadeira felicidade consiste em viver de acordo com os princípios eternos do Reino de Deus. Não há felicidade sem Cristo! Porque em Jesus, o Pai concede-nos bênçãos especiais: a vida (1 Jo 5.12), a luz (Jo 8.12), a liberdade (2 Co 3.17), o amor (Rm 5.5), a alegria (Jo 16.22), o perdão (1 Jo 1.7), a paz (Rm 5.1), o propósito de vida (Fp 1.21), a provisão (Fp 4.19), o futuro com Cristo (Jo 14.2,3). Testemunhemos, pois, de Jesus Cristo até aos confins da terra (At 1.8).
Aplicação pessoal
Enfatize aos alunos que a verdadeira alegria é o resultado do novo nascimento. Muitos buscam ser felizes pela aquisição de bens materiais, mas a real felicidade é o resultado de uma mudança radical em nosso ser. Esta mudança é perfeitamente possível. Basta crer e permitir que o Senhor Jesus o faça. Deixe o seu passado para trás e avance para o alvo que é Cristo, o autor e consumador de nossa fé.
Fontes Consultadas:
BÍBLIA. Português. Bíblia Shedd. Tradução João Ferreira de Almeida, Revista e Atualizada.
ELWELL, Walter A. Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã. São Paulo, Reimpressão em 1 volume, 2009..
HORTON, Stanley M.. Teologia Sistemática. CPAD.
Colaboração para Portal Escola Dominical – Profª. Jaciara da Silva
http://www.portalebd.org.br/classes/adolescentes/item/3864-adolescentes.html