Da Tribuna do Norte – Crescem casos de doenças neuropsiquiátricas como depressão, ansiedade, esquizofrenia, síndrome do pânico e bipolaridade. De acordo com a professora e pesquisadora Alessandra Mussi, da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), essas doenças podem ser consideradas “o mal do século” pois são altamente debilitantes, o que provoca uma perda socioeconômica considerável, já que afasta o indivíduo do trabalho e ainda leva a gastos extras. “Hoje os governos gastam bilhões em saúde pública e as doenças neuropsiquiatricas têm uma parcela deste gasto”, comenta Alessandra.
Apesar de seu crescimento, flagrante, ainda é complicado correlacionar um grupo específico com um determinado transtorno neuropsiquiátrico. Isso porque elas surgem independente do status social ou qualquer outro tipo de segmentação, seja cultural, de raça, de educação. Alessandra Mussi esclarece que o que se tem são dados referentes a faixa etária e a gênero. Por exemplo, a ansiedade tem maior incidência em mulheres, e o Parkinson mais em homens. “Esquizofrenia surge em adolescentes ou no início da vida adulta. Os estudos mais atuais trazem que algumas dessas doenças podem estar relacionadas aos hormônios, o que explicaria sua maior incidência em jovens ou em idosos e também sua relação com o sexo”, explica a pesquisadora da UNIFESP.
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