A humanidade poderia ter começado bem. Mas começou mal. Com o pecado da desobediência a Deus, em sua origem, o ser humano não soube aproveitar a bondade de Deus ao criá-lo. Feito “imagem’ e “semelhança” de Deus” (Gn 1.29), usou mal o livre-arbítrio, concedido pelo Criador. E, já no princípio, no cenário do Jardim do Éden, lugar maravilhoso, onde não faltava absolutamente nada, o homem preferiu ouvir a voz do Diabo. Além disso, o homem desencaminhou-se, construindo deuses falsos para adorar, desprezando a adoração ao Deus verdadeiro, Criador dos céus, da terra e do homem.
O pecado é a raiz de todos os males e comportamentos inadequados do homem enquanto criatura, perante o seu Criador. E a origem da corrupção que acompanha o homem, desde o seu princípio, passando pela História, em suas diversas fases ou períodos, chegando aos dias presentes, e se prolongará e se projetará no futuro, até o final de todas as coisas, conforme o que nos relata a Palavra de Deus. A humanidade terminará mal. Até que o Deus Criador intervenha, implantando o seu Reino com o objetivo de restaurar o planeta Terra ao seu destino glorioso, previsto pelo Senhor. O juízo do Dilúvio universal foi a reação de Deus à corrupção geral do gênero humano, por volta do ano 600 da vida do patriarca Noé (Gn 7.6,11).1 E Deus derramou seu terrível juízo contra os povos diluvianos, em razão da corrupção generalizada que tomou conta da mente e dos atos daquelas pessoas que habitavam o planeta (Gn 6.5-1). Ao longo dos séculos, em vez de o homem aprender com a experiência e as evidências da criação que Deus existe e é o Soberano Criador e Senhor do Universo, pelo contrário, afastou-se mais de Deus, não apenas em termos de crença, mas de práticas cada vez mais corruptas e abomináveis, em termos de culto, com a adoração a ídolos ou falsos deuses, mas também por meio de práticas consideradas abominações pelo Senhor, como a prática da homossexualidade (Lv 18.20; 20.13 e refs.). Daquela população mundial, de alguns milhões de pessoas, só escaparam oito seres humanos (Gn 7.7; 2 Pe 2.5).2
Depois de séculos, em vez de o homem evoluir, como diz a fábula da Teoria da Evolução, não só tem decaído em sua vida biológica, como tem piorado terrivelmente em termos espirituais e morais. Nunca houve tanta corrupção espiritual e moral, na experiência humana, como nos dias em que vivemos. Certamente, esses dias, do século XXI, são os “tempos trabalhosos” a que se referiu o apóstolo Paulo, em sua Segunda Carta a Timóteo (3.1-9). Ele aludia aos atos de corrupção, imaginados e praticados pelo homem, por sua natureza decaída e destruída pelo pecado. Mas nunca imaginaria que a corrupção, nos fins dos tempos que antecedem a volta de Cristo, seria institucionalizada, reconhecida e aprovada pelos governos e parlamentos, e superaria o descalabro moral dos povos antediluvianos ou à depravação de Sodoma e Gomorra.
No texto em estudo, neste capítulo, Paulo enumera características dos homens corruptos, na época de Timóteo, que eram os “falsos mestres” ou ensinadores, que procuravam incutir na mente dos crentes de Éfeso, heresias de perdição, “doutrinas de demônios” e “vãs contendas”, que só causavam dissensões e divisões no seio da igreja local. Ele conduz os leitores de sua carta, a partir de Timóteo, ao cenário escatológico dos “últimos dias” (2 Tm 3.1), quando homens de índole perniciosa haveriam de levantar-se “enganando e sendo enganados” (2 Tm 3.13). Neste parágrafo da carta, ele nos mostra a corrupção do ser humano, “nos últimos dias”. Foi uma mensagem profética, pois tudo o que ele previu, em termos de corrupção moral, numa visão escatológica, está acontecendo em nossos dias.
