1º Trim. 2015 - PRE ADOLESCENTES - Lição 8: O disciplinador

1º Trim. 2015 - PRE ADOLESCENTES - Lição 8: O disciplinador
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
PRE ADOLESCENTES – CPAD
1º Trimestre 2015
Tema: Quem é Deus
Comentaristas: Flavianne Vaz



 LIÇÃO  8 - O DISCIPLINADOR


Texto bíblico:   2 Sm 12.1-15
E o SENHOR enviou Natã a Davi; e, apresentando-se ele a Davi, disse-lhe: Havia numa cidade dois homens, um rico e outro pobre.
O rico possuía muitíssimas ovelhas e vacas.
Mas o pobre não tinha coisa nenhuma, senão uma pequena cordeira que comprara e criara; e ela tinha crescido com ele e com seus filhos; do seu bocado comia, e do seu copo bebia, e dormia em seu regaço, e a tinha como filha.
E, vindo um viajante ao homem rico, deixou este de tomar das suas ovelhas e das suas vacas para assar para o viajante que viera a ele; e tomou a cordeira do homem pobre, e a preparou para o homem que viera a ele.
Então o furor de Davi se acendeu em grande maneira contra aquele homem, e disse a Natã: Vive o Senhor, que digno de morte é o homem que fez isso.
E pela cordeira tornará a dar o quadruplicado, porque fez tal coisa, e porque não se compadeceu.
Então disse Natã a Davi: Tu és este homem. Assim diz o Senhor Deus de Israel: Eu te ungi rei sobre Israel, e eu te livrei das mãos de Saul;
E te dei a casa de teu senhor, e as mulheres de teu senhor em teu seio, e também te dei a casa de Israel e de Judá, e, se isto é pouco, mais te acrescentaria tais e tais coisas.
Por que, pois, desprezaste a palavra do Senhor, fazendo o mal diante de seus olhos? A Urias, o heteu, feriste à espada, e a sua mulher tomaste por tua mulher; e a ele mataste com a espada dos filhos de Amom.
Agora, pois, não se apartará a espada jamais da tua casa, porquanto me desprezaste, e tomaste a mulher de Urias, o heteu, para ser tua mulher.
Assim diz o Senhor: Eis que suscitarei da tua própria casa o mal sobre ti, e tomarei tuas mulheres perante os teus olhos, e as darei a teu próximo, o qual se deitará com tuas mulheres perante este sol.
Porque tu o fizeste em oculto, mas eu farei este negócio perante todo o Israel e perante o sol.
Então disse Davi a Natã: Pequei contra o Senhor. E disse Natã a Davi: Também o Senhor perdoou o teu pecado; não morrerás.
Todavia, porquanto com este feito deste lugar sobremaneira a que os inimigos do Senhor blasfemem, também o filho que te nasceu certamente morrerá.
Então Natã foi para sua casa; e o Senhor feriu a criança que a mulher de Urias dera a Davi, e adoeceu gravemente.

Objetivos:    Explicar aos alunos, que Deus nos concedeu o livre arbítrio,  ou seja liberdade, para fazermos as nossas escolhas e decisões, mas que essas mesmas decisões geram conseqüências. De igual modo explicar que apesar de todo o amor de Deus por nós, Ele nos corrige afim de nos mantermos em um caminho reto.


Introdução
Estudaremos nesta lição, Deus como um disciplinador, a disciplina aplicada por Deus , é um sinal de amor, pois já afirmamos, que Deus  assumi sobre tudo a figura de um Pai,  e todo pai que ama o seu filho, deseja que ele sempre ande no caminho certo.
E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor, E não desmaies quando por ele fores repreendido;
Porque o Senhor corrige o que ama,E açoita a qualquer que recebe por filho.
Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija?
Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, e não filhos.  Hb 12:5-8

A disciplina é também  uma expressão de amor paternal.
 “Aquele que poupa a vara aborrece a seu filho; mas quem o ama, a seu tempo o castiga.”
Ao disciplinar as crianças quando são pequenas poupa problemas maiores mais tarde.
Pv 13.24

Para base da lição tomaremos a vida do Rei Davi,  um servo de Deus que cometeu um grave  erro, mas Deus o disciplinou, conforme a sua grande misericórdia.


