Lição 8 - Aprovados por DEUS em CRISTO JESUS 3º trimestre de 2015 - A Igreja E O Seu Testemunho - As Ordenanças De CRISTO Nas Cartas Pastorais
Comentarista da CPAD: Pr. Elinaldo Renovato de Lima
"Procura apresentar-te a DEUS aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade." (2 Tm 2.15).
VERDADE PRÁTICAO obreiro aprovado por DEUS tem as marcas do Senhor JESUS CRISTO.
LEITURA DIÁRIA Segunda - Tt 3.9-11 Paulo ensina como tratar o homem herege
Terça - Mt 5.13 O discípulo de JESUS é "sal da terra" e "luz do mundo"
Quarta - 1 Tm 3.2 O obreiro deve ter uma conduta irrepreensível
Quinta - Sl 119.63 Companheiro dos que guardam os preceitos de DEUS
Sexta - 1 Tm 6.11 De que o obreiro do Senhor deve fugir
Sábado - Mt 13.36-43 A explicação da parábola do "trigo" e "joio"
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 2 Timóteo 2.1-18 1 - Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em CRISTO JESUS. 2 - E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros. 3 - Sofre, pois, comigo, as aflições, como bom soldado de JESUS CRISTO. 4 - Ninguém que milita se embaraça com negócio desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra. 5 - E, se alguém também milita, não é coroado se não militar legitimamente. 6 - O lavrador que trabalha deve ser o primeiro a gozar dos frutos. 7 - Considera o que digo, porque o Senhor te dará entendimento em tudo. 8 - Lembra-te de que JESUS CRISTO, que é da descendência de Davi, ressuscitou dos mortos, segundo o meu evangelho; 9 - pelo que sofro trabalhos e até prisões, como um malfeitor; mas a palavra de DEUS não está presa. 10 - Portanto, tudo sofro por amor dos escolhidos, para que também eles alcancem a salvação que está em CRISTO JESUS com glória eterna. 11 - Palavra fiel é esta: que, se morrermos com ele, também com ele viveremos; 12 - se sofrermos, também com ele reinaremos; se o negarmos, também ele nos negará; 13 - se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo. 14 - Traze estas coisas à memória, ordenando-lhes diante do Senhor que não tenham contendas de palavras, que para nada aproveitam e são para perversão dos ouvintes. 15 - Procura apresentar-te a DEUS aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. 16 - Mas evita os falatórios profanos, porque produzirão maior impiedade. 17 - E a palavra desses roerá como gangrena; entre os quais são Himeneu e Fileto; 18 - os quais se desviaram da verdade, dizendo que a ressurreição era já feita, e perverteram a fé de alguns. OBJETIVO GERAL Contrastar o obreiro aprovado e o "vaso de honra" com os falsos mestres. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Apresentar a pureza e a humildade do obreiro aprovado por DEUS. Explicar as expressões “vaso de honra” e “vaso de desonra”. Propor uma postura ministerial equilibrada. INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Caro professor, nesta lição estudaremos o capítulo 2 da segunda Epístola de Timóteo.
É importante que você faça uma apresentação panorâmica do capítulo dois à luz de todo o conteúdo da epístola de Timóteo. Lembre-se de que o objetivo desse trimestre é expor o texto bíblico das cartas pastorais. De modo que o conteúdo geral das três epístolas deve ser estudado com o auxílio de uma boa Introdução ao Novo Testamento e um bom Comentário Bíblico do Novo Testamento.
Uma informação importante para preparação do seu plano de aula é a informação de que no capítulo 2, dos versículos 1 a 18, o apóstolo Paulo faz dois contrastes: obreiro aprovado x falsos mestres; vaso de honra x vaso de desonra. Estes dois encontros de personalidade, na igreja local, permeariam o relacionamento dos crentes, de modo que o objetivo do apóstolo é orientá-los em como se portarem diante de tal realidade. PONTO CENTRALO obreiro aprovado por DEUS é equilibrado, vivendo em pureza e humildade diante do Senhor e diante dos homens. Resumo da Lição 8 - Aprovados por DEUS em CRISTO JESUS I - OBREIROS APROVADOS POR DEUS
1. Pregam e ensinam sem engano. 2. Pregam com pureza. 3. Não buscam a glória de homens. II -DOIS TIPOS DE VASOS (2.20,21) 1. Vasos de honra (2.20). 2. Vaso de desonra. III - REJEITANDO AS DISSENSÕES E QUESTÕES LOUCAS 1. Rejeitando "questões loucas". 2. Não entrando em contenda. SÍNTESE DO TÓPICO I - O obreiro aprovado por DEUS prega e ensina sem engano, com pureza e humildemente, buscando sempre a glória de DEUS. SÍNTESE DO TÓPICO II - Na igreja local, há dois tipos de vaso, de honra e desonra. SÍNTESE DO TÓPICO III - A natureza dos demônios declara que eles são seres criados, limitados, espirituais, malignos e imundos. O obreiro aprovado pelo Senhor busca apontar tão somente o Senhor, e não ele mesmo. O crente deve ter uma vida irrepreensível. Isso só é possível na vida do crente através do poder redentor, libertador e purificador do sangue de JESUS mediante a fé SUBSÍDIO DIDÁTICO - top1
Professor, após fazer uma ou duas leituras desse primeiro tópico (refiro-me a leitura pessoal de estudo da lição, não em classe), medite na seguinte reflexão acerca da pregação, a fim de internalizar mais a ideia do que representa um arauto do Rei, o pregador do Evangelho: "São inúmeros os requisitos exigidos de um bom mensageiro de JESUS CRISTO, uma vez que desempenha o papel de arauto do Rei. Por outro lado, para que lhe demos tão alto qualificativo (de bom pregador), precisa ele preencher certas exigências indispensáveis. Entre outras, que possua grande piedade, e seja homem de oração, portador de dons naturais, cultura - geral e específica - e habilidades, especialmente na Palavra de DEUS; que ame ao Senhor e às almas; que tenha vida espiritual plena, pois o batismo no ESPÍRITO SANTO é ponto de partida e imprescindível.
Íntima comunhão com DEUS. Um ardente amor ao Pai, ao Filho e ao ESPÍRITO SANTO manterá o pregador ligado com o Céu e 'as coisas que são de cima' (Cl 3.1). Só assim conseguirá levar uma vida de oração, consagração e fé, procedimentos indispensáveis a um homem de DEUS. Haja em seu interior a chama divinal, grande amor pelas almas e profundo desejo de conhecer cada vez melhor a Palavra de DEUS, que é a mensagem a ser pregada para alimentar tanto a sua alma quanto a de seus ouvintes (1 Tm 4.16). Se o desejo de DEUS é a salvação das almas também deve ser esta a vontade do pregador, seu mensageiro. Como depositário do conhecimento da Palavra e intérprete do divino querer, deve esforçar-se para desincumbir-se fielmente de tão sublime missão. Para isto, naturalmente, precisa ser cheio do ESPÍRITO SANTO. Com dom inefável, sua palavra será cheia de graça e poder, capaz de apontar a todo viajor o caminho da vida - JESUS CRISTO" (DANTAS, Anísio Batista. Como Preparar Sermões: Dominando a arte de expor a Palavra de DEUS. 22.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.23). SUBSÍDIO TEOLÓGICO - top2
"A próxima analogia de Paulo diz respeito à variedade de artigos em uma próspera casa antiga. Existem artigos caros, como os vasos 'de ouro e de prata'; mas existem também aqueles que são baratos, como os vasos 'de madeira e de barro'. Alguns servem 'para honra', para propósitos nobres, como por exemplo, para serem admirados pelos convidados durante os banquetes; alguns servem 'para desonra', a propósitos humildes, comuns, como conter o lixo que será eliminado. A metáfora era comum na antiguidade, tanto no Antigo (Jr 18.1-11) como no Novo Testamento (Rm 9.19-24), mas a aplicação do apóstolo neste contexto é nova.
A expressão 'De sorte que', no início do verso 21, liga a aplicação desta analogia ao verso 19, que diz que 'qualquer que profere o nome de CRISTO aparte-se da iniquidade', 'Se alguém se purificar destas coisas' - do reino do ignóbil, ou seja, do falso ensino - essa pessoa 'será [um] vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor e preparado para toda boa obra'. Somente o vaso 'santificado e idôneo', nobre e honorável é que possui o mais elevado valor. O que importa não é o valor dos vasos ou do material de que são feitos, mas o conteúdo de cada um. Então, a fim de se enquadrar nesse perfil, cada um deve ser 'santificado', isto é, separado para os propósitos sagrados, afastando-se dos ensinos e da prática do mal" (Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.1495). SUBSÍDIO DIDÁTICO - top3
Caro professor, o princípio destacado neste tópico é importante para fazermos uma autocrítica em nossa jornada no magistério cristão. Quantas vezes perdemos tempo com temas sem importância, por exemplo, coisas como "o tamanho da arca de Noé", "o cumprimento da roupa do sacerdote" etc.? E muitas vezes não nos apropriamos do princípio da Palavra. Um exemplo clássico são as parábolas de JESUS. Quando deveríamos, por exemplo, na parábola do filho pródigo, focar o princípio do reconhecimento da miséria humana e de seu pecado e de um verdadeiro arrependimento, gastamos tempo no comportamento do irmão mais velho, da postura do pai etc. Por isso, é importante estudarmos bem qualquer passagem bíblica a fim de termos o pleno domínio sobre o que é essencial ensinarmos e o que são informações secundárias. PARA REFLETIR - A respeito das Cartas Pastorais:
Segundo a lição, quais as duas características do obreiro aprovado?Obreiros que ensinam sem engano e com pureza.
O que motivava Paulo a pregar o Evangelho?A motivação do apóstolo Paulo era pregar o Evangelho por amor dos santos (2 Tm 2.9).
Qual era o alvo de Paulo?
JESUS CRISTO (Fp 3.13-14).
De acordo com a lição, o que visam os falsos obreiros?
Enganar os incautos com argumentos falsos e logro.
Quais os dois tipos de vasos citados por Paulo?
Vaso para honra e para desonra. CONSULTE a Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 63, p. 42, Você encontrará mais subsídios para enriquecer a lição. São artigos que buscam expandir certos assuntos. SUGESTÃO DE LEITURA Preparar Sermões, Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento e O Que Todo Professor de Escola Dominical Deve Saber COMENTÁRIOS DE VÁRIOS AUTORES COM ALGUMAS MODIFICAÇÕES DO Ev. HENRIQUE APROVADO -- DOIS TIPOS DE APROVAÇÃO. 1- Milagres, prodígios e sinais 2- Fidelidade à Palavra de DEUS - a bíblia. Percebe-se por ai que poucos são aprovados. Aprovado por DEUS? Como DEUS demonstra sua aprovação? Atos dos Apóstolos: 2. 22. Varões israelitas, escutai estas palavras: A JESUS, o nazareno, varão aprovado por DEUS entre vós com milagres, prodígios e sinais, que DEUS por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis. 2 Coríntios: 10:18. Porque não é aprovado aquele que se recomenda a si mesmo, mas sim aquele a quem o Senhor recomenda 2 Timóteo: 2. 15. Procura apresentar-te diante de DEUS aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. Paulo diz: "Eu sei em quem tenho crido". Essa deve ser a avaliação. Intimidade com DEUS, falar com e ouvir a voz de DEUS, ser instrumento de DEUS para abençoar as pessoas. Vaso é feito de barro, no caso que estudamos (nós). Vaso é frágil. Este vaso vai guardar como depósito o maior tesouro que existe. O ESPÍRITO SANTO.
É preciso que o vaso esteja limpo para conter esse azeite de unção. Onde esse vaso for colocado deverá ser visto como vaso que conduz as pessoas a honrar o santo nome de DEUS. Os vasos de honra ensinam a bíblia inspirados e dirigidos pelo ESPÍRITO SANTO. Vasos para desonra são principalmente os vasos que não contêm o azeite por estarem sujos ou por conterem heresias que serão destiladas aos tardos de conhecimento. Só servem para que o nome de DEUS seja blasfemado. Pinico seria um bom nome para esse vaso. Só se torna vaso para honra depois que ouve o evangelho e nele crê. Alguns Calvinistas usam esse assunto de vasos para dizer que alguns foram escolhidos antes para serem para honra e outros para desonra (exemplo - Judas). DEUS não faz nada que não presta. O próprio vaso é que escolhe de que quer ser cheio. Só este versículo coloca por terra todo esse assunto de predestinação antes de se converter. Efésios: 1. 13. no qual também vós, tendo ouvido a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, e tendo nele também crido, fostes selados com o ESPÍRITO SANTO da promessa. PRIMEIRO OUVIR, DEPOIS ACREDITAR, DEPOIS RECEBER O ESPÍRITO SANTO. Nascemos vasos naturais, depois aceitamos a CRISTO e nos tornamos vasos espirituais, mas se não perseverarmos na sã doutrina e em santificação podemos noz tornar vasos carnais. Nenhum vaso nasce perfeito. Perfeito vai ser o que estará dentro dele se vier a aceitar a CRISTO. Elias era homem levado as mesmas paixões que nós, no entanto...Pedro era homem iletrado e bravo, no entanto... Paulo perseguia os cristãos, no entanto...O que muda o vaso é o que entra nele. Deixemos o ESPÍRITO SANTO nos encher e não sejamos cheios da coisas do mundo. "Muito espirituais" hoje em nossa igreja não são os muito usados por DEUS, pois esses são espirituais mesmo. Na verdade muito espirituais são os pregadores e ensinadores da teologia da prosperidade, são os teólogos e pregadores que só falam bonito, usando palavras difíceis ou nos originais, mas as suas pregações e ensinos estão recheados de heresias. Ninguém é curado, batizado ou liberto quando pregam ou ensinam, as decisões são falsas. Procura-se os que decidiram e não se encontra na semana seguinte. Foi tudo só emoção, nada espiritual. O vaso não é muito importante mesmo. Convém que o vaso desapareça e seu oleiro apareça, Também seu conteúdo faça bem às pessoas. O conteúdo do vaso, Esse sim é importantíssimo. No caso desses vasos aqui o oleiro é JESUS e seu conteúdo o ESPÍRITO SANTO. Tem vaso lindo, mas com esterco de pombos por dentro (sepulcro caiado) No caso da lição os vasos eram lindos (chamados espirituais), mas ensinavam e pregavam heresias, seu conteúdo era mortal. Por isso a aparência pouco importa, pois DEUS usa dos remidos o menor e dos vasos os mais simples. O problema é quando o oleiro acha defeito no vaso. tem que quebrar para consertar. Dói muito! A linha construtiva para Timóteo seguir é dar provas das suas próprias qualidades como transmissor eficiente e totalmente fidedigno da sã doutrina e e despertar o dom do ESPÍRITO SANTO que lhe concedia autoridade de DEUS em seu ministério e poder para ajudar aos outros,m mantendo assim os falsos mestres abaixo de sua posição eclesiástica.
sem despertar o dom do Espírito Santo Timóteo estaria de igual modo com os falsos profetas ou Mestres.
Então a diferença é o dom do Espírito Santo
Pois na Igreja de Éfeso havia bons oradores que eram falsos Mestres ou seja eram bons de lábios
Isso mesmo, a diferença estaria no espiritual, pois no intelectual Timóteo perderia. Eram mestres mais velhos e experientes.
Paulo não é nada bobo. Sabendo disto apela para Timóteo que sua única saída era a espiritual, se desejasse a obediência e o respeito de todos. Veja o testemunho de Paulo aos Coríntios sobre isto: E eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria. Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado. E eu estive convosco em fraqueza, e em temor, e em grande tremor.
E a minha palavra, e a minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder; Para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus. 1 Coríntios 2:1-5
Paulo sabia que falsos mestres não têm poder de DEUS. DEUS não autentica falsos ensinos. Veja hoje os anti-pentecostais como os tradicionais e igrejas históricas. São exímios mestres, mas sem nenhum poder. É um lindo evangelho falso. Sem confirmação ou autenticação de DEUS. Já começaram errados, pois JESUS disse: Ficai em Jerusalém até ... Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria, e até aos confins da terra. Atos 1:8. Eles saíram abrindo Igrejas antes de receberem a promessa, a permissão de DEUS, o poder de DEUS. DEUS sempre mostrou quem fala o que ELE mandou assim: Testificando também Deus com eles, por sinais, e milagres, e várias maravilhas e dons do Espírito Santo, distribuídos por sua vontade? Hebreus 2:4 NOVOS ENCORAJAMENTOS AO SERVIÇO E AO SOFRIMENTO - 2:1-13 1. Paulo agora aplica a moral da exortação anterior a Timóteo. Tu, pois. . . traduz literalmente o Grego, com seu tom enfático. O jovem discípulo foi lembrado da sua ordenação, da devoção do próprio Apóstolo ao evangelho, e do brilhante exemplo de Onesíforo. Agora é a vez de Timóteo demonstrar seu valor e fortificar-se na graça que está em CRISTO JESUS. O verbo é tipicamente paulino: cf. Rm 4:20; Ef 6:10; Fp 4:13. A força de na com graça é provavelmente instrumental: “por meio da,” ou “no poder da.” O acréscimo de que está em CRISTO JESUS sugere que, embora Paulo sem dúvida tenha em mente o dom especial outorgado na ocasião da ordenação (cf. 1:6-7), seu pensamento real diz respeito à graça no sentido cristão mais amplo. A expressão inteira (ver as notas sobre 1:1, 13) pode ser parafraseada como “a graça da qual somos recebedores mediante a comunhão com JESUS CRISTO.” Timóteo deve demonstrar hombridade- na sua resolução, mas a força verdadeira dos seus esforços virá da graça que CRISTO dá livremente. 2. Além disto, deve tomar medidas para transmitir o que ouviu da parte de Paulo a outros mestres fidedignos. O verbo (Gr. paratithes- thai) tem relacionamento com o substantivo (Gr. parathèké) usado em 1:12 e 14 (também 1 Tm 6:20) para a mensagem cristã ortodoxa que é entregue a Paulo e Timóteo como um depósito sagrado. Logo,o que de minha parte ouviste não denota instrução geral na fé cristã, mas, sim, o próprio evangelho apostólico. Se o sentido geral daquilo que Paulo está dizendo fica claro, não fica tão fácil determinar exatamente o que quer dizer com através de (Gr. dia) muitas testemunhas. A maioria dos autores entende que através de é o equivalente de “na presença de.” Paulo está ressaltando, portanto, que quando pregou a Timóteo ou (o que parece mais provável) entregou a ele a mensagem do evangelho, estava na presença de muitos circunstantes. Desta forma, a solenidade da incumbência foi destacada ou, alternativamente, as pessoas presentes serviam para corroborar que sua doutrina era sã. Se tal idéia for aceita, seria natural interpretar o versículo como uma referência a alguma ocasião específica, tal como o batismo de Timóteo ou (melhor ainda) sua ordenação, quando se pode supor que o Apóstolo publicamente impressionou sobre ele um esboço da fé. Esta é provavelmente a melhor explicação do texto; também concorda bem, se a referência diz respeito ao comissionamento formal de Timóteo, com a ênfase sobre sua ordenação em 1:6 e 14. Outros autores, no entanto, argumentam que assim o papel das testemunhas não está tratado à altura, e preferem dar a através de o significado de “com a atestação de.” Segundo esta exegese, duas alternativas estão abertas. (a) Paulo está lembrando Timóteo do seu hábito de citar autoridades para seu ensino (e.g. os profetas, os discípulos do Senhor: cf. 1 Co 15: 3-11), especialmente quando se tratava de assuntos dos quais não tivera experiência direta. Mas se este fosse o significado dele, o que de minha parte ouviste não seria a maneira natural de expressá-lo; teríamos esperado algo como “O que transmiti a ti.” A lição de Paulo, portanto, deve ser, pelo contrário (bj que Timóteo teve a oportunidade de averiguar a versão do evangelho que recebeu do seu mestre, mediante testemunho independente, e, portanto, pode ter dupla certeza da sua autenticidade. As muitas testemunhas devem incluir Barnabé, sua própria avó e mãe, e numerosas outras pessoas de peso e autoridade. Todas estas dificuldades, tem sido alegado (B. S. Easton), desaparecem se reconhecermos que se trata realmente de um Pastor no século II que, à guisa de Paulo, está dirigindo-se a um neófito no ministério que nunca viu nem conheceu o Apóstolo pessoalmente. Podemos, então dar a dia seu significado original; é “através de” muitos intermediários, inclusive o próprio Pastor, que o neófito recebe a tradição paulina. Embora seja altamente engenhosa, duvida-se se esta proposta é admissível mesmo se a teoria geral da qual faz parte pudesse ser aceita. Se este tivesse sido seu significado, podemos ter a certeza que o escritor não teria ditode minha parte ouviste, que, mesmo admitindo a ficção, somente pode dar a entender que o endereçado tinha sido pessoalmente um aluno de Paulo; nem testemunhas é uma descrição natural, na linguagem idiomática do século II, de uma sucessão de (ensinadores acreditados. £ possível notar que em 1 Tm 6:12 tem seu significado original de circunstantes que, dalguma maneira, testemunham ou atestam. Nenhum crédito especial pode ser conseguido “pelo significado original” de dia, pois o uso técnico “na presença da” é bem apoiado. Finalmente, parece incrível que, depois de construir com tanta perícia sua fachada de verossimilhança, o autor pseudonímico tivesse repentinamente resolvido esmiuçá-la. O conselho de Paulo a Timóteo no sentido de passar o evangelho apostólico a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros é de interesse imenso por conter, em forma embriônica, as idéias germinadas, estreitamente relacionadas entre si, da tradição da revelação original e de uma sucessão de pessoas autorizadas, encarregadas com a responsabilidade de transmiti-la intata. Essencialmente as mesmas idéias, embora expostas de modo menos explícito, aparecem nas cartas anteriores de Paulo, e.g., 1 Co 11:23; 15:1 ss. Desde o começo, o conceito da tradição, ou da transmissão da revelação original, era integrante do cristianismo. Nesta passagem, onde se ressalta o evangelho transmitido, estamos claramente numa etapa primitiva; em contraste, por exemplo, com 1 Qem. xlii. 2-4; xliv.2 (freqüentemente citado como paralelo), não se expõe nenhuma teoria de sucessão apostólica. Não há qualquer sugestão de apóstolos como tais transmitindo a fé para bispos e diáconos, mas simplesmente temos o próprio Paulo dando instruções a Timóteo, e seu interesse é mais na fidelidade do que na posição dos homens que Timóteo selecionará. 3. Paulo agora conclama Timóteo: Participa dos meus sofrimentos. O destino de um evangelista e líder cristão é estar cheio de dificuldades, sendo que uma boa amostra está sendo providenciada pela presente situação difícil de Paulo. O mesmo verbo é usado como em 1:8. Como ilustrações, o Apóstolo passa a apontar a experiência do soldado, do esportista, e do lavrador. Todos os três — o primeiro com seu desvinculamento doutras coisas, o segundo com seu treinamento rigoroso, o terceiro com sua labuta infatigável — refletem aspectos diferentes na vida de qualquer pessoa que se dedica ao serviço de CRISTO. Estes eram exemplos clássicos na diatribe popular daqueles tempos; o próprio Paulo anteriormente empregara todos os três no espaço de um único capítulo (1 Co 9:7,24). 4. Destarte, Timóteo é exortado a portar-se, a despeito do seu acanhamento e timidez naturais, como bom soldado de CRISTO JESUS. Além de ser resistente sob as condições das piores provações, há duas características especialmente relevantes que pertencem a um homem em serviço ativo. Primeiramente, não se envolve em negócios desta vida (de civil); e, em segundo lugar, é dominado pelo desejo único de satisfazer àquele que o arregimentou. Não somente o soldado é aliviado, por sua profissão, da necessidade, e até mesmo da possibilidade de ganhar sua vida da maneira normal, como também as exigências do serviço militar necessitam sua atenção total dada à realização dos planos do seu oficial comandante. A segunda cláusula, o seu objetivo é satisfazer. . ., faz uma conexão um pouco desajeitada com a cláusula principal, mas o significado está claro. Às vezes tem sido tirada a conclusão que os ministros ordenados não devem ocupar-se em negócios ou no comércio, ou até mesmo no matrimônio, e que no ponto de vista do escritor há alguma coisa errada, ou de qualquer maneira de segunda categoria, nas atividades da vida comum. Esta é, no entanto, uma maneira pedante de aplicar erroneamente sua intenção, que é simplesmente insistir que Timóteo, e, presumivelmente, líderes cristãos numa posição análoga, devam cortar fora da sua vida qualquer coisa, por melhor que seja em si mesma, que tende a desviá-lo do serviço total a JESUS CRISTO. Indica em 1 Tm 3:2, 12; Tt 1: 6 sua aceitação do fato de que os superintendentes e diáconos seriam casados. 5. Paulo tira sua segunda ilustração do atleta profissional que participava, dos jogos que eram um aspecto tão destacado do cenário greco-romano. Para seu emprego de metáforas do esporte, ver as notas sobre 1 Tm 4:7; 6:12. O atleta não é coroado, indica ele, ou seja: não pode ganhar o prêmio no evento específico, se não lutar segundo as normas. Tem havido muito argumento sobre se estas normas (o Grego tem o advérbio nominós, i.é, “licitamente:” cf. 1 Tm 1:8) são (a) as regras específicas do jogo em epígrafe, ou (b) os regulamentos impostos sobre os atletas que participam dos jogos públicos, os quais, a fim de manter padrões altos, incluíam preceitos acerca do treinamento. Como exemplo destes últimos, os competidores nos Jogos Olímpicos tinham de diante de uma estátua de Zeus, jurar que tinham ficado em treinamento rigoro- so durante 10 meses (Pausânias, Graec. descr. v. 24. 9). Existem as duas possibilidades, mas visto que trapacear não é relevante ao tema de Paulo, ao passo que a árdua auto-disciplina o é, (b)parece ser muito mais plausível do que (a). 6. O pensamento de Paulo já começou a avançar das privações envolvidas no serviço cristão dedicado para o galardão que o coroará. Esta idéia fica sendo mais destacada na sua terceira ilustração,, tirada do lavrador que trabalha. A ênfase recai sobre o verbo, sendo que a lição de Paulo é que o lavrador que realmente se esforçou no campo deve ser o primeiro a participar dos frutos, i.