Julio Severo
Os Estados Unidos e a Turquia assinaram, de acordo com a Reuters, um acordo na quinta-feira para treinar e equipar islamistas para derrubar o presidente sírio Bashar al-Assad.
A Reuters disse que o acordo é “para treinar e equipar moderados sírios para lutar contra o Estado Islâmico.” No entanto, a mesma reportagem da Reuters disse: “A Turquia espera que o treinamento também reforçará a enfraquecida e dividida oposição síria em sua guerra contra o presidente sírio Bashar al-Assad.”
É muito duvidoso que esses islamistas “moderados” lutarão contra o Estado Islâmico (ISIS). Aliás, de acordo com o WorldNetDaily, os rebeldes sírios “moderados” treinados em 2012 por instrutores militares americanos mais tarde se juntaram ao Estado Islâmico.
O WorldNetDaily foi o primeiro a noticiar que os EUA, a Turquia e a Jordânia estavam mantendo uma base para rebeldes sírios na Jordânia em 2012 e 2013. De novo, a mesma Jordânia treinará islamistas semelhantes.
Por que usar uma alegada guerra contra o ISIS para expandir o treinamento para islamistas que acabam se unindo ao ISIS? A Reuters disse que a Arábia Saudita também ofereceu um local para tal treinamento. A Arábia Saudita é notória por suas leis que proíbem totalmente o Cristianismo. Em contraste, a Síria, cujo presidente os EUA, a Turquia e a Arábia Saudita querem derrubar, é conhecida por sua tolerância a uma comunidade cristã que tem existido na Síria por dois mil anos.
Os rebeldes sírios apoiados pelos EUA são conhecidos por atrocidades contra os cristãos na Síria.
Parece que uma presença republicana maior no Congresso dos EUA aumentou a pressão para apoiar esses islamistas “moderados” que estão lutando contra Assad.
Muito embora Obama, os republicanos e a grande mídia dos EUA insistam em chamar esses rebeldes islâmicos de “moderados,” o presidente turco Recep Tayyip Erdogan disse sem rodeios: “O termo ‘islamismo moderado’ é feio e ofensivo. Não existe ‘islamismo moderado.’ Islamismo é islamismo.“
A verdade é que se os rebeldes sírios fossem “moderados,” a Arábia Saudita nunca os apoiaria. William Murray, presidente da Coalizão de Liberdade Religiosa, disse “que o único jeito de deter a onda de terrorismo islâmico no Oriente Médio e no mundo é levantar um bloqueio contra o país que financia esse terrorismo, a Arábia Saudita.”
A Turquia nunca treinaria rebeldes sírios para combater o ISIS. De acordo com o WorldNetDaily, a Turquia apoia ISIS para eliminar Assad. E Pat Buchanan, que foi assessor do presidente americano Ronald Reagan, disse no WorldNetDaily: “Derrubem Assad e vamos dar boas vindas à Irmandade Islâmica.”
Por causa da violência extrema, estupros e matanças contra os cristãos sírios cometidos pelos rebeldes sírios, a CBNNews disse numa manchete: Cristãos sírios: “Por que os EUA estão em guerra contra nós?”
Dá também para perguntarmos em favor desses cristãos:
Por que Obama está em guerra contra os cristãos sírios?
Por que os republicanos estão em guerra contra os cristãos sírios?
Se os EUA tivessem seriedade sobre fazer guerra de verdade contra o ISIS, não estariam ajudando a Turquia e a Arábia Saudita a derrubar Assad, o único ditador islâmico do Oriente Médio que está lutando contra o ISIS e protegendo as minorias cristãs.
Se os EUA tivessem seriedade sobre fazer guerra de verdade contra o ISIS, estariam ajudando a derrubar as ditaduras islâmicas na Turquia e Arábia Saudita.
O acordo entre EUA e Turquia de expandir o treinamento de islamistas na Síria só expandirá a perseguição aos cristãos.
O que você pode fazer? Se você é um cristão americano, você tem a responsabilidade de se manifestar, pois seu dinheiro de imposto está sendo usado para financiar treinadores militares americanos e seus alunos islamistas contra a Síria. Por causa dessas políticas malignas, há sangue nas mãos dos americanos que pagam impostos. O governo de Obama, com a assistência dos republicanos, torna seu dinheiro de impostos cúmplice do assassinato de cristãos.
Faça contato agora mesmo com seu deputado e senador e diga: “Não quero meu dinheiro derramando sangue cristão na Síria! Por favor, pare isso!”
Pelo fato de que essa é uma crise internacional envolvendo cristãos sírios e suas famílias, os cristãos internacionais podem também ajudar fazendo contato com os membros do Congresso dos EUA para condenar a Turquia por seu apoio ao ISIS e aos rebeldes sírios e condenar a Arábia Saudita por suas leis descaradas que proíbem totalmente o Cristianismo.
Você pode fazer contato com a Câmara dos Deputados dos EUA aqui: http://www.house.gov/
Você pode fazer contato com o Senado dos EUA aqui: http://www.senate.gov/
O Congresso dos EUA também deveria ser encorajado a elogiar o governo sírio por ser o governo muçulmano que mais protege as minorias cristãs no Oriente Médio
Se os EUA querem derrotar o ISIS, deveriam assinar um acordo com a Síria. Se os EUA não querem nada com a Síria, deveriam fazer como o presidente James Madison disse: “Valorizar a paz e relações amistosas com todas as nações que têm disposições correspondentes; manter neutralidade sincera para com nações que estão em guerra; manter-se afastado de intrigas de outros países e não tomar partido de outros países.”
Se é difícil para uma América cristã apoiar a Síria por amor aos cristãos perseguidos, deveria ser impossível que ela apoiasse a Turquia e a Arábia Saudita.
A Turquia foi responsável pelo pior genocídio contra os cristãos no século XX.
A Arábia Saudita proíbe totalmente o Cristianismo.
Os EUA deveriam ter uma atitude de proibição total de acordos com ambas nações islâmicas radicais.
Versão em inglês deste artigo: Turkey, U.S. sign deal to train, equip Islamists against Syria
Fonte: www.juliosevero.com