Amor Disciplinador
Das diversas formas que a Bíblia apresenta Deus, uma delas é usando uma figura bem próxima de nós, a de um pai, que dentro do contexto da humanidade, todos, de uma maneira ou de outra, tiveram um. Deus é retratado como um pai bondoso, amoroso que cuida e disciplina seus filhos.
Este tema não é de tão fácil aceitação. Como o amor pode combinar com a disciplina? Como eu posso dizer que Deus me ama agindo em favor de mim, se ao mesmo tempo tenho que dizer que Ele me disciplina, agindo de maneira que eu me sinta desconfortável, ou que eu venha a sofrer? Como podemos conciliar?
O primeiro passo a se tomar é rever o nosso conceito de disciplina. Infelizmente a experiência que temos tido no contexto familiar tem sido muito negativa, por isso a necessidade de rever o assunto.
     Geralmente a disciplina é exercida como um descarrego de raiva. Como um descontar no transgressor todo o sentimento de raiva por suas ordens não terem sido obedecidas.
     Portanto muito do que nós aprendemos por disciplina se limita ao castigo físico,          humilhação verbal, privação. Alguns fazem a combinação dos três tipos. Além de sofrer o dano físico, sofrerá o dano emocional, e sua liberdade estará privada.
     Geralmente são estes os conceitos de disciplina que temos e que exercemos sobre nossos filhos, ou que sofremos através da disciplina de nossos pais. Por isso a grande dificuldade de conciliarmos o amor de Deus e a sua disciplina. 
     O segundo passo para conciliarmos a disciplina de Deus como ato de amor é olharmos para o que a Bíblia fala sobre o assunto.
     A disciplina existe porque existem regras, e estas são quebradas. Quando estas regras são quebradas, algo precisa acontecer ao transgressor para que ele tenha noção da sua atitude e tenha consciência de que não deve transgredir novamente, pois ao não cumprir as regras estará trazendo prejuízos para si próprio.
     Nesse contexto disciplina foca no amadurecimento do transgressor e não simplesmente na reação do ofendido. O ofendido não deve levar para o lado pessoal, controlando suas emoções e orientando o ofensor sobre o acontecido.
     Em ambos os Testamentos a disciplina enfatiza a correção que resulta em educação. Promoção de um amadurecimento espiritual.
     Em Hebreus 12.4-13 o autor faz uma citação de Provérbios 3 sobre a disciplina de Deus. Desse texto podemos aprender vários conceitos sobre a disciplina amorosa de Deus.
     Ele vai mostrar que certas provações na vida são disciplina amorosa do Senhor. (4-6)
     Estes crentes estavam sofrendo fortes perseguições, mas não havia ainda custado a vida de ninguém. Eles são exortados a perceber que estavam sendo provados pela disciplina amorosa do Senhor.
     Três idéias eles tinham que ter sobre a disciplina: 1) Não menosprezar – achar que não precisavam dela; 2) Não desmaiar – achar pesado demais; 3) Reconhecer que a disciplina é um ato amoroso de Deus para nossa correção.
     Deus nos trata como filhos, por isso nos disciplina. A falta de correção de Deus na vida de crente é um problema sério. (prova que você não é um filho de Deus).
     O autor de Hebreus ainda destaca que a nossa obediência aos pais nos ajudará a aceitarmos a correção de Deus. Obedecer aos pais é um treino para obediência a Deus. Deus é o nosso grande pai espiritual e por isso devemos a Ele toda nossa submissão, para assim vivermos.
     A disciplina de Deus visa nossa santidade. Deus nos disciplina para aproveitamento, para sermos melhores; para participarmos da sua santidade.
     A disciplina traz tristeza ao coração do homem. Quem se alegra quando disciplinado? Quem fica feliz quando Deus está corrigindo? Na verdade muitas vezes nos revoltamos contra Deus, com as pessoas, com a vida, porque dói, causa tristeza, desconforto.
     Mas tem que doer mesmo, temos que sentir pelo que fizemos, nem consolados devemos ser. Precisamos sofrer para amadurecer, pois essa é a única opção que muitas vezes damos para Deus. A disciplina produz fruto pacífico, fruto de justiça e motiva-me a firmeza espiritual.
DEUS NOS DISCIPLINA PORQUE FALHAMOS, MAS VISANDO O NOSSO AMADURECIMENTO ESPIRITUAL.
fonte;http://pastorjunior78.blogspot.com.br/2012/07/amor-disciplinador.html