é, tem prioridade sobre os que ou não fizeram nada ou ficaram totalmente desocupados. A analogia não é, conforme sugerem alguns autores, forçada, encaixada ali porque o escritor notou sua ocorrência em 1 Co 9:10-11. A mente de Paulo foi naturalmente dirigida aos galardões mediante sua menção da coroa do atleta. Por alguma razão, considera apropriado lembrar Timóteo acerca da bênção especial que DEUS derramará sobre o ministério de um evangelista trabalhador e fiel. Mas também tem em mente, não menos do que em 1 Co 9:10- 1, o sustento material que o líder apostólico tem direito de esperar da parte da comunidade onde tem labutado (cf. 1 Tm 5:17-18). Deve ser notado que o verbo traduzido trabalha (Gr. kopiãn) é especialmente apropriado, sendo quase um termo técnico no vocabulário de Paulo para a obra ministerial (ver 1 Tm 5:17). 7. No versículo seguinte, Pondera o que acabo de dizer, pode ser interpretado “Calcula ou que estou querendo transmitir” (Gr. noei holegó). Com um tato fino, Paulo deixa Timóteo descobrir por si mesmo as implicações mais profundas das suas três parábolas, especialmente, talvez, a alusão a seus honorários da parte da comunidade. Esta exegese é confirmada pelo encorajamento que ele acrescenta, porque o Senhor te dará compreensão em todas as coisas, i.é, em matérias como estas não menos do que em questões mais pesadas. Para a iluminação que DEUS dá ao homem espiritual, cf. 1 Co 2:10,15. 8. O v. 7 foi quase um parêntese; Paulo agora resume seu tema, e representa CRISTO como a inspiração suprema do serviço cristão. O discípulo deve “ter em mente” (Lembra-te) o próprio Messias, que, embora agora, reine em glória, foi ressuscitado dentre os mortos. A sugestão provavelmente é que até mesmo Ele teve de palmilhar o caminho da cruz e provar da morte antes de seu exaltado. O Apóstolo faz sua lembrança tanto mais impressionante ao revesti-la de um fragmento de matéria tipo credo, semi-esteriotipada, que Timóteo provavelmente sabia de cor. A ordemJESUS CRISTO, sem precedentes em 2 Timóteo, e o acrés cimo de descendente de Davi, que é irrelevante no contexto, bem como a estrutura, confirmam que o refrão é uma citação. A fórmula é primitiva, provavelmente de origem cristã judaica, e se assemelha àquela citada por Paulo em Rm 1:3-4. Estes são os dois únicos refrões tipo credo, desta natureza no N.T., que ressaltam a descendência davídica do Salvador; para exemplos posteriores, cf. Inácio, Eph. xviii.2; Trall. ix. 1; Rom. vii. 3; Smym. i. 1. 9. “Este é o meu evangelho, ” declara Paulo; a frase parafraseia a expressão tipicamente paulina (cf. Rm 2:16; 16:25; 1 Tm 1:11): segundo o meu evangelho. Noutras palavras, a verdade entesourada no fragmento de credo que acaba de ser citado é o coração da mensagem que foi confiada a Paulo, e “ao pregar o qual” (lit. no qual, que indica o evangelho como a esfera dos seus sofrimentos) estou sofrendo até algemas, como malfeitor. Paulo volta, como faz tão freqüentemente nesta carta, a sua própria pessoa como exemplo para Timóteo. A palavra malfeitor (Gr. kakourgos) é enfática, e no N.T. é só usada fora deste trecho para os bandidos que foram crucificados juntamente com JESUS (Lc 23:32, 33, 39). Na linguagem técnica jurídica era reservada para assaltantes, assassinos, traidores, e pessoas assim. O emprego dela aqui sugere as condições da prisão nerônica mais do que o aprisionamento relativamente brando de At 28. Esta passagem contém ainda outra indicação da vergonha e do ressentimento que Paulo sentia por causa do seu confinamento. Tanto mais exultante, portanto, soa sua interjeição triunfante: contudo, a palavra de DEUS não está algemada. Como em lT s2:13; 2 T s3 :l. A palavra de DEUS, que aqui é equivalente a meu evangelho supra, é quase personificada. A despeito das restrições impostas sobre seu pregador, continua a espalhar-se, conquistando homens para DEUS. Ficamos lembrando Fp 1:12-18, onde nota que sua prisão (a primeira), longe de impedir o evangelho, deu aos seus colegas cristãos a confiança de pregar a palavra de DEUS com excepcional destemor. 10. Mas não está pensando primariamente, nesta passagem, da pregação feita por outros. A idéia que quer transmitir a Timóteo é que os próprios sofrimentos que está deplorando têm uma relevância positiva, evangelística. Declara, portanto: Por esta razão, (as palavras referem-se às expressões que hão de seguir:por causa dos. . . e para que. . . ) tudo suporto por causa dos eleitos, para que também eles obtenham a salvação em CRISTO JESUS. Aqui os eleitos de DEUS denota aqueles que a eterna predestinação de DEUS escolheu para receberem a salvação (Rm 8:33; Cl 3:12; Tt 1:1), mas que ainda não corresponderam à Sua chamada. O que Paulo está dizendo não é simplesmente que o exemplo da sua perseverança será uma inspiração para outros, mas, sim, que o motivo mais profundo da sua aceitação paciente das adversidades é a convicção de que, desta maneira, realmente está fazendo com que seja mais fácil para eles chegarem à salvação. Sua pressuposição aqui, como em Cl 1:24 (passagem esta que deve ser cuidadosamente comparada com a presente passagem), é que há um montante predeterminado de sofrimento que a comunidade messiânica, o corpo de CRISTO, deve padecer antes do Fim poder vir. Para as tribulações que, conforme o pensamento cristão primitivo, devem anteceder o fim, cf. Mt 24:6 ss.; Mc 13:7 ss.; Lc 21:9 ss. (esp. 24); 2 Ts 2:1-12. Quanto mais o próprio Paulo, portanto, sofre agora, tanto menos seus irmãos que também estão “em CRISTO” terão de sofrer pessoalmente, de modo que ele apressará a vinda do Fim. Desta maneira, sua angústia e seu martírio realmente preparam o caminho para outros,para que também eles obtenham a salvação que está em CRISTO JESUS. A certeza que o Apóstolo tem da sua própria salvação é ressaltada notavelmente pela palavra também. As palavras a salvação que está em CRISTO JESUS transmitem muito mais do que o fato de que a salvação do cristão lhe advém de CRISTO. Como em 1:1 ; 9,13; 2:1 (ver as notas ali), contêm a essência do evangelho de Paulo, que é que o crente é nova criatura como resultado de ser unido com CRISTO (cf. 2 Co 5:17). E o resultado concomitante desta salvação será a eterna glória. Este fato é ilustrado por Rm 5:2, onde Paulo descreve como os cristãos exultam na glória divina que há de ser deles. Quer dizer aquela glória refletida de DEUS com que Adão era. revestido no Jardim do Éden, mas da qual os homens depois foram privados como resultado da Queda (Rm 3:23). É esta glória que será revelada em nós e para nós no Fim (Rm 8: 18), e que em 2 Co 4:17 o Apóstolo representa como sendo “eterno peso de glória, acima de toda comparação,” que deixará na sombra quaisquer aflições que porventura soframos no presente momento. 11, 12. Paulo completa esta seção com outra “palavra fiel.” Para esta expressão, um chavão nas Pastorais, cf. 1 Tm 1:15; 3:1; 4:9; Tt 3: 8. Alguns comentaristas, seguindo Joio Crisóstomo, identificam a palavra com aquilo que antecede, ou de qualquer maneira com alguma parte dele (e.g. v. 8); apoiam este argumento dizendo que os versículos que se seguem não podem estar em mira, pois começam com a partícula (no original) “Pois.” Estão, porém, claramente enganados. O v 8 é separado por um espaço de dois versículos, e nada há de aforístico ou de qualquer maneira semelhante a uma citação no restante das observações de Paulo, ao passo que as linhas seguintes (llb-13) têm precisamente este caráter. A explicação óbvia de “Pois” e' que o extrato citado é incompleto; Paulo o começa numa altura relevante ao seu assunto, sem levar em conta a abertura abrupta. Parece certo, portanto, que Fiel é a palavra se refere a w. llb-13. Sua estrutura paralela e seu caráter rítmico tomam provável que é um extrato de um hino litúrgico, provavelmente familiar a Timóteo e à comunidade (cf. 1 Tm 3:16 para o uso semelhante de um hino); a última linha (pois de maneira nenhuma pode. . .) que quebra o padrão, pode ser uma glosa acrescentada pelo próprio Paulo. O hino parece ser de proveniência cristã judaica, sendo que sua primeira estrofe relembra Rm 6:8 e sua terceira estrofe, o dito do Senhor relatado em Mt 10:33. Tem sido descrito como um encorajamento aos cristãos enfrentando a perseguição, mas o rito do batismo (ver notas abaixo) tem uma reivindicação muito mais forte para ser a origem deste hino. É, no entanto, inútil agora esperar que possamos identificar seu âmbito original com perfeita precisão. Tudo quanto podemos saber com certeza é que o motivo de Paulo em citá-lo era inculcar a conexão entre a comunhão do cristão com CRISTO no sofrimento e na glória. Um contexto batismal certamente é sugerido por se já morremos com ele, também viveremos com ele. Este morrer com CRISTO não é primariamente, conforme muitas vezes tem sido proposto, a morte por meio de sofrer o martírio por Ele, mas, sim, a morte ao pecado e ao próprio-eu que todo cristão prova no batismo. Paulo expõe sua doutrina mística disto em Rm 6:2-23, onde desenvolve o pensamento (ver esp. v. 8, ao qual esta linha é quase idêntica) de que ser reunido com CRISTO na Sua morte acarreta ser reunido com Ele na Sua ressurreição e participar da Sua vida glorificada. Cf. também Cl 3:3. Mas a morte do cristão com CRISTO no batismo é apenas uma primeira prestação. É sua vocação, estando misticamente unido com o Crucificado, abraçar uma vida de provações e adversidades. Mesmo assim, recebe sua recompensa, pois se perseveramos, também com ele reinaremos. A linha cristaliza a esperança cristã primitiva de que, quando CRISTO voltar em glória para reinar (1 Co 15:24-25), os santos que perseveraram se assentarão em tronos como reis lado a lado com Ele (Ap 1:6; 3:21; 5:10; 20:4). A chamada à perseverança, subentendida, também se encaixa com a situação batismal. O Evangelho segundo Marcos, escrito apenas uns poucos anos mais tarde, demonstra quão profunda era a convicção da igreja que a adversidade era da essência do discipulado. Mas o que acontece se o negamos na realidade? A resposta severa, baseada na própria advertência (Mt 10:33), é que ele por sua vez nos negará. A referência, outra vez, é ao Juízo Final, quando o Senhor Se recusará a reconhecer os que O negaram. 13. O hino passa, então, a considerar uma possibilidade original se somos infiéis. Alguns interpretam isto (Gr. apistoumen) como sendo equivalente a “se abandonarmos a fé nEle,” i.é, apostarmos. Mas assim teríamos uma repetição do pensamento da frase anterior; desconsidera, também, o fato de que o verbo está no presente (de ação contínua?), e não no futuro, como negará. Daí, a paráfrase “se deixarmos de viver à altura da nossa profissão,” ou “se pecarmos e nos revelarmos instáveis nas provas e tentações,” parece ressaltar melhor o significado. A resposta que esperamos segundo a lógica rígida é: “Ele também será infiel,” mas o paradoxo do amor divino não permite tal coisa. A verdade é proclamada de modo triunfante: Ele permanece fiel.Isto não significa: “DEUS cumpre Sua palavra tanto para a recompensa quanto para o castigo” (W. Lock), i.é, inexoravelmente exige a penalidade devida à nossa apostasia. A grande afirmação do hino é que, por mais inconstantes e infiéis que os homens sejam, o amor de DEUS continua inalterável, e Ele permanece fiel às Suas promessas. Conforme a expressão de Paulo em Rm 3:3-4, a infidelidade dos homens serve apenas para destacar a fidelidade de DEUS; afinal das contas, Ele nos salvou, “não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça” (1:9 supra). E a explicação, é lógico, é que de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo. Ser fiel no meio de tudo, a despeito do pior que os homens podem fazer, é a essência da Sua natureza. Conforme foi sugerido supra, a cláusula final pode ser um comentário explicativo do próprio Apóstolo, mas muitos sustentam que está plenamente dentro do espírito do hino e é necessária para completar o pensamento. Seja qual for a certa entre estas duas interpretações, o alvo desta quarta estrofe não é, naturalmente, abrir a porta para ao desvio e à apostasia, mas, sim, fornecer um bálsamo para consciências perturbadas. UMA CONCLAMAÇÃO PARA EVITAR O FALSO ENSINO - 2:14-21 14. Tendo feito o melhor que podia para inspirar em Timóteo coragem para enfrentar o sofrimento no espírito de CRISTO, Paulo passa a instruções específicas acerca da sua pregação, prestando atenção especial à ameaça crescente da heresia. Já ressaltara a importância do ensino sadio modelado no dele mesmo (1:12-14; 2:1-2), e agora manda-o: Recomenda estas coisas (“Continua lembrando as pessoas destas coisas”), i.é, na primeira instância, da verdade profunda do evangelho resumida nos w. 11-13, mas também, mais geralmente, da mensagem cristã conforme a aprendera do Apóstolo (2:2). O verbo (Gr. hupomimnêske: lit. “lembrar”) está no presente do imperativo, o que indica que esta deva ser a prática regular dele; daí a tradução “Continua...” É especialmente importante, ressalta Paulo, advertir as pessoas solenemente (para Dá testemunho solene a todos perante DEUS, cr. 1 Tm 5:21) para que evitem contendas de palavras. Esta tradução parece preferível à de Moffatt, “que não troquem argumentos”, que dá a entender que o Apóstolo está desencorajando debates públicos com os hereges. Esta interpretação não produz um quadro plausível em si mesmo; e de qualquer maneira o substantivo relacionado, “disputa acerca de palavras” (Gr. logomachia) se acha em 1 Tm 6:4, onde indubitavelmente tem o significado de fazer sofismas acerca de palavras. O que Paulo está sublinhando aqui é o perigo de ficar envolvido naquele tipo de discussão teológica que, no fim, é puramente verbal, não tendo nada a ver com as realidades da religião cristã. Embora suas críticas severas tenham uma aplicação geral, visam, primariamente, indivíduos específicos em Éfeso. Seja qual for o conteúdo dos seus ensinos (infelizmente, Paulo apenas nos dá uns indícios muito fragmentários quanto a eles), está certo de que a discussão à qual dão origem é um perder-se em minúcias sem proveito acerca de palavras, o tipo de argumentação que para nada aproveita, e que é só para a subversão dos ouvintes. 15. A linha construtiva para Timóteo seguir é dar provas das suas próprias qualidades como transmissor eficiente e totalmente fidedigno da sã doutrina. Paulo o exorta, portanto: Procura apresentar-te a DEUS, aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar. Apresentar- te a DEUS (para o verbo, Gr. parastèsai, cf. Rm 6:13; 1 Co 8:8) aprovado (o adjetivo grego dokimos tem a idéia de “testado” e “aprovado”). A figura emobreiro é a de um trabalhador agrícola (cf. Mt 20:1, 8). O adjetivo que o acompanha (Gr. anepaischuntos) pode significar “que não tem vergonha da sua profissão,” retomando e repetindo, assim, o pensamento de 1:8 (cf. Rm 1:16; Hb 2:11; 11:16). Mas este sentido é estranho ao contexto, que pinta o quadro do trabalhador que fez bem o seu serviço e que pode, portanto, submetê-lo ao seu empregador sem dúvidas ou embaraço. A cláusula seguinte contém o peso da incumbência dada por Paulo. Timóteo cumprirá sua tarefa de modo eficiente, e assim se capacitará a enfrentar DEUS sem sentir vergonha, ao manejar bem a palavra da verdade. Por palavra da verdade alguns têm entendido a Escritura, mas tanto o contexto como o uso por Paulo da mesma expressão noutros lugares (Ef 1:13; Cl 1:5) confirmam que representa o evangelho, a mensagem cristã como um todo. As demais palavras são uma tentativa de traduzir o verbo grego raro orthotomein (lit. “cortar retamente”), achado somente aqui e em Pv 3:6; 11:5. Alguns argumentam, com base no seu significado literal, que a figura de Paulo deve ser a de um pedreiro cortando uma pedra (aqui a palavra da verdade) conforme o padrão correto (i.é, o padrão do evangelho). Outros notando que o obreiro é um lavrador agrícola, seguem João Crisóstomo em supor que é a figura de um arado cortando um sulco reto. Do outro lado, nas duas passagens em Provérbios o verbo é usado com hodous (= “estradas”) e claramente significa “cortar uma estrada reta,” ou “fazer uma estrada numa direção reta;” há também muitos exemplos do verbo “cortar” sendo usado para fazer estradas. Uma interpretação possível, portanto, é que Paulo está admoestando Timóteo, quando prega o evangelho, a seguir um caminho estreito, sem ser desviado por disputas acerca de meras palavras ou por conversa ímpia. 0 debate, no entanto, é provavelmente infrutífero (um exemplo da logomachia que Paulo deplora!), pois o sentido geral parece bastante claro, e a imagem subjacente, seja qual for, perdeu seu frescor e seu impacto. 16. Se positivamente a tarefa de Timóteo é pregar o evangelho em toda a sua pureza, negativamente ele deve Evitar igualmente os falatórios inúteis e profanos. Paulo outra vez está atacando o ensino dos sectários, em linguagem idêntica àquela que usou em 1 Tm 6:20. O substantivo sublinha sua futilidade, ao passo que o adjetivo sugere que é materialista na sua tendência, e que substitui a revelação divina pela especulação humana. Não admira que os que deles usam estejam condenados a passar a impiedade ainda maior. A construção é desajeitada no original, porque não há nenhum sujeito para a terceira pessoa no plural, passarão. O contexto, no entanto, especialmente deles no v. 17, estabelece que a referência é aos mestres do erro. Evidentemente, alegavam ser “avançados,” i.é, progressistas e intelectualmente vivos como cristãos (para o verbo prokoptein= “avançar” no sentido de fazer progresso, cf. Rm 13:12; G1 1:14; também 1 Tm 4:15 para o substantivo correlato prokopê). Daí a ironia deliberada no comentário de Paulo de que o único progresso que têm probabilidade de fazer está na direção da impiedade. 17. Igualmente desastrosa será sua influência sobre outros membros da igreja, porque a linguagem deles corrói (lit. “terá sua pastagem”) como câncer. Embora a tradução câncer às vezes tenha sido preferida, gangrena se adapta melhor tanto ao Grego (gaggraina) quanto ao sentido da passagem. Não são apenas os perigos do falso ensino aos aderentes deste que preocupam Paulo, como também sua tendência insidiosa de espalhar-se e infeccionar outras pessoas, assim como a gangrena se espalha e devora os tecidos próximos. Dois dos falsos mestres agora são mencionados pelo nome. Não se ouve falar noutro lugar de Fileto, mas Himeneu é referido em 1 Tm 1:20, onde somos informados que Paulo o excomungara. A despeito disto, parece ter continuado suas atividades com êxito, visto que aparece aqui como um dos líderes dos mestres do erro. Alguns têm achado surpreendente este fato, e tiraram a conclusão de que 2 Timóteo deva ter sido escrita antes de 1 Timóteo. A inferência, no entanto, é totalmente desnecessária; não podemos tomar por certo que a interdição de Paulo fosse instantaneamente eficaz em silenciar um herege, e, de fato, só porque Himeneu aparentemente podia desconsiderá-la é uma ilustração da situação difícil na igreja em Éfeso. 18. Paulo declara que estes dois se desviaram da verdade. Para o verbo (Gr. astochein: lit. “errar o alvo”), cf. 1 Tm 1:6; 6:21. O erro deles, continua ele, consiste em asseverar que a ressurreição já se realizou. Esta é uma indicação muito valiosa, a única que é realmente precisa e concreta nestas cartas, às crenças teológicas propriamente ditas dos separatistas. Embora muita coisa fique obscura, a interpretação mais provável é que escolheram identificar a ressurreição, não com o levantamento do corpo no último dia, mas, sim, com o morrer e ressurgir místicos que o cristão experimenta a sua iniciação batismal. Que esta é a explicação correta do ensino deles, que assim, com efeito, negava a ressurreição do corpo, é corroborado pelo relato de Irineu (Haer. 1. 23. 5) do que o gnóstico samaritano Menandro, que era discípúlo de Simão Mago (At 8:9 ss.), ensinava seus seguidores que, como resultado de terem sido batizados por ele mesmo, já haviam passado pela ressurreição e nunca envelheceriam nem morreriam. Cf. A tos de Paulo e Tecla xiv. A crença de que o corpo físico ressuscitará do túmulo era, naturalmente, integrante do cristianismo desde o início. Lado a lado com ela havia a crença, que não temos motivo para supor ter sido confinada a Paulo (para sua versão dela, cf. Rm 6:1-11; Ef 2:6; 5:14; Cl 2:13; 3:1-4), que o cristão passa por uma morte e ressurreição mística com CRISTO no batismo. A mentalidade grega, no entanto, com seu conceito da alma como sendo imortal, e da soltura do corpo, que é a prisão dela, como sendo sua verdadeira felicidade, sentia uma repugnância instintiva pela idéia da ressurreição física. Destarte, nos círculos helenísticos, Paulo desde cedo achou necessário (cf. 1 Co 15; At 17:32) combater o ceticismo completo acerca dela. É compreensível que pessoas com esta maneira de pensar achassem a idéia da ressurreição sacramental no batismo muito mais apropriada, e que confinassem a ela o seu ensino acerca da ressurreição. Tendências como estas tinham um atrativo especial sempre que o gnosticismo se estabelecia, e a presente passagem é evidência das tendênciias gnósticas dos sectários. Paulo declara que, ao ensinarem tais distorções, estão pervertendo a fé a alguns. É inevitável esse resultado, visto que a crença na ressurreição do corpo é a pedra angular do cristianismo; sem ela, conforme já asseverara aos coríntios (1 Co 15:17), “É vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados.” O perigo era tanto maior onde (conforme quase certamente ocorria no presente caso) a negação tinha sua origem numa depreciação do corpo, que abria a porta, de um lado, para a idéia da salvação-própria por meio de práticas ascéticas (cf. 1 Tm 4:3), e, do outro lado, para a indiferença moral (cf. 1 Co 6:12 ss.). A PRIMEIRA EPÍSTOLA A TIMÓTEO - J. N. D. Kelly - Novo Testamento - Vida Nova - Série Cultura Cristã. ESBOÇO DO CAPÍTULO 2 - William Hendriksen, 1 Timóteo, 2 Timóteo e Tito, São Paulo: Cultura Cristã, 2001, p. 191-6 (Comentário do Novo Testamento) Tema: O Apostolo Paulo Diz a Timóteo o que Fazer no Interesse da Sá Doutrina Ensine-a “Sofra dificuldades juntamente conosco” 2.1-13 Ainda que este ensino produza dificuldades, também traz grande galardão. 2.14-26 Pelo contrario, as discussões fúteis não tem um propósito. 1 - Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em CRISTO JESUS. 2 - E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros. 3 - Sofre, pois, comigo, as aflições, como bom soldado de JESUS CRISTO. 4 - Ninguém que milita se embaraça com negócio desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra. 5 - E, se alguém também milita, não é coroado se não militar legitimamente. 6 - O lavrador que trabalha deve ser o primeiro a gozar dos frutos. 7 - Considera o que digo, porque o Senhor te dará entendimento em tudo. 8 - Lembra-te de que JESUS CRISTO, que é da descendência de Davi, ressuscitou dos mortos, segundo o meu evangelho; 9 - pelo que sofro trabalhos e até prisões, como um malfeitor; mas a palavra de DEUS não está presa. 10 - Portanto, tudo sofro por amor dos escolhidos, para que também eles alcancem a salvação que está em CRISTO JESUS com glória eterna. 11 - Palavra fiel é esta: que, se morrermos com ele, também com ele viveremos; 12 - se sofrermos, também com ele reinaremos; se o negarmos, também ele nos negará; 13 - se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo. 14 - Traze estas coisas à memória, ordenando-lhes diante do Senhor que não tenham contendas de palavras, que para nada aproveitam e são para perversão dos ouvintes. 15 - Procura apresentar-te a DEUS aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. 16 - Mas evita os falatórios profanos, porque produzirão maior impiedade. 17 - E a palavra desses roerá como gangrena; entre os quais são Himeneu e Fileto; 18 - os quais se desviaram da verdade, dizendo que a ressurreição era já feita, e perverteram a fé de alguns. Em vista, pois, de tudo o que se disse no capitulo 1 - os exemplos de Fé e firmeza (Loide e Eunice, o próprio Paulo, Onesiforo), o dom do ESPÍRITO SANTO a Timóteo, a grande salvação que aguarda aos que perseveram, a maravilhosa vocação -, que Timóteo se esforce (ver 2Tm 1.6-8, 14; e quanto à própria palavra, ver At 9.22; ITm 1.12; 2Tm 4.17; e então Rm 4.20; Ef 6.10; Fp 4.13) nessa graça cristocêntrica que, como já se indicou, lhe fora dada “antes dos tempos eternos” (ver sobre 2Tm 1.9). A fortaleza de Timóteo na esfera da graça crescera se for cultivado o dom que a graça lhe concedeu. O apelo e uma vez mais expresso em linguagem de um temo afeto como a de um pai com seu filho; note a ênfase: “Voc., pois”, e o apelo ao cora..o', “meu filho” (ver sobre 2Tm 1.2). O que o pai (espiritual, Paulo) quer do filho (Timóteo) se encontra nos versículos 1-7. O que o pai espiritual, como exemplo ao filho, esta dizendo e incluído nos versículos 8-10a. O que todos os crentes deveriam ter em mente constantemente com respeito ao modo como se recompensa a fidelidade a CRISTO e se castiga a infidelidade, esta expressão de forma bem clara nos versículos 10b-13, e já esta implícito nos versículos 4-6. Ora, uma forma segura de fortalecer-se na graça e transmitindo a outros as verdades que se acham engastadas no coração e que estão guardadas na memória. De conformidade com isso, que Timóteo aja como mestre. Mais ainda, que produza mestres. Timóteo necessita dessa experiência, e o que e muito mais importante, a igreja necessita de mestres. Paulo esta para partir desta vida. Por muito tempo ele carregou a tocha do evangelho. Daqui em diante ele a Poe nas mãos de Timóteo, o qual, por sua vez, deve passa-la a outros. O depósito que foi confiado a Timóteo (ITm 6.20; 2Tm 1.14) deve ser depositado em mãos de homens dignos de confiança. Alem do mais, estes devem ser homens aptos para ensinar a outros (ITm 3.2), de modo que esses outros também, tanto quanto seus mestres, sejam instruídos na verdade redentora de DEUS. Essa verdade redentora ou evangelho de salvação, que Timóteo deve transmitir, aqui e exposto como “as coisas que você ouviu de mim entre muitas testemunhas”. Esta expressão indubitavelmente se refere a toda a serie de sermões e lições que o discípulo havia ouvido da boca de seu mestre durante o tempo em que esteve associado a ele desde o dia em que pela primeira vez se encontraram. Muitos haviam sido testemunhas125 dessa pregação e ensino. Que Timóteo se lembre de que a mensagem que ouvira da boca de Paulo lhe fora entregue entre ou em meio à'26 muitas testemunhas ou pessoas que estavam sempre dispostas a apoiar o testemunho do apostolo. 