Lição 11 - A Última Ceia - 2º trimestre de 2015 - JESUS, o Homem Perfeito: O Evangelho de Lucas, o Médico Amado.
Comentarista da CPAD: Pastor: José Gonçalves
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva
Questionário
NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
Veja - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao9-ldc-aimportanciadasantaceia.htm
TEXTO ÁUREO
"Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque CRISTO, nossa páscoa, foi sacrificado por nós." (1 Co 5.7).
VERDADE PRÁTICA
A Páscoa comemorava a libertação do Egito. A Ceia do Senhor celebra a libertação
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Êx 12.1-28 - O real propósito da Páscoa para os judeus
Terça - Lc 22.7-13 - A última ceia de JESUS com seus discípulos aqui na terra
Quarta - Lc 22.14-20 - O verdadeiro significado da celebração da Ceia
Quinta - Lc 22.19,20 - Os elementos que compõem a Santa Ceia do Senhor
Sexta - 1 Co 11.26 - O real propósito da Ceia do Senhor para a Igreja
Sábado - 1 Co 11.27-32 - Quem pode participar da Santa Ceia do Senhor
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Lucas 22.7-20
7 - Chegou, porém, o dia da Festa dos Pães Amós, em que importava sacrificar a Páscoa. 8 - E mandou a Pedro e a João, dizendo: Ide, preparai-nos a Páscoa, para que a comamos. 9 - E eles lhe perguntaram: Onde queres que a preparemos? 10 - E ele lhes disse: Eis que, quando entrardes na cidade, encontrareis um homem levando um cântaro de água; segui-o até à casa em que ele entrar. 11 - E direis ao pai de família da casa: O mestre te diz: Onde está o aposento em que hei de comer a Páscoa com os meus discípulos? 12 - Então, ele vos mostrará um grande cenáculo mobiliado; aí fazei os preparativos. 13 - E, indo eles, acharam como lhes havia sido dito; e prepararam a Páscoa. 14 - E, chegada a hora, pôs-se à mesa, e, com ele, os doze apóstolos. 15 - E disse-lhes: Desejei muito comer convosco esta Páscoa, antes que padeça, 16 - porque vos digo que não a comerei mais até que ela se cumpra no Reino de DEUS.
17 - E, tomando o cálice e havendo dado graças, disse: Tomai-o e reparti-o entre vós, 18 - porque vos digo que já não beberei do fruto da vide, até que venha o Reino de DEUS. 19 - E, tomando o pão e havendo dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isso em memória de mim. 20 - Semelhantemente, tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue, que é derramado por vós.
OBJETIVO GERAL
Explicar a instituição da Ceia do Senhor como ordenança.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
Analisar os antecedentes históricos da última ceia de JESUS.
Expor a dinâmica da preparação, celebração e a substituição da Páscoa pela celebração da Ceia do Senhor.
Elencar os dois elementos da última ceia
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado professor, estamos diante de um texto que narra uma das mais importantes celebrações da Igreja Cristã: Lucas 22, a Ceia do Senhor. A aula desta semana deve ser iniciada explicando aos alunos os antecedentes históricos da instituição da Ceia do Senhor. Quando o Senhor JESUS CRISTO instituiu a Ceia, na ocasião, Ele estava celebrando a páscoa judaica. Como um marco representativo da liberação do povo de Israel do Egito - pois foi assim que a Páscoa ficou conhecida -, a Ceia do Senhor seria um marco representativo do ato de amor que JESUS CRISTO fez em nosso favor, entregando-se à morte, e morte de cruz, por amor. Explicar tão significativa celebração é o objetivo da aula desta semana.
Resumo da Lição 11 - A Última Ceia
I. ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA ÚLTIMA CEIA
1. A instituição da páscoa judaica.
2. O ritual da páscoa judaica.
II. A CELEBRAÇÃO DA ÚLTIMA CEIA
1. A preparação.
2. A celebração e substituição.
III. OS ELEMENTOS DA ÚLTIMA CEIA
1. O vinho.
2. O pão.
Ceia - Memorial da Aliança. O que eu como vai para meu sangue e sangue é vida. Minha vida se torna minha vida e minha vida se torna a sua vida.
Eu só tinha pecado para oferecer, JESUS tem perdão, misericórdia, graça e a vida eterna a oferecer.
INTERPRETAÇÃO DO QUADRO:
Na Páscoa, o sangue de um cordeiro ou cabrito (sem mácula), era imolado, ou sacrificado para que seu sangue fosse passados nos umbrais da porta para que o anjo não matasse nessa casa o primogênito (ou filho mais velho).
Na Ceia lembramos que o cordeiro que tira o pecado do mundo, JESUS, derramou seu sangue para nos livrar do pecado e morte eterna.
No sacrifício da Páscoa o cordeiro substituiu o primogênito, morreu em lugar do primogênito. (O sacrifício era anual)
Na Ceia, lembramos de que JESUS (nosso cordeiro pascoal) morreu em lugar de toda a humanidade pecadora. (O sacrifício é único e perfeito, efetuado uma vez por todas).
Na Páscoa, o sangue derramado tinha que ser de um cordeiro ou cabrito sem mácula, ou seja, sem mancha, sem defeito.
Na Ceia, nosso cordeiro que é JESUS nunca pecou e Nele nunca se achou engano, era perfeito e sempre será.
Na Páscoa havia comunhão entre DEUS - Moisés - e os israelitas, pois todos estavam de acordo com esses negócio e todos os israelitas obedeceram à ordem de DEUS dada através de Moisés, assim o anjo da morte passou por cima de suas casas e só matou o primogênito nas casas dos egípcios.