I- A vida de Davi; do campo ao Trono
Muitos personagens bíblicos são referenciais para nossas vidas, por nos deixarem exemplos de fé, coragem, obediência, paciência, etc. Mas, só um foi considerado pelo próprio Deus “O homem segundo o meu coração” (I Sm 13.14): Davi, o maior rei de Israel.

Quem foi Davi? Um homem perfeito, sobrenatural, isento de pecados? Não! Davi era semelhante a qualquer um de nós, porém, aprendeu que a melhor maneira de alcançar o coração de Deus é o caminho da adoração, da humildade, da sinceridade e do arrependimento.

A- QUEM ERA DAVI?

Davi era um jovem comum à sua época:
Descrição física: Não possuía uma aparência exuberante (I Sm 16.12).
Sua Ocupação: Pastorear as ovelhas de seu pai. (I Sm 16.11).
Sua Origem: Vivia num povoado pequeno, em Belém (I Sm 16.1).
Suas Habilidades: Davi foi um excelente músico (I Sm 16.18).

B– QUAIS OS ASPECTOS DO CARÁTER DE DAVI?

Davi é um dos principais personagens da Bíblia. Sua história é registrada em mais de sessenta capítulos da Bíblia; cerca de 60 referências são feitas a ele no Novo Testamento, além de figurar na genealogia do Senhor Jesus; até hoje é lembrado como o maior rei de Israel e, por duas vezes na Bíblia é chamado de “homem segundo o coração de Deus” (I Sm 13.14; At 13.22). Por que tanta honra a um homem que, apesar de notável, teve sua vida pontuada por graves pecados?

1. Davi era um homem cujo coração era inclinado ao Senhor: Davi era um homem espiritual, cuja vida estava em harmonia com os anseios de Deus (I Sm 17.36).



  
2. Davi era um homem humilde: Além de conhecer suas limitações (Sl 131; 40.12,17), Davi aprendeu a atribuir as suas vitórias a Deus (I Sm 17.37; Sl 34.4-7; 40.5-10; 124).

3. Davi era um homem sincero: Apesar de ser chamado pelo próprio Deus “O homem segundo o meu coração” (I Sm 13.14), Davi não era um homem infalível. Cometeu dois graves pecados: adultério e cumplicidade na morte de Urias (II Sm 11.1-22). Mas, quando repreendido pelo Senhor, através do profeta Natã, Davi confessa e arrepende-se de seus pecados (II Sm 12.13; Sl 51).

Os aspectos do caráter de Davi podem ser visto em sua vida, mesmo depois que foi ungido rei de Israel:

1. Não deixou de lado sua vida de adoração, manteve sua devoção diária ao Senhor, seu “culto doméstico” nos campos de Belém, sendo assim citado por um servo de Saul como o músico que poderia acalmar o espírito perturbado do rei (I Sm 16.14-18).

2. Continuou com suas tarefas de pastor, mesmo sendo o ungido do Senhor (I Sm 16.19). Que belo exemplo a ser seguido por nós, o exemplo de um pastor que se portava como um rei, porque um dia seria rei com virtudes de um pastor.

3. Mesmo sendo promovido a músico do rei, continuava submisso ao seu pai, e de seu rebanho cuidava com fidelidade (I Sm 17.15).