3. A tarefa de confiar o evangelho a homens de confiança (e, de fato, o ministério do evangelho em geral) significa trabalho árduo (v. 3). Não obstante, quando um homem luta de todo o coração pela boa causa, compete segundo as normas e trabalha com energia, ele recebera uma gloriosa recompensa (vv. 4-6; cf. 10b-13). Diz Paulo: Como nobre soldado de CRISTO JESUS, enfrente as dificuldades juntam ente com [nos]. Timóteo, pois, como um nobre ou excelente soldado de CRISTO JESUS, que lhe pertence e esta comprometido na guerra na qual a “cruz de JESUS” vai sempre adiante, não deve retrair-se, mas deve estar disposto a enfrentar as dificuldades (ver sobre 2Tm 1.18; 2.9), que nesse contexto significa muito mais que viver destituído de comodidades como soldados. Implica sofrer perseguição (2Tm 3.12). Deve estar disposto a suportar isso, diz o apostolo Paulo, “juntamente com...” Surge a pergunta: juntamente com quem? Em vista do fato de que no versículo precedente Paulo referiu-se apenas a si mesmo e a muitas testemunhas, e melhor traduzir: “juntamente conosco”, e não “juntamente comigo”, como em 2 Timóteo 1.8. 4, 5, 6. Esses versículos contem uma tríplice figura, começando com o símile do soldado, que e uma continuação do versículo 3. As três ilustrações seguem juntas e é evidente que devem ser consideradas como uma unidade para serem compreendidas: (a) Nenhum soldado em serviço ativo se embaraça nos negócios da vida civil,128 visto ser seu alvo agradar ao oficial que o alistou. (b) Al.m disso, se alguém está competindo num evento de atletismo, esse não deve receber o louro do vencedor, a menos que compita cumprindo as normas. (c) O agricultor que trabalha arduamente deve ser o primeiro a tomar sua parte nas colheitas. Paulo compara o ministro cristão (aqui com particular referencia a Timóteo, porem cf. Fp 2.25; Fm 2) a um soldado, um atleta e a um agricultor. 1 Coríntios 9.6, 7, 24-27 apresenta a mesma tríplice figura, porem com uma aplicação diferente. A semelhança aqui em 2 Timóteo e a seguinte: a. Primeiro, como um soldado em servico ativo, talvez ainda comprometido numa campanha, Timóteo deve realizar sua tarefa todo o coração. Se um soldado prosseguisse com seus negócios pessoais, tanto que absorvesse seus interesses, de modo que viesse a “envolver-se” nele, não seria capaz de entregar-se a tarefa designada de soldado. No campo de batalha, o soldado tem um único propósito, a saber, satisfazer o oficial que o alistou. De igual modo, Timóteo - e no tocante a isso, todo ministro - deve compreender que sua elevada tarefa “exige sua alma, sua vida, seu todo”. Uma santa paixão deve encher seu ser. Deve dedicar-se completamente ao Senhor que o designou (“o alistou”) e que o capacitou para sua tarefa. Todo verdadeiro e fiel servo de JESUS CRISTO se dedicara realmente e de todo o coração a sua tarefa, com o fim de agradar a seu mestre (cf. ICo 7.32-34; cf. Jo 3.22; e ver C.N.T. sobre ITs 2.4). “Nenhum soldado alistado”, diz Paulo, agira de modo diferente! Esta implícito este pensamento: a guisa de recompensa, o Superior de Timóteo certamente provera tudo o de que porventura necessite. Esse pensamento implícito se expressa com crescente clareza nas figuras que se seguem: b. Devoção de todo o coração e tudo o que se exige. Eia que obedecer às normas. Nesse aspecto a melhor figura e sempre a de um homem que compete numa prova atlética. Paulo o representa no próprio ato da competição. Ora, a menos que esse atleta (para uma descrição mais completa, ver sobre ITm 4.7b, 8) compita legitimamente, ou seja, de conformidade com as normas estabelecidas, não recebe o louro do vencedor, o diadema de folhas ou medalha de ouro. Igualmente, se o homem que executa um servico especial no reino de DEUS não observa as normas - por exemplo, pregar e ensinar a verdade, e faze-lo comformar, exercer a disciplina no mesmo espírito; e ver especialmente os versículos 10-12 não recebera a coroa da justiça (2Tm 4.8) e de gloria (ITs 2.19; cf. lPe 5.4; Tg 1.12; Ap 2.10; ver A. Deissmann, op. cit., pp. 309, 369). c. Timóteo, pois, deve lutar de todo o coração pela boa causa. Alem do mais, deve competir segundo as normas. E agora, terceiro: deve trabalhar com muita energia, como o (uso genérico do artigo) agricultor que trabalha arduamente (cf. ICo 3.9). Deve ser completamente o oposto do “preguiçoso” retratado vividamente em Provérbios 20.4; 24.30, 31. Se o agricultor trabalha arduamente, devera ser o primeiro a participar das colheitas (Dt 20.6; Pv 27.18). Semelhantemente, se Timóteo (ou qualquer trabalhador na vinha do Senhor) se esforça plenamente na realização da tarefa espiritual confiada por DEUS, também será dos primeiros a ser recompensado. Não só sua própria Fé será fortalecida, sua esperança avivada, seu amor aprofundado e a chama do dom avivada, para que seja bem-aventurado em seus feitos (Tg 1.25), mas alem disso ele vera na vida dos demais (Rm 1.13; Fp 1.22, 24) o inicio daqueles gloriosos frutos que são mencionados em Gálatas 5.22, 23. Ver também Daniel 12.3; Lucas 15.10; Tiago 5.19, 20. 7. Ponha sua mente no que eu digo, porque o Senhor lhe dará discernimento em todas as questões. Posto que belos pensamentos foram expressos numa figura tríplice, e não se forneceu explicação alguma, diz-se a Timóteo que ponha sua mente (voei, presente, imperativo ativo de voeco; cf. vouc, mente) no que131 Paulo acaba de dizer (nos vv. 4, 5, 6). A mera leitura não e suficiente. O que foi escrito deve ser ponderado. O que foi falado deve ser digerido (cf. Mt 11.29; 13.51; 15.17; 16.9, 11; ICo 10.15; e especialmente Ap 10.9, 10). Timóteo não precisa temer que tal atividade mental seja infrutífera. Não deu o Senhor sua promessa definitiva? Ver Lucas 19.26; Jo 14.26; 16.13. Seguramente, em todas as questões com respeito às quais Timóteo carece de discernimento (auyecnc, compreensão, introspecção), isto lhe Dara dado se ele aplicar-se somente a isso. Que Timóteo, pois, compare uma passagem da Escritura com outra. Que ore pedindo sabedoria (Tg 1.5). Que reflita sobre sua experiência pregressa e sobre a experiência dos demais filhos de DEUS. Que preste atenção ao que outros tem a dizer. Por meios como esses, o ESPÍRITO SANTO lhe Dara toda diretriz de que porventura careca na execução de sua tarefa. Poderá aplicar a si próprio e a seu oficio o rico significado da tríplice figura, e extrairá disso o conforto que ela propicia. 8. Em vista de perseguição feroz, certamente necessita-se de conforto. A fiel adesão ao dever significa dificuldades (vv. 3-6). Que Timóteo não perca a coragem. Que não tema a morte. Que deposite sua confiança naquele que derrotou completamente seu terrível inimigo (2Tm 1.10). Em consequência, Paulo prossegue: Guarde na memória JESUS CRISTO como ressurreto dentre os mortos, da semente de Davi, segundo meu evangelho. Note aqui “JESUS CRISTO”, em vez de “CRISTO JESUS”, como em outros lugares de 2 Timóteo. Se isto fosse algo mais que uma variação estilística, a possível razão para isso bem que poderia ser esta: que o apostolo Paulo desejava que a atenção de Timóteo se fixasse, em primeiro lugar, no JESUS histórico, sobrecarregado com maldição (Gl 3.13; 4.4, 5), com o fim de que este pudesse lembrar-se do fato de que esse JESUS foi feito (foi publicamente revelado) CRISTO em recompensa por sua obediência ate a morte, ou seja, morte de cruz (At 2.36; Fp 2.5-11). Que Timóteo dirija imediatamente sua atenção para a ressurreição; não, melhor ainda, que continue pensando concentradamente no próprio CRISTO ressurreto. “Lembre-se de JESUS CRISTO como ressurreto dentre os mortos”, diz Paulo. Tendo ressuscitado de uma vez por todas da esfera na qual reina a morte, JESUS CRISTO agora permanece para sempre como aquele que ressuscitou; dai chamar-se aquele que vive (Ap 1.17, 18). Coordenada com essa exortação esta aquela outra: “Lembre-se de JESUS CRISTO, da semente de Davi”. Isto se deduz naturalmente; porque o ressuscitado e certamente, alem do mais, o que reina (cf. Mt 28.18; ICo 15.20-25; Hb 2.9; Ap 22.1-5). Note também como nos versículos 11 e 12, viver e reinar seguem um ao outro. JESUS CRISTO e “da semente de Davi” (2Sm 7.12,13; Sl 89.28; 132.17; At 2.30; Rm 1.3; Ap 5.5; e cf. Mt 1.20; Lc 1.27, 32, 33; 2.4, 5; Jo 7.42).132 Ele e o “filho de Davi” (Mt 1.1; 9.27; 12.23; 15.22; 20.30, 31; 21.9, 15; 22.42-45; Mc 10.47,48; 12.35; Lc 18.38, 39; 20.41). Ele esta sentado no trono à destra do Pai como herdeiro legitimo e espiritual de Davi, como glorioso Antítipo de Davi. O conforto implícito e: “Timóteo, se você e eu, e todos quantos creem, já morremos com ele, também viveremos com ele. Se suportarmos, também reinaremos com ele”. O que esta implícito, esta explicito nos versículos 11 e 12. Entretanto, esta implícito mais que isto, ou seja: Timóteo, lembre-se constantemente que, como Senhor que vive e reina, JESUS CRISTO e poderoso e quer ajuda-lo e fazer com que tudo lhe saia bem. Não e Nero, mas JESUS CRISTO, exaltado a destra do Pai, quem tem as rédeas do universo em suas mãos e continuara governando todas as coisas para o bem da igreja e para a gloria de DEUS. Por isso, não perca a coragem, aconteça o que acontecer. Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a DEUS. Ora, essa apresentação de JESUS CRISTO como aquele que reina e vive para sempre e “segundo (ou ‘em harmonia com’) meu evangelho”, diz Paulo. Ele era o evangelho de Paulo, porque: a. ele o havia recebido por revelação imediata (Gl 1.12); b. ele continua proclamando- o ainda nessa carta, pois fora designado como seu arauto, apostolo e mestre (2Tm 1.11); e c. ele ainda esta firmado nele de todo o coração, inclusive agora que esta encarando a morte. 9. Exatamente como em 2 Timóteo 1.10-12, aqui também a menção que Paulo faz do evangelho e seguida imediatamente por uma declaração de seus sofrimentos. Diz Paulo: pelo qual eu sofro dificuldades, ainda em prisões como malfeitor. Note no capitulo precedente “dificuldades” (v. 12). Aqui, sofro “dificuldades” (cf. 2Tm 1.8). As dificuldades que Paulo agora esta sofrendo chegam “ate em prisões como malfeitor”. A tradução “prisões” tem a mesma flexibilidade do significado que a palavra usada no original. Pode referir-se literalmente a algemas, cadeias ou grilhões (Lc 13.16; At 16.26), mas também a todas as asperezas de um encarceramento (At 20.23; 23.29; 26.31; Cl 4.18; Fm 10, 13). Paulo geralmente a usa no ultimo sentido, que e mais geral. Não obstante, a “cadeia” esta certamente incluída no significado da palavra (2Tm 1.16) ao ser usada aqui. Teria sido impossível que o apostolo não pensasse nela, aqui! “Ainda em prisões como malfeitor”, diz Paulo. “Malfeitor” (ou “operador do mal”) e uma tradução literal e boa. Uma tradução livre seria criminoso. Alguém lembra imediatamente dos “malfeitores” que foram crucificados com JESUS (Lc 25.32, 33). Este segundo encarceramento de Paulo deve ter sido muito penoso! Entretanto, em meio a todo seu sofrimento e opróbrio, houve duas considerações que lhe propiciava muito conforto: primeiro, “o caminho da cruz conduz ao lar”, porque o olho vigilante de CRISTO JESUS que vive e guia esta constantemente sobre mim. Ele pode guardar meu deposito para aquele dia (2Tm 1.12). Segundo, ainda que eu esteja preso, a palavra de DEUS não está presa. Outros prosseguirão quando eu tiver deixado este cenário terreno. As autoridades me puseram numa masmorra, porem não podem aprisionar o evangelho. Ele triunfara. Cumprira sua missão preordenada sobre a terra. Nenhum inimigo pode detê-lo. Ver o belo comentário que a própria Escritura fornece em passagens tão conhecidas como Isaias 40.8; 55.11; Filipenses 1.12-14; 2 Timóteo 4.17. Aqui o leitor poderá lembrar-se do imortal hino de Lutero: Ein feste Burg ist unser Gott, as ultimas duas estrofes: Versão brasileira [Novo Cântico 155]: Se nos quisessem devorar, Demônios não contados, Não nos iriam derrotar, Nem ver-nos assustados. O príncipe do mal, Com seu plano infernal, Já condenado esta! Vencido cairá, Vencido cairá, Por uma só palavra. etc... 10. O triunfo do evangelho faz com que Paulo prossiga com estas calorosas palavras: Por isso suporto todas as coisas por amor dos eleitos. Mais literalmente, alguém poderia traduzir: “por causa de (oux) isto suporto todas as coisas por causa de (de novo oia) os eleitos.” Por causa do fato de a palavra não estar presa, Paulo não perde a coragem, mas persevera na Fé e no testemunho mesmo em meio as mais amargas provações. E tudo isso somente por causa dos eleitos, para que obtenham a salvação. As duas considerações que o fazem prosseguir firme na carreira que lhe fora proposta, na realidade formam uma só: a convicção gloriosa e profundamente arraigada de que a Palavra de DEUS certamente triunfara na vida e no destino dos eleitos. Ainda quando Paulo esta nesta masmorra, não desespera. Em sua bandeira esta escrita a palavra “Vitoria”. O apostolo suporta todas as coisas, ou seja, todas suas múltiplas provações, por amor do evangelho (cf. 2Co 11.16-33; cf. Rm 8.35-39; note “todas as coisas”, Rm 8.37). Ele as suporta, ou seja, tem a coragem de carregá-las, a coragem da perseverança positiva e a firmeza mesmo quando todas as coisas parecem estar contra ele (cf. ICo 13.7). Suportar significa mais que n.o se queixar. Significa mais que aquiescência. Significa seguir em frente (crendo, testificando, exortando) mesmo quando o fardo sob o qual alguém esta viajando pelas sendas da vida se torna muitíssimo pesado. Ver mais em C.N.T. sobre 1 e 2 Tessalonicenses, pp. 71-73. O apostolo, pois, suporta todas as coisas “por amor aos eleitos”. (Para um sumario da doutrina paulina da eleição, ver C.N.T. sobre 1 e 2 Tessalonicenses, pp. 71-73. Cf. C.N.T. sobre João, vol. II, p. 307.) Esses eleitos são aqueles em quem DEUS possa colocar seu amor peculiar desde a eternidade. Cf. Colossenses 3.12. São os objetos de seu soberano beneplácito, escolhidos não com base em sua bondade ou sua Fé prevista, mas porque DEUS assim o quis. Não foi a Fé do homem que causou a eleição; mas foi a eleição que causou a Fé do homem. Se alguém deseja ver isso por si mesmo, então que leia passagens tais como as seguintes: Deuteronômio 7.7, 8; Isaias48.11; Daniel9.19; Oseias 14.4; João 6.37, 39, 44; 10.29; 12.32; 17.2; Romanos 5.8; 9.11-13; 1 Coríntios 1.27, 28; 4.7; Efésios 1.4; 2.8; 1 João 4.10, 19. Essas referencias ensinam claramente que DEUS não escolheu os seus porque foram mais numerosos, mas por causa dele mesmo4, que os ama livremente; que são dados ao Filho pelo Pai; trazidos pelo Pai ao Filho; e com respeito a eles, DEUS exerce seu amor que e de um tipo muito especial. Ensinam que este amor que predestina tem como seu objeto os pecadores, vistos em toda sua necessidade e debilidade; que outorga seu favor aqueles que não tem nada, e que nunca terão nada, salvo o que recebem; os quais diferem de outras pessoas pela simples razão de DEUS, ao levar a consumação seu decreto de eleição, fazer que sejam diferentes; os quais, longe de serem eleitos com base em seu caráter imaculado, são escolhidos para que sejam imaculados e sem ruga e impolutos diante dele; sim, aos que o amaram porque ele os amou primeiro. Em vez de condenar essa doutrina, uma pessoa deveria primeiro demonstrar que ela não e bíblica! Ela se enquadra lindamente no presente contexto. Paulo corajosamente suporta todas as coisas porque ele sabe que a palavra de DEUS certamente triunfara no coração e na vida dos eleitos. Cf. Efésios 3.13; Filipenses 2.17. Se fosse verdade que a salvação deles tem suas raízes mais profundas em suas próprias obras, teria o apostolo podido enfrentar a morte com tal vigor? Mas mesmo que para o eleito a salvação e infalível desde toda a eternidade, ela deve ser obtida. A doutrina bíblica da eleição, longe de por alguma restrição ao exercício da vontade humana, aponta para aquele que fez o homem verdadeiramente livre. O DEUS que em seu amor soberano elege uma pessoa, a seu tempo influi poderosamente em sua vontade, lhe ilumina a mente, enche seu coração de amor em gratidão pelo amor de DEUS, de tal modo que essas “dificuldades”, sob a direção constante do ESPÍRITO SANTO, começam por si mesmas a funcionar para a gloria de DEUS. O decreto da eleição inclui tanto os meios quanto o fim. DEUS escolheu seu povo para a salvação “por meio da santificação que vem do ESPÍRITO e Fé na verdade”. E para esta salvação eles são “chamados por meio de nosso evangelho” (ver C.N.T. sobre 2Ts 2.13, 14). Dai o apostolo, combinando aqui, como o faz com frequência, o decreto divino e a responsabilidade humana, prossegue: a fim de que também possam obter a salva..o [que é] em CRISTO JESUS com eterna glória. Paulo esta interessado não só em sua própria salvação (2Tm 1.12), mas também na de outros, a saber: na salvação de quem inclusive agora (enquanto esta escrevendo) são crentes em CRISTO, e os que depois serão levados a crer. Ele suporta o sofrimento, a fim de que também eles possam obter esta salvação que foi merecida por CRISTO, proclamada por ele e experimentada na comunhão viva com ele (dai, “salvação em - ou centrada em - CRISTO JESUS”). Ele tem presente nada menos que a plena salvação (para o significado de salvação, ver sobre ITm 1.15). Ainda que os crentes já nesta vida desfrutem da salvação em principio (2Tm 1.9; cf. Lc 19.9), eles não a receberão em perfeição (para o corpo e para a alma) ate o grande dia da consumação de todas as coisas (ver sobre 2Tm 1.10-12; cf. Rm 13.11). E esta palavra salvação tem dois modificadores: a. e uma salvação “em CRISTO JESUS”, como já se explicou; e b. e uma salvação “com gloria eterna” (Cl 1.27; 3.4). O segundo e sequencia do primeiro. A união com CRISTO torna alguém radiante, tanto no que tange a alma (como explicado em 2Co 3.18) como no que tange ao corpo (como expresso em Fp 3.21). E esta gloria, em conexão com o Eterno, nunca termina (Jo 3.16). Tanto em qualidade quanto em duração, ela difere da gloria terrena. 11-13. Consequentemente, Paulo esta disposto a suportar todas as coisas - dificuldades inclusive prisões, com a perspectiva de morte - a fim de que, por meio de seu solido ministério, os eleitos possam obter sua salvação plena, eterna e centrada em CRISTO (ver vv. 3, 9, 10). E necessário manter na mente esta conexão. Do contrario, o que se segue poderá ser mal interpretado. Em harmonia com o que o apostolo acaba de declarar, ele agora introduz o quarto dos cinco “confiável e a palavra” (ver sobre ITm 1.15). A opinião de que as linhas que ele cita foram tomadas de um antigo hino cristão, um hino de um portador da cruz ou mártir, provavelmente seja correta. E evidente que ele não cita o hino inteiro (a menos que yap, aqui, não signifique porque; todavia neste caso “porque” provavelmente seja o certo). Ora, a palavra “porque” indica que algo precedia a citação. A probabilidade e que a linha não citada e que precedia seja algo semelhante a isto: Permaneceremos fieis a nosso Senhor ate a morte”; ou: “Resignamo-nos ante o vitupério, o sofrimento e ate mesmo a morte por amor a CRISTO.” Em qualquer dos casos, a linha seguinte, a primeira citada por Paulo, poderia então ser: “Porque, se já morremos com ele, também viveremos com [ele]”. Note que esta característica da citação e semelhante a que encontramos em relação as linhas citadas em 1 Timóteo 3.16. Também neste caso cita-se algo que tinha uma porção precedente que não foi citada. Neste caso, a linha presumivelmente precedente ao inicio da citação terminava provavelmente com a palavra Logos, Christos ou Theos (ver comentário sobre esta passagem). Aqui em 2 Timóteo 2.11-13, depois da formula introdutória (explicada em conexão com ITm 3.16), Confiável . o provérbio, as linhas citadas são as seguintes: Porque, se morremos com [ele], também com [ele] viveremos; se suportamos, também com [ele] reinaremos; se [o] negamos, por sua vez também nos negará; se somos infiéis, ele, por sua vez, permanece fiel. Nas primeiras duas linhas, a oração condicional demonstra a atitude e ação que procede da lealdade a CRISTO: morremos com [ele], suportamos (permanecer firmes). Nas duas últimas linhas, a oração introduzida pelo “se” condicional afirma a atitude e ação que procede da deslealdade. As primeiras duas linhas são uma clara ilustração do paralelismo sintético ou construtivo. Não expressam um pensamento idêntico, mas ha uma correspondência progressiva entre as duas proposições. Quanto as orações que começam com o se condicional, as pessoas que se supõe já terem morrido com CRISTO são também as que suportam, sendo fieis ate a morte. E quanto as conclusões, tais pessoas não só viverão com CRISTO, mas também reinar.o com ele. Estas duas condições vão juntas. Note que nas quatro orações o sujeito e n.s (“nos... nos... nos... nos”). Não posso concordar com Lenski, op. cit.. p. 793, quando afirma que o uso do aoristo mostra que, posto que nem o apostolo nem Timóteo haviam morrido ainda fisicamente, Paulo, ao escrever “Se já morremos com ele”, não poderia estar pensando na morte física. O tempo aoristo não indica necessariamente que uma ação já havia ocorrido no passado real. Simplesmente considera a ação como um todo. Consequentemente, a interpretação “Porque, se em algum momento temos (ou “teremos”) morrido com [ele], também com ele viveremos”, não e gramaticalmente impossível. As duas ultimas linhas, que sugerem o caminho da deslealdade, diferem das primeiras duas quanto a. forma. Aqui não temos o “nos... nos”, mas duas vezes “nos... ele”. Na terceira linha (“se o negamos, ele por sua vez também nos negara”), a conclusão e a esperada (tal como nas linhas 1 e 2). Não obstante, na quarta linha, a conclusão vem como algo surpreendente. E necessário refletir cuidadosamente antes de compreender que a conclusão surpreendente, depois de tudo, e a única possível. Uma vez que aceitamos seu significado, entendemos também que as linhas três e quatro expressam um pensamento paralelo, e são ilustrações de paralelismo sintético. Antes da tentativa de fazer-se uma analise detalhada destas quatro linhas, deve-se enfatizar que, tomadas como um todo, elas comunicam um pensamento principal, a saber: a lealdade a CRISTO, a firmeza em meio a perseguição, e recompensada; e a deslealdade e castigada. Isto esta em harmonia com a ideia de todo o capitulo (ver o esboço). O sentido das linhas tomadas individualmente: Linhas 1 e 2: Depois do “porque”, o qual já foi explicado, a linha 1 imediatamente nos confronta com uma dificuldade. Ha duas linhas principais dc interpretação - ha também outras que não levaremos em conta porque mesmo a primeira vista elas são irracionais -, e a primeira delas se subdivide em dois ramos ou formas principais: A primeira linha principal de interpretação, em sua primeira forma, e a seguinte: “Se temos (ou seja, “Se teremos”, ou “Se em alguma ocasião temos”) experimentado a morte física, tendo sido mortos em decorrência de nossa lealdade a CRISTO, também viveremos com ele em gloria.” A referencia na clausula condicional “se” seria a uma morte violenta, morte como a que CRISTO sofreu. No caso dos crentes seria a morte de mártir. Esta interpretação, certamente, e possível. Não conflita com o contexto. O apostolo deseja que Timóteo esteja disposto a suportar as prisões juntamente com os outros servos de DEUS (v. 3). Paulo acaba de declarar que ele mesmo esta sofrendo dificuldades ate mesmo de prisões como malfeitor, e que suporta todas as coisas por amor dos eleitos (vv. 9, 10). Todos seus sofrimentos foram impostos de fora. Dai, quando no versículo 11 continua dizendo “porque se morremos com [ele]”, bem que poderia estar pensando nesta forma final de aflição física (a morte de mártir) que a qualquer momento poderia ser imposta sobre os servos leais a CRISTO. Não obstante, e provável que esta interpretação precise de alguma modificação. Isto nos leva a segunda forma, em que a primeira linha principal de interpretação se apresenta. Como na primeira forma, aqui também entra no quadro a morte de mártir. Mas, de conformidade com este ponto de vista, o sentimento não seria que os crentes (inclusive Paulo e Timóteo) estão representados como se houvessem em algum momento experimentado a morte de mártir, mas, antes, como quem esta completamente resignado a ela e a todas as aflições que a precedem. Paulo estaria dizendo: “Por amor a CRISTO, e em harmonia com seu exemplo, temos sido entregues, de uma vez por todas, a uma vida que inclui a exposição a dor, as torturas, ao opróbrio e, finalmente, a morte de mártir. Portanto, morremos para a comodidade, para vida fácil, para as vantagens e honras mundanas. Se, pois, neste sentido já morremos com [ele], também com [ele] viveremos, aqui e agora, e mais ainda no porvir, na gloria celestial e, especialmente, no dia do juízo no novo céu e na nova terra.” Seguem esta linha Calvino, Ellicott e Van Andei (para os títulos, ver a Bibliografia). Em favor desta interpretação estão as seguintes considerações: (1) Não entra em conflito como contexto, o qual, como já se observou, relata os sofrimentos a que estavam expostos os crentes. (2) Esta em plena harmonia com a linha que segue imediatamente, porque a pessoa que renunciou a ambição terrena e se resignou ao vitupério, ao sofrimento e ate mesmo a morte violenta por amor de CRISTO, e o mesmo homem que “suporta”, ou seja, “permanece firme ate o fim”. (3) Esta em concordância com o pensamento de Paulo expresso em outro lugar. Ver especialmente 2 Coríntios 4.10: “Levando sempre no corpo o morrer de JESUS, para que a. vida de JESUS também se manifeste em nosso corpo.” Compare isto com 1 Coríntios 15.31: “Cada dia morro” (explicado pelo v. 30: “estamos expostos a perigos toda hora”). Se esta e a interpretação correta, e creio que tem muito a seu favor, o pensamento de Paulo, ao citar o hino, e aquele com o qual estamos familiarizados. Foi