SOBRE A REALIDADE ATUAL DA DOUTRINA DA SALVAÇÃO NO CONTEXTO DENOMINACIONAL ASSEMBLEIANO E EM OUTROS CONTEXTOS EVANGÉLICOS

Tenho afirmado que em se tratando da doutrina da salvação há uma diversidade de posicionamentos no contexto pentecostal assembleiano (e em outros contextos evangélicos), onde encontramos calvinistas (dos diversos tipos de calvinismo), arminianos (dos diversos tipos de arminianismo) e atépelagianos e semipelagianos.

Percebe-se, inclusive,  uma mescla de todas essas perspectivas teológicas fundidas em publicações, pregações e ensinos dentro das denominações evangélicas, ou seja, há aqueles que criam uma soteriologia híbrida.

Quando você pergunta a alguém nos dias atuais se é calvinista ou arminiano, é  preciso saber de qual calvinismo e arminianismo está se falando. Se existe um calvinismo ou arminianismo clássico ainda em voga? Creio que sim, mas que convive com outras formas de calvinismo e arminianismo contemporâneos.

A teologia da salvação no contexto atual assembleiano é arminianista clássica? Minha resposta, com base em publicações nos órgãos oficiais da denominação, ensinos, pregações e na falta de posicionamento oficial claro sobre a questão é "não". Vivenciamos um arminianismo não-clássico. Basta confrontar os cinco artigos da Remonstrância com a nossa perspectiva denominacional da doutrina da salvação que tudo fica evidente. Somos "basicamente" arminianos, mas não somos "plenamente" arminianos clássicos.

Para nos aproximarmos (nós evangélicos) mais da verdade bíblica em torno de qualquer questão teológica, é necessário superarmos nossas emoções, nossos medos, nosso orgulho denominacional e a presunção da tradição acrítica reprodutivista de nossa exegese, nos abrindo para a possibilidade de rever, melhorar ou de consolidar os nossos posicionamentos doutrinários.
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