I - OS TEMPOS TRABALHOSOS
1. Protagonistas dos Tempos Trabalhosos
“Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos” (2 Tm 3.1). Nos parágrafos anteriores, o apóstolo tinha seu foco na exortação a Timóteo, tendo em vista sua pouca experiência diante de situações de desafio, no confronto com os falsos mestres. Neste capítulo, Paulo volta-se para os “falsos mestres” propriamente ditos, revelando e ressaltando suas características gerais e pessoais, que os colocam numa posição altamente negativa e prejudicial à realidade da vida cristã.
Em outras traduções, esses tempos são considerados “tempos difíceis”. Na realidade, o texto faz alusão aos tempos que antecedem a vinda de Cristo. Deus está fora do tempo, ainda que o criou, mas o homem está inserido no tempo e sujeito às limitações temporais. Sempre houve tempos difíceis ou trabalhosos para a igreja cristã. Ela nasceu debaixo da perseguição dos judeus; experimentou a perseguição dos imperadores de Roma, que intentavam eliminar o cristianismo da face da terra; na Idade Média, sofreu a perseguição dos reis, dos imperadores, e da Igreja Católica Romana, que tudo fizeram para silenciar a voz dos protestantes, que confrontavam os desmandos do clero corrupto que se aproveitava da ignorância do povo.
Depois, veio, na História, a perseguição diabólica, por meio do materialismo ateu e anticristão. Os comunistas entenderam (e ainda entendem) que o cristianismo é um empecilho aos seus objetivos declarados ou velados de dominação do mundo. Os comunistas foram derrotados e alijados em seu próprio berço, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Esse regime de tirania e injustiças eliminou muitos cristãos, matando-os nas prisões, na Sibéria, deixando-os morrer de inanição e frio insuportável. Mas o comunismo foi destruído na Europa Oriental. No entanto, o cristianismo continuou e continua em sua marcha vitoriosa em busca do encontro com Cristo, na eternidade.
2. Homens de Má índole
As características dos homens maus, ímpios e inimigos do evangelho, constam de algumas “listas negras”, nas epístolas de Paulo. Logo após esse texto, Paulo adverte os destinatários das cartas pastorais de que Deus já via a tudo e a todos no plano espiritual (1 Tm 4.1).
A lista de más qualidades dos homens ímpios contém 18 itens (2 Tm 3.2-9), cujo comentário seria excessivo, mas para melhor entendimento, as resumimos rapidamente, tais qualificações nada recomendáveis, que, infelizmente, são observadas em muitos lugares, em igrejas cristãs, na vida de pessoas que se dizem cristãs.
1) Amantes de si mesmos. São egoístas ao extremo. Buscam os seus interesses em primeiro lugar, antes de valorizarem os outros e a obra do Senhor. Eles não têm amor, pois o verdadeiro amor “não busca seus interesses” (1 Co 13.5).
2) Avarentos. São amantes do dinheiro, fruto da característica anterior, de seu egoísmo. Hoje, há falsos obreiros, que só pregam por dinheiro, pensando em enriquecer (1 Tm 6.10).
3) Presunçosos. São homens cheios de orgulho, de arrogância, que se julgam superiores aos outros. No ministério, tal característica é motivo de conflitos desnecessários, contrariando Filipenses 2.3.
4) Soberbos. Qualidade semelhante à anterior. Paulo acentua, mostrando que tais homens são orgulhosos (ver 1 Tm 1.7, 6.4); são candidatos à queda espiritual (Pv 16.18).
5) Blasfemos. São os mesmos a que se referiu o apóstolo em 1 Timóteo 6.4,5. Blasfemar é dizer maldição, praga, imprecação. Ou pronunciar coisas que ofendem de modo contundente a santidade de Deus.
Desobedientes a pais e mães. São péssimos exemplos na família, pois não honram seus pais e mães (cf. Êx 20.12); e são candidatos a ter uma vida sem a bênção de Deus, por não considerarem o valor de seus pais.
7) Ingratos. São pessoas egoístas e autossuficientes. Por isso, não cultivam a virtude da gratidão. São ingratos a Deus, aos pais, aos amigos, à igreja, aos pastores. Têm distúrbios emocionais que os impedem de ser humildes e gratos.
8) Profanos. São homens que não respeitam as coisas sagradas (Lv 19.8, 12; Mt 12.5); há obreiros que transformam igrejas em “casas de show”, em danceteria, em palco de luta-livre, em casas de jogo e até em boates.