4. Ele respeitava Saul, a quem substituiria, porque tinha consciência da vontade soberana de Deus em sua vida, e do controle que Ele exerce sobre todas as coisas (I Sm 17.58; 18.5; 19.1-7).



C – DAVI, EXEMPLO DE UM ADORADOR
Ao estudarmos a biografia deste servo de Deus, observamos que Davi não foi apenas um pastor que se tornou em um guerreiro, e, posteriormente, no rei de Israel. Ele foi também um grande músico: compôs mais de 70 salmos, tocava muito bem a sua harpa e demonstrou habilidade na organização do cântico ao assumir o reino de Israel. Vejamos porque ele é um exemplo de adorador:

1. Davi foi conhecido como músico: Quando Saul estava sendo atormentado por um espírito mau, ele disse: “Buscai-me, pois, um homem que toque bem, e trazei-mo”. Um dos seus servos lhe respondeu: “… tenho visto um filho de Jessé, que sabe tocar …” (I Sm 16.17,18). Esta expressão revela que o servo do rei conhecia a Davi, não apenas como um pastor de ovelhas, mas também como músico.

2. Davi foi obediente quando convidado para tocar a sua harpa diante do rei: Como ele já havia sido ungido rei de Israel, poderia negar-se a ser músico do rei. No entanto, ele não era apenas um músico, ele era um músico obediente: veio, trouxe presentes a Saul (I Sm 16.20) e tocou a sua harpa diante dele (I Sm 16.23).

3. Quando Davi dedilhava a sua harpa, o espírito mau se retirava de Saul: Qual será a razão pela qual aquele espírito mau se retirava? Com certeza, as músicas que Davi tocava, e com certeza, cantava, não eram músicas mundanas e superficiais, atendendo aos caprichos e gostos humanos. Eram músicas sacras e inspiradas por Deus. Muitas estão a nosso dispor, no livro dos Salmos.




IV- DAVI, UM HOMEM QUE APRENDEU A LIDAR COM OS SENTIMENTOS HUMANOS

Como qualquer homem, Davi enfrentou momentos de crises, tais como: ódio, desejo de vingança etc. Os capítulos 24, 25 e 26 de I Samuel nos revelam fatos dignos de serem mencionados, quando estudamos sobre a vida de Davi. Eles nos oferecem lições importantes para aqueles que desejam melhorar em seu relacionamento com Deus e, conseqüentemente, com seu próximo.

1. Lidando com a vingança (I Sm 24.1-22): Davi teve a chance de matar Saul. Ele estava com seus homens nas cavernas de En-Gedi (fonte dos cabritos), quando Saul, vindo cansado de uma batalha, entrou na caverna onde Davi estava escondido com seus homens. Seria a oportunidade de por fim àquela perseguição? Foi o que seus guerreiros lhe disseram (v.4), mas não foi o que fez Davi. Ele deu a Saul provas de sua fidelidade, cortando apenas a orla de seu manto, mas preservando sua vida (vv.4-11). Davi tinha confiança em Deus, e não se deixou vencer pela tentação da vingança (Rm 12.18-21), além de ensinar essa lição para seus liderados (v.7).

2. Lidando com a ira (I Sm 25.2-13): A indiferença e a grosseria de Nabal fez com que Davi perdesse, por um período de tempo, a paciência que tanto lhe era peculiar. Isto nos ensina a termos cuidado com os sentimentos negativos que surgem em nossos corações, para não os alimentarmos. O mesmo Davi que se porta pacientemente com Saul, que sabe esperar no Senhor, que se recusa a ferir o ungido do Senhor, agora explode em raiva, perde o controle. Devemos ter cuidado (Pv 29.11).

3. Lidando com a misericórdia (I Sm 25.18-35): Davi foi abordado por Abigail, que com sabedoria o convenceu a não levar adiante seu plano de vingança. Davi por sua vez, foi humilde ao aceitar conselhos de uma mulher que jamais havia visto, uma desconhecida até então. Mas, o coração de um homem segundo o coração de Deus é inclinado ao perdão, à tolerância, e não sente dificuldade em voltar atrás em decisões que não agradam a Deus.