Na Ceia existe a comunhão entre JESUS e seu corpo, que é a igreja. Também existe união entre os próprios irmãos que estão obedecendo a ordem de seu salvador e Senhor, lembrando sua morte, sua ressurreição e esperando ansiosamente pela sua volta para nos buscar.
TRANSUBSTANCIAÇÃO E CONSUBSTANCIAÇÃO
Consubstanciação é o termo que indica a crença na presença espiritual de Jesus nas espécies do pão e do vinho. E significa que Jesus se encontra presente COM a substância do pão e do vinho sem modificá-las / transformá-las.
Ao contrário da Transubstanciação que refere a transformação da substância do pão e do vinho no Corpo e sangue de Jesus. Na consubstanciação, o Corpo e o sangue, se juntam ao pão e vinho, porém a substância do pão permanece, juntamente com sua aparência. Na transubstanciação, não estão presentes mais a substância do Pão e vinho ,estas são aniquiladas, ficando apenas as substâncias do corpo e sangue de Jesus. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Jesus - 25-05-2009)
TRANSUBSTANCIAÇÃO:
(http://www.cacp.org.br/catolicismo/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=164&menu=2&submenu=15)
A eucaristia é um dos sete sacramentos da Igreja Católica. Segundo o dogma católico, Jesus Cristo se acha presente sob as aparências do pão e do vinho, com seu corpo, sangue, alma e divindade, isto é o que geralmente se entende por “Transubstanciação”.A doutrina da Transubstanciação não tem respaldo bíblico. Nem todos os representantes da Igreja Católica concordaram com esta doutrina, entre eles podemos citar o papa Gelásio I e Gelásio II, São Clemente, Agostinho...
O QUE É DISCERNIR O CORPO DO SENHOR?
“Porque quem come e bebe, come e bebe para sua própria condenação, se não discernir o corpo do Senhor.” I Co. 11:29
Entre os cristãos daquela época existia uma festa chamada “Festa Ágape” ou festas de amor (Judas 12). Era comum entre os cristãos celebrarem a ceia com esta refeição (esta prática perdurou até na época de Justino, o mártir) que era destinada a ajudar os pobres. Corinto era uma igreja problemática em termos de doutrinas (véu, dons espirituais, batismo, brigas, divisões e santa ceia). Os Coríntios não estavam discernindo o real objetivo de suas reuniões (v.17,18,20). Para eles aquilo era apenas uma festa como as demais festas mundanas da sociedade grega (Corinto era grega) da qual tinham vindo. Então, quando se reuniam, todos se embriagavam, (v.21) como faziam antes de se converterem e não discerniam que aquilo era muito mais que uma festa, era “em memória” de Cristo (v.25). Por isso as pessoas deveriam se examinar antes de tocar no pão e no cálice (v.28), pois correriam o risco de tomar a ceia de modo indigno, fora do propósito para qual fora estabelecida, ou seja, para a comunhão e não divisão dos fieis (v.18). Isto é o que Paulo queria dizer com discernir o corpo do Senhor. Não há nada que insinue no texto a herética doutrina da “Transubstanciação”. O contexto quando analisado honestamente não comporta tal idéia. Qualquer conclusão que passar disso é falsa!
OS DISPARATES DESSA DOUTRINA
Ensina a teologia católica a transubstanciação (alteração de substância) durante a eucaristia. Após a consagração dos elementos, pão e vinho, recitada pelo padre, as palavras de Cristo, “isto é o meu corpo” e “isto é o meu sangue”, misteriosamente o pão se transforma na carne de Cristo e o vinho no seu sangue. Levando as palavras de Cristo a um literalismo irracional, dizem ser o pão o próprio corpo de Cristo presente na hóstia (depois dizem que nós é que somos fundamentalistas e interpretamos a Bíblia ao pé da letra!!!). Esta doutrina é baseada principalmente na perícope do evangelho de João 6:53. Contudo, daremos algumas razões de o porque rejeitarmos esta doutrina como errônea e perigosa.
1. Se na frase “isto é o meu corpo” o verbo “é” implica a conversão literal do pão no corpo de Cristo, segue-se igualmente que nas palavras “Eu sou o pão da vida”(6:35) o verbo “sou” deve implicar igual mudança, ensinando-nos que Cristo se converte no pão, de modo, que se o primeiro é uma “prova” da transubstanciação, o segundo demonstra necessariamente o contrário; se o primeiro demonstra que o pão pode converter-se em Cristo, o segundo demonstra que Cristo pode converter-se em pão, o que é um verdadeiro absurdo, mas é isto o que a lógica desta filosofia nos leva a concluir!
2. Se acreditarmos que neste episódio Jesus estava se referindo a eucaristia então forçosamente ninguém pode se salvar sem o sacramento e todo o que o recebe não pode se perder. Seria sempre necessário o fiel se comungar para não perder a benção da vida eterna. E aqueles que não podem tomá-la ? Estariam destinados ao inferno ? Crêem os católicos que todo aquele que comunga tem a vida eterna ? Pois Jesus disse que sem exceção, “todo aquele” que comesse a sua carne teria de fato a vida eterna. E o que dizer então daqueles que bebem indignamente (I Coríntios 11:28) ? Tal é a contradição e confusão que nos mostra tão descabida teoria se levada ao pé da letra.
