PORTAL ESCOLA DOMINICAL
JUNIORES – CPAD
1º Trimestre 2015
Tema: Conhecendo a Deus
Comentarista: Susana Cirqueira
LIÇÃO 5 – O DEUS DE MILAGRES
Ao Mestre
Prezado (a) lição de hoje ministraremos sobre um dos grandes milagres realizado por Jesus Cristo quando em seu ministério terreno – a ressurreição de Lázaro.
Jesus demonstra que tem poder sobre o maior inimigo da humanidade desde a queda espieirual no Éden – a morte. Ao relatar esse grande milagre aos seus alunos, enfatize que em Jesus não devemos temer nenhum mal, pois ELE é o SENHOR da vida. ELE opera milagres, operou no passado e continua a fazer no presente. ELE é o mesmo, não mudou.
Deus continue abençoando sua vida e ministério!
Objetivo
Professor (a) ministre sua aula de forma que possa conduzir o aluno a crer que o Senhor Deus é Onipotente, ou seja, ELE pode fazer tudo. ELE é o SENHOR vida. ELE é o Criador de tudo o que existe nos céus e na terra.
Memorizando
“Existe alguma coisa impossível para o Senhor?”.(Gn. 18.14 – NVI).
Haverá coisa alguma difícil para Deus? Não, não há. Deus pode fazer o que aparentemente impossível. Desde os tempos antigos Deus é glorificado na comprovação de que ELE pode fazer tudo. Para ELE o impossível não existe.
Texto Bíblico:Jo. 11.1-44.
Subsidio Teológico
A passagem bíblica que narra a morte e ressurreição de Lázaro tem muito a ensinar acerca da Fé cristã. João destacou o motivo de ter narrado os milagres operados por Cristo: "Estes foram escritos para que vocês creiam que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus e, crendo, tenham vida em seu nome." ( Jo 20.31-NVI ).
A doença e a morte
Lázaro, irmão de Marta e Maria, ficou enfermo. Marta e Maria (a que enxugou os pés de Cristo após ungi-Lo com um unguento caríssimo) enviaram mensageiros a Cristo para avisá-Lo da condição de Lázaro, dizendo: “Senhor, eis que está enfermo aquele que tu amas” (Jo 11.3 ).
João destaca que Jesus amava os três irmãos e, ao ouvir acerca da morte de Lázaro, disse aos discípulos que Lázaro dormia e que iria despertá-lo do sono, e os seus discípulos entenderam que Lázaro estivesse bem, ou seja, que somente estava repousando (Jo 11.13). Foi quando Jesus disse claramente: “Lázaro está morto; E folgo, por amor de vós, de que eu lá não estivesse, para que acrediteis; mas vamos ter com ele” (Jo 11.14 -15).
A cidade de Betânia fica a uma distância de três quilômetros de Jerusalém onde Jesus estava ( Jo 10.22), e ao chegar na cidade de Betânia, já fazia quatro dias que Lázaro havia sido sepultado ( Jo 11.17). A morte de Lázaro fez com que muitos Judeus fossem à Betânia prestar as suas condolências à Marta e Maria ( Jo 11.19 ).
O encontro de Marta com Jesus
Quando Marta ouviu que Jesus se aproximava, saiu-lhe ao encontro fora da aldeia, enquanto Maria, a que escolheu ficar aos pés de Jesus ouvindo os seus ensinamentos, ficou assentada em casa ( Lc 10.42 ).Ao encontrar Jesus, Marta disse: - “Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido!”. Embora o irmão de Marta estivesse morto, diante de Cristo a certeza de Marta era esta: Lázaro não teria morrido se o Senhor Jesus estivesse com eles.
Ela não questionou o fato de Jesus não ter se adiantado para atender o seu irmão quando ainda vivo. Ela não questionou a bondade de Deus. Não atribui sua perda a Deus, antes demonstrou uma confiança inabalável, apesar da contingência: - “Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido!” ( Jo 11.21 ). Após expressar a sua confiança, Marta diz: - “Mas também agora sei que tudo quanto pedires a Deus, Deus to concederá” ( Jo 11.22 ).
