PORTAL ESCOLA DOMINICAL
ADOLESCENTES – CPAD
2º Trimestre 2015
Tema: Adolescentes da Bíblia
Comentarista: Lilian Biork
LIÇÃO 2 – FUI INJUSTIÇADO
Objetivo
Professor (a) ministre sua aula de forma que possa conduzir seus alunos a confiar na fidelidade e cuidar Deus.
Para refletir
“Ora, Israel gostava mais de José do que de qualquer outro filho, porque lhe havia nascido em sua velhice; por isso mandou fazer para ele uma túnica longa". (Gn. 37.3 - NVI).
Ainda que o texto traga a afirmação de Jacó gostava mais de José do que dos demais filhos, devemos olhar pelo prisma natural. José era filho da esposa amada de Jacó – Raquel. Com quem ele dividiria a dor da perda, as lembranças da companheira. Com os demais filhos de outras esposas? Certamente que não. Isso aproximou mais pai e filho. Além disso, Jacó, agora Israel era convertido, e toda sua experiência com Deus nessa transformação foi repassada a José, e isso moldou o Carter de José. Isso percebemos ao ler os relatos das ações dos filhos de Jacó (não convertido) com o relato do comportamento, caráter e responsabilidade administrativa de José, que aprendeu de um pai convertido.
Texto Bíblico: Gn. 37.12-36.
José, um filho amado
José, cujo nome provavelmente significa "que Deus acrescente" – Yoseph, pois sua mãe expressa este desejo ao dar o nome e seu filho, embora também use a expressão: “Deus me tirou do meu vexame” - asaph). José foi o décimo primeiro filho do patriarca Jacó. Seu nome reflete o papel de sua vida na nação de Israel: ele foi o agente de Deus na preservação e na prosperidade de seu povo no Egito, durante o período de fome na terra de Canaã.
Como a Bíblia registra, José era o filho de Jacó com Raquel. Quando Jacó lhe deu uma capa de muitas cores, seus irmãos muito se indignaram. Uma capa de várias cores naquela época, significava que José administrava os bens da família. Isto gerou ciúmes entre os irmãos mais velhos, que ao invés de rever suas ações impensadas e más, preferiam odiar ao irmão.
Jacó e seus filhos eram pastores, cuidavam de seus rebanhos, criavam suas famílias, e geralmente procuravam servir a Deus. A vida de José foi incomum, pois ele foi vendido pelos seus irmãos para a escravidão no Egito quando tinha dezessete anos, e naquele país ele passou os treze anos seguintes como escravo e na prisão. Tinha apenas trinta anos de idade quando tornou-se governador da maior civilização daquela época. Ali, em terra estranha, permaneceu fiel a Deus, casou-se com uma mulher daquela terra, e viveu e reinou no Egito durante oitenta anos.
Ele ainda era um adolescente quando foi introduzido ao Egito, uma nação que era culturalmente muito mais desenvolvido que Canaã. Sabe-se que toda a arte e ciência da Grécia foram copiadas do Egito. Todavia, a liberdade e os direitos humanos estavam no mais baixo nível. A vida humana tinha pouco valor. A escravidão florescia com todo o vigor. Já pensou o que ele sentiu longe do pai e injustiçado pelos irmãos?
A fé e perseverança de José
José como jovem enfrentou problemas semelhantes aos nossos, Ele não foi compreendido pela sua família, era invejado e odiado por seus irmãos e enfrentou tentações com o sexo oposto. A sua juventude foi de conflitos dentro de casa, em tais circunstâncias Deus agiu dando a ele sonhos e preparando-o para coisas maiores. Não foi nada fácil ser repentinamente tirado da posição de filho amado de Jacó, onde tinha tudo, para ser escravo na casa de Potifar no Egito. Ele foi colocado em posição de teste e de fidelidade a Deus. Alem de tudo isso, ele foi sujeito à tentação da esposa do seu senhor. Ela deu em cima dele e ele disse não, pois não pecaria contra Deus e nem contra o seu patrão, por isso teve de fugir e, ela o acusou e ele foi preso. (Gn. 39.7,8)
Hoje em dia, parece que essa tentação é muito pouco diferente. Quando ele foi elevado repentinamente da prisão para o trono, enfrentou a tentação do orgulho e da arrogância, que uma prosperidade assim, súbita, propicia. Mais tarde, ele teve todas as oportunidades de vingar-se dos seus irmãos por causa da traição que eles lhe haviam feito, quando menino, mas não o fez, ele os perdoou (Gn. 45.1,15).