expresso poeticamente nestas belas linhas: “Fora os tesouros terrenos! Tu ES todo meu prazer, JESUS, toda minha escolha. Fora, o gloria fútil! Inútil para mim e tua historia, Contada com voz tentadora. Dor, perda, vergonha ou cruz Não me apartarão de meu Salvador, Já que ele se digna amar-me. Fora, todo medo e tristeza! Porque o Senhor da alegria, JESUS, já entrou. Os que amam o Pai, Ainda que contra eles se juntem tempestades, Ainda terão a paz interior. Sim, não importa o que eu devo suportar, Tu ES ainda meu prazer mais puro, JESUS, meu tesouro inestimável.” (Johann Frenck, 1653, tradução para o ingles de Catherine Winkworth, 1863) A interpretação enunciada, em qualquer uma de suas formas, e preferível a segunda linha principal de interpretação, segundo a qual aqui em 2 Timóteo 2.11, o apostolo esta se referindo, em geral (sem nenhuma referencia a morte por martírio), ao processo de morrer para o pecado, o processo de conversão e santificação que e simbolizado pelo rito do batismo. Este e um ponto de vista muito popular, em apoio do qual geralmente e citada uma passagem que soa de forma semelhante, Romanos 6.8. Mas esta passagem, 2 Timóteo 2.11, ocorre num contexto inteiramente diferente. Naturalmente, Romanos 6 trata da “morte para o pecado”. O tema do começo daquele capitulo e o da renovação espiritual (“E então? Continuaremos no pecado para que a graça abunde? De modo nenhum. Se já morremos para o pecado, como perseveraremos nele?... nosso velho homem foi crucificado com ele para que o corpo do pecado fosse destruído”, etc.). E a partir do versículo 10 ate o final do capitulo aparece em cada versículo a palavra pecado (o substantivo ou o verbo pecar) ou um sinônimo. Assim, pois, os contextos das duas passagens (Rm 6.8 e 2Tm 2.11) são inteiramente diferentes. Um tem que ver com a santificação em geral, enquanto o outro tem em vista o levar a cruz e a morte de mártir. As coisas que diferem não devem ser confundidas. Interpretada corretamente a linha 1, a linha 2 não e difícil. Significa: “Se permanecemos firmes ate o fim (para o significado de suportar, ver C.N.T. sobre 2Ts 3.5), seremos reis em intima associação com ele”.Se for adotada a interpretação 1, forma 1, o viver e reinar teriam que referir-se meramente a existencia dos crentes depois da morte. Se se preferir a interpretação 1, forma 2, o viver e o reinar, em principio correspondem também ao período prévio a morte, mas chega ao seu clímax imediatamente depois da morte (cf. Mt 10.32; Ap 20.4), alcançando seu clímax eterno no dia do juízo e depois dele, quando os santos viverem e reinarem com CRISTO em corpo e alma (Dn 7.27; Mt 25.34; Ap 22.5). Viver com CRISTO significa estar com ele, ter comunhão com ele, deleitar-se nele, ser semelhante a ele, ama-lo e glorifica-lo (ver, por exemplo, Jo 17.3; Fp 2.5; Cl 3.1-4; Jo 3.2; 5.12; Ap 14.1; Ap 19.11, 14; 22.4). Reinar com CRISTO significa alguém experimentar na vida pessoal a restauração do oficio régio. Em virtude da criação, o homem exercia o tríplice oficio de profeta, sacerdote e rei. Como profeta, sua mente era iluminada para que pudesse conhecer a DEUS. Como sacerdote, seu coração se deleitava em DEUS. Como rei, sua vontade estava em harmonia com a vontade de DEUS. Este oficio tríplice, perdido em decorrência da queda, e restaurado pela graça de DEUS. A resposta jubilosa da vontade do crente a vontade de CRISTO, resposta esta que constitui a verdadeira liberdade, e o elemento básico neste reinar com CRISTO. Alem do mais, mesmo durante o período anterior a morte, os cristãos governam o mundo por meio de suas orações, no sentido em que repetidas vezes ocorrem juízos em resposta a oração (Ap 8.3-5). No céu estão mais perto do trono do que os próprios anjos (Ap. 4.4; 5.11). De fato se sentam com CRISTO em seu trono (Ap 3.21), participando de sua gloria regia. E quando CRISTO regressar, os santos se sentarão e julgarão com ele (Sl 149.5-9; ICo 6.2, 3). Linhas 3 e 4: Havendo declarado nas duas primeiras linhas o que acontecera aos que suportam ou estão dispostos a suportar dificuldades, ate mesmo a morte violenta, as duas ultimas linhas da porção citada do hino se referem ao caso dos que, havendo confessado a CRISTO (pelo menos com os lábios), tornam-se-lhe desleais. “Se o negarmos (cf. ITm 5.8), ele por sua vez também nos negara.” Quando uma pessoa, em decorrência de sua indisposição em sofrer dificuldades por amor a CRISTO e sua causa, ela desonra o Senhor (“Não conheço o homem”), então, a menos que se arrependa, ser. desonrada pelo Senhor no grande dia do juízo (“Não o conheço.”) Ver Mateus 26.72; então Mateus 25.12; também Mateus 10.33. Negar a CRISTO significa ser infiel. (O paralelismo e também a conclusão - “permaneça fiel” - mostra que aqui o significado do verbo usado no original não pode ser: ser incrédulo.) Dai, o hino continua: “Se somos infiéis, ele por sua vez...”, mas obviamente a continuação não pode ser “também será infiel”. Alguém pode dizer: “Se o negarmos, ele por sua vez também nos negara”, mas n.o pode dizer: “Se formos infiéis, ele por sua vez também será infiel.” Não obstante, a conclusão da quarta linha corresponde em pensamento aquela que lhe e paralela, a terceira linha; porque a clausula, “ele por sua vez permanece fiel” (linha 4) e, alem de tudo, o mesmo (expressa ainda com mais rigor) que “ele por sua vez também nos negara”, porque a fidelidade de sua parte significa cumprir suas ameaças (Mt 10.33) tanto quanto suas promessas (Mt 10.32). A fidelidade divina e um maravilhoso consolo para os que são leais (ITs 5.24; 2Ts 3.3; cf. ICo 1.9; 10.13; 2Co 1.18; Fp 1.6; Hb 10.23). E uma advertência muito seria para os que viessem a sentir-se inclinados a ser desleais. Dificilmente se faz necessário acrescentar que o significado da ultima linha não pode ser: “Se somos infiéis e o negamos, não obstante ele, permanecendo fiel a sua promessa, nos Dara vida eterna.” Alem de ser errônea por outras razoes, tal interpretação destrói a evidente implicação do paralelismo entre as linhas 3 e 4. A clausula final do versículo 13 provavelmente deva ser considerada como um comentário pessoal de Paulo (não uma parte do hino): ...porque, ele n.o pode negar-se a si mesmo. Se CRISTO não permanecesse fiel a sua ameaça, bem como a sua promessa, ele estaria negando a si próprio, pois neste caso ele cessaria de ser a Verdade. Ver também Números 23.10; Jeremias 10.10; Tito 1.2; Apocalipse 3.7. Para ele, porem, negar a si próprio e, naturalmente, impossível. Se fosse possível, ele não mais seria DEUS! 14. O tema dos versículos 1-13 segue em frente, sendo a diferença que o que foi declarado positivamente no parágrafo anterior e declarado negativamente agora (cf., por exemplo, v. 2: “Estas coisas confie a homens confiáveis, os quais sejam também capazes de ensinar a outros”; v. 14: “advertindo-os... a não envolver-se em batalhas inúteis de palavras”; ver também vv. 16, 21, 23, 24). Diz Paulo: Lembre-se dessas coisas, advertindo-os na presença do Senhor a não envolver-se em batalhas de palavras totalmente inúteis, as quais confundem os ouvintes. A Timóteo e dito que lembre a “homens confiáveis” (“ministros”) que permaneçam firmes na execução das tarefas dadas por DEUS, a saber, o ensino, a pregação, etc., confiadas por DEUS. Em meio as suas lautas aflições, que eles olhem para CRISTO JESUS, o Salvador ressurreto c reinante, que comunica forca a seus fieis e os recompensa. E evidente que a expressão “dessas coisas” se refere especialmente a todo o parágrafo precedente (vv. 1- 3), e, talvez mais diretamente ainda, aos versículos 8-13. Timóteo, pois, tem uma “responsabilidade” em relação a esses lideres, assim como Paulo tinha em relação a Timóteo. Em ambos os casos, uma “responsabilidade na presença de DEUS” ou (no presente caso) “do Senhor” (ver sobre ITm 5.21; 2Tm4.1). Assim, solenemente Timóteo deve advertir os lideres eclesiásticos do “distrito de Eixo e arredores” a não envolver-se em batalhas de palavras totalmente inúteis (literalmente, “não aferrar-se a batalhas de palavras para nada uteis”). Para tal astucia verbal, ver sobre 1 Timóteo 6.4 (ali e usado o substantivo; aqui, o infinitivo; em ambos os casos, o único exemplo de seu uso no Novo Testamento). Tal astucia verbal visa “a catástrofe (confusão) dos ouvintes”. Paulo esta se referindo, naturalmente, as controvérsias oriundas das investigações dos “mitos e genealogias infindáveis” (ITm 1.3, 4), “mitos profanos e de velhas caducas” (ITm 4.7a), o tipo de sandice que foi denunciado anteriormente (ver sobre ITm 1.3-7; 4.7a; 6.3-10). E evidente que durante o período que transcorrera entre o escrito das epistolas a Timóteo, as condições religiosas na região de Eixo não haviam melhorado. Os lideres e futuros lideres tinham que ser advertidos, a fim de que não se desviassem, rumo as sendas dos debates fúteis. 15. O exemplo pessoal de Timóteo deve servir como arma poderosa contra o erro: Faça seu máximo para apresentar-se a DEUS aprovado. Timóteo deve esforçar-se de todas as formas possíveis, a fim de conduzir-se pessoalmente de tal modo que agora mesmo, perante o tribunal do juízo de DEUS,'iH ele seja aprovado, ou seja, como alguém que, depois de um exame completo por nenhum outro senão do Supremo Juiz, tenha a satisfação de saber que assim foi de seu agrado e o enaltece (note o sinônimo em Rm 14.18 e 2Co 10.18). Ora, este feliz resultado será alcançado se Timóteo for achado: a. obreiro que nada tem de que se envergonhar, portanto também: b. manejando corretamente a palavra da verdade. Timóteo, pois, deve ser um obreiro, não um sofista. Alem do mais, sua obra deve ser de tal natureza que não reflita vergonha sobre ele quando ouvir o veredicto divino a respeito. Naturalmente que isto significa que ele e o tipo de líder que esta preocupado em “usar corretamente a palavra da verdade”. Esta palavra da verdade e “o testemunho acerca de nosso Senhor” (2Tm 1.8), o "evangelho” (a mesma referencia, e ver Ef 1.13), “a palavra de DEUS” ( !Tm 2.9). E a verdade redentora de DEUS. O modificador “da verdade" enfatiza o contraste entre a inabalável revelação especial de DEUS, de um lado, e o palavrório sem valor dos seguidores do erro, do outro. A expressão “manusear corretamente” tem provocado muita controvérsia. E verdade que o significado do elemento básico principal do verbo composto do qual se toma este particípio presente masculino (o[)90T0[i0IJVTa) e primariamente “cortar”. Não obstante, o ponto de vista de que o verbo composto retém seu sentido literal ou quase literal dividir” e discutível. Em um verbo composto, o sentido enfático pode ser substituído pelo prefixo, ao ponto que no processo semântico se perde o sentido literal da base. Assim cortar direto começa a significar usar direto, usar reto. Não e estranho que, por meio de uma transição simples da esfera física para a moral, uma noção tal como “cortar um caminho ou uma vereda direta” tenha chegado, no curso do tempo, ao uso exclusivamente moral da expressão. Assim Provérbios 11.5 (LXX) nos informa que “a justiça do perfeito corta direto seu caminho” o que significa “conservar seu caminho reto” o leva a fazer o que e certo. Cf. Provérbios 3.6 (LXX). Assim se faz compreensível que aqui em 2 Timóteo 2.15 o significado e “manusear corretamente”. Não causa estranheza que a base (“cortar”) perca seu sentido original literal quando se lhe acrescenta um prefixo (“reto”). Mesmo sem um afixo, a palavra “cortar” e frequentemente usada num sentido não literal. Assim o grego fala de “cortar [fazer] um juramento”, “cortar |diluir] um liquido”, “cortar [trabalhar] uma mina”, etc. Também usa a expressão “cortar curto” (conduzir a uma crise), e “cortar as ondas”, tal como usamos na linguagem moderna. E compare com nossas expressões “cortar caminho”, “cortar cartas”, etc. Voltando ao verbo composto, eu enfatizaria que o contexto confirma o sentido que quase todas as autoridades lhe atribuem. A luz dos versículos 14 e 16, a ideia que Paulo deseja comunicar e claramente esta: “Manuseie corretamente a palavra da verdade em vez de por demasiada atenção nas batalhas de palavras totalmente inúteis, as quais confundem os ouvintes, e em vez de prestar atenção a palavrório profano e fútil.” O homem que manuseia corretamente a palavra da verdade, não muda, não a perverte, não a mutila nem a distorce, nem faz uso dela com um propósito errôneo em mente. Ao contrario, ele interpreta as Escrituras em oração e a luz das Escrituras. Aplica seu sentido glorioso, corajosamente e com amor, a situações e circunstancias concretas, fazendo-o para a gloria de DEUS, para a conversão dos pecadores e para a edificação dos crentes. 16-18. O manuseio próprio da palavra da verdade implica a rejeição do que esta em conflito com seu conteúdo e significado. Dai, Paulo continua: Fuja, porém, de falatório profano e fútil, porque aqueles [que cedem a ele] avançarão rumo a impiedade crescente. E a palavra deles devorar. como gangrena. Este palavrório profano já foi tratado anteriormente (ver sobre 1 Tm 1.4; 4.7a; 6.4, 20). A palavra se refere as disputas ímpias e inúteis sobre historias genealógicas e fictícias (“mitos de velhas caducas”) e debates minuciosos acerca de sutilezas na lei de Moises. O versículo 18 parece indicar que os homens que foram afetados por esta enfermidade submetiam os ensinos de Paulo ao mesmo abuso. Começaram “interpretando-as” com vistas a pô-las no olvido, tal como esta ocorrendo em nosso próprio tempo e época. Aqui, como em 1 Timóteo 6.20, Paulo usa o plural, de modo que se pode traduzir para “sofismas fúteis”. Quando Timóteo os encontrar, deve fugir deles, dar meia-volta com o fim de evita-los. Envolver-se num debate com os seguidores do erro os tornara ainda piores, porque eles (não os sofismas, mas os charlatães, como o revela o restante da sentença) seguirão avantel Tais mestres estariam pretendendo seguir avante, continuar progredindo? “Assim e”, diz Paulo! “Eles continuarão... rumo a mais impiedade Um estranho método de avançar! Eles avançarão direto para frente com firmeza, removendo todo e qualquer obstáculo, avançando rumo ao seu alvo: uma impiedade crescente. Paulo seguramente sabia como fazer uso da ironia de forma eficaz. E sua palavra ou palavrório os devorara. “Terá pastagem”, justamente como o gado “tem pastagem”, comendo em todas as direções. As disputas néscias dos charlatães parecera uma gangrena ou tumor maligno. O câncer não só devora os tecidos sadios, mas também agrava a condição do paciente. De forma semelhante, a heresia que recebe publicidade, quando se lhe presta demasiada atenção, se desenvolvera lauto em extensão quanto em intensidade. Ao afetar de forma adversa uma proporção crescente da membresia, tentara destruir o organismo da igreja. Agora se mencionam nominalmente os lideres: Entre eles [literalmente, “entre os quais”] se encontram Himeneu e Fileto, o tipo de pessoas que t.m se desviado da verdade, dizendo que [a] ressurreição já transcorreu, e pervertem a fé de alguns. O Perigoso Erro de Himeneu e Fileto. Os fatos a seu respeito podem ser resumidos da seguinte maneira: (1) Eram mestres da heresia no distrito de Eixo. (2) O líder era possivelmente Himeneu. Pelo menos, nas duas passagens em que aparece seu nome, vem mencionado em primeiro lugar. 1 Timóteo 1.19, 20 (ver comentário sobre esta passagem) Paulo o associa a Alexandre; aqui, em 2 Timóteo 2.16-18, com Fileto. Não sabemos por que não se menciona Alexandre com Elimeneu. Teria o mesmo ido para outro lugar? Teria morrido? Ter-se-ia arrependido? Ouanto a Fileto (que significa “amado”), nada se sabe, exceto o que aqui se encontra. (3) Himeneu e Fileto eram o tipo de pessoa que se havia desviado (ver comentário sobre ITm 1.6; 6.21) da verdade, ou seja, da verdadeira doutrina da salvação em CRISTO. E imediatamente evidente que Paulo não esta discutindo uma diferença sem importância acerca de opiniões entre pessoas que basicamente pensa da mesma forma. Ao contrario disso, ele se refere a um erro capital. (4) O erro deles consistia nisto, que diziam: “A141 ressurreição já aconteceu.” Nisso eles se assemelhavam aos liberais da atualidade que, embora não queiram ser surpreendidos dizendo: “não ha ressurreição”, alegorizam o conceito. Ora, e preciso admitir que Paulo também cria numa ressurreição espiritual, o ato de DEUS por meio do qual ele comunica nova vida a quem esta morto em delitos e pecados (Rm 6.3, 4; Ef 2.6; Fp 3.11; Cl 2.12; 3.1; e cf. Lc 15.24). Mas o apostolo também mais definidamente ensinava a ressurreição do corpo (1 Co 15; Fp 3.21), justamente como JESUS fizera (Jo 5.28). Segundo o ensino de Paulo, negar a ressurreição corporal implica na completa subversão da Fé, pois “se não ha ressurreição dos mortos, então CRISTO tampouco ressuscitou; e se CRISTO não ressuscitou, então nossa pregação e em vão, e sua Fé é vã, ...e vocês ainda estão em seus pecados” (ICo 15.13, 14, 17). (5) O que fazia a situação ainda pior era que Himeneu e Fileto professavam ser cristãos. O contexto (ver v. 19b) parece indicar que eles estavam entre os que “invocam o nome do Senhor”. Ate sua excomunhão (para a qual cf. 1 Tm 1.20), eles tinham sido membros da igreja! De fato, esses falsos profetas pretendiam ser “especialistas” em todas as coisas relativas a religião. Majoravam ser mestres da lei, ainda quando “não entendiam as palavras que estavam falando nem os temas sobre os quais discorriam com tanta confiança” (ITm 1.7). Pervertiam a lei e o ensino de Paulo. (6) A negação deles (por implicação, pelo menos) da ressurreição corporal provinha provavelmente de um dualismo pagão, segundo o qual tudo o que e espiritual e bom, e o que e material e mau. O modo de raciocinar deles bem que poderia ser mais ou menos assim: “Posto que a matéria e ma, nosso corpo e mau. Portanto, ele não ressuscitara.” O mesmo erro básico levaria outros a deduções errôneas (ver comentário sobre ITm 4.3). (7) Em vista da convicção deles de que, no caso deles mesmos, “a ressurreição” - a única que reconheciam, a saber, a do pecado para a santidade, do erro para o conhecimento - já havia ocorrido, por que deveriam de preocupar-se ainda com o pecado? Eram justos a seus próprios olhos e preconcebidos (“inchados”). Dai, a lei de DEUS não os li i "quebrantado”. Usavam-na como instrumento para adquirir mais ainda como mestres, como já se explicou (ver sobre ITm 1.9). (X) Esta indiferença para com o pecado trazia como resultado o ''avanço” da impiedade para “uma impiedade mais crescente” (ver o contexto, v. 16; e cf. v. 19b, “injustiça”). (9) Por exemplo, eles chegavam ao ponto de blasfemar - desdenhavam de - o verdadeiro evangelho (ITm 1.20). (10) Seu falso ensino (“gnosticismo incipiente”) era contagioso. 'Perturbam a Fé de alguns.” Eles “viravam de ponta-cabeça” (ver C.N.T ‘.obre João 2.15) as convicções religiosas desses membros da igreja. Talvez ainda não fossem muitos os que foram assim afetados por esta terrível heresia (note, “de alguns”), mas isto era só o principio. Como um tumor maligno percorre a carne sã, assim esse ensino perverso corroia a “Fé” crista. Questionário da Lição 8 - Aprovados por DEUS em CRISTO JESUS 3º trimestre de 2015 - A Igreja E O Seu Testemunho - As Ordenanças De CRISTO Nas Cartas Pastorais Comentarista da CPAD: Pr. Elinaldo Renovato de Lima
1- Complete: "Procura apresentar-te a DEUS __aprovado__, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que __maneja__ bem a palavra da __verdade__." (2 Tm 2.15). VERDADE PRÁTICA
2- Complete: O obreiro __aprovado__ por DEUS tem as __marcas__ do Senhor JESUS CRISTO. I - OBREIROS APROVADOS POR DEUS 3- Qual o exemplo do apóstolo Paulo quanto à Pregação e o ensino? ( ) Paulo nunca usou de engano em suas pregações, diferente de alguns falsos mestres de sua época que pregavam e ensinavam com argumentos falsos e logro. ( ) É preciso ter muito cuidado com os "lobos" vestidos de ovelhas, que andam a enganar os crentes incautos, sob a capa de "muito espirituais". ( ) Paulo exortava a igreja através da mensagem do evangelho, mostrando-lhes as verdades desconhecidas. ( ) Para os novos crentes ele tornou conhecido o "mistério de Deus" - Cristo (Cl 2.2). ( ) Paulo era um líder zeloso que levava a mensagem de modo claro, obedecendo à revelação que recebera do Senhor. ( ) Era esse também o cuidado dos demais apóstolos (1 Jo 4.6; 2 Pe 1.16). 4- Qual o alvo de Paulo em suas pregações e ensinos e o que vemos em muitos pregadores e ensinadores hoje? ( ) Paulo pregava por amor a Cristo. Jesus era o seu alvo. ( ) Atualmente, há muitos falsos obreiros que só visam lucro e bens financeiros. ( ) Estes se aproveitam da fé dos fiéis para obter ganhos. ( ) Na primeira carta a Timóteo, Paulo coloca como um dos requisitos para aqueles que almejam o ministério pastoral, não ser "cobiçoso de torpe ganância" (1 Tm 3.3). ( ) Pedro também exortou que o obreiro deve apascentar o rebanho do Senhor "tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância" (1 Pe 5.2). ( ) O obreiro aprovado não visa lucro material, pois sabe que a sua recompensa vem do Senhor. 5- O que Paulo buscava em suas pregações e ensinos e o que vemos em muitos pregadores e ensinadores hoje? ( ) "E, não buscamos glória dos homens" [...] (1 Ts 2.6). ( ) Quando Paulo estava com os tessalonicenses, ele afirmou que não buscou o elogio deles. Infelizmente muitos buscam glória para si. ( ) Estes são movidos a elogios e bajulações. Isso é um perigo para o ministério pastoral e para qualquer servo ou serva de Deus. ( ) Tem pregadores e mestres que não aceitam convite para falar para um pequeno auditório. ( ) Só se sentem bem se estiverem diante de grandes plateias, pois querem ser vistos pelos homens e não abençoar as pessoas. ( ) O obreiro aprovado pelo Senhor busca apontar tão somente o Senhor, e não ele mesmo. II -DOIS TIPOS DE VASOS (2.20,21) 6- O que é Vaso de honra? ( ) Paulo estava preocupado com a situação confusa que prevalecia na igreja em Éfeso. ( ) Ele então usa a analogia dos vasos para mostrar que na igreja existem pessoas sinceras e obedientes aos ensinos de Cristo (vasos de honra). ( ) Estes adornavam e adornam a Casa de Deus, com sua santidade e pureza. ( ) Deus deseja usar este tipo de vaso, limpo e sem contaminação. ( ) Tem você sido um vaso de honra na Casa do Senhor? O crente deve ter uma vida irrepreensível. ( ) Isso só é possível na vida do crente através do poder redentor, libertador e purificador do sangue de Jesus mediante a fé. 7- O que é Vaso de desonra e a quem Paulo se referia? ( ) Quem são estes? Paulo estava se referindo aos falsos mestres, Himeneu e Fileto (2.17). ( ) Himeneu também foi mencionado em 1 Timóteo 1.20. ( ) Podemos igualmente afirmar que são os crentes infiéis, que causam problemas e escândalos na Casa do Senhor. ( ) Os vasos de honra são "o trigo" e os "vasos para desonra" são o "joio" a que se referiu Jesus (Mt 13.24-30). III - REJEITANDO AS DISSENSÕES E QUESTÕES LOUCAS 8- O que eram as "questões loucas"? Por que rejeitá-las? ( ) Eram as questões levantadas pelos falsos mestres, que traziam confusão e não edificavam ninguém (1 Tm 1.3, 6,7). ( ) O obreiro deve rejeitar questionamentos que não edificam (2 Tm2.23). ( ) Atualmente, muitos estão levantando indagações que em nada vai edificar a fé dos irmãos. ( ) Outros, ainda estão cometendo o terrível pecado de adicionar, subtrair e modificar partes das Escrituras. ( ) A Palavra de Deus é completa e infalível e não precisa de quaisquer acréscimos ou revisões em seu conteúdo e mensagem. ( ) Há, em nossos dias, diversas "novas teologias" que precisam ser combatidas pela liderança, pois agridem diretamente a mensagem bíblica. 9- Quais atitudes devemos tomar quanto às contendas? ( ) "E ao servo do Senhor não convém contender, mas, sim, ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor" (2Tm 2.24). ( ) Paulo exorta a Timóteo a fim de que ele não contendesse com os falsos mestres, pois brigas e discussões são obras da carne e envergonham a Igreja do Senhor. ( ) Uma pessoa espiritualmente cega não pode ser convencida de seus erros pela força. ( ) Pregamos e ensinamos, mas só o Espírito Santo podem convencê-las dos seus erros. CONCLUSÃO 10- Complete: Na administração das igrejas, por vezes, surgem __conflitos__ de ordem espiritual e __doutrinária__. Por isso, os líderes precisam de preparo bíblico e __teológico__. Como obreiros __aprovados__ devem conduzir o rebanho do Senhor. Seja você um __vaso__ de honra na Casa de Deus. RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO EM http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm Referências Bibliográficas (outras estão acima) Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal. Bíblia de Estudo Almeida. Revista e Atualizada. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2006. Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e Grego. Texto bíblico Almeida Revista e Corrigida. Bíblia de Estudo Pentecostal. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida, com referências e algumas variantes. Revista e Corrigida, Edição de 1995, Flórida- EUA: CPAD, 1999. BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD. CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal. VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm www.ebdweb.com.br www.escoladominical.net www.gospelbook.net www.portalebd.org.br/ http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/alianca.htm A PRIMEIRA EPÍSTOLA A TIMÓTEO - J. N. D. Kelly - Novo Testamento - Vida Nova - Série Cultura Cristã. William Hendriksen, 1 Timóteo, 2 Timóteo e Tito, São Paulo: Cultura Cristã, 2001, p. 191-6 (Comentário do Novo Testamento)
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao8-ist-3tr15-aprovados-por-deus-em-cristo-jesus.htm
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva
Questionário
NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO
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TEXTO ÁUREO"Procura apresentar-te a DEUS aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade." (2 Tm 2.15).