4. Lidando com a longanimidade (I Sm 26.1-25): Era a segunda vez que Davi tinha a oportunidade de matar Saul, mas, outra vez, poupou a sua vida. Davi nos ensina que não é difícil ser vingativo, maldoso e carnal. O grande desafio é ser longânimo, é perdoar, é produzir o Fruto do Espírito, pois as obras da carne surgem sem que precisemos plantá-las (Mc 7.21).


Sem dúvidas, Davi foi um dos maiores homens da Bíblia. São muitas as virtudes e qualidades que a Bíblia descreve acerca deste homem: humildade, sinceridade, e, acima de tudo, um coração voltado para Deus. Até mesmo quando este homem fracassou, ensinou-nos lições importantes: arrependimento sincero, confissão, e uma fé inabalável no perdão de Deus.

Fonte; http://personagembiblico.blogspot.com.br/2011/06/davi-o-homem-segundo-o-coracao-de-Deus.html




II-  O pecado de Davi
É muito comum vermos as pessoas fazerem suas escolhas sem pensar nas conseqüências que elas trarão. Para muitos, e talvez para nós mesmos, o que vale na hora da escolha é o prazer imediato e a vantagem que se obterá. A preocupação com as conseqüências e implicações é mínima ou, até mesmo, inexistente. Esse imediatismo, infelizmente, tem afetado muitas pessoas e não são poucos os crentes que seguem por esse caminho. O resultado são inúmeros conflitos e dramas familiares.

A história de Davi e de seu adultério com Bate-Seba, serve para demonstrar que na vida não podemos fazer nossas escolhas de modo inconseqüente. Todas as escolhas que fizermos trarão conseqüências, que podem ser boas ou ruins. Elas nos aproximarão ou nos afastarão de Deus.

Hoje veremos como escolhas erradas resultam em conseqüências trágicas e como devemos reagir quando isso acontecer conosco, dado o nosso pecado.

I. A FALTA DE VIGILÂNCIA ESPIRITUAL

As escolhas erradas de Davi e Bate-Seba foram derivadas de atitudes espirituais apáticas, as quais denunciam a falta de vigilância. Embora o texto bíblico enfatize o pecado de Davi, não podemos deixar passar de modo despercebido a conivência de Bate-Seba com os fatos. Diante de tudo, não há o registro de qualquer protesto contra aquela situação, nem mesmo um mínimo indício de reprovação ou desconforto. Por isso, consideramos que a sua participação também foi decisiva para a prática do pecado.

Para entender o que ocorreu com Davi e como um “homem segundo o coração” de Deus (1Sm 13.14; At 13.22) pôde trazer ruína para a sua vida e família, precisamos entender o que estava acontecendo com ele, e em que circunstâncias sua escolha ocorreu.

Em 2 Samuel 11.1, temos o contexto em que Davi comete adultério com Bate-Seba: “…no tempo em que os reis costumam sair para a guerra […] Davi ficou em Jerusalém”. Tais palavras parecem uma crítica a atitude de Davi e apontam para as circunstâncias em que pecou. Ao que parece, Davi negligenciou as suas obrigações como rei de Israel. Ele deveria ter acompanhado seu exército, mas preferiu ficar em sua casa na ociosidade, a descansar e passear, enquanto seus homens estavam em batalha

A escolha de Davi foi determinada por sua atitude de negligenciar seus deveres como servo de Deus, visto que a posição que ocupava fora estabelecida pelo próprio Deus. O Senhor o havia ungido como rei para governar e estar à frente de Israel.

Conforme 2Samuel 11.2, em sua ociosidade e negligência, Davi ao olhar pelo terraço de sua casa avistou uma mulher, que era mui formosa, tomando banho. A narrativa dos fatos dá entender que Davi agiu de forma descuidada. Estava onde não deveria estar e olhou o que não podia olhar e cobiçou o que não era seu. Talvez, as grandes conquistas de Davi (narradas no livro de 2Samuel, principalmente nos capítulos 8 a 12), a posição de segurança e o conforto que havia alcançado, tivessem “subido à sua cabeça”, e nesse momento o orgulho tomado conta de seu coração, a ponto de “baixar a guarda” espiritual de seu coração, ou seja, ele havia deixado de vigiar e esquecido que a carne é fraca (Mt 26.41; 1Co 10.12).