Todas estas tentações e problemas têm derrotado muitos homens, e ainda estão fazendo com que muitos não cumpram a vontade de Deus para as suas vidas, hoje em dia. José poderia ter se vingado de seus irmãos, mas preferiu perdoar e se libertar de toda amargura para ter paz, prosperar, ser livre e feliz.
O segredo da vitória de José
Como foi que José resolveu os seus problemas? José tinha fé e dependência de Deus que o manteve fiel em meio a todas estas circunstâncias e problemas. Quando você lê acerca do perdão que ele concedeu aos seus irmãos, da sua fidelidade em face à adversidade, lembre-se de que foi a sua fé robusta em Deus que fez dele um homem fiel (Gn. 39.4-8).
A vida e as oportunidades de José foram não maiores ou menores do que as nossas. A vida era mais simples naquela época do que agora, era mais primitiva e incerta em outros sentidos. São as épocas e circunstâncias que colocam diante de nós grandes oportunidades, pois é Deus que nos dá a oportunidade de realizar grandes feitos em nossas vidas, é só não perder as oportunidades e ser fiel a Ele em tudo.
José experimentou do socorro e provisão de Deus como resultado do seu compromisso com Ele. Deus o ajudou e lhe deu o lugar, mas não foi imediato, não foi fácil, José precisou perseverar, precisou crer e trabalhar com excelência, tomando as atitudes necessárias para o momento, sem murmurar ou reclamar, ele sabia que era importante e que Deus tinha um propósito na sua vida e assim Deus lhe dava sabedoria e direção.
Assim será para nós também, pois Deus não muda e está pronto para agir em nosso favor, Ele sempre agirá na nossa vida segundo as atitudes que tivermos diante das tentações, aflições e circunstâncias contrárias. Hoje em dia, temos uma oportunidade ainda maior que José para andar com Deus, pois temos Jesus Cristo como salvador e isso nos qualifica como filho de Deus, temos o Espírito Santo habitando em nós manifestando uma unção e revelação sem igual.
Aplicação da Lição
Enfatize aos seus alunos que Deus usou estes tempos difíceis na mocidade de José, a fim de prepará-lo para ser um grande líder que viveria e seria canal de grandes bênçãos do futuro. As adversidades que ele enfrentou teria sido muito prejudicial se não tivesse Deus na sua vida, foi a obediência aos princípios de Deus que fez dele um grande vencedor, um líder forte e maduro, livre de pendências do passado e pronto para governar com justiça. Se não fosse assim, muitas nações, inclusive o Egito e Canaã teriam sofrido e até desaparecido nos sete anos de fome que foi avassalador. Em tudo isso Deus tinha um propósito, pois Ele sempre está no controle.
Devemos sempre pagar o mal com o bem. Ler as circunstâncias contrárias e tomar atitude de mudança e avançar. Enfrentar as tentações fugindo e dizendo não, vencer as dificuldades orando e crendo que Deus é poderoso e fiel, para cumprir suas promessas nas nossas vidas.
Fontes Consultadas:
BÍBLIA. Português. Bíblia Shedd. Tradução João Ferreira de Almeida, Revista e Atualizada. 2ª Edição, São Paulo, Editora Vida Nova, 1997.
BÍBLIA. Português. Bíblia de Estudo Pentecostal. Tradução João Ferreira de Almeida, Revista e Corrigida. Rio de Janeiro, Editora CPAD, 2002. Editor geral Donald Stamps, Editor brasileiro Pr. Antonio Gilberto.
TORA. São Paulo, Editora Sanfer, 2001.
http://www.portalebd.org.br/classes/adolescentes/item/4050-adolescentes.html
Colaboração para o Portal Escola Dominical - Prof. Jaciara da Silva