9) Sem afeto natural. É o mesmo que ser “sem amor” (Rm 1.31); são homens “ignorantes”, grosseiros, estúpidos ou “mal educados”, no trato com o cônjuge, com os filhos, com os pais, com outras pessoas.
10) Irreconciliáveis. Que não são humildes para reconciliarem-se com os outros, em situações de desentendimentos ocasionais; não sabem pedir perdão, e muito menos perdoar. Não são perdoados por Deus (Mt 6.15).
11) Caluniadores. Cometem o crime de calúnia (Crime contra a honra - Art. 128 do Código Penal); nas igrejas, esse crime é ignorado. Raramente se pune um caluniador.
12) Incontinentes. Que não sabem conter-se, sem autocontrole, sem domínio próprio.
13) Cruéis. São pessoas desumanas, impiedosas. Não fazem parte dos que são salvos em Cristo Jesus.
14) Sem amor para com os bons. Quem não ama não é salvo. Está em trevas, perdido. E é considerado homicida em termos espirituais (Ver 1 Jo 2.9,11; 3.15); se tais homens não amam “os bons”, imagine como tratam “os maus” ou “inimigos” (Mt 5.44).
15) Traidores. O termo já diz tudo. São “discípulos” de Judas, que traiu seu Mestre por 30 moedas de prata (Mt 26.15); seu fim foi a perdição (Mt 27.5).
16) Obstinados. Sua obstinação não é no sentido da persistência em fazer o bem, mas em fazer o mal, em persistir no erro, na maldade.
17) Orgulhosos. Semelhante à qualidade número 4.
18) Mais amigos dos deleites do que amigos de Deus. Como são egoístas, presunçosos e autossuficientes, só pensam em si. Para eles, os prazeres da carne e do mundo são mais importantes do que amarem a Deus (1 Jo 2.15,16; Rm 8.7,8).
Após discriminar as péssimas qualidades de falsos mestres, no seio da igreja cristã, Paulo alerta a Timóteo que tais homens têm “aparência de piedade”, mas negam “a eficácia dela” e ordena que o discípulo se afaste deles (2 Tm 3.5). Esses maus obreiros aproveitavam-se de “mulheres néscias, carregadas de pecados, levadas de várias concupiscências”, entrando em suas casas para a prática do pecado, naturalmente (2 Tm 3.6). E conclui que tais homens são comparados aos magos de Faraó, “Janes e Jambres” (2 Tm 3.8), que fizeram suas feitiçarias ou mágicas, resistindo a Moisés (cf. Ex 7.11,12,22; 8.7). Paulo resume suas qualidades desabonadoras do caráter como “sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé” (2 Tm 3.8), e que não serão bem-sucedidos em seus intentos malignos.
II - CARÁTER, ENGANOS E PERSEGUIÇÕES
1. Paulo, Obreiro Exemplar
“Tu, porém, tens seguido a minha doutrina, modo de viver, intenção, fé, longanimidade, caridade, paciência” (2 Tm 3.10). O apóstolo Paulo — outrora perseguidor do evangelho e dos seguidores de Cristo, fariseu respeitado, mas ignorante acerca da verdade e defensor ardoroso da Lei de Moisés — tornou-se um dos maiores exemplos de fé, amor e fidelidade ao cristianismo. Seu caráter era demonstrado por sua conduta exemplar. Na sua segunda carta a Timóteo, ele elogia seu jovem discípulo por sua obediência em seguimento de sete aspectos de sua vida, que bem pode ser um resumo do caráter cristão.
1) Doutrina. Na verdade, o apóstolo usava uma linguagem que Timóteo conhecia bem; Paulo não fundara um movimento religioso, ou houvera codificado nenhum sistema de doutrina. Mas era um seguidor autêntico de Jesus, na proclamação do evangelho e da doutrina de Cristo. Timóteo andava nos caminhos do Senhor, seguindo os ensinamentos que Paulo lhe ministrava.