3. Este ponto já foi tratado acima, mas vamos reforçá-lo aqui. Ora, se tomadas literalmente estas palavras o beber o sangue é tão importante quanto o comer a sua carne, em outras palavras é tão necessário comer o pão (hóstia) como beber o cálice. E porque então o padre nega-lhes este direito desobedecendo a Bíblia?
LEMBRANÇA OU PRESENÇA REAL ?
Na ceia, todas as suas ações e palavras tinham alguma relação com a antiga páscoa. Tendo isto em vista devemos procurar na antiga festa uma explicação para a santa ceia que Ele iria substituir, pois Ele, Jesus, é a nossa páscoa (I Cor. 5:7)!
Quando Moisés (o tipo de Cristo) instituiu a páscoa, mandou comer a carne e aspergir o sangue do cordeiro em suas casas (Ex: 12:11). Só que o cordeiro que comiam NÃO ERA a “páscoa”, pois tal palavra se deriva do verbo “pasah”, “passar por cima” incluindo a idéia de “poupar e proteger” v.13. A páscoa do Senhor era o “passar do anjo por toda a terra do Egito”. Vê-se, pois, que o ato do passar por cima das casas dos israelitas era uma coisa e o cordeiro que os israelitas comiam era outra essencialmente distinta: uma era um fato, a outra a recordação daquele fato. Embora Moisés tivesse dito a respeito do cordeiro: “É a páscoa”, isto é, a passagem do Senhor, não se segue que quisesse dizer que o cordeiro que tinham assado e de que estavam comendo se tivesse mudado ou transformado no ato de passar o Senhor por cima das casas. O sentido simplesmente era: “É uma recordação da páscoa ou da passagem do Senhor”. Temos pois aqui um exemplo clássico dessa figura de retórica pela qual se dá o nome da coisa que ela recorda, ou se põe o sinal pela coisa significada. Quando pois, as famílias se reuniam em torno da mesa para comer a páscoa o chefe da família dizia: “Esta é a páscoa do Senhor”, quando então queriam dizer “Esta é a recordação da páscoa do Senhor”. Pois bem, fincado na essência dessa celebração Jesus certamente se valeu da mesma expressão conhecidíssima dos israelitas. Depois de abolida a páscoa e substituída pela santa ceia, serviu-se da mesma expressão de que tinha feito uso na celebração antiga; era natural que do mesmo modo que tinha dito da páscoa “Esta é a páscoa do Senhor”, querendo dizer que aquilo era apenas a recordação daquele feito na época de Moisés, usasse também mui naturalmente as palavras “ISTO É O MEU CORPO” para significar que aquele rito devia ser usado como recordação do seu corpo e do seu sangue oferecidos na cruz; sendo Ele, o verdadeiro cordeiro de Deus (João 1:29) que nos libertou do cativeiro do pecado.
Os discípulos sendo judeus versados nas escrituras, estavam por certo familiarizados com tais figuras de linguagem (Salmos 27:1-2, Isaías 9:18-20, 49:26) e não foi difícil entenderem o que Jesus queria lhes dizer, pois antes disso, eles os ouviram dizer: “Eu sou a porta”, “Eu sou o caminho”, “Eu sou a luz do mundo...” e entenderam perfeitamente a linguagem. Nada é mais comum do que dar à lembrança, ou a representação de uma coisa, o mesmo nome da coisa de que é representação ou sinal. Até mesmo os membros da igreja romana ao verem a imagem da santa dizem: “esta é Nossa Senhora”, ou vendo a imagem de um santo qualquer dizem: “este é São Pedro, este Santo Expedito e aquele outro Santo Antônio etc...” mesmo sabendo que aquilo (segundo acreditam) é apenas uma representação ou lembrança do que está no céu. Servem-se constantemente desta figura de retórica que dá representação ou lembrança o nome da coisa representada ou lembrada.
Quando então distribuía os elementos da ceia, pão e vinho disse: “Isto É O MEU CORPO” e “ISTO É O MEU SANGUE”, arrematando ordena: “FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM”. Temos razão para crer que aquilo era uma comemoração ou lembrança de sua morte na cruz e devíamos prosseguir fazendo isto até que Ele venha. Para corroborar nosso ponto de vista, veja que mesmo após Jesus ter consagrado o vinho ele ainda continuou o que sempre fora, simplesmente um vinho “porque vos digo que desde agora não mais beberei do fruto da videira,( não disse meu sangue) até que venha o reino de Deus.” Lucas 22:18
Paulo simplesmente considerava como pão e vinho, os elementos da santa ceia e não o corpo do Senhor transubstanciado: “Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo pacto no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim.Porque todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes do cálice estareis anunciando a morte do Senhor, até que ele venha. De modo que qualquer que comer do pão, ou beber do cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma do pão e beba do cálice.” I Co. 11:26-28. O pão apenas representava o corpo do Senhor, o vinho o seu sangue. Todas as vezes que nós nos reunimos para celebrar a santa ceia nós fazemos isto sempre EM MEMÓRIA do Senhor, pois Ele mesmo disse “FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM”. É EM MEMÓRIA!!! Não podemos sacrificar Cristo novamente (Hebreus 7:24,27).
ABSURDO DOS ABSURDOS
Por darem ouvido ao dogma da transubstanciação os católicos além de incorrem num terrível engodo, acabam por abraçar uma teoria fictícia, absurda até!