A história do adultério de Davi nos ensina como é necessário cuidarmos de nossa vida espiritual, mantendo constante vigilância, para não fazermos escolhas erradas. Davi subestimou a sua natureza pecaminosa, esquecendo-se de que ainda era um pecador e precisava vigiar sempre. Se tivesse agido diferente, não teria tomado a decisão de olhar pelo terraço e mandar buscar para si a mulher que não era sua esposa.

Ainda hoje, muitos caem em tentações, como Davi caiu, por subestimarem os perigos espirituais. Quantos são aqueles que fazem escolhas erradas, escolhendo o adultério, a fornicação, simplesmente porque olharam “pelo terraço”, acessaram aquela página na internet com imagens impróprias, que não deveriam acessar, cederam à tentação de dar uma olhadinha apenas, e isto desencadeou outras atitudes e escolhas que resultaram em ruína.

O que Jesus ensina em Mateus 5.27-32 deve ser levado em conta, para não fazermos escolhas semelhantes as escolhas de Davi. Vigiemos para não cairmos em tentação, fazendo escolhas que nos conduzam à ruína.


II. ESCOLHAS ERRADAS E SUAS CONSEQUÊNCIAS

A decisão de Davi, após olhar para Bate-Seba, de mandar buscá-la e deitar-se com ela, cometendo adultério, desencadeou em outras escolhas erradas, na tentativa de esconder seu pecado. Tudo isso, inevitavelmente, resultou em terríveis conseqüências não só para eles, mas também, para suas respectivas famílias.

Após ter-se deitado com Davi, Bate-Seba achou-se grávida (2Sm 11.4-5). E quando informado disso, na tentativa de esconder o que havia feito, Davi mandou buscar Urias, esposo de Bate-Seba, sugerindo-lhe que retornasse para sua casa. O intenção de Davi, friamente calculada, era que Urias se deitasse com sua esposa (11.6-8), pois, uma vez que tivesse contato íntimo com Bate-Seba, provavelmente consideraria que o filho que ela estava gerando fosse seu – assim, tudo estaria resolvido e Davi e Bate-Seba teriam encoberto sua transgressão.

Urias, no entanto, não aceitou ir para casa, deitando-se à porta da casa real. Ele se sentia mal diante daquele “privilégio”, pois sabia que seus companheiros estavam no desconforto da batalha. Ele julgava-se no dever de voltar para ajudá-los. Isto levou o rei Davi a tomar outra escolha errada. Por meio do próprio Urias, ele encaminhou uma carta a seu oficial Joabe, para que o colocasse no local da batalha onde a peleja estivesse mais difícil, para que então fosse ferido e morresse. E foi o que aconteceu. Urias foi morto e Davi tomou Bate-Seba para ser sua mulher. Para Davi parecia que tudo estava resolvido.

Na vida as escolhas erradas que fazemos, sempre terão suas conseqüências. O que sucedeu com Davi e Bate-Seba é demonstração disto. Aprendemos na Bíblia que aquilo que semearmos isso ceifaremos (Gl 6.7). “Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá vida eterna” (Gl 6.8). Davi e Bate-Seba semearam corrupção e tiveram que colher as conseqüências de seus atos. Isto porque de Deus não se zomba (Gl 6.7). Os homens podiam ignorar o que Davi e Bate-Seba fizeram, mas Deus que sonda os corações e conhece todas as coisas, sabia o que eles haviam feito (Sl 139). Nada ficou encoberto aos olhos do Senhor, que no tempo próprio enviou até Davi o profeta Natã, para repreendê-lo (2Sm 12.1-15).