Mesmo estando enlutada, com os sentimentos fragilizados, não questionou o Mestre como os Judeus que ali estavam fizeram: “Não podia ele, que abriu os olhos ao cego, fazer também com que este não morresse?” ( Jo 11:37 ). Embora Lázaro estivesse no sepulcro, Marta continuou certa de que Cristo continuava o mesmo (Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido) e, que Deus era com Ele (Mas também agora sei que tudo quanto pedires a Deus, Deus to concederá).
Diante das declarações de Marta, Jesus disse: “Teu irmão há de ressuscitar” ( Jo 11:23 ). Novamente Marta nos surpreende, pois faz uma nova confissão: “Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do último dia” ( Jo 11:24 ). Embora tivesse perdido um irmão recentemente e, apesar da amizade Jesus não ter se adiantado para atendê-los, Marta continuava firme na doutrina que aprendera: - Eu sei! Meu irmão há de ressuscitar na ressurreição do último dia!
Marta era uma pessoa resignada, conhecia o ciclo natural da natureza, mas que o seu irmão havia de ressuscitar no dia determinado. Apesar de a adversidade ter se instalado no lar de Marta, ela estava cônscia de que tudo tem o seu tempo próprio “TUDO tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu. Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou” ( Ec 3.1 -2).
Por conhecer que Deus fez o dia da adversidade que se opõe ao dia da prosperidade, Marta demonstrou resignação ao dizer: - Eu sei! Meu irmão há de ressuscitar na ressurreição do último dia! ( Ec 7.14 ). Como o evangelista João não faz referencia aos pais de Marta e Maria, possivelmente Lázaro fosse o ‘chefe’ da família. Além da dor da perda do irmão, Marta e Maria teriam que enfrentar novos desafios. Foi quando Jesus fez uma declaração acerca de Si mesmo: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; E todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá. Crês tu isto?” ( Jo 11.25 -26).
Marta havia acabado de perder o irmão, e Jesus anunciou ser a ressurreição e a vida. Em nossos dias tal declaração estaria em dúvida. - Como Ele é a ressurreição e a vida se meu irmão está morto? Se isso ocorreu em minha casa que Jesus diz amar, que se dirá das famílias que não tem amizade com Ele?
Marta diante da declaração de Jesus confessou: - “Sim, Senhor, creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo” ( Jo 11.27 ). Marta não disse crer na ressurreição do seu irmão Lázaro. Ela não disse crer no sobrenatural. Também não disse crer em milagres ou no impossível. Não! Diante do Autor da Vida, da Luz que veio ao mundo, Marta confessou que cria em Jesus de Nazaré como o Cristo prometido nas Escrituras - O Filho de Deus que havia de vir ao mundo!
Uma confissão como a de Marta em qualquer circunstância é grandiosa, mas a dor de Marta torna sua confissão admirável. A confissão de Marta diante de inúmeros Judeus que reputavam que Cristo era simplesmente o filho de José - o carpinteiro - foi um testemunho vivo da Fé que Marta abraçou.
A Fé que Marta confessou não é subjetiva. Não teve origem nela, antes ela declara segundo o que é verdadeiro em Cristo. A Fé que Marta declarou tem por firme fundamento Cristo. A Fé de Marta não era a certeza de coisas que se esperam, pois ela não esperava que o seu irmão fosse ressuscitado naquele dia, antes a Fé dela era o firme fundamento, pois ela cria n’Aquele que é a ressurreição e a vida; ela cria n’Aquele que mesmo os mortos vivem quando creem n’Ele; Ela cria n’Aquele em quem os que creem e vivem, nunca morrerão.