Veja porque:
a- Se naquela ocasião em que Jesus disse: “Isto é o meu corpo”, realmente tivesse ocorrido a tão propalada “transubstanciação” então somos levados a acreditar que existiam naquele momento dois corpos do Senhor? Levando este dogma às ultimas conseqüências teremos isto: Jesus pegou aquele pedaço de pão, já transformado em seu corpo (com divindade e alma, segundo crêem os católicos) e deu-se a si mesmo para seus discípulos comerem depois de terem comido o corpo do mestre sentaram-se ao seu lado. E ainda: Jesus também devia ter-se comido e engolido a si mesmo pois também é certo que Ele participou da ceia!
b- E se tal pão consagrado for comido acidentalmente por um roedor (rato, por exemplo) da-se o caso que tal animal também engoliu o Cristo com seu corpo, alma e divindade? Ou quando não, se tal hóstia se estragar e vier apodrecer; seria o caso do corpo de Cristo que está naquele elemento apodrecer também? E como fica então Atos 2:31 que diz que a carne de Cristo não se corrompe?
c- Quando se prova o pão, ele ainda é o pão, tem cheiro como tal, o gosto ainda é de pão, o mesmo se dá com o vinho! Onde o corpo de Cristo nisto tudo?
d- Se Cristo nos ordenou que celebrássemos a cerimônia até que Ele voltasse, conforme I Co. 11:26 (até que venha), como pode estar presente na hóstia? Se vem, não está! Devemos ressaltar que tal vinda é escatológica quando virá em corpo, pois espiritualmente, Ele está conosco todos os dias Mat. 18:20 -28:20, e esta promessa não tem nada a ver com a santa ceia. Comentários de alguns livros com algumas modificações do Ev. Luiz Henrique
No cenáculo (22:7-38).
O relato mais completo do que ocorreu no cenáculo na noite antes da crucificação e dado em João. O de Lucas não e tão pormenorizado, mas e mais longo do que os em Mateus e Marcos, e ele tem algumas informações só dele.
i. Os preparativos (22:7*13). A Páscoa não era apenas mais uma refeição, mas, sim, uma festa muitíssimo importante. Devia ser comida em posição reclinada, e havia exigências tais como a inclusão de ervas amargas na refeição. Destarte, uma quantidade considerável de preparação era necessária. A refeição não era solitária, mas, sim, era comida em grupos que usualmente consistiam de dez a vinte pessoas.
7. O dia dos Pães asmos e uma expressão incomum, e talvez signifique o dia em que todo o fermento era removido dos lares como preparativo para a festa. Era o dia em que a festa combinada começava. O dia de abertura era aquele em que as vitimas da Páscoa eram sacrificadas, conforme nota Lucas. Se temos razão em ver uma diferença de calendários, este teria sido, não o dia em que as vitimas realmente eram sacrificadas mas, sim, aquele em que deveriam ter sido sacrificados de acordo com o calendário que Jesus estava seguindo. Os dois calendários concordam que as vitimas deviam ser sacrificadas no primeiro dia: a diferença dizia respeito a qual dia era aquele.
8 ,9. Jesus encarregou Pedro e João de fazer os preparativos necessários para o pequeno grupo (somente Lucas da os nomes deles aqui). Não e contrario a razão terem perguntado onde. Eram galileus, e precisa riam de orientação quanto a onde deveriam ir em Jerusalém. E nesta hora adiantada, haveria poucos lugares livres, a despeito da tradicional disposição dos jerusalemitas de tornar disponíveis acomodações sem nada cobrarem.
10,11. Parece que Jesus tinha feito um acordo secreto com o dono de uma casa. Ao assim fazer, impediu Judas Iscariotes de traí-Lo antes da hora. Ele haveria de morrer, mas isto no devido tempo dEle, e não quando Seus inimigos escolhessem. Destarte, nenhum dos discípulos sabia onde estariam para a refeição. Pedro e João deviam procurar um homem com um cântaro de água, que seria um fato distintivo, pois as mulheres usualmente carregavam cântaros de água (os homens carregavam odres de água). Ele iria em frente deles onde haveriam de dizer certas palavras ao dono da casa, evidentemente uma formula combinada.
12,13. O dono da casa lhes mostraria um espaçoso cenáculo mobiliado. Esta ultima palavra e literalmente “estendido” e provavelmente significa que havia sofás prontos com cobertas estendidas sobre eles (Moffatt traduz “com sofás cobertos”). Seguiram as instruções e prepararam a refeição.
ii. A ultima ceia (22:14-20). Ha aqui um problema textual de grande dificuldade. No texto “mais curto”, segui o por NEB, Goodspeed, onde w. 19b-20 são omitidos, o cálice e dado antes do pão. No texto “mais longo” (RSV, TEV, JB, ARC, ARA) o cálice é mencionado duas vezes. O texto mais curto e favorecido por muitos pelo motivo de que não e provável que as palavras fossem omitidas se originais, e que parecem ser uma inclusão tirada de 1 Coríntios 11.24-25 para harmonizar a passagem com a praxe litúrgica corrente. Responde-se que as palavras disputadas são achadas em todos os MSS gregos menos um (Códice D), que Justino Mártir a aceitava c. de 150 d.C. (Apologia i.66;este texto e mais antigo do que nossos MSS gregos mais antigos), e que e possível que tenham sido omitidas por escribas que não entendiam as duas referencias ao cálice. De modo geral, parece que o texto mais longo deva ser preferido.
