Um relatório governamental mostra que dois grupos internacionais que defendem o aborto receberam 128 milhões de dólares da USAID, uma agência federal que distribui assistência estrangeira.
Um deles — a Federação Internacional de Planejamento Familiar (conhecida pela sigla em inglês IPPF) — trabalha na ONU. Sua meta é requerer que os países vejam o aborto como um direito e o incluam em campanhas mundiais de pobreza e saúde. O outro, o Conselho de População, trabalha para tornar os abortos amplamente acessíveis nos países em desenvolvimento onde é especialmente perigoso.
Ambos grupos têm origens no movimento de eugenia.
A lei dos EUA proíbe assistência externa que pague abortos. Mas sob uma ordem executiva do presidente Obama, dólares de impostos podem ir para grupos internacionais que fornecem e promovem aborto. Embora o dinheiro não possa ser gasto para fazer abortos, pagar por itens como despesas gerais, ativismo e materiais livra outros recursos monetários para serem gastos em abortos.
A IPPF é uma organização que abrange 152 filiais no mundo inteiro. No ano passado, a IPPF publicou um manual sobre pressionar os países para integrarem “saúde e direitos sexuais e reprodutivos” — eufemismos para aborto e questões sexuais — nas novas metas de desenvolvimento da ONU. Essas metas guiarão as prioridades internacionais e nacionais — e bilhões de dólares — para os próximos 15 anos.
O manual diz aos ativistas que façam pressões nos governos que não apoiam “certas questões de saúde e direitos sexuais e reprodutivos” para que “fiquem em silêncio em vez de falarem contra elas.” O manual endossa a noção de que direitos sexuais “abrangem o direito a uma vida sexual segura e plena” — embora admita que não existe nenhuma definição internacionalmente aceita para o termo.
O Conselho de População, que tem um histórico no movimento de controle populacional, conduz pesquisas para tornar o aborto generalizado e disponível sem acesso a profissionais médicos, principalmente mirando mulheres pobres nos países em desenvolvimento.
Quando nenhuma empresa farmacêutica nos EUA queria se envolver com a RU-486, a pílula francesa de aborto, o Conselho de População assumiu a propriedade da droga e solicitou sua aprovação na FDA. O aborto numa pílula é visto como um jeito de evitar médicos e contornar leis que regulam o procedimento. Subsequentemente, mais de doze mulheres — que foram registradas — morreram depois de tomar a droga.
“Como a maioria do povo americano, defendo a vida — em gestação ou já nascida — e é uma afronta para nós quando vemos nosso suado dinheiro de imposto indo para grupos que exterminam vidas inocentes,” disse a Dep. Vicky Hartzler.
Mais de 70 congressistas solicitaram a investigação da Secretaria de Responsabilidade Geral para decidir quanto dinheiro federal é dado para seis grupos que defendem o aborto: a Federação de Planejamento Familiar dos EUA (PPFA), o Conselho de População, a Federação Internacional de Planejamento Familiar (IPPF), o Instituto Guttmacher, Advocates for Youth (Defensores dos Jovens) e o Conselho de Educação e Informações Sexuais dos Estados Unidos.
Alguns dos grupos têm tentado minimizar seu fornecimento e ativismo de aborto caracterizando-o como apenas uma parte do que eles fazem.
Dois dos beneficiários de verbas federais — a Federação de Planejamento Familiar dos EUA (filiada à IPPF) e o Instituto Guttmacher — doam para o IPAS, uma organização que só faz uma coisa: fornecer aborto e promover acesso a ele em países em desenvolvimento. O IPAS foi fundado para distribuir equipamentos de aborto depois que o Congresso aprovou uma lei que proíbe financiamento federal para abortos em outros países.
“Para resumir, sob nenhuma circunstância o governo federal deve usar dólares de impostos para cumplicidade do aborto,” disse a Dep. Diane Black.
Tradução: Julio Severo
juliosevero.com
Fonte: Friday Faxhttp://www.libertar.in/2015/04/eugenia-eua-dao-milhoes-de-dolares-de.html