A Fé de Marta não era proveniente do que ela esperava naquele momento e nem do que ela não via. A Fé de Marta diz do fundamento (Alicerce, base de um edifício, principal apoio, base, causa, motivo), diz da prova (O que demonstra a veracidade de uma proposição ou a realidade de um fato), diz do mesmo artigo de Fé que o discípulo Pedro confessou: "E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo" ( Mt 16.16 ).
A ressurreição de Lázaro
Apesar de o texto narrar a ressurreição de Lázaro, Lazaro é coadjuvante na história, e suas irmãs protagonistas. Após confessar que Cristo é o Filho de Deus que havia de vir ao mundo, Marta voltou e chamou Maria, sua irmã, e disse em particular: “O mestre está aqui e te chama” ( Jo 11:28 ). Maria expressou as mesmas palavras de Marta ao lançar-se aos pés de Jesus e chorar.
O evangelista João narra que Jesus novamente se comoveu e foi ao sepulcro. Para ambientar o leitor, o discípulo Amado descreve o lugar: era uma caverna e havia uma pedra posta sobre ela ( Jo 11:38 ). Foi quando Jesus disse a frase que muitos consideram célebre: - “Tirai a pedra”.
Esta frase ecoou ao longo dos séculos nos púlpitos cristãos, muitas mensagens foram pregadas tendo por tema tal ordem. Há inúmeras mensagens que buscam dar significados à pedra posta à entrada da caverna feita sepulcro. Neste afã, muitas alegorias, simbologias e parábolas são construídas para dar sentido à pedra posta à porta do sepulcro.
Amados, não há na pedra simbologia alguma que deva ser interpretada. Ela foi posta à porta do sepulcro, porque este era o costume dos judeus ao enterrar os seus mortos: sepultar seus mortos em caverna e colocarem uma pedra na entrada. Se o milagre tivesse sido operado em nossos dias, Jesus teria dito: ‘- Removei a terra’, ou ‘Abram a cripta’, etc. Uma pedra semelhante foi posta na sepultura de Jesus, portanto, se a pedra no sepulcro de Lázaro possui um significado específico, o mesmo deveria ocorrer com a pedra posta no túmulo em que o corpo de Jesus foi posto, e de tantos outros judeus.
Diante da ordem de Cristo, Marta se antecipa e avisa: - “SENHOR, já cheira mal, porque é já de quatro dias”. Para Marta a pedra posta estava servindo ao propósito em que fora colocada: impedir a saída do mau cheiro. O decurso de quatro dias no calor severo da palestina significava decomposição avançada. Ela fez tal aviso por não esperar um milagre naquele instante. Isto não significa que ela tenha deixado de crer ou que tivesse dúvidas em seu coração. Observe que outros heróis da fé que estampam a galeria construída pelo escritor aos Hebreus têm fatos relevantes que apresenta um quadro semelhante ao de Marta.
Todos eles creram em Deus com relação aos bens futuros, porém, não estavam aguardando eventos sobrenaturais, de modo que foram surpreendidos. Dai, a aparente dúvida. Entretanto, a fé que salva eles guardavam. Os pais criam no evangelho anunciado a Abraão, que no seu Descendente seriam benditas todas as famílias da terra, e Marta, por sua vez, cria na pessoa bendita de Cristo Jesus como sendo o Filho de Deus que havia de vir ao mundo ( Gl 3:8 ).
O que o evangelista João escreveu sobre a ressurreição de Lázaro tinha o fito de demonstrar que Cristo é o Filho de Deus, ou seja, não tinha por finalidade dar significado ou por em evidência a pedra posta no túmulo ( Jo 20.31 ). Ele evidencia que Marta e Maria criam em Cristo como o Filho de Deus que havia de vir ao mundo e, que Jesus operou o milagre para que os homens cressem que Ele é o enviado de Deus ( Jo 11.42 ).
Jesus replica Marta: - “Não te hei dito que, se creres, verás a glória de Deus?”