Nas palavras do Senhor por intermédio do profeta Natã, as ações pecaminosas de Davi e as suas escolhas erradas, teriam conseqüências que afetariam tanto ele como a Bate-Seba e a sua família, por um longo período da vida deles. Situações surgiriam como resultado do pecado deles, mas também como manifestação do juízo de Deus por causa de suas transgressões. Davi demonstrou-se arrependimento pelo que fez, foi perdoado (2Sm 12.13), mas ainda assim teve de enfrentar as conseqüências das suas escolhas.

Primeiro, foi a morte do filho que Bate-Seba estava gerando: “o SENHOR feriu a criança que a mulher de Urias dera à luz a Davi; e a criança adoeceu gravemente” e “ao sétimo dia morreu a criança” (2Sm 12.15,18).

Depois, surgiram outras conseqüências. O Senhor por intermédio do profeta Natã, profetizou que a espada jamais se afastaria da casa de Davi. Assim como Urias foi morto de forma violenta, assim também a violência não se apartaria da casa de Davi. Então, tempos depois, seu filho Absalão, assassinaria seu próprio irmão Amnom, como vingança, por ter este estuprado a irmã deles, Tamar (2Sm 13.1-36). Isso fez com que Joabe matasse Absalão (2Sm 18.14-15).

Mas estas não foram as únicas e trágicas conseqüências. Conforme as palavras do Senhor, da própria casa de Davi, seria levantado alguém que tomaria suas mulheres e se deitaria com elas à vista de todos (2Sm 12.11-12). Aquilo que o rei havia feito as escondidas, agora seria realizado as claras. Isso começou a se cumprir quando Absalão pôs fim a sua fuga, depois de matar seu irmão Amnom, retornando para sua casa. Ele se revoltou contra seu pai Davi, que teve de fugir por causa de sua conspiração, incitando o povo contra o rei. Então, Absalão deitou-se com as concubinas de Davi (2Sm 16.20-23). Davi enfrentou em tal situação grande angústia (Sl 3) visto que, era perseguido por seu próprio filho, que cessou de persegui-lo, somente depois que foi morto por Joabe, oficial do exército de Davi. Somente com a morte de seu filho, Davi teve seu reino restituído e pôde voltar para sua casa (2Sm 19.11-15).

A história de Davi e Bate-Seba, de suas escolhas erradas e conseqüências trágicas, permanece por todos os tempos, como um alerta para todo crente na hora de fazer suas escolhas. Para todas escolhas erradas existe um preço a ser pago. Dependendo das escolhas erradas que fizermos, o preço poderá ser alto demais, como foi o preço pago por Davi e Bate-Seba. Portanto, sabendo que não podemos ser inconseqüentes em nossas escolhas, procuremos fazer escolhas acertadas, sempre fundamentadas na Palavra de Deus.

fontehttp://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/vida-crista/davi-e-bate-seba-escolhas-erradas-consequencias-tragicas/




III- A chamada ao arrependimento

Não escondeu nada de Deus 
Talvez Davi conseguiu enganar os vizinhos, e até o próprio coração. Mas, ninguém é capaz de esconder de Deus. “E não há criatura que não seja manifesta na sua presença; pelo contrário, todas as coisas estão descobertas e patentes aos olhos daquele a quem temos de prestar contas” (Hebreus 4:13). Deus mandou Natã, um profeta, para confrontar Davi com seu pecado (2 Samuel 12:1-14). Ele contou a história de um homem pobre que perdeu sua única ovelha por causa da maldade do vizinho rico. Davi ficou bravo, e demandou o castigo duro do ladrão. Falou que este homem teria que pagar quatro vezes o valor da ovelha, e que seria morto pelo crime. Natã disse a Davi: “Tu és o homem.” Ele o acusou de pecados contra Deus, contra Urias, e contra Bate-Seba. Davi confessou o pecado, e Deus lhe poupou a vida. 