2) Modo de viver. Uma coisa é pregar, ensinar, transmitir mensagens e ensinamentos; outra coisa é, além de pregar, dar o exemplo aos que recebem o ensino; Paulo discipulara Timóteo e podia dizer: “Sede também meus imitadores, irmãos, e tende cuidado, segundo o exemplo que tendes em nós, pelos que assim andam” (Fp 3.17; 1 Co 11.1).
3) Intenção. Como poderia Timóteo conhecer a “intenção” de Paulo? Intenção quer dizer “intento, propósito, plano, ideia; vontade, desejo, querer” (Dicionário Houaiss); certamente, a intenção de Paulo era demonstrada por suas práticas, exemplos e testemunho, de um verdadeiro cristão. Seguindo o exemplo de Paulo, seguia o seu pensamento (Fp 4.8).
4) Fé. Paulo era um homem de fé muito elevada. Suportar o que ele suportou, em embates, combates e sofrimentos, só seria possível para um humilde “gigante na fé”; e passava a mensagem do evangelho pela fé genuína (1 Co 2.3; G1 2.20); sua fé não era teórica, apenas mística, mas era uma fé demonstrada na prática (1 Co 2.4).
5) Longanimidade. Ser eloquente não é difícil, se alguém tem o dom natural da oratória; ser bom administrador é para quem tem conhecimentos e capacidade administrativa; há obreiros que possuem esses dotes pessoais; mas ser longânimo é para quem tem esse requisito como fruto do Espírito Santo (G1 5.22).
6) Caridade. Caridade é o amor na prática. Não se manifesta apenas no falar, no dizer, na exposição verbal eloquente; só se materializa ou se demonstra de modo prático, vivencial; Paulo não só falou, ensinou, mas deu exemplo do que é ter caridade; em 1 Coríntios 13, ele devotou um capítulo doutrinário sobre a caridade, que é a manifestação do Amor Ágape, o amor de Deus, na vida de seus servos.
7) Paciência. É sinônimo de “calma, tranquilidade, serenidade”. É um estado de espírito; é também equivalente a “longanimidade”, mas esta é “paciência para suportar os defeitos e as faltas dos outros”; o cultivo dessa qualidade requer tempo e experiências com as situações mais diversas, ou adversas; Timóteo aprendera com Paulo as lições da paciência.
2. Paulo, o Perseguido
A vida cristã de Paulo começou, no caminho de Damasco, quando Jesus o encontrou, numa jornada que seria de perseguição aos cristãos (At 9.5). Naquele encontro dramático, marcante e inesquecível, o fariseu famoso caiu por terra, e, após sua conversão, batismo e acolhimento pelos irmãos de Damasco, sua vida mudou. De perseguidor passou a ser perseguido (At 9.17,23-25). Em várias ocasiões, em seu ministério, esteve em perigo de morte ou em risco de vida (2 Co 11.23).
Se Timóteo não houvesse tido um discipulado seguro e eficaz, poderia ter retornado para sua terra e desistido de ser cristão. Mas seguiu o exemplo do Senhor Jesus, na companhia de seu tutor espiritual. Enquanto isso, os “homens maus e enganadores” não teriam um fim proveitoso, mas colheriam o que plantaram.
III - A BOA FORMAÇÃO CRISTÃ E PERSEVERANÇA NA PALAVRA
1. Permanência na Palavra
Timóteo tivera a oportunidade de ter uma formação familiar e cristã do melhor nível. Sua educação era esmerada. Como já visto, no capítulo 7 deste comentário, Timóteo era filho e neto de servas de Deus, que o educaram nos caminhos do Senhor (1 Tm 1.5). No lado espiritual, doutrinário, ele era oriundo de uma família bem estruturada na fé cristã. Por outro lado, na vida ministerial, era discípulo do apóstolo Paulo. Sua formação familiar era tão marcante, que Paulo, nesta seção da segunda carta, faz referência à sua infância, num lar cristão que valorizava o ensino, no culto doméstico — coisa rara nos dias atuais.
2. O Valor do Ensino Bíblico
O discipulado cristão deve ser acima de tudo fundamentado na Bíblia, a Palavra de Deus. Nos tempos hodiernos, o ensino da Palavra tem sido negligenciado, em grande parte das igrejas, em muitos lugares no mundo. Não são poucas as igrejas que eliminaram de seu programa a Escola Dominical e alegam suas conveniências, de transporte, distâncias, inseguranças, etc.