Os que ali estavam, retiraram a pedra da porta do sepulcro onde o corpo de Lázaro jazia e, Jesus levantando os olhos para cima, disse: - “Pai, graças te dou, por me haveres ouvido. Eu bem sei que sempre me ouves, mas eu disse isto por causa da multidão que está em redor, para que creiam que tu me enviaste” ( Jo 11.41-42). A oração de Cristo ao Pai não foi o elemento catalizador do milagre. A oração só foi feita por causa da multidão e com um propósito bem definido: para que cressem que Cristo era o enviado de Deus.
Após evidenciar o motivo da ordem para tirarem a pedra da porta da sepultura, bradou: - “Lázaro, sai para fora” ( Jo 11:43 ). Diante da ordem, Lázaro saiu ainda com as mãos e os pés enrolados com faixas e o rosto envolto em um lençol. Novamente Jesus fala aos que ali estava: - “Desligai-o, e deixai-o ir”.
O objetivo da vinda de Cristo à cidade de Betânia completou-se: muitos dos judeus que viram o que Jesus fizera, creram nele! A obra ‘maior’ realizada por Cristo não foi a ressurreição de Lázaro, foi fazer com que os judeus cressem n’Ele ( Jo 6:29 ). Naquele momento houve alegria nos céus em função dos pecadores arrependidos ( Lc 15:10 ).
Aplicação da Lição
Enfatize aos seus alunos que através desse milagre, cumpriu-se o objetivo de Jesus ao sair de Betânia: glorificar o Pai. Fale com eles de forma confiante, que cada dificuldade que passamos, o Deus milagres pode reverter todo o mal e tristeza em alegria e gratidão. Pois para deus não existe nada que seja impossível. Ele tudo pode fazer
DINAMICA:
Salmo da vida
Modalidade: Experiência de Vida.
Objetivo: Definir a experiência de Deus na vida de cada integrante e agradecê-la.
Material: Lápis e papel para os alunos.
Modalidade: Experiência de Vida.
Objetivo: Definir a experiência de Deus na vida de cada integrante e agradecê-la.
Material: Lápis e papel para os alunos.
Descrição: Cada aluno deve escrever a história de sua vida, destacando os acontecimentos marcantes. O coordenador deve alertar o grupo de que experiências de dor e sofrimento podem ser vistas como formas de crescimento e não simples acontecimentos negativos. Em seguida, os integrantes devem se perguntar qual foi a experiência de Deus que fizeram a partir dos acontecimentos descritos ou no decorrer de suas vidas.
Depois devem escrever o salmo da vida, da sua vida, uma oração de louvor, agradecimento, pedido de perdão e/ou clamor. O desenvolvimento dos salmos deve-se realizar em um ambiente de paz e reflexão. Então, os integrantes devem ser divididos em subgrupos de três ou quatro pessoas onde cada integrante deve partilhar sua oração de gratidão. Depois o grupo é reunido e quem quiser pode apresentar sua oração ao grupo. Por último você poderá perguntar aos alunos que apresentaram o salmo: Como tem sido a experiência com Deus? Qual a importância Dele em nossas vidas?
Fontes Consultadas:
BÍBLIA. Português. Bíblia Shedd. Tradução João Ferreira de Almeida, Revista e Atualizada. São Paulo, Edições Vida Nova, 1ª Edição, 1889.
BÍBLIA. Português. Nova Versão Internacional. São Paulo, Editora Geográfica, 9ª Edição, 2001.
HARRIS, R. Laird; JR, Gleason L. Archer; WALTKE, Bruce K.Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento. São Paulo, Edições Vida Nova, 1ª Edição 1989, Reimpressão 2008.
ELWELL, Walter A. Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã. São Paulo, Reimpressão em 1 volume, 2009.
http://www.portalebd.org.br/classes/juniores/item/3831-juniores.html
Colaboração para Portal Escola Dominical – Profª. Jaciara da Silva