VERDADE PRÁTICAO obreiro aprovado por DEUS tem as marcas do Senhor JESUS CRISTO.
LEITURA DIÁRIA Segunda - Tt 3.9-11 Paulo ensina como tratar o homem herege
Terça - Mt 5.13 O discípulo de JESUS é "sal da terra" e "luz do mundo"
Quarta - 1 Tm 3.2 O obreiro deve ter uma conduta irrepreensível
Quinta - Sl 119.63 Companheiro dos que guardam os preceitos de DEUS
Sexta - 1 Tm 6.11 De que o obreiro do Senhor deve fugir
Sábado - Mt 13.36-43 A explicação da parábola do "trigo" e "joio"
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - 2 Timóteo 2.1-18 1 - Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em CRISTO JESUS. 2 - E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros. 3 - Sofre, pois, comigo, as aflições, como bom soldado de JESUS CRISTO. 4 - Ninguém que milita se embaraça com negócio desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra. 5 - E, se alguém também milita, não é coroado se não militar legitimamente. 6 - O lavrador que trabalha deve ser o primeiro a gozar dos frutos. 7 - Considera o que digo, porque o Senhor te dará entendimento em tudo. 8 - Lembra-te de que JESUS CRISTO, que é da descendência de Davi, ressuscitou dos mortos, segundo o meu evangelho; 9 - pelo que sofro trabalhos e até prisões, como um malfeitor; mas a palavra de DEUS não está presa. 10 - Portanto, tudo sofro por amor dos escolhidos, para que também eles alcancem a salvação que está em CRISTO JESUS com glória eterna. 11 - Palavra fiel é esta: que, se morrermos com ele, também com ele viveremos; 12 - se sofrermos, também com ele reinaremos; se o negarmos, também ele nos negará; 13 - se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo. 14 - Traze estas coisas à memória, ordenando-lhes diante do Senhor que não tenham contendas de palavras, que para nada aproveitam e são para perversão dos ouvintes. 15 - Procura apresentar-te a DEUS aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. 16 - Mas evita os falatórios profanos, porque produzirão maior impiedade. 17 - E a palavra desses roerá como gangrena; entre os quais são Himeneu e Fileto; 18 - os quais se desviaram da verdade, dizendo que a ressurreição era já feita, e perverteram a fé de alguns. OBJETIVO GERAL Contrastar o obreiro aprovado e o "vaso de honra" com os falsos mestres. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Apresentar a pureza e a humildade do obreiro aprovado por DEUS. Explicar as expressões “vaso de honra” e “vaso de desonra”. Propor uma postura ministerial equilibrada. INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Caro professor, nesta lição estudaremos o capítulo 2 da segunda Epístola de Timóteo.
É importante que você faça uma apresentação panorâmica do capítulo dois à luz de todo o conteúdo da epístola de Timóteo. Lembre-se de que o objetivo desse trimestre é expor o texto bíblico das cartas pastorais. De modo que o conteúdo geral das três epístolas deve ser estudado com o auxílio de uma boa Introdução ao Novo Testamento e um bom Comentário Bíblico do Novo Testamento.
Uma informação importante para preparação do seu plano de aula é a informação de que no capítulo 2, dos versículos 1 a 18, o apóstolo Paulo faz dois contrastes: obreiro aprovado x falsos mestres; vaso de honra x vaso de desonra. Estes dois encontros de personalidade, na igreja local, permeariam o relacionamento dos crentes, de modo que o objetivo do apóstolo é orientá-los em como se portarem diante de tal realidade. PONTO CENTRALO obreiro aprovado por DEUS é equilibrado, vivendo em pureza e humildade diante do Senhor e diante dos homens. Resumo da Lição 8 - Aprovados por DEUS em CRISTO JESUS I - OBREIROS APROVADOS POR DEUS
1. Pregam e ensinam sem engano. 2. Pregam com pureza. 3. Não buscam a glória de homens. II -DOIS TIPOS DE VASOS (2.20,21) 1. Vasos de honra (2.20). 2. Vaso de desonra. III - REJEITANDO AS DISSENSÕES E QUESTÕES LOUCAS 1. Rejeitando "questões loucas". 2. Não entrando em contenda. SÍNTESE DO TÓPICO I - O obreiro aprovado por DEUS prega e ensina sem engano, com pureza e humildemente, buscando sempre a glória de DEUS. SÍNTESE DO TÓPICO II - Na igreja local, há dois tipos de vaso, de honra e desonra. SÍNTESE DO TÓPICO III - A natureza dos demônios declara que eles são seres criados, limitados, espirituais, malignos e imundos. O obreiro aprovado pelo Senhor busca apontar tão somente o Senhor, e não ele mesmo. O crente deve ter uma vida irrepreensível. Isso só é possível na vida do crente através do poder redentor, libertador e purificador do sangue de JESUS mediante a fé SUBSÍDIO DIDÁTICO - top1
Professor, após fazer uma ou duas leituras desse primeiro tópico (refiro-me a leitura pessoal de estudo da lição, não em classe), medite na seguinte reflexão acerca da pregação, a fim de internalizar mais a ideia do que representa um arauto do Rei, o pregador do Evangelho: "São inúmeros os requisitos exigidos de um bom mensageiro de JESUS CRISTO, uma vez que desempenha o papel de arauto do Rei. Por outro lado, para que lhe demos tão alto qualificativo (de bom pregador), precisa ele preencher certas exigências indispensáveis. Entre outras, que possua grande piedade, e seja homem de oração, portador de dons naturais, cultura - geral e específica - e habilidades, especialmente na Palavra de DEUS; que ame ao Senhor e às almas; que tenha vida espiritual plena, pois o batismo no ESPÍRITO SANTO é ponto de partida e imprescindível.
Íntima comunhão com DEUS. Um ardente amor ao Pai, ao Filho e ao ESPÍRITO SANTO manterá o pregador ligado com o Céu e 'as coisas que são de cima' (Cl 3.1). Só assim conseguirá levar uma vida de oração, consagração e fé, procedimentos indispensáveis a um homem de DEUS. Haja em seu interior a chama divinal, grande amor pelas almas e profundo desejo de conhecer cada vez melhor a Palavra de DEUS, que é a mensagem a ser pregada para alimentar tanto a sua alma quanto a de seus ouvintes (1 Tm 4.16). Se o desejo de DEUS é a salvação das almas também deve ser esta a vontade do pregador, seu mensageiro. Como depositário do conhecimento da Palavra e intérprete do divino querer, deve esforçar-se para desincumbir-se fielmente de tão sublime missão. Para isto, naturalmente, precisa ser cheio do ESPÍRITO SANTO. Com dom inefável, sua palavra será cheia de graça e poder, capaz de apontar a todo viajor o caminho da vida - JESUS CRISTO" (DANTAS, Anísio Batista. Como Preparar Sermões: Dominando a arte de expor a Palavra de DEUS. 22.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.23). SUBSÍDIO TEOLÓGICO - top2
"A próxima analogia de Paulo diz respeito à variedade de artigos em uma próspera casa antiga. Existem artigos caros, como os vasos 'de ouro e de prata'; mas existem também aqueles que são baratos, como os vasos 'de madeira e de barro'. Alguns servem 'para honra', para propósitos nobres, como por exemplo, para serem admirados pelos convidados durante os banquetes; alguns servem 'para desonra', a propósitos humildes, comuns, como conter o lixo que será eliminado. A metáfora era comum na antiguidade, tanto no Antigo (Jr 18.1-11) como no Novo Testamento (Rm 9.19-24), mas a aplicação do apóstolo neste contexto é nova.
A expressão 'De sorte que', no início do verso 21, liga a aplicação desta analogia ao verso 19, que diz que 'qualquer que profere o nome de CRISTO aparte-se da iniquidade', 'Se alguém se purificar destas coisas' - do reino do ignóbil, ou seja, do falso ensino - essa pessoa 'será [um] vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor e preparado para toda boa obra'. Somente o vaso 'santificado e idôneo', nobre e honorável é que possui o mais elevado valor. O que importa não é o valor dos vasos ou do material de que são feitos, mas o conteúdo de cada um. Então, a fim de se enquadrar nesse perfil, cada um deve ser 'santificado', isto é, separado para os propósitos sagrados, afastando-se dos ensinos e da prática do mal" (Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.1495). SUBSÍDIO DIDÁTICO - top3
Caro professor, o princípio destacado neste tópico é importante para fazermos uma autocrítica em nossa jornada no magistério cristão. Quantas vezes perdemos tempo com temas sem importância, por exemplo, coisas como "o tamanho da arca de Noé", "o cumprimento da roupa do sacerdote" etc.? E muitas vezes não nos apropriamos do princípio da Palavra. Um exemplo clássico são as parábolas de JESUS. Quando deveríamos, por exemplo, na parábola do filho pródigo, focar o princípio do reconhecimento da miséria humana e de seu pecado e de um verdadeiro arrependimento, gastamos tempo no comportamento do irmão mais velho, da postura do pai etc. Por isso, é importante estudarmos bem qualquer passagem bíblica a fim de termos o pleno domínio sobre o que é essencial ensinarmos e o que são informações secundárias. PARA REFLETIR - A respeito das Cartas Pastorais:
Segundo a lição, quais as duas características do obreiro aprovado?Obreiros que ensinam sem engano e com pureza.
O que motivava Paulo a pregar o Evangelho?A motivação do apóstolo Paulo era pregar o Evangelho por amor dos santos (2 Tm 2.9).
Qual era o alvo de Paulo?
JESUS CRISTO (Fp 3.13-14).
De acordo com a lição, o que visam os falsos obreiros?
Enganar os incautos com argumentos falsos e logro.
Quais os dois tipos de vasos citados por Paulo?
Vaso para honra e para desonra. CONSULTE a Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 63, p. 42, Você encontrará mais subsídios para enriquecer a lição. São artigos que buscam expandir certos assuntos. SUGESTÃO DE LEITURA Preparar Sermões, Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento e O Que Todo Professor de Escola Dominical Deve Saber COMENTÁRIOS DE VÁRIOS AUTORES COM ALGUMAS MODIFICAÇÕES DO Ev. HENRIQUE APROVADO -- DOIS TIPOS DE APROVAÇÃO. 1- Milagres, prodígios e sinais 2- Fidelidade à Palavra de DEUS - a bíblia. Percebe-se por ai que poucos são aprovados. Aprovado por DEUS? Como DEUS demonstra sua aprovação? Atos dos Apóstolos: 2. 22. Varões israelitas, escutai estas palavras: A JESUS, o nazareno, varão aprovado por DEUS entre vós com milagres, prodígios e sinais, que DEUS por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis. 2 Coríntios: 10:18. Porque não é aprovado aquele que se recomenda a si mesmo, mas sim aquele a quem o Senhor recomenda 2 Timóteo: 2. 15. Procura apresentar-te diante de DEUS aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. Paulo diz: "Eu sei em quem tenho crido". Essa deve ser a avaliação. Intimidade com DEUS, falar com e ouvir a voz de DEUS, ser instrumento de DEUS para abençoar as pessoas. Vaso é feito de barro, no caso que estudamos (nós). Vaso é frágil. Este vaso vai guardar como depósito o maior tesouro que existe. O ESPÍRITO SANTO.
É preciso que o vaso esteja limpo para conter esse azeite de unção. Onde esse vaso for colocado deverá ser visto como vaso que conduz as pessoas a honrar o santo nome de DEUS. Os vasos de honra ensinam a bíblia inspirados e dirigidos pelo ESPÍRITO SANTO. Vasos para desonra são principalmente os vasos que não contêm o azeite por estarem sujos ou por conterem heresias que serão destiladas aos tardos de conhecimento. Só servem para que o nome de DEUS seja blasfemado. Pinico seria um bom nome para esse vaso. Só se torna vaso para honra depois que ouve o evangelho e nele crê. Alguns Calvinistas usam esse assunto de vasos para dizer que alguns foram escolhidos antes para serem para honra e outros para desonra (exemplo - Judas). DEUS não faz nada que não presta. O próprio vaso é que escolhe de que quer ser cheio. Só este versículo coloca por terra todo esse assunto de predestinação antes de se converter. Efésios: 1. 13. no qual também vós, tendo ouvido a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, e tendo nele também crido, fostes selados com o ESPÍRITO SANTO da promessa. PRIMEIRO OUVIR, DEPOIS ACREDITAR, DEPOIS RECEBER O ESPÍRITO SANTO. Nascemos vasos naturais, depois aceitamos a CRISTO e nos tornamos vasos espirituais, mas se não perseverarmos na sã doutrina e em santificação podemos noz tornar vasos carnais. Nenhum vaso nasce perfeito. Perfeito vai ser o que estará dentro dele se vier a aceitar a CRISTO. Elias era homem levado as mesmas paixões que nós, no entanto...Pedro era homem iletrado e bravo, no entanto... Paulo perseguia os cristãos, no entanto...O que muda o vaso é o que entra nele. Deixemos o ESPÍRITO SANTO nos encher e não sejamos cheios da coisas do mundo. "Muito espirituais" hoje em nossa igreja não são os muito usados por DEUS, pois esses são espirituais mesmo. Na verdade muito espirituais são os pregadores e ensinadores da teologia da prosperidade, são os teólogos e pregadores que só falam bonito, usando palavras difíceis ou nos originais, mas as suas pregações e ensinos estão recheados de heresias. Ninguém é curado, batizado ou liberto quando pregam ou ensinam, as decisões são falsas. Procura-se os que decidiram e não se encontra na semana seguinte. Foi tudo só emoção, nada espiritual. O vaso não é muito importante mesmo. Convém que o vaso desapareça e seu oleiro apareça, Também seu conteúdo faça bem às pessoas. O conteúdo do vaso, Esse sim é importantíssimo. No caso desses vasos aqui o oleiro é JESUS e seu conteúdo o ESPÍRITO SANTO. Tem vaso lindo, mas com esterco de pombos por dentro (sepulcro caiado) No caso da lição os vasos eram lindos (chamados espirituais), mas ensinavam e pregavam heresias, seu conteúdo era mortal. Por isso a aparência pouco importa, pois DEUS usa dos remidos o menor e dos vasos os mais simples. O problema é quando o oleiro acha defeito no vaso. tem que quebrar para consertar. Dói muito! A linha construtiva para Timóteo seguir é dar provas das suas próprias qualidades como transmissor eficiente e totalmente fidedigno da sã doutrina e e despertar o dom do ESPÍRITO SANTO que lhe concedia autoridade de DEUS em seu ministério e poder para ajudar aos outros,m mantendo assim os falsos mestres abaixo de sua posição eclesiástica.
sem despertar o dom do Espírito Santo Timóteo estaria de igual modo com os falsos profetas ou Mestres.
Então a diferença é o dom do Espírito Santo
Pois na Igreja de Éfeso havia bons oradores que eram falsos Mestres ou seja eram bons de lábios
Isso mesmo, a diferença estaria no espiritual, pois no intelectual Timóteo perderia. Eram mestres mais velhos e experientes.
Paulo não é nada bobo. Sabendo disto apela para Timóteo que sua única saída era a espiritual, se desejasse a obediência e o respeito de todos. Veja o testemunho de Paulo aos Coríntios sobre isto: E eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria. Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado. E eu estive convosco em fraqueza, e em temor, e em grande tremor.
E a minha palavra, e a minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder; Para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus. 1 Coríntios 2:1-5
Paulo sabia que falsos mestres não têm poder de DEUS. DEUS não autentica falsos ensinos. Veja hoje os anti-pentecostais como os tradicionais e igrejas históricas. São exímios mestres, mas sem nenhum poder. É um lindo evangelho falso. Sem confirmação ou autenticação de DEUS. Já começaram errados, pois JESUS disse: Ficai em Jerusalém até ... Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria, e até aos confins da terra. Atos 1:8. Eles saíram abrindo Igrejas antes de receberem a promessa, a permissão de DEUS, o poder de DEUS. DEUS sempre mostrou quem fala o que ELE mandou assim: Testificando também Deus com eles, por sinais, e milagres, e várias maravilhas e dons do Espírito Santo, distribuídos por sua vontade? Hebreus 2:4 NOVOS ENCORAJAMENTOS AO SERVIÇO E AO SOFRIMENTO - 2:1-13 1. Paulo agora aplica a moral da exortação anterior a Timóteo. Tu, pois. . . traduz literalmente o Grego, com seu tom enfático. O jovem discípulo foi lembrado da sua ordenação, da devoção do próprio Apóstolo ao evangelho, e do brilhante exemplo de Onesíforo. Agora é a vez de Timóteo demonstrar seu valor e fortificar-se na graça que está em CRISTO JESUS. O verbo é tipicamente paulino: cf. Rm 4:20; Ef 6:10; Fp 4:13. A força de na com graça é provavelmente instrumental: “por meio da,” ou “no poder da.” O acréscimo de que está em CRISTO JESUS sugere que, embora Paulo sem dúvida tenha em mente o dom especial outorgado na ocasião da ordenação (cf. 1:6-7), seu pensamento real diz respeito à graça no sentido cristão mais amplo. A expressão inteira (ver as notas sobre 1:1, 13) pode ser parafraseada como “a graça da qual somos recebedores mediante a comunhão com JESUS CRISTO.” Timóteo deve demonstrar hombridade- na sua resolução, mas a força verdadeira dos seus esforços virá da graça que CRISTO dá livremente. 2. Além disto, deve tomar medidas para transmitir o que ouviu da parte de Paulo a outros mestres fidedignos. O verbo (Gr. paratithes- thai) tem relacionamento com o substantivo (Gr. parathèké) usado em 1:12 e 14 (também 1 Tm 6:20) para a mensagem cristã ortodoxa que é entregue a Paulo e Timóteo como um depósito sagrado. Logo,o que de minha parte ouviste não denota instrução geral na fé cristã, mas, sim, o próprio evangelho apostólico. Se o sentido geral daquilo que Paulo está dizendo fica claro, não fica tão fácil determinar exatamente o que quer dizer com através de (Gr. dia) muitas testemunhas. A maioria dos autores entende que através de é o equivalente de “na presença de.” Paulo está ressaltando, portanto, que quando pregou a Timóteo ou (o que parece mais provável) entregou a ele a mensagem do evangelho, estava na presença de muitos circunstantes. Desta forma, a solenidade da incumbência foi destacada ou, alternativamente, as pessoas presentes serviam para corroborar que sua doutrina era sã. Se tal idéia for aceita, seria natural interpretar o versículo como uma referência a alguma ocasião específica, tal como o batismo de Timóteo ou (melhor ainda) sua ordenação, quando se pode supor que o Apóstolo publicamente impressionou sobre ele um esboço da fé. Esta é provavelmente a melhor explicação do texto; também concorda bem, se a referência diz respeito ao comissionamento formal de Timóteo, com a ênfase sobre sua ordenação em 1:6 e 14. Outros autores, no entanto, argumentam que assim o papel das testemunhas não está tratado à altura, e preferem dar a através de o significado de “com a atestação de.” Segundo esta exegese, duas alternativas estão abertas. (a) Paulo está lembrando Timóteo do seu hábito de citar autoridades para seu ensino (e.g. os profetas, os discípulos do Senhor: cf. 1 Co 15: 3-11), especialmente quando se tratava de assuntos dos quais não tivera experiência direta. Mas se este fosse o significado dele, o que de minha parte ouviste não seria a maneira natural de expressá-lo; teríamos esperado algo como “O que transmiti a ti.” A lição de Paulo, portanto, deve ser, pelo contrário (bj que Timóteo teve a oportunidade de averiguar a versão do evangelho que recebeu do seu mestre, mediante testemunho independente, e, portanto, pode ter dupla certeza da sua autenticidade. As muitas testemunhas devem incluir Barnabé, sua própria avó e mãe, e numerosas outras pessoas de peso e autoridade. Todas estas dificuldades, tem sido alegado (B. S. Easton), desaparecem se reconhecermos que se trata realmente de um Pastor no século II que, à guisa de Paulo, está dirigindo-se a um neófito no ministério que nunca viu nem conheceu o Apóstolo pessoalmente. Podemos, então dar a dia seu significado original; é “através de” muitos intermediários, inclusive o próprio Pastor, que o neófito recebe a tradição paulina. Embora seja altamente engenhosa, duvida-se se esta proposta é admissível mesmo se a teoria geral da qual faz parte pudesse ser aceita. Se este tivesse sido seu significado, podemos ter a certeza que o escritor não teria ditode minha parte ouviste, que, mesmo admitindo a ficção, somente pode dar a entender que o endereçado tinha sido pessoalmente um aluno de Paulo; nem testemunhas é uma descrição natural, na linguagem idiomática do século II, de uma sucessão de (ensinadores acreditados. £ possível notar que em 1 Tm 6:12 tem seu significado original de circunstantes que, dalguma maneira, testemunham ou atestam. Nenhum crédito especial pode ser conseguido “pelo significado original” de dia, pois o uso técnico “na presença da” é bem apoiado. Finalmente, parece incrível que, depois de construir com tanta perícia sua fachada de verossimilhança, o autor pseudonímico tivesse repentinamente resolvido esmiuçá-la. O conselho de Paulo a Timóteo no sentido de passar o evangelho apostólico a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros é de interesse imenso por conter, em forma embriônica, as idéias germinadas, estreitamente relacionadas entre si, da tradição da revelação original e de uma sucessão de pessoas autorizadas, encarregadas com a responsabilidade de transmiti-la intata. Essencialmente as mesmas idéias, embora expostas de modo menos explícito, aparecem nas cartas anteriores de Paulo, e.g., 1 Co 11:23; 15:1 ss. Desde o começo, o conceito da tradição, ou da transmissão da revelação original, era integrante do cristianismo. Nesta passagem, onde se ressalta o evangelho transmitido, estamos claramente numa etapa primitiva; em contraste, por exemplo, com 1 Qem. xlii. 2-4; xliv.2 (freqüentemente citado como paralelo), não se expõe nenhuma teoria de sucessão apostólica. Não há qualquer sugestão de apóstolos como tais transmitindo a fé para bispos e diáconos, mas simplesmente temos o próprio Paulo dando instruções a Timóteo, e seu interesse é mais na fidelidade do que na posição dos homens que Timóteo selecionará. 3. Paulo agora conclama Timóteo: Participa dos meus sofrimentos. O destino de um evangelista e líder cristão é estar cheio de dificuldades, sendo que uma boa amostra está sendo providenciada pela presente situação difícil de Paulo. O mesmo verbo é usado como em 1:8. Como ilustrações, o Apóstolo passa a apontar a experiência do soldado, do esportista, e do lavrador. Todos os três — o primeiro com seu desvinculamento doutras coisas, o segundo com seu treinamento rigoroso, o terceiro com sua labuta infatigável — refletem aspectos diferentes na vida de qualquer pessoa que se dedica ao serviço de CRISTO. Estes eram exemplos clássicos na diatribe popular daqueles tempos; o próprio Paulo anteriormente empregara todos os três no espaço de um único capítulo (1 Co 9:7,24). 4. Destarte, Timóteo é exortado a portar-se, a despeito do seu acanhamento e timidez naturais, como bom soldado de CRISTO JESUS. Além de ser resistente sob as condições das piores provações, há duas características especialmente relevantes que pertencem a um homem em serviço ativo. Primeiramente, não se envolve em negócios desta vida (de civil); e, em segundo lugar, é dominado pelo desejo único de satisfazer àquele que o arregimentou. Não somente o soldado é aliviado, por sua profissão, da necessidade, e até mesmo da possibilidade de ganhar sua vida da maneira normal, como também as exigências do serviço militar necessitam sua atenção total dada à realização dos planos do seu oficial comandante. A segunda cláusula, o seu objetivo é satisfazer. . ., faz uma conexão um pouco desajeitada com a cláusula principal, mas o significado está claro. Às vezes tem sido tirada a conclusão que os ministros ordenados não devem ocupar-se em negócios ou no comércio, ou até mesmo no matrimônio, e que no ponto de vista do escritor há alguma coisa errada, ou de qualquer maneira de segunda categoria, nas atividades da vida comum. Esta é, no entanto, uma maneira pedante de aplicar erroneamente sua intenção, que é simplesmente insistir que Timóteo, e, presumivelmente, líderes cristãos numa posição análoga, devam cortar fora da sua vida qualquer coisa, por melhor que seja em si mesma, que tende a desviá-lo do serviço total a JESUS CRISTO. Indica em 1 Tm 3:2, 12; Tt 1: 6 sua aceitação do fato de que os superintendentes e diáconos seriam casados. 5. Paulo tira sua segunda ilustração do atleta profissional que participava, dos jogos que eram um aspecto tão destacado do cenário greco-romano. Para seu emprego de metáforas do esporte, ver as notas sobre 1 Tm 4:7; 6:12. O atleta não é coroado, indica ele, ou seja: não pode ganhar o prêmio no evento específico, se não lutar segundo as normas. Tem havido muito argumento sobre se estas normas (o Grego tem o advérbio nominós, i.é, “licitamente:” cf. 1 Tm 1:8) são (a) as regras específicas do jogo em epígrafe, ou (b) os regulamentos impostos sobre os atletas que participam dos jogos públicos, os quais, a fim de manter padrões altos, incluíam preceitos acerca do treinamento. Como exemplo destes últimos, os competidores nos Jogos Olímpicos tinham de diante de uma estátua de Zeus, jurar que tinham ficado em treinamento rigoro- so durante 10 meses (Pausânias, Graec. descr. v. 24. 9). Existem as duas possibilidades, mas visto que trapacear não é relevante ao tema de Paulo, ao passo que a árdua auto-disciplina o é, (b)parece ser muito mais plausível do que (a). 6. O pensamento de Paulo já começou a avançar das privações envolvidas no serviço cristão dedicado para o galardão que o coroará. Esta idéia fica sendo mais destacada na sua terceira ilustração,, tirada do lavrador que trabalha. A ênfase recai sobre o verbo, sendo que a lição de Paulo é que o lavrador que realmente se esforçou no campo deve ser o primeiro a participar dos frutos, i.é, tem prioridade sobre os que ou não fizeram nada ou ficaram totalmente desocupados. A analogia não é, conforme sugerem alguns autores, forçada, encaixada ali porque o escritor notou sua ocorrência em 1 Co 9:10-11. A mente de Paulo foi naturalmente dirigida aos galardões mediante sua menção da coroa do atleta. Por alguma razão, considera apropriado lembrar Timóteo acerca da bênção especial que DEUS derramará sobre o ministério de um evangelista trabalhador e fiel. Mas também tem em mente, não menos do que em 1 Co 9:10- 1, o sustento material que o líder apostólico tem direito de esperar da parte da comunidade onde tem labutado (cf. 1 Tm 5:17-18). Deve ser notado que o verbo traduzido trabalha (Gr. kopiãn) é especialmente apropriado, sendo quase um termo técnico no vocabulário de Paulo para a obra ministerial (ver 1 Tm 5:17). 