A nosso ver, não houve nenhuma vantagem em adotar essa programação, que exclui o ensino sistemático e voltado para cada faixa etária. Pelo contrário. Quando o ensino não é cuidadoso, paciente e dedicado, há grande prejuízo para as novas gerações. Graças a Deus pelas igrejas cristãs que dão valor ao ensino da Palavra, no lar, através do culto doméstico, e na igreja, na ministração do ensino na Escola Dominical e nos cultos de doutrina.
Paulo tira o foco de Timóteo e dos falsos mestres, e se volta para o valor do ensino da Palavra de Deus: “Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça” (2 Tm 3.16). Mas ele ressalta que tais resultados só são alcançados se a “Escritura”, ou a Palavra ensinada for “divinamente inspirada”. Os objetivos do ensino bíblico divinamente inspirado são:
1) “Ensinar”, ou seja, transmitir ensinos espirituais, com base na Palavra de Deus, que são úteis e necessários para uma boa formação cristã; sem ensino, nenhuma igreja se mantém de pé; é necessário que as pessoas escutem a Palavra do Senhor Jesus e as ponham em prática, para poderem ficar firmes. Do contrário, serão destruídas pelas intempéries espirituais (cf. Mt 7,24-27; 2.25; Tt 2.12).
2) “Para redarguir” ou seja, “retrucar, responder, replicar”, ou argumentar com segurança; e também, como em outras traduções, “para repreender”; o ensino fundamentado na Palavra de Deus capacita o cristão para argumentar com segurança acerca de sua fé (cf. 1 Pe 3.15).
3) “Para corrigir”. O ensino bíblico bem fundamentado é como um prumo, que mostra o que está fora do lugar na construção de uma casa. Na vida cristã, se não houver o cuidado indispensável com as instruções e orientações do Senhor, muita coisa fica “torta” ou em desacordo com a vontade de Deus. O ensino é que conduz o homem à santidade e à santificação (SI 119.105; Rm 15.4; 1 Co 4.17).
4) “Para instruir em justiça”. O ensino da Palavra de Deus é instrução que leva o homem a viver de modo justo e digno. O salmista disse: “Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome” (SI 23.3).
5) A perfeição do homem de Deus”, “para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra” (3.17). Este é um dos grandes objetivos do ensino da Palavra de Deus: levar o homem à perfeição relativa, no seu relacionamento com Cristo (2.21; Tt 1.16).
CONCLUSÃO
O texto estudado mostra que é plano do adversário da Igreja promover movimentos contrários à sã doutrina, de tal forma que a corrupção moral e espiritual encontre espaço no meio da comunidade cristã. Os “tempos trabalhosos” a que Paulo se referiu seriam acentuados nos últimos tempos que antecedem a volta de Jesus. Em contraposição aos falsos mestres, Paulo exorta Timóteo a permanecer no que aprendeu, tanto no seu lar, sob os cuidados de sua mãe e de sua avó, ambas cristãs, bem como do que absorveu nos ensinos e no exemplo de Paulo, seu “pai na fé”.
Notas
1 De acordo com o Dicionário Wycliffe, “A rígida opinião cronológica, por outro lado, dataria o Dilúvio em cerca de 2.460 a.C, vários séculos depois das grandes pirâmides do Egito”. (Dicionário Wycliffe, p. 562). A Bíblia registra que o Dilúvio teve início “No ano seiscentos da vida de Noé, no mês segundo, aos dezessete dias do mês... e terminou no dia 27 do segundo mês, do ano 601 da vida de Noé (cf. Gn 8.14).
2 “Com base em dados de censos antigos, os estudiosos estimam que a população mundial era de cerca de 1/4 de um bilhão na época de Cristo (1 d.C.). Veja mais em: http://www.allaboutcreation.org/portuguese/livro-de-genesis4. htmttsthash. j 2 IWcHJY.dpuf.”
Read more: http://euvoupraebd.blogspot.com/2015/08/corrupcao-dos-ultimos-dias-licao-9.html#ixzz3kCaquArj