14-16. A hora e o horário da sua refeição de Páscoa. Não fica claro se Jesus esta dizendo que desejou comer a Páscoa e já a esta comendo, ou se, a despeito do Seu desejo, não a comera ate que ela seja cumprida no reino de Deus. Talvez seja correto o primeiro ponto de vista. A referencia ao cumprimento no reino de Deus indica que a Páscoa tinha signi ficado tipológico. Comemorava um livramento, sem duvida, mas apontava para uma libertação maior no futuro, que seria vista no reino de Deus.
17,18. Na refeição da Páscoa era obrigatório beber quatro cálices de vinho. Parece que aqui temos referencia a um destes cálices, embora não seja fácil ter certeza qual deles. A. Edersheim pensa que fosse talvezo primeiro, depois do qual quebrava-se o pão (cf. Mishna, Pesahim 10:2-3). Mas um quebrar do pão e as ações de graças seguiam o segundo cálice também, de modo que poderia ter sido este. A participação docálice era um símbolo de comunhão. Mais uma vez, o interesse escatológico de Jesus e revelado enquanto espera a vinda do reino. A vida que vivera com os discípulos estava no fim. Não haveria mais com eles ate que o reino viesse.
19. Tomar, quebrar e distribuir o pão eram aspectos regulares da observância da Páscoa e não causariam surpresa alguma. Mas enquanto o dava aos Seus seguidores, Jesus disse: Isto e o meu corpo. Estas palavras tem causado tremenda controvérsia na igreja. O ponto critico e o significado de e. Alguns argumentam em prol da transformação do pão no corpo de Cristo, mas o verbo pode significar tipos de identificação muito variados, conforme vemos em declarações tais como “Eu sou a porta,” “Eu sou o pão da vida,” “aquela rocha era Cristo.” Neste caso, a identidade não pode estar em mente, pois o corpo de Jesus estava fisicamente presente na ocasião. Deve ser usado nalgum sentido tal como “representa,” “significa” ou, talvez, “transmite” (cf. Moffatt: “Isto significa . . . ”).
A declaração e enfática, e não deve ser diluída, mas nem deve ser forçada além do seu significado real. A expressão adicional, oferecido por vos, prenuncia o Calvário. Fala da morte de Jesus em prol dos homens. Não se trata dalguma coisa que brota do ritual da Páscoa. Este falava do livramento mas não do sacrifício vicário. Jesus esta interpretando Sua morte num contexto da Páscoa e deixando claro que tem um significado salvifico. Ellis pensa que Suas palavras acerca do corpo e do sangue aqui “podem ser explicadas somente como uma referencia implícita ao Servo Sofredor que, como representante da aliança, ‘derramou a sua alma na morte . . . contudo levou sobre si o pecado de muitos’ (Is 53:12).” O mandamento, Fazei isto em memória de mim, não significa, conforme alguns alegam, que a comunhão e essencialmente um pleitear de Cristo diante do Pai. E a fim de que nos não nos esqueçamos, não a fim de que Ele não Se esqueça.
20. O cálice, segundo parece, não era tomado imediatamente, mas, sim, algum tempo mais tarde, depois de cear. O derramamento indica para nos a morte na cruz onde uma nova aliança seria inaugurada. Israel estava num relacionamento com Deus de acordo com a aliança, mas agora haveria uma nova aliança levada a efeito pelo sangue de Cristo (cf. Jr 31:31). Sua morte estabeleceria um novo modo de aproximação a Deus. Cf. Harrington: “Jesus da a entender que Sua morte iminente esta para substituir os sacrifícios da Lei Antiga,” e Manson, “A Ceia do Senhor, apresentada assim, indica e inaugura uma redenção efetuada pela morte de Cristo como um sacrifício.”
Lucas - Introdução e Comentário - Leon L. Morris - SOCIEDADE RELIGIOSA EDIÇÕES VIDA NOVA, Caixa Postal 21266, São Paulo-SP - www.vidanova.com.br
Questionário da Lição 11 – A Última Ceia
2º trimestre de 2015 - JESUS, o Homem Perfeito: O Evangelho de Lucas, o Médico Amado.
Comentarista: Pastor: José Gonçalves
Complete os espaços vazios e marque com "V" as respostas Verdadeiras e com "F" as Falsas, conforme a revista da CPAD.
PONTO CENTRAL - A Ceia do Senhor é uma celebração que o nosso Senhor ordenou à Igreja até a sua vinda.
SÍNTESE DO TÓPICO I - Na perspectiva secular, o dinheiro é apenas um elemento material; na cristã, as dimensões espiritual e material devem coexistir.
SÍNTESE DO TÓPICO II - Foi numa Páscoa judaica que nosso Senhor instituiu a Ceia, como uma ordenança para toda a Igreja.
SÍNTESE DO TÓPICO III - Os elementos da Ceia são o vinho, que simboliza o sangue de Jesus; o pão, que simboliza o corpo partido do Senhor.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO TOP 1 - "A refeição da Páscoa era parte importante da festividade. Exigia o sacrifício e a assadura de um cordeiro, pão sem fermento, ervas amargas e vinho. A pessoa devia comer a refeição da Páscoa na posição reclinada e depois do pôr-do-sol (no início do décimo quinto dia de nisã). Assim, antes que a refeição da Páscoa fosse celebrada, preparações cuidadosas tinham de ser feitas.
