O Milagre da Filha de Jairo
26 de julho de 2015
Texto Áureo
“E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno”. Apocalipse 1.18
Verdade Aplicada.
Jesus entrou na casa de Jairo para ressuscitar o que estava morto. Essa é a proposta do Evangelho: dar vida com abundância a todo o que nEle crer.
Textos de Referência.
Marcos 5.22-24, 35-36.
22 E eis que chegou um dos principais da sinagoga, por nome Jairo, e, vendo-o, prostrou-se aos seus pés,
23 E rogava-lhe muito, dizendo: Minha filha está moribunda; rogo-te que venhas e lhe imponhas as mãos para que sare, e viva.
24 E foi com ele, e seguia-o uma grande multidão, que o apertava.
35 Estando ele ainda falando, chegaram alguns do principal da sinagoga, a quem disseram: A tua filha está morta; para que enfadas mais o Mestre?
36 E Jesus, tendo ouvido essas palavras, disse ao principal da sinagoga: Não temas, crê somente.
Jairo era líder de uma sinagoga. Foi um homem que abandonou tudo, até mesmo seus conceitos religiosos e se dispôs a ir até Jesus em busca de uma solução para a enfermidade de sua filha (Mc 5.22).
1. Jairo, o líder de uma sinagoga.
Ao chegar diante de Jesus, Jairo lhe faz um pedido de socorro que comove o coração de Jesus. Ele diz: “Minha filha está moribunda; rogo-te que venhas e lhe imponhas as mãos, para que sare, e viva” (Mc 5.23). Sua afirmação revela a fé pelo qual foi até Jesus em busca de um milagre.
1.1. Deixando de lado a religiosidade.
Pedir ajuda a Jesus publicamente não foi para Jairo uma fácil tarefa, visto que os líderes religiosos que se opunham a Cristo certamente não aprovariam essa atitude, nem mesmo os líderes da sinagoga. Aquilo que Jesus havia feito e ensinado na sinagoga havia provocado a ira dos escribas e fariseus, alguns dos quais provavelmente eram amigos de Jairo. Porém como tantas outras pessoas que se aproximaram de Jesus, Jairo estava desesperado. Preferia perder os amigos a perder sua filha (Mc 5.23).
1.2. Jairo, o principal da sinagoga.
Jairo era o chefe administrativo da sinagoga. Ele era responsável pela direção dos serviços, presidia a junta de anciãos e zelava pelo bom funcionamento da sinagoga. Era responsável pela atribuição de obrigações e de cuidar que fossem levados a cabo com toda correção e em ordem. O principal da sinagoga era um dos homens mais importantes e mais respeitados da comunidade (Lc 8.41). Jairo nos chama a atenção porque prostrar-se aos pés de Jesus diante de uma multidão representava um significativo ato de adoração e respeito. Era um público pedido de ajuda e uma declaração de que somente Jesus tinha a solução (Mt 21.22; Mc 1.15; 5.22, 23).
1.3. Duas grandes realidades.
Estes versículos nos ensinam duas grandes realidades. A primeira é que a posição de autoridade não isenta ninguém de ser atingido pela tristeza. Jairo era um “dos principais da sinagoga”. Mesmo assim, a enfermidade e a tristeza invadiram seu lar. Ele provavelmente tinha riquezas e toda ajuda médica que essas riquezas pudessem obter. No entanto, o dinheiro não pode manter a morte longe de sua filhinha. A morte chega tanto aos palácios quanto as comunidades; tanto aos ricos quanto aos pobres. A morte não tem a menor cerimônia. Fechaduras e barras de ferro não podem impedi-la de entrar (Hb 9.27). A segunda foi dita pelo próprio por Jairo em sua súplica: “Jesus pode dar vida, pois somente Ele tem a chave da morte” (Mc 5.23; Ap 1.18).
2. Alcançando milagres.
Enquanto Jairo se aproxima de Jesus e relata o que estava acontecendo com sua filha, a multidão começou a apertá-los e, durante o tempo em que Jesus socorria a mulher do fluxo de sangue, Jairo é informado que sua filha havia morrido e que deveria parar de incomodar o Mestre (Mc 5.35).
2.1. Quando tudo parece contrário.
Ao recorrer a Jesus, a situação da filha de Jairo era descrita como uma grave enfermidade, mas a notícia de sua morte acontece no momento em que Jesus está prestes a atendê-lo. Primeiro, a multidão; depois o tempo gasto na cura da mulher; e, agora que parecia tudo caminhar para a solução, essa indesejável notícia. Os acontecimentos nos levam a crer que Jesus permitiu que o tempo acabasse para Jairo. Mas, por que o fez? O que esperava ver em Jairo? O mesmo que espera ver em nós para que milagres se tornem coisas normais em nossos dias: uma esperança que se estenda além dos portais da morte que ultrapasse o limite da desesperança (Rm 4.17, 18).