7. No versículo seguinte, Pondera o que acabo de dizer, pode ser interpretado “Calcula ou que estou querendo transmitir” (Gr. noei holegó). Com um tato fino, Paulo deixa Timóteo descobrir por si mesmo as implicações mais profundas das suas três parábolas, especialmente, talvez, a alusão a seus honorários da parte da comunidade. Esta exegese é confirmada pelo encorajamento que ele acrescenta, porque o Senhor te dará compreensão em todas as coisas, i.é, em matérias como estas não menos do que em questões mais pesadas. Para a iluminação que DEUS dá ao homem espiritual, cf. 1 Co 2:10,15. 8. O v. 7 foi quase um parêntese; Paulo agora resume seu tema, e representa CRISTO como a inspiração suprema do serviço cristão. O discípulo deve “ter em mente” (Lembra-te) o próprio Messias, que, embora agora, reine em glória, foi ressuscitado dentre os mortos. A sugestão provavelmente é que até mesmo Ele teve de palmilhar o caminho da cruz e provar da morte antes de seu exaltado. O Apóstolo faz sua lembrança tanto mais impressionante ao revesti-la de um fragmento de matéria tipo credo, semi-esteriotipada, que Timóteo provavelmente sabia de cor. A ordemJESUS CRISTO, sem precedentes em 2 Timóteo, e o acrés cimo de descendente de Davi, que é irrelevante no contexto, bem como a estrutura, confirmam que o refrão é uma citação. A fórmula é primitiva, provavelmente de origem cristã judaica, e se assemelha àquela citada por Paulo em Rm 1:3-4. Estes são os dois únicos refrões tipo credo, desta natureza no N.T., que ressaltam a descendência davídica do Salvador; para exemplos posteriores, cf. Inácio, Eph. xviii.2; Trall. ix. 1; Rom. vii. 3; Smym. i. 1. 9. “Este é o meu evangelho, ” declara Paulo; a frase parafraseia a expressão tipicamente paulina (cf. Rm 2:16; 16:25; 1 Tm 1:11): segundo o meu evangelho. Noutras palavras, a verdade entesourada no fragmento de credo que acaba de ser citado é o coração da mensagem que foi confiada a Paulo, e “ao pregar o qual” (lit. no qual, que indica o evangelho como a esfera dos seus sofrimentos) estou sofrendo até algemas, como malfeitor. Paulo volta, como faz tão freqüentemente nesta carta, a sua própria pessoa como exemplo para Timóteo. A palavra malfeitor (Gr. kakourgos) é enfática, e no N.T. é só usada fora deste trecho para os bandidos que foram crucificados juntamente com JESUS (Lc 23:32, 33, 39). Na linguagem técnica jurídica era reservada para assaltantes, assassinos, traidores, e pessoas assim. O emprego dela aqui sugere as condições da prisão nerônica mais do que o aprisionamento relativamente brando de At 28. Esta passagem contém ainda outra indicação da vergonha e do ressentimento que Paulo sentia por causa do seu confinamento. Tanto mais exultante, portanto, soa sua interjeição triunfante: contudo, a palavra de DEUS não está algemada. Como em lT s2:13; 2 T s3 :l. A palavra de DEUS, que aqui é equivalente a meu evangelho supra, é quase personificada. A despeito das restrições impostas sobre seu pregador, continua a espalhar-se, conquistando homens para DEUS. Ficamos lembrando Fp 1:12-18, onde nota que sua prisão (a primeira), longe de impedir o evangelho, deu aos seus colegas cristãos a confiança de pregar a palavra de DEUS com excepcional destemor. 10. Mas não está pensando primariamente, nesta passagem, da pregação feita por outros. A idéia que quer transmitir a Timóteo é que os próprios sofrimentos que está deplorando têm uma relevância positiva, evangelística. Declara, portanto: Por esta razão, (as palavras referem-se às expressões que hão de seguir:por causa dos. . . e para que. . . ) tudo suporto por causa dos eleitos, para que também eles obtenham a salvação em CRISTO JESUS. Aqui os eleitos de DEUS denota aqueles que a eterna predestinação de DEUS escolheu para receberem a salvação (Rm 8:33; Cl 3:12; Tt 1:1), mas que ainda não corresponderam à Sua chamada. O que Paulo está dizendo não é simplesmente que o exemplo da sua perseverança será uma inspiração para outros, mas, sim, que o motivo mais profundo da sua aceitação paciente das adversidades é a convicção de que, desta maneira, realmente está fazendo com que seja mais fácil para eles chegarem à salvação. Sua pressuposição aqui, como em Cl 1:24 (passagem esta que deve ser cuidadosamente comparada com a presente passagem), é que há um montante predeterminado de sofrimento que a comunidade messiânica, o corpo de CRISTO, deve padecer antes do Fim poder vir. Para as tribulações que, conforme o pensamento cristão primitivo, devem anteceder o fim, cf. Mt 24:6 ss.; Mc 13:7 ss.; Lc 21:9 ss. (esp. 24); 2 Ts 2:1-12. Quanto mais o próprio Paulo, portanto, sofre agora, tanto menos seus irmãos que também estão “em CRISTO” terão de sofrer pessoalmente, de modo que ele apressará a vinda do Fim. Desta maneira, sua angústia e seu martírio realmente preparam o caminho para outros,para que também eles obtenham a salvação que está em CRISTO JESUS. A certeza que o Apóstolo tem da sua própria salvação é ressaltada notavelmente pela palavra também. As palavras a salvação que está em CRISTO JESUS transmitem muito mais do que o fato de que a salvação do cristão lhe advém de CRISTO. Como em 1:1 ; 9,13; 2:1 (ver as notas ali), contêm a essência do evangelho de Paulo, que é que o crente é nova criatura como resultado de ser unido com CRISTO (cf. 2 Co 5:17). E o resultado concomitante desta salvação será a eterna glória. Este fato é ilustrado por Rm 5:2, onde Paulo descreve como os cristãos exultam na glória divina que há de ser deles. Quer dizer aquela glória refletida de DEUS com que Adão era. revestido no Jardim do Éden, mas da qual os homens depois foram privados como resultado da Queda (Rm 3:23). É esta glória que será revelada em nós e para nós no Fim (Rm 8: 18), e que em 2 Co 4:17 o Apóstolo representa como sendo “eterno peso de glória, acima de toda comparação,” que deixará na sombra quaisquer aflições que porventura soframos no presente momento. 11, 12. Paulo completa esta seção com outra “palavra fiel.” Para esta expressão, um chavão nas Pastorais, cf. 1 Tm 1:15; 3:1; 4:9; Tt 3: 8. Alguns comentaristas, seguindo Joio Crisóstomo, identificam a palavra com aquilo que antecede, ou de qualquer maneira com alguma parte dele (e.g. v. 8); apoiam este argumento dizendo que os versículos que se seguem não podem estar em mira, pois começam com a partícula (no original) “Pois.” Estão, porém, claramente enganados. O v 8 é separado por um espaço de dois versículos, e nada há de aforístico ou de qualquer maneira semelhante a uma citação no restante das observações de Paulo, ao passo que as linhas seguintes (llb-13) têm precisamente este caráter. A explicação óbvia de “Pois” e' que o extrato citado é incompleto; Paulo o começa numa altura relevante ao seu assunto, sem levar em conta a abertura abrupta. Parece certo, portanto, que Fiel é a palavra se refere a w. llb-13. Sua estrutura paralela e seu caráter rítmico tomam provável que é um extrato de um hino litúrgico, provavelmente familiar a Timóteo e à comunidade (cf. 1 Tm 3:16 para o uso semelhante de um hino); a última linha (pois de maneira nenhuma pode. . .) que quebra o padrão, pode ser uma glosa acrescentada pelo próprio Paulo. O hino parece ser de proveniência cristã judaica, sendo que sua primeira estrofe relembra Rm 6:8 e sua terceira estrofe, o dito do Senhor relatado em Mt 10:33. Tem sido descrito como um encorajamento aos cristãos enfrentando a perseguição, mas o rito do batismo (ver notas abaixo) tem uma reivindicação muito mais forte para ser a origem deste hino. É, no entanto, inútil agora esperar que possamos identificar seu âmbito original com perfeita precisão. Tudo quanto podemos saber com certeza é que o motivo de Paulo em citá-lo era inculcar a conexão entre a comunhão do cristão com CRISTO no sofrimento e na glória. Um contexto batismal certamente é sugerido por se já morremos com ele, também viveremos com ele. Este morrer com CRISTO não é primariamente, conforme muitas vezes tem sido proposto, a morte por meio de sofrer o martírio por Ele, mas, sim, a morte ao pecado e ao próprio-eu que todo cristão prova no batismo. Paulo expõe sua doutrina mística disto em Rm 6:2-23, onde desenvolve o pensamento (ver esp. v. 8, ao qual esta linha é quase idêntica) de que ser reunido com CRISTO na Sua morte acarreta ser reunido com Ele na Sua ressurreição e participar da Sua vida glorificada. Cf. também Cl 3:3. Mas a morte do cristão com CRISTO no batismo é apenas uma primeira prestação. É sua vocação, estando misticamente unido com o Crucificado, abraçar uma vida de provações e adversidades. Mesmo assim, recebe sua recompensa, pois se perseveramos, também com ele reinaremos. A linha cristaliza a esperança cristã primitiva de que, quando CRISTO voltar em glória para reinar (1 Co 15:24-25), os santos que perseveraram se assentarão em tronos como reis lado a lado com Ele (Ap 1:6; 3:21; 5:10; 20:4). A chamada à perseverança, subentendida, também se encaixa com a situação batismal. O Evangelho segundo Marcos, escrito apenas uns poucos anos mais tarde, demonstra quão profunda era a convicção da igreja que a adversidade era da essência do discipulado. Mas o que acontece se o negamos na realidade? A resposta severa, baseada na própria advertência (Mt 10:33), é que ele por sua vez nos negará. A referência, outra vez, é ao Juízo Final, quando o Senhor Se recusará a reconhecer os que O negaram. 13. O hino passa, então, a considerar uma possibilidade original se somos infiéis. Alguns interpretam isto (Gr. apistoumen) como sendo equivalente a “se abandonarmos a fé nEle,” i.é, apostarmos. Mas assim teríamos uma repetição do pensamento da frase anterior; desconsidera, também, o fato de que o verbo está no presente (de ação contínua?), e não no futuro, como negará. Daí, a paráfrase “se deixarmos de viver à altura da nossa profissão,” ou “se pecarmos e nos revelarmos instáveis nas provas e tentações,” parece ressaltar melhor o significado. A resposta que esperamos segundo a lógica rígida é: “Ele também será infiel,” mas o paradoxo do amor divino não permite tal coisa. A verdade é proclamada de modo triunfante: Ele permanece fiel.Isto não significa: “DEUS cumpre Sua palavra tanto para a recompensa quanto para o castigo” (W. Lock), i.é, inexoravelmente exige a penalidade devida à nossa apostasia. A grande afirmação do hino é que, por mais inconstantes e infiéis que os homens sejam, o amor de DEUS continua inalterável, e Ele permanece fiel às Suas promessas. Conforme a expressão de Paulo em Rm 3:3-4, a infidelidade dos homens serve apenas para destacar a fidelidade de DEUS; afinal das contas, Ele nos salvou, “não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça” (1:9 supra). E a explicação, é lógico, é que de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo. Ser fiel no meio de tudo, a despeito do pior que os homens podem fazer, é a essência da Sua natureza. Conforme foi sugerido supra, a cláusula final pode ser um comentário explicativo do próprio Apóstolo, mas muitos sustentam que está plenamente dentro do espírito do hino e é necessária para completar o pensamento. Seja qual for a certa entre estas duas interpretações, o alvo desta quarta estrofe não é, naturalmente, abrir a porta para ao desvio e à apostasia, mas, sim, fornecer um bálsamo para consciências perturbadas. UMA CONCLAMAÇÃO PARA EVITAR O FALSO ENSINO - 2:14-21 14. Tendo feito o melhor que podia para inspirar em Timóteo coragem para enfrentar o sofrimento no espírito de CRISTO, Paulo passa a instruções específicas acerca da sua pregação, prestando atenção especial à ameaça crescente da heresia. Já ressaltara a importância do ensino sadio modelado no dele mesmo (1:12-14; 2:1-2), e agora manda-o: Recomenda estas coisas (“Continua lembrando as pessoas destas coisas”), i.é, na primeira instância, da verdade profunda do evangelho resumida nos w. 11-13, mas também, mais geralmente, da mensagem cristã conforme a aprendera do Apóstolo (2:2). O verbo (Gr. hupomimnêske: lit. “lembrar”) está no presente do imperativo, o que indica que esta deva ser a prática regular dele; daí a tradução “Continua...” É especialmente importante, ressalta Paulo, advertir as pessoas solenemente (para Dá testemunho solene a todos perante DEUS, cr. 1 Tm 5:21) para que evitem contendas de palavras. Esta tradução parece preferível à de Moffatt, “que não troquem argumentos”, que dá a entender que o Apóstolo está desencorajando debates públicos com os hereges. Esta interpretação não produz um quadro plausível em si mesmo; e de qualquer maneira o substantivo relacionado, “disputa acerca de palavras” (Gr. logomachia) se acha em 1 Tm 6:4, onde indubitavelmente tem o significado de fazer sofismas acerca de palavras. O que Paulo está sublinhando aqui é o perigo de ficar envolvido naquele tipo de discussão teológica que, no fim, é puramente verbal, não tendo nada a ver com as realidades da religião cristã. Embora suas críticas severas tenham uma aplicação geral, visam, primariamente, indivíduos específicos em Éfeso. Seja qual for o conteúdo dos seus ensinos (infelizmente, Paulo apenas nos dá uns indícios muito fragmentários quanto a eles), está certo de que a discussão à qual dão origem é um perder-se em minúcias sem proveito acerca de palavras, o tipo de argumentação que para nada aproveita, e que é só para a subversão dos ouvintes. 15. A linha construtiva para Timóteo seguir é dar provas das suas próprias qualidades como transmissor eficiente e totalmente fidedigno da sã doutrina. Paulo o exorta, portanto: Procura apresentar-te a DEUS, aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar. Apresentar- te a DEUS (para o verbo, Gr. parastèsai, cf. Rm 6:13; 1 Co 8:8) aprovado (o adjetivo grego dokimos tem a idéia de “testado” e “aprovado”). A figura emobreiro é a de um trabalhador agrícola (cf. Mt 20:1, 8). O adjetivo que o acompanha (Gr. anepaischuntos) pode significar “que não tem vergonha da sua profissão,” retomando e repetindo, assim, o pensamento de 1:8 (cf. Rm 1:16; Hb 2:11; 11:16). Mas este sentido é estranho ao contexto, que pinta o quadro do trabalhador que fez bem o seu serviço e que pode, portanto, submetê-lo ao seu empregador sem dúvidas ou embaraço. A cláusula seguinte contém o peso da incumbência dada por Paulo. Timóteo cumprirá sua tarefa de modo eficiente, e assim se capacitará a enfrentar DEUS sem sentir vergonha, ao manejar bem a palavra da verdade. Por palavra da verdade alguns têm entendido a Escritura, mas tanto o contexto como o uso por Paulo da mesma expressão noutros lugares (Ef 1:13; Cl 1:5) confirmam que representa o evangelho, a mensagem cristã como um todo. As demais palavras são uma tentativa de traduzir o verbo grego raro orthotomein (lit. “cortar retamente”), achado somente aqui e em Pv 3:6; 11:5. Alguns argumentam, com base no seu significado literal, que a figura de Paulo deve ser a de um pedreiro cortando uma pedra (aqui a palavra da verdade) conforme o padrão correto (i.é, o padrão do evangelho). Outros notando que o obreiro é um lavrador agrícola, seguem João Crisóstomo em supor que é a figura de um arado cortando um sulco reto. Do outro lado, nas duas passagens em Provérbios o verbo é usado com hodous (= “estradas”) e claramente significa “cortar uma estrada reta,” ou “fazer uma estrada numa direção reta;” há também muitos exemplos do verbo “cortar” sendo usado para fazer estradas. Uma interpretação possível, portanto, é que Paulo está admoestando Timóteo, quando prega o evangelho, a seguir um caminho estreito, sem ser desviado por disputas acerca de meras palavras ou por conversa ímpia. 0 debate, no entanto, é provavelmente infrutífero (um exemplo da logomachia que Paulo deplora!), pois o sentido geral parece bastante claro, e a imagem subjacente, seja qual for, perdeu seu frescor e seu impacto. 16. Se positivamente a tarefa de Timóteo é pregar o evangelho em toda a sua pureza, negativamente ele deve Evitar igualmente os falatórios inúteis e profanos. Paulo outra vez está atacando o ensino dos sectários, em linguagem idêntica àquela que usou em 1 Tm 6:20. O substantivo sublinha sua futilidade, ao passo que o adjetivo sugere que é materialista na sua tendência, e que substitui a revelação divina pela especulação humana. Não admira que os que deles usam estejam condenados a passar a impiedade ainda maior. A construção é desajeitada no original, porque não há nenhum sujeito para a terceira pessoa no plural, passarão. O contexto, no entanto, especialmente deles no v. 17, estabelece que a referência é aos mestres do erro. Evidentemente, alegavam ser “avançados,” i.é, progressistas e intelectualmente vivos como cristãos (para o verbo prokoptein= “avançar” no sentido de fazer progresso, cf. Rm 13:12; G1 1:14; também 1 Tm 4:15 para o substantivo correlato prokopê). Daí a ironia deliberada no comentário de Paulo de que o único progresso que têm probabilidade de fazer está na direção da impiedade. 17. Igualmente desastrosa será sua influência sobre outros membros da igreja, porque a linguagem deles corrói (lit. “terá sua pastagem”) como câncer. Embora a tradução câncer às vezes tenha sido preferida, gangrena se adapta melhor tanto ao Grego (gaggraina) quanto ao sentido da passagem. Não são apenas os perigos do falso ensino aos aderentes deste que preocupam Paulo, como também sua tendência insidiosa de espalhar-se e infeccionar outras pessoas, assim como a gangrena se espalha e devora os tecidos próximos. Dois dos falsos mestres agora são mencionados pelo nome. Não se ouve falar noutro lugar de Fileto, mas Himeneu é referido em 1 Tm 1:20, onde somos informados que Paulo o excomungara. A despeito disto, parece ter continuado suas atividades com êxito, visto que aparece aqui como um dos líderes dos mestres do erro. Alguns têm achado surpreendente este fato, e tiraram a conclusão de que 2 Timóteo deva ter sido escrita antes de 1 Timóteo. A inferência, no entanto, é totalmente desnecessária; não podemos tomar por certo que a interdição de Paulo fosse instantaneamente eficaz em silenciar um herege, e, de fato, só porque Himeneu aparentemente podia desconsiderá-la é uma ilustração da situação difícil na igreja em Éfeso. 18. Paulo declara que estes dois se desviaram da verdade. Para o verbo (Gr. astochein: lit. “errar o alvo”), cf. 1 Tm 1:6; 6:21. O erro deles, continua ele, consiste em asseverar que a ressurreição já se realizou. Esta é uma indicação muito valiosa, a única que é realmente precisa e concreta nestas cartas, às crenças teológicas propriamente ditas dos separatistas. Embora muita coisa fique obscura, a interpretação mais provável é que escolheram identificar a ressurreição, não com o levantamento do corpo no último dia, mas, sim, com o morrer e ressurgir místicos que o cristão experimenta a sua iniciação batismal. Que esta é a explicação correta do ensino deles, que assim, com efeito, negava a ressurreição do corpo, é corroborado pelo relato de Irineu (Haer. 1. 23. 5) do que o gnóstico samaritano Menandro, que era discípúlo de Simão Mago (At 8:9 ss.), ensinava seus seguidores que, como resultado de terem sido batizados por ele mesmo, já haviam passado pela ressurreição e nunca envelheceriam nem morreriam. Cf. A tos de Paulo e Tecla xiv. A crença de que o corpo físico ressuscitará do túmulo era, naturalmente, integrante do cristianismo desde o início. Lado a lado com ela havia a crença, que não temos motivo para supor ter sido confinada a Paulo (para sua versão dela, cf. Rm 6:1-11; Ef 2:6; 5:14; Cl 2:13; 3:1-4), que o cristão passa por uma morte e ressurreição mística com CRISTO no batismo. A mentalidade grega, no entanto, com seu conceito da alma como sendo imortal, e da soltura do corpo, que é a prisão dela, como sendo sua verdadeira felicidade, sentia uma repugnância instintiva pela idéia da ressurreição física. Destarte, nos círculos helenísticos, Paulo desde cedo achou necessário (cf. 1 Co 15; At 17:32) combater o ceticismo completo acerca dela. É compreensível que pessoas com esta maneira de pensar achassem a idéia da ressurreição sacramental no batismo muito mais apropriada, e que confinassem a ela o seu ensino acerca da ressurreição. Tendências como estas tinham um atrativo especial sempre que o gnosticismo se estabelecia, e a presente passagem é evidência das tendênciias gnósticas dos sectários. Paulo declara que, ao ensinarem tais distorções, estão pervertendo a fé a alguns. É inevitável esse resultado, visto que a crença na ressurreição do corpo é a pedra angular do cristianismo; sem ela, conforme já asseverara aos coríntios (1 Co 15:17), “É vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados.” O perigo era tanto maior onde (conforme quase certamente ocorria no presente caso) a negação tinha sua origem numa depreciação do corpo, que abria a porta, de um lado, para a idéia da salvação-própria por meio de práticas ascéticas (cf. 1 Tm 4:3), e, do outro lado, para a indiferença moral (cf. 1 Co 6:12 ss.). A PRIMEIRA EPÍSTOLA A TIMÓTEO - J. N. D. Kelly - Novo Testamento - Vida Nova - Série Cultura Cristã. ESBOÇO DO CAPÍTULO 2 - William Hendriksen, 1 Timóteo, 2 Timóteo e Tito, São Paulo: Cultura Cristã, 2001, p. 191-6 (Comentário do Novo Testamento) Tema: O Apostolo Paulo Diz a Timóteo o que Fazer no Interesse da Sá Doutrina Ensine-a “Sofra dificuldades juntamente conosco” 2.1-13 Ainda que este ensino produza dificuldades, também traz grande galardão. 2.14-26 Pelo contrario, as discussões fúteis não tem um propósito. 1 - Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em CRISTO JESUS. 2 - E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros. 3 - Sofre, pois, comigo, as aflições, como bom soldado de JESUS CRISTO. 4 - Ninguém que milita se embaraça com negócio desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra. 5 - E, se alguém também milita, não é coroado se não militar legitimamente. 6 - O lavrador que trabalha deve ser o primeiro a gozar dos frutos. 7 - Considera o que digo, porque o Senhor te dará entendimento em tudo. 8 - Lembra-te de que JESUS CRISTO, que é da descendência de Davi, ressuscitou dos mortos, segundo o meu evangelho; 9 - pelo que sofro trabalhos e até prisões, como um malfeitor; mas a palavra de DEUS não está presa. 10 - Portanto, tudo sofro por amor dos escolhidos, para que também eles alcancem a salvação que está em CRISTO JESUS com glória eterna. 11 - Palavra fiel é esta: que, se morrermos com ele, também com ele viveremos; 12 - se sofrermos, também com ele reinaremos; se o negarmos, também ele nos negará; 13 - se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo. 14 - Traze estas coisas à memória, ordenando-lhes diante do Senhor que não tenham contendas de palavras, que para nada aproveitam e são para perversão dos ouvintes. 15 - Procura apresentar-te a DEUS aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. 16 - Mas evita os falatórios profanos, porque produzirão maior impiedade. 17 - E a palavra desses roerá como gangrena; entre os quais são Himeneu e Fileto; 18 - os quais se desviaram da verdade, dizendo que a ressurreição era já feita, e perverteram a fé de alguns. Em vista, pois, de tudo o que se disse no capitulo 1 - os exemplos de Fé e firmeza (Loide e Eunice, o próprio Paulo, Onesiforo), o dom do ESPÍRITO SANTO a Timóteo, a grande salvação que aguarda aos que perseveram, a maravilhosa vocação -, que Timóteo se esforce (ver 2Tm 1.6-8, 14; e quanto à própria palavra, ver At 9.22; ITm 1.12; 2Tm 4.17; e então Rm 4.20; Ef 6.10; Fp 4.13) nessa graça cristocêntrica que, como já se indicou, lhe fora dada “antes dos tempos eternos” (ver sobre 2Tm 1.9). A fortaleza de Timóteo na esfera da graça crescera se for cultivado o dom que a graça lhe concedeu. O apelo e uma vez mais expresso em linguagem de um temo afeto como a de um pai com seu filho; note a ênfase: “Voc., pois”, e o apelo ao cora..o', “meu filho” (ver sobre 2Tm 1.2). O que o pai (espiritual, Paulo) quer do filho (Timóteo) se encontra nos versículos 1-7. O que o pai espiritual, como exemplo ao filho, esta dizendo e incluído nos versículos 8-10a. O que todos os crentes deveriam ter em mente constantemente com respeito ao modo como se recompensa a fidelidade a CRISTO e se castiga a infidelidade, esta expressão de forma bem clara nos versículos 10b-13, e já esta implícito nos versículos 4-6. Ora, uma forma segura de fortalecer-se na graça e transmitindo a outros as verdades que se acham engastadas no coração e que estão guardadas na memória. De conformidade com isso, que Timóteo aja como mestre. Mais ainda, que produza mestres. Timóteo necessita dessa experiência, e o que e muito mais importante, a igreja necessita de mestres. Paulo esta para partir desta vida. Por muito tempo ele carregou a tocha do evangelho. Daqui em diante ele a Poe nas mãos de Timóteo, o qual, por sua vez, deve passa-la a outros. O depósito que foi confiado a Timóteo (ITm 6.20; 2Tm 1.14) deve ser depositado em mãos de homens dignos de confiança. Alem do mais, estes devem ser homens aptos para ensinar a outros (ITm 3.2), de modo que esses outros também, tanto quanto seus mestres, sejam instruídos na verdade redentora de DEUS. Essa verdade redentora ou evangelho de salvação, que Timóteo deve transmitir, aqui e exposto como “as coisas que você ouviu de mim entre muitas testemunhas”. Esta expressão indubitavelmente se refere a toda a serie de sermões e lições que o discípulo havia ouvido da boca de seu mestre durante o tempo em que esteve associado a ele desde o dia em que pela primeira vez se encontraram. Muitos haviam sido testemunhas125 dessa pregação e ensino. Que Timóteo se lembre de que a mensagem que ouvira da boca de Paulo lhe fora entregue entre ou em meio à'26 muitas testemunhas ou pessoas que estavam sempre dispostas a apoiar o testemunho do apostolo. 