Lucas reconta como Jesus se prepara para comer a última refeição da Páscoa com os discípulos antes de sua morte. A expressão 'o dia da Festa dos Pães Asmos' se refere provavelmente ao dia antes da refeição, o décimo quarto dia de nisã, quando os judeus retiravam todo o fermento de suas casas em preparação à festa. Jesus instrui Pedro e João a fazerem os arranjos necessários, mas eles não têm ideia de onde Ele quer fazer a comemoração. Pelo fato de Jesus saber que Judas concordou em entregá-lo aos líderes religiosos (vv.21,22), Ele manteve o lugar da refeição em segredo. Durante a refeição da Páscoa, todos os judeus estariam a portas fechadas, e tal oportunidade ofereceria ocasião conveniente para Judas entregar Jesus às autoridades. Mas Jesus será preso na hora em que Ele escolher, e não quando os inimigos escolherem" (ARRINGTON, French L. Lucas. In ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.460).
SUBSÍDIO TEOLÓGICO TOP 2 - "Devido, em grande parte, à conotação um tanto mística que acompanha a palavra 'sacramento', a maioria dos pentecostais e evangélicos prefere o termo 'ordenança' para expressar o seu modo de entender o batismo e a Ceia do Senhor. Já na era da Reforma, alguns levantavam objeções à palavra 'sacramentos'. Preferiam falar em 'sinais' ou 'selos' da graça. Tanto Lutero quanto Calvino empregavam o termo 'sacramento', mas chamavam atenção para o fato de que o usavam num sentido teológico diferente da implicação original da palavra em latim. O colega de Lutero, Philipp Melanchthon, preferia empregar o termo signis ('sinal'). Hoje, alguns que não se consideram 'sacramentalistas', ou seja, que não acham que a graça salvífica seja transmitida através dos sacramentos, continuam usando os termos 'sacramento' e 'ordenança' de modo sinônimo. Devemos interpretar cuidadosamente o sentido do termo de acordo com a relevância e implicações atribuídas à cerimônia pelos participantes. As ordenanças, determinadas por Cristo e celebradas por causa do seu mandamento e exemplo, não são vistas pela maioria dos pentecostais e evangélicos como capazes de produzir por si mesmas uma mudança espiritual, mas como símbolos ou formas de proclamação daquilo que Cristo já levou a efeito espiritualmente nas suas vidas" (HORTON, Stanley (Ed). Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p.560).
PARA REFLETIR - Sobre os ensinos do Evangelho de Lucas, responda:
Quando ocorria a festa da Páscoa?
A festa da Páscoa era uma das celebrações que ocorria na primavera.
A palavra Páscoa é derivada de qual verbo hebraico e qual é o seu significado?
A palavra é derivada do verbo hebraico pasah, com o sentido de "passar por cima".
O que o vinho na Santa Ceia simboliza?
O vinho é um símbolo da Nova Aliança, que foi selada com o sangue de Jesus, o Cordeiro de Deus.
O que simboliza o pão?
O pão simboliza o corpo de Jesus.
O significa, para você, participar da Santa Ceia?
Resposta livre.
CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 62, p. 41.
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SUGESTÃO DE LEITURA
Manual do Professor de Escola Dominical, Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal e A Santa Ceia - CPAD
A IMPORTÂNCIA DA SANTA CEIA
A Ceia do Senhor é um ato de suma importância, em si mesmo e na vida do crente.
O QUE É A SANTA CEIA
A Santa Ceia não é apenas um ato celebrado pela igreja, mas também uma proeminente doutrina bíblica.
O que nos lembra a Santa Ceia?
A Santa Ceia lembra as refeições dos discípulos em companhia de JESUS, lembra o arrebatamento de CRISTO em sua primeira vinda e lembra a paixão e a morte de CRISTO em nosso lugar, bem como a sua segunda vinda.
1. Definição e designações.
Paulo recebeu o ensino da Santa Ceia, segundo a bíblia, diretamente do Senhor: "Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei". 1 Co 11
Paulo provavelmente recebeu instruções sobre a ceia durante o tempo em que estivera a sós com DEUS no monte, na Arábia, sobre os quais as Escrituras silenciam (Gl 1.11,12, 15-17).
2. Ordenança ou sacramento.
A Ceia do Senhor é conhecida pelos evangélicos como ordenança, por constituir-se numa ordem dada por CRISTO aos santos apóstolos.
A Santa Ceia é uma sacramento da Igreja para os católicos romanos e certas alas do protestantismo.
OS ELEMENTOS DA SANTA CEIA
Elementos da Santa Ceia: o pão e o vinho.
O pão e o vinho por representarem, respectivamente, o corpo e o sangue do Senhor JESUS. O pão e o vinho são, biblicamente, o memorial do Calvário; representam o corpo e o sangue de CRISTO.
1. O pão. "Eu sou o pão da vida..."
Por que o pão é um dos elementos da Santa Ceia do Senhor?
Por ser este alimento o símbolo da vida, JESUS assim identificou-se aos seus discípulos (Jo 6.35). Quando o pão é partido, vem-nos à memória o sacrifício vicário de CRISTO. ELE deu sua vida em resgate da humanidade caída e escravizada pelo Diabo.
2. O vinho. "fruto da vide" e "cálice do Senhor"
Por que o vinho é um dos elementos da Santa Ceia do Senhor?
Porque lembra-nos o sangue de CRISTO vertido na cruz para redimir a todos os filhos de Adão.
LIÇÕES DOUTRINÁRIAS DA SANTA CEIA
Lições ou ensinos doutrinários da Ceia do Senhor até a volta de JESUS.
1. A Santa Ceia é um mandamento do Senhor.
Ele ordenou por duas vezes: "fazei isto em memória de mim" (vv.24,25
2. É um memorial divino.