2.2. Ele tem a última palavra.
Jesus não era tão fácil como oferecemos hoje em dia para as pessoas. Não era qualquer pessoa que o convencia a entrar em sua vida (casa) e Jairo teve que ir até as últimas para alcançar o bem que desejava. Alguns teólogos afirmam que as palavras de Jairo soavam como uma ordem, visto que era um líder conceituado e, talvez, por isso, tenha chegado a tais circunstâncias (Mc 5.22, 23). Jairo era o contraste, um nobre em meio à plebe, porque não eram os nobres e afortunados que rodeavam Jesus em busca de um milagre. Quando se acabam as esperanças, Jairo não tem mais motivos para dirigir os passos de Jesus. Então, o Mestre é quem se oferece, dizendo: “Não tenha medo, apenas acredite. “ (Mc 5.39).
2.3. Ela apenas dorme.
Jairo recebeu uma notícia definitiva que acaba de vez com todas as suas esperanças: “Estando ele ainda falando, chegou um dos do príncipe da sinagoga, dizendo: A tua filha está morta, não incomode o Mestre” (Lc 8.49). Quantas vezes, quando estamos perto de Jesus e prestes a alcançar um milagre pelo qual tanto lutamos e nos humilhamos, não recebemos tristes notícias como essa? “O teu ministério morreu, acabou; o teu filho morreu; seu casamento acabou. Acabaram suas esperanças, foi melhor assim”. Entenda que Jesus nunca desiste das nossas vidas. Tenha em mente que todas essas palavras não significam absolutamente nada para Jesus. Ele é a vida ressurreta para tudo aquilo que achamos estar morto (Mc 5.36).
3. Desafiando o poder da morte.
Quando tudo parecia perdido, Jesus se dispõe a ir à casa de Jairo, dizendo-lhe que a menina apenas estava dormindo. Naquele dia, Jairo e toda sua família iriam presenciar algo maior que a cura da enfermidade de sua filha. Eles a veriam retornar de entre os mortos (Mc 5.41).
3.1. Ele ouviu toda a conversa.
“E Jesus, tendo ouvido estas palavras, disse ao principal da sinagoga: Não temas, crê somente.” (Mc 5.36). Jesus estava atento ao que acontecia com Jairo e, antes que a desesperança tomasse conta de todo o seu ser, Ele resolveu entrar em sua história e mudar todo o veredito contrário de sua vida. Isso também acontece em nossos dias. Nossa vida não difere muita da de Jairo, principalmente quando as coisas resolvem fugir do nosso controle, quando parece que Jesus ouve a todos, menos a nós. No entanto, devemos crer que Ele não mudou e que, com esse mesmo poder, vira em nosso auxílio (Sl 46.1).
3.2. Menina, a ti te digo, levanta-te.
Segundo o relato do Dr. Lightfoot, descrito por William Barclay, somos informados que era costume dos médicos, ao ministrarem remédios para alguém, dizer: “Levante-se desta doença”. Em outras palavras, era como se dissessem: “Nós desejamos que você consiga se levantar”. A diferença entre a medicina humana e a divina é que Jesus curava apenas pela palavra proferida. E, não somente isso, Sua autoridade era tão poderosa e efetiva que até dos mortos uma pessoa voltava à vida. Jairo esperou, mas não voltou para casa sem trazer consigo a solução (Mc 5.36-42).
3.3. Ação antes do milagre.
Jesus já havia preparado o espírito de Jairo para crer, quando expôs publicamente a cura da mulher do fluxo de sangue. O problema era convencer as pessoas que estavam na casa de Jairo. Aqueles homens e mulheres pensavam que Jesus não sabia o que estava fazendo, quando Ele lhes pediu calma, ao dizer que a situação estava sob controle (Mc 5.39). É preciso compreender que os risos representam a incredulidade. Por esta razão, Jesus expulsou a todos. O Mestre permitiu que ficasse no ambiente somente aqueles que estavam no mesmo nível de fé que Ele estava (Mc 5.40).
CONCLUSÃO
Aprendemos nesta lição que nosso Senhor Jesus entrou na casa de Jairo para dar vida. Quem sabe não estejamos precisando de uma visita como essa em nossos lares? Existem muitas coisas em nossas casas que morreram com o passar dos tempos e que precisam ressuscitar outra vez (Jo 11.25).http://marcosandreclubdateologia.blogspot.com.br/2015/07/escola-dominical-conteudo-da-licao-4.html