3. A tarefa de confiar o evangelho a homens de confiança (e, de fato, o ministério do evangelho em geral) significa trabalho árduo (v. 3). Não obstante, quando um homem luta de todo o coração pela boa causa, compete segundo as normas e trabalha com energia, ele recebera uma gloriosa recompensa (vv. 4-6; cf. 10b-13). Diz Paulo: Como nobre soldado de CRISTO JESUS, enfrente as dificuldades juntam ente com [nos]. Timóteo, pois, como um nobre ou excelente soldado de CRISTO JESUS, que lhe pertence e esta comprometido na guerra na qual a “cruz de JESUS” vai sempre adiante, não deve retrair-se, mas deve estar disposto a enfrentar as dificuldades (ver sobre 2Tm 1.18; 2.9), que nesse contexto significa muito mais que viver destituído de comodidades como soldados. Implica sofrer perseguição (2Tm 3.12). Deve estar disposto a suportar isso, diz o apostolo Paulo, “juntamente com...” Surge a pergunta: juntamente com quem? Em vista do fato de que no versículo precedente Paulo referiu-se apenas a si mesmo e a muitas testemunhas, e melhor traduzir: “juntamente conosco”, e não “juntamente comigo”, como em 2 Timóteo 1.8. 4, 5, 6. Esses versículos contem uma tríplice figura, começando com o símile do soldado, que e uma continuação do versículo 3. As três ilustrações seguem juntas e é evidente que devem ser consideradas como uma unidade para serem compreendidas: (a) Nenhum soldado em serviço ativo se embaraça nos negócios da vida civil,128 visto ser seu alvo agradar ao oficial que o alistou. (b) Al.m disso, se alguém está competindo num evento de atletismo, esse não deve receber o louro do vencedor, a menos que compita cumprindo as normas. (c) O agricultor que trabalha arduamente deve ser o primeiro a tomar sua parte nas colheitas. Paulo compara o ministro cristão (aqui com particular referencia a Timóteo, porem cf. Fp 2.25; Fm 2) a um soldado, um atleta e a um agricultor. 1 Coríntios 9.6, 7, 24-27 apresenta a mesma tríplice figura, porem com uma aplicação diferente. A semelhança aqui em 2 Timóteo e a seguinte: a. Primeiro, como um soldado em servico ativo, talvez ainda comprometido numa campanha, Timóteo deve realizar sua tarefa todo o coração. Se um soldado prosseguisse com seus negócios pessoais, tanto que absorvesse seus interesses, de modo que viesse a “envolver-se” nele, não seria capaz de entregar-se a tarefa designada de soldado. No campo de batalha, o soldado tem um único propósito, a saber, satisfazer o oficial que o alistou. De igual modo, Timóteo - e no tocante a isso, todo ministro - deve compreender que sua elevada tarefa “exige sua alma, sua vida, seu todo”. Uma santa paixão deve encher seu ser. Deve dedicar-se completamente ao Senhor que o designou (“o alistou”) e que o capacitou para sua tarefa. Todo verdadeiro e fiel servo de JESUS CRISTO se dedicara realmente e de todo o coração a sua tarefa, com o fim de agradar a seu mestre (cf. ICo 7.32-34; cf. Jo 3.22; e ver C.N.T. sobre ITs 2.4). “Nenhum soldado alistado”, diz Paulo, agira de modo diferente! Esta implícito este pensamento: a guisa de recompensa, o Superior de Timóteo certamente provera tudo o de que porventura necessite. Esse pensamento implícito se expressa com crescente clareza nas figuras que se seguem: b. Devoção de todo o coração e tudo o que se exige. Eia que obedecer às normas. Nesse aspecto a melhor figura e sempre a de um homem que compete numa prova atlética. Paulo o representa no próprio ato da competição. Ora, a menos que esse atleta (para uma descrição mais completa, ver sobre ITm 4.7b, 8) compita legitimamente, ou seja, de conformidade com as normas estabelecidas, não recebe o louro do vencedor, o diadema de folhas ou medalha de ouro. Igualmente, se o homem que executa um servico especial no reino de DEUS não observa as normas - por exemplo, pregar e ensinar a verdade, e faze-lo comformar, exercer a disciplina no mesmo espírito; e ver especialmente os versículos 10-12 não recebera a coroa da justiça (2Tm 4.8) e de gloria (ITs 2.19; cf. lPe 5.4; Tg 1.12; Ap 2.10; ver A. Deissmann, op. cit., pp. 309, 369). c. Timóteo, pois, deve lutar de todo o coração pela boa causa. Alem do mais, deve competir segundo as normas. E agora, terceiro: deve trabalhar com muita energia, como o (uso genérico do artigo) agricultor que trabalha arduamente (cf. ICo 3.9). Deve ser completamente o oposto do “preguiçoso” retratado vividamente em Provérbios 20.4; 24.30, 31. Se o agricultor trabalha arduamente, devera ser o primeiro a participar das colheitas (Dt 20.6; Pv 27.18). Semelhantemente, se Timóteo (ou qualquer trabalhador na vinha do Senhor) se esforça plenamente na realização da tarefa espiritual confiada por DEUS, também será dos primeiros a ser recompensado. Não só sua própria Fé será fortalecida, sua esperança avivada, seu amor aprofundado e a chama do dom avivada, para que seja bem-aventurado em seus feitos (Tg 1.25), mas alem disso ele vera na vida dos demais (Rm 1.13; Fp 1.22, 24) o inicio daqueles gloriosos frutos que são mencionados em Gálatas 5.22, 23. Ver também Daniel 12.3; Lucas 15.10; Tiago 5.19, 20. 7. Ponha sua mente no que eu digo, porque o Senhor lhe dará discernimento em todas as questões. Posto que belos pensamentos foram expressos numa figura tríplice, e não se forneceu explicação alguma, diz-se a Timóteo que ponha sua mente (voei, presente, imperativo ativo de voeco; cf. vouc, mente) no que131 Paulo acaba de dizer (nos vv. 4, 5, 6). A mera leitura não e suficiente. O que foi escrito deve ser ponderado. O que foi falado deve ser digerido (cf. Mt 11.29; 13.51; 15.17; 16.9, 11; ICo 10.15; e especialmente Ap 10.9, 10). Timóteo não precisa temer que tal atividade mental seja infrutífera. Não deu o Senhor sua promessa definitiva? Ver Lucas 19.26; Jo 14.26; 16.13. Seguramente, em todas as questões com respeito às quais Timóteo carece de discernimento (auyecnc, compreensão, introspecção), isto lhe Dara dado se ele aplicar-se somente a isso. Que Timóteo, pois, compare uma passagem da Escritura com outra. Que ore pedindo sabedoria (Tg 1.5). Que reflita sobre sua experiência pregressa e sobre a experiência dos demais filhos de DEUS. Que preste atenção ao que outros tem a dizer. Por meios como esses, o ESPÍRITO SANTO lhe Dara toda diretriz de que porventura careca na execução de sua tarefa. Poderá aplicar a si próprio e a seu oficio o rico significado da tríplice figura, e extrairá disso o conforto que ela propicia. 8. Em vista de perseguição feroz, certamente necessita-se de conforto. A fiel adesão ao dever significa dificuldades (vv. 3-6). Que Timóteo não perca a coragem. Que não tema a morte. Que deposite sua confiança naquele que derrotou completamente seu terrível inimigo (2Tm 1.10). Em consequência, Paulo prossegue: Guarde na memória JESUS CRISTO como ressurreto dentre os mortos, da semente de Davi, segundo meu evangelho. Note aqui “JESUS CRISTO”, em vez de “CRISTO JESUS”, como em outros lugares de 2 Timóteo. Se isto fosse algo mais que uma variação estilística, a possível razão para isso bem que poderia ser esta: que o apostolo Paulo desejava que a atenção de Timóteo se fixasse, em primeiro lugar, no JESUS histórico, sobrecarregado com maldição (Gl 3.13; 4.4, 5), com o fim de que este pudesse lembrar-se do fato de que esse JESUS foi feito (foi publicamente revelado) CRISTO em recompensa por sua obediência ate a morte, ou seja, morte de cruz (At 2.36; Fp 2.5-11). Que Timóteo dirija imediatamente sua atenção para a ressurreição; não, melhor ainda, que continue pensando concentradamente no próprio CRISTO ressurreto. “Lembre-se de JESUS CRISTO como ressurreto dentre os mortos”, diz Paulo. Tendo ressuscitado de uma vez por todas da esfera na qual reina a morte, JESUS CRISTO agora permanece para sempre como aquele que ressuscitou; dai chamar-se aquele que vive (Ap 1.17, 18). Coordenada com essa exortação esta aquela outra: “Lembre-se de JESUS CRISTO, da semente de Davi”. Isto se deduz naturalmente; porque o ressuscitado e certamente, alem do mais, o que reina (cf. Mt 28.18; ICo 15.20-25; Hb 2.9; Ap 22.1-5). Note também como nos versículos 11 e 12, viver e reinar seguem um ao outro. JESUS CRISTO e “da semente de Davi” (2Sm 7.12,13; Sl 89.28; 132.17; At 2.30; Rm 1.3; Ap 5.5; e cf. Mt 1.20; Lc 1.27, 32, 33; 2.4, 5; Jo 7.42).132 Ele e o “filho de Davi” (Mt 1.1; 9.27; 12.23; 15.22; 20.30, 31; 21.9, 15; 22.42-45; Mc 10.47,48; 12.35; Lc 18.38, 39; 20.41). Ele esta sentado no trono à destra do Pai como herdeiro legitimo e espiritual de Davi, como glorioso Antítipo de Davi. O conforto implícito e: “Timóteo, se você e eu, e todos quantos creem, já morremos com ele, também viveremos com ele. Se suportarmos, também reinaremos com ele”. O que esta implícito, esta explicito nos versículos 11 e 12. Entretanto, esta implícito mais que isto, ou seja: Timóteo, lembre-se constantemente que, como Senhor que vive e reina, JESUS CRISTO e poderoso e quer ajuda-lo e fazer com que tudo lhe saia bem. Não e Nero, mas JESUS CRISTO, exaltado a destra do Pai, quem tem as rédeas do universo em suas mãos e continuara governando todas as coisas para o bem da igreja e para a gloria de DEUS. Por isso, não perca a coragem, aconteça o que acontecer. Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a DEUS. Ora, essa apresentação de JESUS CRISTO como aquele que reina e vive para sempre e “segundo (ou ‘em harmonia com’) meu evangelho”, diz Paulo. Ele era o evangelho de Paulo, porque: a. ele o havia recebido por revelação imediata (Gl 1.12); b. ele continua proclamando- o ainda nessa carta, pois fora designado como seu arauto, apostolo e mestre (2Tm 1.11); e c. ele ainda esta firmado nele de todo o coração, inclusive agora que esta encarando a morte. 9. Exatamente como em 2 Timóteo 1.10-12, aqui também a menção que Paulo faz do evangelho e seguida imediatamente por uma declaração de seus sofrimentos. Diz Paulo: pelo qual eu sofro dificuldades, ainda em prisões como malfeitor. Note no capitulo precedente “dificuldades” (v. 12). Aqui, sofro “dificuldades” (cf. 2Tm 1.8). As dificuldades que Paulo agora esta sofrendo chegam “ate em prisões como malfeitor”. A tradução “prisões” tem a mesma flexibilidade do significado que a palavra usada no original. Pode referir-se literalmente a algemas, cadeias ou grilhões (Lc 13.16; At 16.26), mas também a todas as asperezas de um encarceramento (At 20.23; 23.29; 26.31; Cl 4.18; Fm 10, 13). Paulo geralmente a usa no ultimo sentido, que e mais geral. Não obstante, a “cadeia” esta certamente incluída no significado da palavra (2Tm 1.16) ao ser usada aqui. Teria sido impossível que o apostolo não pensasse nela, aqui! “Ainda em prisões como malfeitor”, diz Paulo. “Malfeitor” (ou “operador do mal”) e uma tradução literal e boa. Uma tradução livre seria criminoso. Alguém lembra imediatamente dos “malfeitores” que foram crucificados com JESUS (Lc 25.32, 33). Este segundo encarceramento de Paulo deve ter sido muito penoso! Entretanto, em meio a todo seu sofrimento e opróbrio, houve duas considerações que lhe propiciava muito conforto: primeiro, “o caminho da cruz conduz ao lar”, porque o olho vigilante de CRISTO JESUS que vive e guia esta constantemente sobre mim. Ele pode guardar meu deposito para aquele dia (2Tm 1.12). Segundo, ainda que eu esteja preso, a palavra de DEUS não está presa. Outros prosseguirão quando eu tiver deixado este cenário terreno. As autoridades me puseram numa masmorra, porem não podem aprisionar o evangelho. Ele triunfara. Cumprira sua missão preordenada sobre a terra. Nenhum inimigo pode detê-lo. Ver o belo comentário que a própria Escritura fornece em passagens tão conhecidas como Isaias 40.8; 55.11; Filipenses 1.12-14; 2 Timóteo 4.17. Aqui o leitor poderá lembrar-se do imortal hino de Lutero: Ein feste Burg ist unser Gott, as ultimas duas estrofes: Versão brasileira [Novo Cântico 155]: Se nos quisessem devorar, Demônios não contados, Não nos iriam derrotar, Nem ver-nos assustados. O príncipe do mal, Com seu plano infernal, Já condenado esta! Vencido cairá, Vencido cairá, Por uma só palavra. etc... 10. O triunfo do evangelho faz com que Paulo prossiga com estas calorosas palavras: Por isso suporto todas as coisas por amor dos eleitos. Mais literalmente, alguém poderia traduzir: “por causa de (oux) isto suporto todas as coisas por causa de (de novo oia) os eleitos.” Por causa do fato de a palavra não estar presa, Paulo não perde a coragem, mas persevera na Fé e no testemunho mesmo em meio as mais amargas provações. E tudo isso somente por causa dos eleitos, para que obtenham a salvação. As duas considerações que o fazem prosseguir firme na carreira que lhe fora proposta, na realidade formam uma só: a convicção gloriosa e profundamente arraigada de que a Palavra de DEUS certamente triunfara na vida e no destino dos eleitos. Ainda quando Paulo esta nesta masmorra, não desespera. Em sua bandeira esta escrita a palavra “Vitoria”. O apostolo suporta todas as coisas, ou seja, todas suas múltiplas provações, por amor do evangelho (cf. 2Co 11.16-33; cf. Rm 8.35-39; note “todas as coisas”, Rm 8.37). Ele as suporta, ou seja, tem a coragem de carregá-las, a coragem da perseverança positiva e a firmeza mesmo quando todas as coisas parecem estar contra ele (cf. ICo 13.7). Suportar significa mais que n.o se queixar. Significa mais que aquiescência. Significa seguir em frente (crendo, testificando, exortando) mesmo quando o fardo sob o qual alguém esta viajando pelas sendas da vida se torna muitíssimo pesado. Ver mais em C.N.T. sobre 1 e 2 Tessalonicenses, pp. 71-73. O apostolo, pois, suporta todas as coisas “por amor aos eleitos”. (Para um sumario da doutrina paulina da eleição, ver C.N.T. sobre 1 e 2 Tessalonicenses, pp. 71-73. Cf. C.N.T. sobre João, vol. II, p. 307.) Esses eleitos são aqueles em quem DEUS possa colocar seu amor peculiar desde a eternidade. Cf. Colossenses 3.12. São os objetos de seu soberano beneplácito, escolhidos não com base em sua bondade ou sua Fé prevista, mas porque DEUS assim o quis. Não foi a Fé do homem que causou a eleição; mas foi a eleição que causou a Fé do homem. Se alguém deseja ver isso por si mesmo, então que leia passagens tais como as seguintes: Deuteronômio 7.7, 8; Isaias48.11; Daniel9.19; Oseias 14.4; João 6.37, 39, 44; 10.29; 12.32; 17.2; Romanos 5.8; 9.11-13; 1 Coríntios 1.27, 28; 4.7; Efésios 1.4; 2.8; 1 João 4.10, 19. Essas referencias ensinam claramente que DEUS não escolheu os seus porque foram mais numerosos, mas por causa dele mesmo4, que os ama livremente; que são dados ao Filho pelo Pai; trazidos pelo Pai ao Filho; e com respeito a eles, DEUS exerce seu amor que e de um tipo muito especial. Ensinam que este amor que predestina tem como seu objeto os pecadores, vistos em toda sua necessidade e debilidade; que outorga seu favor aqueles que não tem nada, e que nunca terão nada, salvo o que recebem; os quais diferem de outras pessoas pela simples razão de DEUS, ao levar a consumação seu decreto de eleição, fazer que sejam diferentes; os quais, longe de serem eleitos com base em seu caráter imaculado, são escolhidos para que sejam imaculados e sem ruga e impolutos diante dele; sim, aos que o amaram porque ele os amou primeiro. Em vez de condenar essa doutrina, uma pessoa deveria primeiro demonstrar que ela não e bíblica! Ela se enquadra lindamente no presente contexto. Paulo corajosamente suporta todas as coisas porque ele sabe que a palavra de DEUS certamente triunfara no coração e na vida dos eleitos. Cf. Efésios 3.13; Filipenses 2.17. Se fosse verdade que a salvação deles tem suas raízes mais profundas em suas próprias obras, teria o apostolo podido enfrentar a morte com tal vigor? Mas mesmo que para o eleito a salvação e infalível desde toda a eternidade, ela deve ser obtida. A doutrina bíblica da eleição, longe de por alguma restrição ao exercício da vontade humana, aponta para aquele que fez o homem verdadeiramente livre. O DEUS que em seu amor soberano elege uma pessoa, a seu tempo influi poderosamente em sua vontade, lhe ilumina a mente, enche seu coração de amor em gratidão pelo amor de DEUS, de tal modo que essas “dificuldades”, sob a direção constante do ESPÍRITO SANTO, começam por si mesmas a funcionar para a gloria de DEUS. O decreto da eleição inclui tanto os meios quanto o fim. DEUS escolheu seu povo para a salvação “por meio da santificação que vem do ESPÍRITO e Fé na verdade”. E para esta salvação eles são “chamados por meio de nosso evangelho” (ver C.N.T. sobre 2Ts 2.13, 14). Dai o apostolo, combinando aqui, como o faz com frequência, o decreto divino e a responsabilidade humana, prossegue: a fim de que também possam obter a salva..o [que é] em CRISTO JESUS com eterna glória. Paulo esta interessado não só em sua própria salvação (2Tm 1.12), mas também na de outros, a saber: na salvação de quem inclusive agora (enquanto esta escrevendo) são crentes em CRISTO, e os que depois serão levados a crer. Ele suporta o sofrimento, a fim de que também eles possam obter esta salvação que foi merecida por CRISTO, proclamada por ele e experimentada na comunhão viva com ele (dai, “salvação em - ou centrada em - CRISTO JESUS”). Ele tem presente nada menos que a plena salvação (para o significado de salvação, ver sobre ITm 1.15). Ainda que os crentes já nesta vida desfrutem da salvação em principio (2Tm 1.9; cf. Lc 19.9), eles não a receberão em perfeição (para o corpo e para a alma) ate o grande dia da consumação de todas as coisas (ver sobre 2Tm 1.10-12; cf. Rm 13.11). E esta palavra salvação tem dois modificadores: a. e uma salvação “em CRISTO JESUS”, como já se explicou; e b. e uma salvação “com gloria eterna” (Cl 1.27; 3.4). O segundo e sequencia do primeiro. A união com CRISTO torna alguém radiante, tanto no que tange a alma (como explicado em 2Co 3.18) como no que tange ao corpo (como expresso em Fp 3.21). E esta gloria, em conexão com o Eterno, nunca termina (Jo 3.16). Tanto em qualidade quanto em duração, ela difere da gloria terrena. 11-13. Consequentemente, Paulo esta disposto a suportar todas as coisas - dificuldades inclusive prisões, com a perspectiva de morte - a fim de que, por meio de seu solido ministério, os eleitos possam obter sua salvação plena, eterna e centrada em CRISTO (ver vv. 3, 9, 10). E necessário manter na mente esta conexão. Do contrario, o que se segue poderá ser mal interpretado. Em harmonia com o que o apostolo acaba de declarar, ele agora introduz o quarto dos cinco “confiável e a palavra” (ver sobre ITm 1.15). A opinião de que as linhas que ele cita foram tomadas de um antigo hino cristão, um hino de um portador da cruz ou mártir, provavelmente seja correta. E evidente que ele não cita o hino inteiro (a menos que yap, aqui, não signifique porque; todavia neste caso “porque” provavelmente seja o certo). Ora, a palavra “porque” indica que algo precedia a citação. A probabilidade e que a linha não citada e que precedia seja algo semelhante a isto: Permaneceremos fieis a nosso Senhor ate a morte”; ou: “Resignamo-nos ante o vitupério, o sofrimento e ate mesmo a morte por amor a CRISTO.” Em qualquer dos casos, a linha seguinte, a primeira citada por Paulo, poderia então ser: “Porque, se já morremos com ele, também viveremos com [ele]”. Note que esta característica da citação e semelhante a que encontramos em relação as linhas citadas em 1 Timóteo 3.16. Também neste caso cita-se algo que tinha uma porção precedente que não foi citada. Neste caso, a linha presumivelmente precedente ao inicio da citação terminava provavelmente com a palavra Logos, Christos ou Theos (ver comentário sobre esta passagem). Aqui em 2 Timóteo 2.11-13, depois da formula introdutória (explicada em conexão com ITm 3.16), Confiável . o provérbio, as linhas citadas são as seguintes: Porque, se morremos com [ele], também com [ele] viveremos; se suportamos, também com [ele] reinaremos; se [o] negamos, por sua vez também nos negará; se somos infiéis, ele, por sua vez, permanece fiel. Nas primeiras duas linhas, a oração condicional demonstra a atitude e ação que procede da lealdade a CRISTO: morremos com [ele], suportamos (permanecer firmes). Nas duas últimas linhas, a oração introduzida pelo “se” condicional afirma a atitude e ação que procede da deslealdade. As primeiras duas linhas são uma clara ilustração do paralelismo sintético ou construtivo. Não expressam um pensamento idêntico, mas ha uma correspondência progressiva entre as duas proposições. Quanto as orações que começam com o se condicional, as pessoas que se supõe já terem morrido com CRISTO são também as que suportam, sendo fieis ate a morte. E quanto as conclusões, tais pessoas não só viverão com CRISTO, mas também reinar.o com ele. Estas duas condições vão juntas. Note que nas quatro orações o sujeito e n.s (“nos... nos... nos... nos”). Não posso concordar com Lenski, op. cit.. p. 793, quando afirma que o uso do aoristo mostra que, posto que nem o apostolo nem Timóteo haviam morrido ainda fisicamente, Paulo, ao escrever “Se já morremos com ele”, não poderia estar pensando na morte física. O tempo aoristo não indica necessariamente que uma ação já havia ocorrido no passado real. Simplesmente considera a ação como um todo. Consequentemente, a interpretação “Porque, se em algum momento temos (ou “teremos”) morrido com [ele], também com ele viveremos”, não e gramaticalmente impossível. As duas ultimas linhas, que sugerem o caminho da deslealdade, diferem das primeiras duas quanto a. forma. Aqui não temos o “nos... nos”, mas duas vezes “nos... ele”. Na terceira linha (“se o negamos, ele por sua vez também nos negara”), a conclusão e a esperada (tal como nas linhas 1 e 2). Não obstante, na quarta linha, a conclusão vem como algo surpreendente. E necessário refletir cuidadosamente antes de compreender que a conclusão surpreendente, depois de tudo, e a única possível. Uma vez que aceitamos seu significado, entendemos também que as linhas três e quatro expressam um pensamento paralelo, e são ilustrações de paralelismo sintético. Antes da tentativa de fazer-se uma analise detalhada destas quatro linhas, deve-se enfatizar que, tomadas como um todo, elas comunicam um pensamento principal, a saber: a lealdade a CRISTO, a firmeza em meio a perseguição, e recompensada; e a deslealdade e castigada. Isto esta em harmonia com a ideia de todo o capitulo (ver o esboço). O sentido das linhas tomadas individualmente: Linhas 1 e 2: Depois do “porque”, o qual já foi explicado, a linha 1 imediatamente nos confronta com uma dificuldade. Ha duas linhas principais dc interpretação - ha também outras que não levaremos em conta porque mesmo a primeira vista elas são irracionais -, e a primeira delas se subdivide em dois ramos ou formas principais: A primeira linha principal de interpretação, em sua primeira forma, e a seguinte: “Se temos (ou seja, “Se teremos”, ou “Se em alguma ocasião temos”) experimentado a morte física, tendo sido mortos em decorrência de nossa lealdade a CRISTO, também viveremos com ele em gloria.” A referencia na clausula condicional “se” seria a uma morte violenta, morte como a que CRISTO sofreu. No caso dos crentes seria a morte de mártir. Esta interpretação, certamente, e possível. Não conflita com o contexto. O apostolo deseja que Timóteo esteja disposto a suportar as prisões juntamente com os outros servos de DEUS (v. 3). Paulo acaba de declarar que ele mesmo esta sofrendo dificuldades ate mesmo de prisões como malfeitor, e que suporta todas as coisas por amor dos eleitos (vv. 9, 10). Todos seus sofrimentos foram impostos de fora. Dai, quando no versículo 11 continua dizendo “porque se morremos com [ele]”, bem que poderia estar pensando nesta forma final de aflição física (a morte de mártir) que a qualquer momento poderia ser imposta sobre os servos leais a CRISTO. Não obstante, e provável que esta interpretação precise de alguma modificação. Isto nos leva a segunda forma, em que a primeira linha principal de interpretação se apresenta. Como na primeira forma, aqui também entra no quadro a morte de mártir. Mas, de conformidade com este ponto de vista, o sentimento não seria que os crentes (inclusive Paulo e Timóteo) estão representados como se houvessem em algum momento experimentado a morte de mártir, mas, antes, como quem esta completamente resignado a ela e a todas as aflições que a precedem. Paulo estaria dizendo: “Por amor a CRISTO, e em harmonia com seu exemplo, temos sido entregues, de uma vez por todas, a uma vida que inclui a exposição a dor, as torturas, ao opróbrio e, finalmente, a morte de mártir. Portanto, morremos para a comodidade, para vida fácil, para as vantagens e honras mundanas. Se, pois, neste sentido já morremos com [ele], também com [ele] viveremos, aqui e agora, e mais ainda no porvir, na gloria celestial e, especialmente, no dia do juízo no novo céu e na nova terra.” Seguem esta linha Calvino, Ellicott e Van Andei (para os títulos, ver a Bibliografia). Em favor desta interpretação estão as seguintes considerações: (1) Não entra em conflito como contexto, o qual, como já se observou, relata os sofrimentos a que estavam expostos os crentes. (2) Esta em plena harmonia com a linha que segue imediatamente, porque a pessoa que renunciou a ambição terrena e se resignou ao vitupério, ao sofrimento e ate mesmo a morte violenta por amor de CRISTO, e o mesmo homem que “suporta”, ou seja, “permanece firme ate o fim”. (3) Esta em concordância com o pensamento de Paulo expresso em outro lugar. Ver especialmente 2 Coríntios 4.10: “Levando sempre no corpo o morrer de JESUS, para que a. vida de JESUS também se manifeste em nosso corpo.” Compare isto com 1 Coríntios 15.31: “Cada dia morro” (explicado pelo v. 30: “estamos expostos a perigos toda hora”). Se esta e a interpretação correta, e creio que tem muito a seu