O arrependimento sincero 
Há algumas diferenças notáveis quando comparamos a confissão de Davi com outras famosas confissões na Bíblia. Adão e Eva procuraram culpar outras pessoas para justificar sua desobediência (Gênesis 3:12-13). Caim mentiu para Deus, tentando negar sua culpa (Gênesis 4:9). Arão apontou o dedo para o povo, e fingiu que o bezerro de ouro tinha aparecido praticamente sozinho (Êxodo 32:21-24). Saul disse que tinha obedecido a palavra de Deus. Depois, quando reconheceu sua culpa, ele se preocupou em manter sua posição de honra perante o povo, em vez de mostrar um espírito quebrantado (1 Samuel 15:13,24,30). Judas sentiu remorso e confessou sua traição, mas fugiu da presença de Jesus e se suicidou (Mateus 27:3-5). Mas o arrependimento e a confissão de Davi foram diferentes. Davi não ofereceu desculpas. Ele não perguntou sobre as conseqüências. Ele se entregou nas mãos do Deus justo, e simplesmente confessou a culpa do pecado cometido: “Pequei contra o Senhor” (2 Samuel 12:13). O Salmo 51 mostra a profundidade do remorso de Davi. Ele assumiu plena responsabilidade pelo pecado, e pediu a ajuda de Deus para renovar seu coração. É este arrependimento que Deus quer. O pecador que volta para Deus precisa reconhecer seu pecado, e não retornar fingidamente (Jeremias 3:10,13). 

Conseqüências do pecado perdoado 
Deus não tirou a vida de Davi. Ele foi perdoado, mas ainda tinha que sofrer muitas conseqüências graves. Ele foi humilhado quando um dos próprios filhos tomou algumas de suas mulheres. E, como Davi falou que o ladrão do cordeirinho deve pagar quatro vezes, ele mesmo pagou quatro vezes. Tirou a vida de Urias, e pagou com a vida de quatro de seus filhos. O filho de Bate-Seba nasceu, e morreu logo depois (2 Samuel 12:15-25). Depois, Amnom foi morto pela espada de Absalão (2 Samuel 13:23-36). Joabe matou o rebelde Absalão (2 Samuel 18:9-18). Depois da morte de Davi, Salomão mandou que Adonias fosse morto (1 Reis 2:13-25). 
As conseqüências do pecado de Davi mostram um fato importante. Deus pode perdoar o pecador, sem tirar todas as conseqüências do pecado. Há muitas pessoas arrependidas de seus pecados que ainda vão ficar muitos anos encarceradas. Há famílias destruídas por causa de pecados já confessados e perdoados por Deus. Deus pode perdoar um assassino, mas este perdão não ressuscita a vítima. Ele pode perdoar a mãe que abusou álcool ou outras drogas durante sua gravidez, mas a criança que nasceu com defeitos físicos ou mentais por causa desses vícios continua sofrendo. Deus é capaz de perdoar as mulheres e médicos que fazem abortos, mas as crianças já mortas nunca nascerão vivas. Muitos outros exemplos provam que o pecador perdoado, ou suas vítimas, podem continuar sofrendo depois do perdão. Através da fé, arrependimento e batismo, Deus lava os pecados e nos purifica. Assim, escapamos das conseqüências eternas do pecado. Mas, às vezes, continuamos sofrendo as conseqüências temporárias dos erros do passado. 
fonte: http://www.estudosdabiblia.net/d69.htm



Conclusão

A história de Davi e Bate-Seba, demonstra que na vida cada escolha feita de forma errada resultará em conseqüências desastrosas. Vimos que a escolha de Davi foi determinada por seu descuido espiritual. No entanto, apesar do grande pecado cometido por ele e Bate-Seba, dos desdobramentos de suas escolhas e das trágicas conseqüências, Deus demonstrou sua graça e amor, restaurando-os, perdoando-os e ainda mais, concedendo a eles a oportunidade de terem outro filho, de quem descenderia o Messias, o Salvador Jesus.
fonte; http://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/vida-crista/davi-e-bate-seba-escolhas-erradas-consequencias-tragicas/



 Colaboração para Portal Escola Dominical – Prof. Jair César S. Oliveira
 http://www.portalebd.org.br/classes/pre-adolescentes/item/3905-pre-adolescentes.html