"Em memória de mim" (vv.24,25). É um memorial da morte do Cordeiro de DEUS em nosso lugar (1 Pe 1.18,19; Jo 1.29). Como tal, a Santa Ceia comemora algo já realizado (Lc 22.19).
Assim como a sociedade, o governo, o povo, as instituições particulares têm seus memoriais, aos quais estimam, honram e preservam, nós temos muito mais razão, dever, direito e prazer de sempre participar da Ceia do Senhor.
3. É uma profecia a respeito da volta de JESUS.
"Anunciais a morte do Senhor até que venha" (v.26). A igreja ao celebrar a Ceia do Senhor, está também anunciando a todos a sua vinda. "E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da vide até àquele Dia em que o beba de novo convosco no reino de meu Pai" (Mt 26.29).
4. Deve ser precedida de auto-exame do participante (v. 25).
Trata-se do auto-julgamento do cristão diante de DEUS, quanto ao seu estado espiritual (v.31). Esse auto-exame deve ser feito com o auxílio do ESPÍRITO SANTO e tendo a nossa consciência alinhada às Escrituras.
5. A ceia do Senhor e o discernimento espiritual do crente.
Participar da Ceia sem discernir "o corpo do Senhor" (v. 29), é ter os santos elementos da Ceia como coisas comuns, e não como emblemas do corpo e do sangue de CRISTO.
6. É uma ocasião propícia ao recebimento de bênçãos.
"O cálice de bênção que abençoamos não é a comunhão do sangue de CRISTO? O pão que partimos não é, porventura, a comunhão do corpo de CRISTO?" (10.16). Portanto, DEUS pode derramar copiosas bênçãos no momento da ceia. Houve milagres na preparação da primeira Ceia (Lc 22.10-13).
7. A Santa Ceia é um momento de gratidão a DEUS.
Na Ceia do Senhor todo crente deve ser agradecido. "E tendo dado graças" (v.24). Em todos os registros da Ceia vemos ação de graças a DEUS: 1 Co 11.24; Mt 26.27; Mc 14.23; Lc 22.19.
8. A Santa Ceia é para os discípulos do Senhor.
Conforme Lucas 22.14, JESUS levou apenas os Doze para a mesa da Páscoa, seguida da Ceia do Senhor. Se a Ceia fosse para qualquer um, Ele teria chamado a todos sem distinção. A Santa Ceia é para os santos em CRISTO JESUS.
9. É um momento de profunda e solene devoção e louvor a DEUS.
"E, tendo cantado um hino" (Mt 26.30). Como JESUS cantou à sombra da sua cruz, não podemos compreender, nem explicar!
10. A Santa Ceia é alimento espiritual.
Toda ceia destina-se a alimentar. Devemos participar desse SANTO Memorial convictos, pela fé e esperança de que seremos novamente alimentados espiritualmente.
11. A Ceia do Senhor condena a duplicidade religiosa.
"Não podeis ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios" (10.21). A Santa Ceia é incompatível com a duplicidade da vida espiritual do cristão (Sl 119.113; Mt 6.24; 2 Co 6.14).
CONCLUSÃO - A ceia é o Memorial da paixão e morte de Nosso Senhor JESUS CRISTO.
Estudo sobre a Santa Ceia
A ORDEM DOS EVENTOS NA ÚLTIMA CEIA DO SENHOR (H.M.S. abril/98)
Tenho visto muitos estudos sobre o assunto, mas todos eles me parecem obedecer mais a “pontos de partida lógicos” do que a simples e somente a seqüência que emerge mais naturalmente da Bíblia. (Estes pontos de partida, a meu ver desnecessários, são que: (1) o lava-pés deve ter ocorrido antes de tudo; (2) o pão e o cálice só foram repartidos após o definitivo encerramento e retirada de tudo da refeição pascal; e (3) não é admissível que Judas tenha participado do pão e do cálice).
Baseamo-nos na seqüência de Lucas porque, dos escritores dos 4 evangelhos, é ele quem se prende rigorosamente à seqüência, à cronologia dos fatos Lc 1:1-3.
A ordem dos acontecimentos da última ceia do Senhor com seus apóstolos e que me parece emergir do relato bíblico, simplesmente tomado, é a seguinte:
1. CRISTO pôs-se à mesa, com os 12 apóstolos | Mt 26:20 | Mc 14:17 | Lc 22:14 | |
2. CRISTO: “Desejei muito ... não a comerei mais até que...” | Lc 22:15-16 | |||
3. Tomam a ceia pascal. Conforme Ex 12: cordeiro sem mácula, separado por 4 dias, sacrificado ao anoitecer, assado na brasa, servido com pães asmos e ervas amargosas, nada ficando para o amanhecer; todos com lombos cingidos, sapatos nos pés, cajado nas mãos, apressadamente, memorialmente, por estatuto perpétuo. Parece que CRISTO comeu apressadamente e terminou a ceia antes dos apóstolos. Houve um cálice Lc 22:17-18 (e, talvez, pão) nesta ceia pascal, antes da Ceia do Senhor, que teve lugar logo a seguir. | ||||
4. Tomam a Ceia do Senhor: Em 1o. lugar, CRISTO abençoa o pão, explica-o, reparte-o. | Mt 26:26 | Mc 14:22 | Lc 22:19 | 1Co 11:23-24,26 |
5. Em 2o. lugar, CRISTO abençoa o cálice,explica-o, reparte-o, “não mais beberei dele até que...” | Mt 26:27-29 | Mc 14:23-25 | Lc 22:20 | 1Co 11:25-26 |
6. CRISTO, turbado em espírito: “Um de vós me há de trair.” | Mt 26:21 | Mc 14:18 | João 13:21 | |
7. Apóstolos: “Sou eu, Senhor?” | Mt 26:22 | Mc 14:19 | João 13:22 | |
8. CRISTO: “O que põe comigo a mão no prato ... ai daquele ...” | Mt 26:23-24 | Mc 14:20-21 | Lc 22:21-23 | João 13:18-20 |
9. João: “Quem é?” | João 13:23-25 | |||
10. CRISTO, só a João: “É aquele ... bocado molhado” (comiam os restos das duas ceias) | João 13:26 | |||
11. Satanás se apossa de Judas. | João 13:27a | |||
12. Judas Iscariotes: “Sou eu, Rabí?” | Mt 26:25a | |||
13. CRISTO: “Tu o disseste.” | Mt 26:25b | |||
14. CRISTO: “... faze-o depressa.” | João 13:27b-29 | |||
15. Judas sai. | João 13:30 | |||
16. Apóstolos: “Quem de nós será o maior?” | Lc 22:24 | |||
17. CRISTO repreende os apóstolos. | Lc 22:25-27 | |||
18. CRISTO revela aos apóstolos que eles reinarão. | Lc 22:28-30 | |||
19. CRISTO lava os pés dos apóstolos. | João 13:2-17 | |||
20. Hino. | Mt 26:30a | Mc 14:26a | ||
21. Saída para o Monte das Oliveiras. | Mt 26:30b | Mc 14:26b | ||
22. (no caminho) CRISTO anuncia Sua glorificação, ausência, e novo mandamento. | João 13:31-35 | |||
23. CRISTO adverte a Pedro. | Mt 26:31-35 | Mc 14:27-31 | Lc 22:31-34 | João 13:36-38 |
24. As duas espadas. | Lc 22:35-38 |
A refeição no noivado e casamento tem muito a ver com a ceia:
Jo 14.3- “E, se eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também”.
DEUS sempre vem ao homem no nível em que ele se encontra, de maneira simples e cotidiana, e aqui JESUS usa a figura do noivado judaico (hebreus) para infundir fé em seus ouvintes a respeito de sua volta para buscar-nos; vejamos:
1- Quem escolhia a noiva era a pai do noivo (Gn 24.2-4), compare com Rm 8.29 onde DEUS nos escolhe para seu filho.
2- O costume era que a escolhida fosse a filha mais velha, mas se a mesma fosse maior (acima de 18 anos), poderia aceitar ou não o noivo (Gn 29.24-26), compara com Jo 1.11,12 aonde JESUS veio para ISRAEL (a filha mais velha, porém de maior), mas estes não o receberam, assim JESUS escolheu a nós (gentios filhos mais novos que não eram os escolhidos, para sermos sua noiva, a Igreja).
3- No noivado o noivo ia à casa da noiva para cear e confirmar o compromisso (Gn 24.54), compare com Mt 22.14-20 aonde JESUS vem a nossa casa (o mundo) e ceia conosco (representados pelos apóstolos).
4- O noivo deixava um penhor como prova de que ia voltar para buscar a noiva (Gn 24.53), compare com Ef 1.13,14 onde o ESPÍRITO SANTO nos é dado como penhor e prova de que o SENHOR voltará para nos buscar. (2 Ts 2.7)
5- A noiva era comprada por preço de ouro (Gn 24.47), compare com 1 Co 6.19,20 e At 20.28 onde a palavra de DEUS nos diz que fomos comprados pelo sangue de JESUS CRISTO derramado na cruz do calvário (o preço maior que existe).
6- O noivo ia preparar uma casa para o casal, ao lado da casa de seu pai (Gn 24.67), compare com a leitura em Jo 14.2 onde JESUS diz que na casa de nosso pai existem muitas moradas e que ELE ia nos preparar lugar.
7- O noivo mandava recados e recebia recados da noiva através de algum emissário (a), dizendo como é que gostava da noiva: Se bem vestida, modo de falar correto e santo, etc... Também dizia que era pra esperá-lo, pois a casa estava quase pronta e ele estava voltando; compare com Hb 13.7 e 13.14; Ef 5.19 e 5.25-27; Ap 22.7 e 22.20; etc..., Onde JESUS está nos exortando a continuarmos firmes, com uma vida santa e irrepreensível e o ESPÍRITO SANTO sempre nos avisando: JESUS ESTÁ VOLTANDO, a casa está quase pronta, prepara-te.
Sf 1.7 “Cala-te diante do Senhor DEUS, porque o dia do Senhor está perto; pois o Senhor tem preparado um sacrifício, e tem santificado os seus convidados”.
Questionário da Lição 11 - A Última Ceia
2º trimestre de 2015 - JESUS, o Homem Perfeito: O Evangelho de Lucas, o Médico Amado.
Comentarista: Pastor: José Gonçalves
Complete os espaços vazios e marque com "V" as respostas Verdadeiras e com "F" as Falsas, conforme a revista da CPAD.
RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO EM http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
Referências Bibliográficas (outras estão acima)
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
Bíblia de Estudo Almeida. Revista e Atualizada. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2006.
Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e Grego. Texto bíblico Almeida Revista e Corrigida.
Bíblia de Estudo Pentecostal. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida, com referências e algumas variantes. Revista e Corrigida, Edição de 1995, Flórida- EUA: CPAD, 1999.
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm
www.ebdweb.com.br
www.escoladominical.net
www.gospelbook.net
www.portalebd.org.br/
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/alianca.htm