favor, o pensamento de Paulo, ao citar o hino, e aquele com o qual estamos familiarizados. Foi expresso poeticamente nestas belas linhas: “Fora os tesouros terrenos! Tu ES todo meu prazer, JESUS, toda minha escolha. Fora, o gloria fútil! Inútil para mim e tua historia, Contada com voz tentadora. Dor, perda, vergonha ou cruz Não me apartarão de meu Salvador, Já que ele se digna amar-me. Fora, todo medo e tristeza! Porque o Senhor da alegria, JESUS, já entrou. Os que amam o Pai, Ainda que contra eles se juntem tempestades, Ainda terão a paz interior. Sim, não importa o que eu devo suportar, Tu ES ainda meu prazer mais puro, JESUS, meu tesouro inestimável.” (Johann Frenck, 1653, tradução para o ingles de Catherine Winkworth, 1863) A interpretação enunciada, em qualquer uma de suas formas, e preferível a segunda linha principal de interpretação, segundo a qual aqui em 2 Timóteo 2.11, o apostolo esta se referindo, em geral (sem nenhuma referencia a morte por martírio), ao processo de morrer para o pecado, o processo de conversão e santificação que e simbolizado pelo rito do batismo. Este e um ponto de vista muito popular, em apoio do qual geralmente e citada uma passagem que soa de forma semelhante, Romanos 6.8. Mas esta passagem, 2 Timóteo 2.11, ocorre num contexto inteiramente diferente. Naturalmente, Romanos 6 trata da “morte para o pecado”. O tema do começo daquele capitulo e o da renovação espiritual (“E então? Continuaremos no pecado para que a graça abunde? De modo nenhum. Se já morremos para o pecado, como perseveraremos nele?... nosso velho homem foi crucificado com ele para que o corpo do pecado fosse destruído”, etc.). E a partir do versículo 10 ate o final do capitulo aparece em cada versículo a palavra pecado (o substantivo ou o verbo pecar) ou um sinônimo. Assim, pois, os contextos das duas passagens (Rm 6.8 e 2Tm 2.11) são inteiramente diferentes. Um tem que ver com a santificação em geral, enquanto o outro tem em vista o levar a cruz e a morte de mártir. As coisas que diferem não devem ser confundidas. Interpretada corretamente a linha 1, a linha 2 não e difícil. Significa: “Se permanecemos firmes ate o fim (para o significado de suportar, ver C.N.T. sobre 2Ts 3.5), seremos reis em intima associação com ele”.Se for adotada a interpretação 1, forma 1, o viver e reinar teriam que referir-se meramente a existencia dos crentes depois da morte. Se se preferir a interpretação 1, forma 2, o viver e o reinar, em principio correspondem também ao período prévio a morte, mas chega ao seu clímax imediatamente depois da morte (cf. Mt 10.32; Ap 20.4), alcançando seu clímax eterno no dia do juízo e depois dele, quando os santos viverem e reinarem com CRISTO em corpo e alma (Dn 7.27; Mt 25.34; Ap 22.5). Viver com CRISTO significa estar com ele, ter comunhão com ele, deleitar-se nele, ser semelhante a ele, ama-lo e glorifica-lo (ver, por exemplo, Jo 17.3; Fp 2.5; Cl 3.1-4; Jo 3.2; 5.12; Ap 14.1; Ap 19.11, 14; 22.4). Reinar com CRISTO significa alguém experimentar na vida pessoal a restauração do oficio régio. Em virtude da criação, o homem exercia o tríplice oficio de profeta, sacerdote e rei. Como profeta, sua mente era iluminada para que pudesse conhecer a DEUS. Como sacerdote, seu coração se deleitava em DEUS. Como rei, sua vontade estava em harmonia com a vontade de DEUS. Este oficio tríplice, perdido em decorrência da queda, e restaurado pela graça de DEUS. A resposta jubilosa da vontade do crente a vontade de CRISTO, resposta esta que constitui a verdadeira liberdade, e o elemento básico neste reinar com CRISTO. Alem do mais, mesmo durante o período anterior a morte, os cristãos governam o mundo por meio de suas orações, no sentido em que repetidas vezes ocorrem juízos em resposta a oração (Ap 8.3-5). No céu estão mais perto do trono do que os próprios anjos (Ap. 4.4; 5.11). De fato se sentam com CRISTO em seu trono (Ap 3.21), participando de sua gloria regia. E quando CRISTO regressar, os santos se sentarão e julgarão com ele (Sl 149.5-9; ICo 6.2, 3). Linhas 3 e 4: Havendo declarado nas duas primeiras linhas o que acontecera aos que suportam ou estão dispostos a suportar dificuldades, ate mesmo a morte violenta, as duas ultimas linhas da porção citada do hino se referem ao caso dos que, havendo confessado a CRISTO (pelo menos com os lábios), tornam-se-lhe desleais. “Se o negarmos (cf. ITm 5.8), ele por sua vez também nos negara.” Quando uma pessoa, em decorrência de sua indisposição em sofrer dificuldades por amor a CRISTO e sua causa, ela desonra o Senhor (“Não conheço o homem”), então, a menos que se arrependa, ser. desonrada pelo Senhor no grande dia do juízo (“Não o conheço.”) Ver Mateus 26.72; então Mateus 25.12; também Mateus 10.33. Negar a CRISTO significa ser infiel. (O paralelismo e também a conclusão - “permaneça fiel” - mostra que aqui o significado do verbo usado no original não pode ser: ser incrédulo.) Dai, o hino continua: “Se somos infiéis, ele por sua vez...”, mas obviamente a continuação não pode ser “também será infiel”. Alguém pode dizer: “Se o negarmos, ele por sua vez também nos negara”, mas n.o pode dizer: “Se formos infiéis, ele por sua vez também será infiel.” Não obstante, a conclusão da quarta linha corresponde em pensamento aquela que lhe e paralela, a terceira linha; porque a clausula, “ele por sua vez permanece fiel” (linha 4) e, alem de tudo, o mesmo (expressa ainda com mais rigor) que “ele por sua vez também nos negara”, porque a fidelidade de sua parte significa cumprir suas ameaças (Mt 10.33) tanto quanto suas promessas (Mt 10.32). A fidelidade divina e um maravilhoso consolo para os que são leais (ITs 5.24; 2Ts 3.3; cf. ICo 1.9; 10.13; 2Co 1.18; Fp 1.6; Hb 10.23). E uma advertência muito seria para os que viessem a sentir-se inclinados a ser desleais. Dificilmente se faz necessário acrescentar que o significado da ultima linha não pode ser: “Se somos infiéis e o negamos, não obstante ele, permanecendo fiel a sua promessa, nos Dara vida eterna.” Alem de ser errônea por outras razoes, tal interpretação destrói a evidente implicação do paralelismo entre as linhas 3 e 4. A clausula final do versículo 13 provavelmente deva ser considerada como um comentário pessoal de Paulo (não uma parte do hino): ...porque, ele n.o pode negar-se a si mesmo. Se CRISTO não permanecesse fiel a sua ameaça, bem como a sua promessa, ele estaria negando a si próprio, pois neste caso ele cessaria de ser a Verdade. Ver também Números 23.10; Jeremias 10.10; Tito 1.2; Apocalipse 3.7. Para ele, porem, negar a si próprio e, naturalmente, impossível. Se fosse possível, ele não mais seria DEUS! 14. O tema dos versículos 1-13 segue em frente, sendo a diferença que o que foi declarado positivamente no parágrafo anterior e declarado negativamente agora (cf., por exemplo, v. 2: “Estas coisas confie a homens confiáveis, os quais sejam também capazes de ensinar a outros”; v. 14: “advertindo-os... a não envolver-se em batalhas inúteis de palavras”; ver também vv. 16, 21, 23, 24). Diz Paulo: Lembre-se dessas coisas, advertindo-os na presença do Senhor a não envolver-se em batalhas de palavras totalmente inúteis, as quais confundem os ouvintes. A Timóteo e dito que lembre a “homens confiáveis” (“ministros”) que permaneçam firmes na execução das tarefas dadas por DEUS, a saber, o ensino, a pregação, etc., confiadas por DEUS. Em meio as suas lautas aflições, que eles olhem para CRISTO JESUS, o Salvador ressurreto c reinante, que comunica forca a seus fieis e os recompensa. E evidente que a expressão “dessas coisas” se refere especialmente a todo o parágrafo precedente (vv. 1- 3), e, talvez mais diretamente ainda, aos versículos 8-13. Timóteo, pois, tem uma “responsabilidade” em relação a esses lideres, assim como Paulo tinha em relação a Timóteo. Em ambos os casos, uma “responsabilidade na presença de DEUS” ou (no presente caso) “do Senhor” (ver sobre ITm 5.21; 2Tm4.1). Assim, solenemente Timóteo deve advertir os lideres eclesiásticos do “distrito de Eixo e arredores” a não envolver-se em batalhas de palavras totalmente inúteis (literalmente, “não aferrar-se a batalhas de palavras para nada uteis”). Para tal astucia verbal, ver sobre 1 Timóteo 6.4 (ali e usado o substantivo; aqui, o infinitivo; em ambos os casos, o único exemplo de seu uso no Novo Testamento). Tal astucia verbal visa “a catástrofe (confusão) dos ouvintes”. Paulo esta se referindo, naturalmente, as controvérsias oriundas das investigações dos “mitos e genealogias infindáveis” (ITm 1.3, 4), “mitos profanos e de velhas caducas” (ITm 4.7a), o tipo de sandice que foi denunciado anteriormente (ver sobre ITm 1.3-7; 4.7a; 6.3-10). E evidente que durante o período que transcorrera entre o escrito das epistolas a Timóteo, as condições religiosas na região de Eixo não haviam melhorado. Os lideres e futuros lideres tinham que ser advertidos, a fim de que não se desviassem, rumo as sendas dos debates fúteis. 15. O exemplo pessoal de Timóteo deve servir como arma poderosa contra o erro: Faça seu máximo para apresentar-se a DEUS aprovado. Timóteo deve esforçar-se de todas as formas possíveis, a fim de conduzir-se pessoalmente de tal modo que agora mesmo, perante o tribunal do juízo de DEUS,'iH ele seja aprovado, ou seja, como alguém que, depois de um exame completo por nenhum outro senão do Supremo Juiz, tenha a satisfação de saber que assim foi de seu agrado e o enaltece (note o sinônimo em Rm 14.18 e 2Co 10.18). Ora, este feliz resultado será alcançado se Timóteo for achado: a. obreiro que nada tem de que se envergonhar, portanto também: b. manejando corretamente a palavra da verdade. Timóteo, pois, deve ser um obreiro, não um sofista. Alem do mais, sua obra deve ser de tal natureza que não reflita vergonha sobre ele quando ouvir o veredicto divino a respeito. Naturalmente que isto significa que ele e o tipo de líder que esta preocupado em “usar corretamente a palavra da verdade”. Esta palavra da verdade e “o testemunho acerca de nosso Senhor” (2Tm 1.8), o "evangelho” (a mesma referencia, e ver Ef 1.13), “a palavra de DEUS” ( !Tm 2.9). E a verdade redentora de DEUS. O modificador “da verdade" enfatiza o contraste entre a inabalável revelação especial de DEUS, de um lado, e o palavrório sem valor dos seguidores do erro, do outro. A expressão “manusear corretamente” tem provocado muita controvérsia. E verdade que o significado do elemento básico principal do verbo composto do qual se toma este particípio presente masculino (o[)90T0[i0IJVTa) e primariamente “cortar”. Não obstante, o ponto de vista de que o verbo composto retém seu sentido literal ou quase literal dividir” e discutível. Em um verbo composto, o sentido enfático pode ser substituído pelo prefixo, ao ponto que no processo semântico se perde o sentido literal da base. Assim cortar direto começa a significar usar direto, usar reto. Não e estranho que, por meio de uma transição simples da esfera física para a moral, uma noção tal como “cortar um caminho ou uma vereda direta” tenha chegado, no curso do tempo, ao uso exclusivamente moral da expressão. Assim Provérbios 11.5 (LXX) nos informa que “a justiça do perfeito corta direto seu caminho” o que significa “conservar seu caminho reto” o leva a fazer o que e certo. Cf. Provérbios 3.6 (LXX). Assim se faz compreensível que aqui em 2 Timóteo 2.15 o significado e “manusear corretamente”. Não causa estranheza que a base (“cortar”) perca seu sentido original literal quando se lhe acrescenta um prefixo (“reto”). Mesmo sem um afixo, a palavra “cortar” e frequentemente usada num sentido não literal. Assim o grego fala de “cortar [fazer] um juramento”, “cortar |diluir] um liquido”, “cortar [trabalhar] uma mina”, etc. Também usa a expressão “cortar curto” (conduzir a uma crise), e “cortar as ondas”, tal como usamos na linguagem moderna. E compare com nossas expressões “cortar caminho”, “cortar cartas”, etc. Voltando ao verbo composto, eu enfatizaria que o contexto confirma o sentido que quase todas as autoridades lhe atribuem. A luz dos versículos 14 e 16, a ideia que Paulo deseja comunicar e claramente esta: “Manuseie corretamente a palavra da verdade em vez de por demasiada atenção nas batalhas de palavras totalmente inúteis, as quais confundem os ouvintes, e em vez de prestar atenção a palavrório profano e fútil.” O homem que manuseia corretamente a palavra da verdade, não muda, não a perverte, não a mutila nem a distorce, nem faz uso dela com um propósito errôneo em mente. Ao contrario, ele interpreta as Escrituras em oração e a luz das Escrituras. Aplica seu sentido glorioso, corajosamente e com amor, a situações e circunstancias concretas, fazendo-o para a gloria de DEUS, para a conversão dos pecadores e para a edificação dos crentes. 16-18. O manuseio próprio da palavra da verdade implica a rejeição do que esta em conflito com seu conteúdo e significado. Dai, Paulo continua: Fuja, porém, de falatório profano e fútil, porque aqueles [que cedem a ele] avançarão rumo a impiedade crescente. E a palavra deles devorar. como gangrena. Este palavrório profano já foi tratado anteriormente (ver sobre 1 Tm 1.4; 4.7a; 6.4, 20). A palavra se refere as disputas ímpias e inúteis sobre historias genealógicas e fictícias (“mitos de velhas caducas”) e debates minuciosos acerca de sutilezas na lei de Moises. O versículo 18 parece indicar que os homens que foram afetados por esta enfermidade submetiam os ensinos de Paulo ao mesmo abuso. Começaram “interpretando-as” com vistas a pô-las no olvido, tal como esta ocorrendo em nosso próprio tempo e época. Aqui, como em 1 Timóteo 6.20, Paulo usa o plural, de modo que se pode traduzir para “sofismas fúteis”. Quando Timóteo os encontrar, deve fugir deles, dar meia-volta com o fim de evita-los. Envolver-se num debate com os seguidores do erro os tornara ainda piores, porque eles (não os sofismas, mas os charlatães, como o revela o restante da sentença) seguirão avantel Tais mestres estariam pretendendo seguir avante, continuar progredindo? “Assim e”, diz Paulo! “Eles continuarão... rumo a mais impiedade Um estranho método de avançar! Eles avançarão direto para frente com firmeza, removendo todo e qualquer obstáculo, avançando rumo ao seu alvo: uma impiedade crescente. Paulo seguramente sabia como fazer uso da ironia de forma eficaz. E sua palavra ou palavrório os devorara. “Terá pastagem”, justamente como o gado “tem pastagem”, comendo em todas as direções. As disputas néscias dos charlatães parecera uma gangrena ou tumor maligno. O câncer não só devora os tecidos sadios, mas também agrava a condição do paciente. De forma semelhante, a heresia que recebe publicidade, quando se lhe presta demasiada atenção, se desenvolvera lauto em extensão quanto em intensidade. Ao afetar de forma adversa uma proporção crescente da membresia, tentara destruir o organismo da igreja. Agora se mencionam nominalmente os lideres: Entre eles [literalmente, “entre os quais”] se encontram Himeneu e Fileto, o tipo de pessoas que t.m se desviado da verdade, dizendo que [a] ressurreição já transcorreu, e pervertem a fé de alguns. O Perigoso Erro de Himeneu e Fileto. Os fatos a seu respeito podem ser resumidos da seguinte maneira: (1) Eram mestres da heresia no distrito de Eixo. (2) O líder era possivelmente Himeneu. Pelo menos, nas duas passagens em que aparece seu nome, vem mencionado em primeiro lugar. 1 Timóteo 1.19, 20 (ver comentário sobre esta passagem) Paulo o associa a Alexandre; aqui, em 2 Timóteo 2.16-18, com Fileto. Não sabemos por que não se menciona Alexandre com Elimeneu. Teria o mesmo ido para outro lugar? Teria morrido? Ter-se-ia arrependido? Ouanto a Fileto (que significa “amado”), nada se sabe, exceto o que aqui se encontra. (3) Himeneu e Fileto eram o tipo de pessoa que se havia desviado (ver comentário sobre ITm 1.6; 6.21) da verdade, ou seja, da verdadeira doutrina da salvação em CRISTO. E imediatamente evidente que Paulo não esta discutindo uma diferença sem importância acerca de opiniões entre pessoas que basicamente pensa da mesma forma. Ao contrario disso, ele se refere a um erro capital. (4) O erro deles consistia nisto, que diziam: “A141 ressurreição já aconteceu.” Nisso eles se assemelhavam aos liberais da atualidade que, embora não queiram ser surpreendidos dizendo: “não ha ressurreição”, alegorizam o conceito. Ora, e preciso admitir que Paulo também cria numa ressurreição espiritual, o ato de DEUS por meio do qual ele comunica nova vida a quem esta morto em delitos e pecados (Rm 6.3, 4; Ef 2.6; Fp 3.11; Cl 2.12; 3.1; e cf. Lc 15.24). Mas o apostolo também mais definidamente ensinava a ressurreição do corpo (1 Co 15; Fp 3.21), justamente como JESUS fizera (Jo 5.28). Segundo o ensino de Paulo, negar a ressurreição corporal implica na completa subversão da Fé, pois “se não ha ressurreição dos mortos, então CRISTO tampouco ressuscitou; e se CRISTO não ressuscitou, então nossa pregação e em vão, e sua Fé é vã, ...e vocês ainda estão em seus pecados” (ICo 15.13, 14, 17). (5) O que fazia a situação ainda pior era que Himeneu e Fileto professavam ser cristãos. O contexto (ver v. 19b) parece indicar que eles estavam entre os que “invocam o nome do Senhor”. Ate sua excomunhão (para a qual cf. 1 Tm 1.20), eles tinham sido membros da igreja! De fato, esses falsos profetas pretendiam ser “especialistas” em todas as coisas relativas a religião. Majoravam ser mestres da lei, ainda quando “não entendiam as palavras que estavam falando nem os temas sobre os quais discorriam com tanta confiança” (ITm 1.7). Pervertiam a lei e o ensino de Paulo. (6) A negação deles (por implicação, pelo menos) da ressurreição corporal provinha provavelmente de um dualismo pagão, segundo o qual tudo o que e espiritual e bom, e o que e material e mau. O modo de raciocinar deles bem que poderia ser mais ou menos assim: “Posto que a matéria e ma, nosso corpo e mau. Portanto, ele não ressuscitara.” O mesmo erro básico levaria outros a deduções errôneas (ver comentário sobre ITm 4.3). (7) Em vista da convicção deles de que, no caso deles mesmos, “a ressurreição” - a única que reconheciam, a saber, a do pecado para a santidade, do erro para o conhecimento - já havia ocorrido, por que deveriam de preocupar-se ainda com o pecado? Eram justos a seus próprios olhos e preconcebidos (“inchados”). Dai, a lei de DEUS não os li i "quebrantado”. Usavam-na como instrumento para adquirir mais ainda como mestres, como já se explicou (ver sobre ITm 1.9). (X) Esta indiferença para com o pecado trazia como resultado o ''avanço” da impiedade para “uma impiedade mais crescente” (ver o contexto, v. 16; e cf. v. 19b, “injustiça”). (9) Por exemplo, eles chegavam ao ponto de blasfemar - desdenhavam de - o verdadeiro evangelho (ITm 1.20). (10) Seu falso ensino (“gnosticismo incipiente”) era contagioso. 'Perturbam a Fé de alguns.” Eles “viravam de ponta-cabeça” (ver C.N.T ‘.obre João 2.15) as convicções religiosas desses membros da igreja. Talvez ainda não fossem muitos os que foram assim afetados por esta terrível heresia (note, “de alguns”), mas isto era só o principio. Como um tumor maligno percorre a carne sã, assim esse ensino perverso corroia a “Fé” crista. Questionário da Lição 8 - Aprovados por DEUS em CRISTO JESUS 3º trimestre de 2015 - A Igreja E O Seu Testemunho - As Ordenanças De CRISTO Nas Cartas Pastorais Comentarista da CPAD: Pr. Elinaldo Renovato de Lima
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva
Complete os espaços vazios e marque com"V" as respostas Verdadeiras e com"F" as Falsas, conforme a revista da CPAD.
TEXTO ÁUREO1- Complete: "Procura apresentar-te a DEUS __aprovado__, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que __maneja__ bem a palavra da __verdade__." (2 Tm 2.15). VERDADE PRÁTICA
2- Complete: O obreiro __aprovado__ por DEUS tem as __marcas__ do Senhor JESUS CRISTO. I - OBREIROS APROVADOS POR DEUS 3- Qual o exemplo do apóstolo Paulo quanto à Pregação e o ensino? ( ) Paulo nunca usou de engano em suas pregações, diferente de alguns falsos mestres de sua época que pregavam e ensinavam com argumentos falsos e logro. ( ) É preciso ter muito cuidado com os "lobos" vestidos de ovelhas, que andam a enganar os crentes incautos, sob a capa de "muito espirituais". ( ) Paulo exortava a igreja através da mensagem do evangelho, mostrando-lhes as verdades desconhecidas. ( ) Para os novos crentes ele tornou conhecido o "mistério de Deus" - Cristo (Cl 2.2). ( ) Paulo era um líder zeloso que levava a mensagem de modo claro, obedecendo à revelação que recebera do Senhor. ( ) Era esse também o cuidado dos demais apóstolos (1 Jo 4.6; 2 Pe 1.16). 4- Qual o alvo de Paulo em suas pregações e ensinos e o que vemos em muitos pregadores e ensinadores hoje? ( ) Paulo pregava por amor a Cristo. Jesus era o seu alvo. ( ) Atualmente, há muitos falsos obreiros que só visam lucro e bens financeiros. ( ) Estes se aproveitam da fé dos fiéis para obter ganhos. ( ) Na primeira carta a Timóteo, Paulo coloca como um dos requisitos para aqueles que almejam o ministério pastoral, não ser "cobiçoso de torpe ganância" (1 Tm 3.3). ( ) Pedro também exortou que o obreiro deve apascentar o rebanho do Senhor "tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância" (1 Pe 5.2). ( ) O obreiro aprovado não visa lucro material, pois sabe que a sua recompensa vem do Senhor. 5- O que Paulo buscava em suas pregações e ensinos e o que vemos em muitos pregadores e ensinadores hoje? ( ) "E, não buscamos glória dos homens" [...] (1 Ts 2.6). ( ) Quando Paulo estava com os tessalonicenses, ele afirmou que não buscou o elogio deles. Infelizmente muitos buscam glória para si. ( ) Estes são movidos a elogios e bajulações. Isso é um perigo para o ministério pastoral e para qualquer servo ou serva de Deus. ( ) Tem pregadores e mestres que não aceitam convite para falar para um pequeno auditório. ( ) Só se sentem bem se estiverem diante de grandes plateias, pois querem ser vistos pelos homens e não abençoar as pessoas. ( ) O obreiro aprovado pelo Senhor busca apontar tão somente o Senhor, e não ele mesmo. II -DOIS TIPOS DE VASOS (2.20,21) 6- O que é Vaso de honra? ( ) Paulo estava preocupado com a situação confusa que prevalecia na igreja em Éfeso. ( ) Ele então usa a analogia dos vasos para mostrar que na igreja existem pessoas sinceras e obedientes aos ensinos de Cristo (vasos de honra). ( ) Estes adornavam e adornam a Casa de Deus, com sua santidade e pureza. ( ) Deus deseja usar este tipo de vaso, limpo e sem contaminação. ( ) Tem você sido um vaso de honra na Casa do Senhor? O crente deve ter uma vida irrepreensível. ( ) Isso só é possível na vida do crente através do poder redentor, libertador e purificador do sangue de Jesus mediante a fé. 7- O que é Vaso de desonra e a quem Paulo se referia? ( ) Quem são estes? Paulo estava se referindo aos falsos mestres, Himeneu e Fileto (2.17). ( ) Himeneu também foi mencionado em 1 Timóteo 1.20. ( ) Podemos igualmente afirmar que são os crentes infiéis, que causam problemas e escândalos na Casa do Senhor. ( ) Os vasos de honra são "o trigo" e os "vasos para desonra" são o "joio" a que se referiu Jesus (Mt 13.24-30). III - REJEITANDO AS DISSENSÕES E QUESTÕES LOUCAS 8- O que eram as "questões loucas"? Por que rejeitá-las? ( ) Eram as questões levantadas pelos falsos mestres, que traziam confusão e não edificavam ninguém (1 Tm 1.3, 6,7). ( ) O obreiro deve rejeitar questionamentos que não edificam (2 Tm2.23). ( ) Atualmente, muitos estão levantando indagações que em nada vai edificar a fé dos irmãos. ( ) Outros, ainda estão cometendo o terrível pecado de adicionar, subtrair e modificar partes das Escrituras. ( ) A Palavra de Deus é completa e infalível e não precisa de quaisquer acréscimos ou revisões em seu conteúdo e mensagem. ( ) Há, em nossos dias, diversas "novas teologias" que precisam ser combatidas pela liderança, pois agridem diretamente a mensagem bíblica. 9- Quais atitudes devemos tomar quanto às contendas? ( ) "E ao servo do Senhor não convém contender, mas, sim, ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor" (2Tm 2.24). ( ) Paulo exorta a Timóteo a fim de que ele não contendesse com os falsos mestres, pois brigas e discussões são obras da carne e envergonham a Igreja do Senhor. ( ) Uma pessoa espiritualmente cega não pode ser convencida de seus erros pela força. ( ) Pregamos e ensinamos, mas só o Espírito Santo podem convencê-las dos seus erros. CONCLUSÃO 10- Complete: Na administração das igrejas, por vezes, surgem __conflitos__ de ordem espiritual e __doutrinária__. Por isso, os líderes precisam de preparo bíblico e __teológico__. Como obreiros __aprovados__ devem conduzir o rebanho do Senhor. Seja você um __vaso__ de honra na Casa de Deus. RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO EM http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm Referências Bibliográficas (outras estão acima) Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal. Bíblia de Estudo Almeida. Revista e Atualizada. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2006. Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e Grego. Texto bíblico Almeida Revista e Corrigida. Bíblia de Estudo Pentecostal. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida, com referências e algumas variantes. Revista e Corrigida, Edição de 1995, Flórida- EUA: CPAD, 1999. BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD. CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal. VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm www.ebdweb.com.br www.escoladominical.net www.gospelbook.net www.portalebd.org.br/ http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/alianca.htm A PRIMEIRA EPÍSTOLA A TIMÓTEO - J. N. D. Kelly - Novo Testamento - Vida Nova - Série Cultura Cristã. William Hendriksen, 1 Timóteo, 2 Timóteo e Tito, São Paulo: Cultura Cristã, 2001, p. 191-6 (Comentário do Novo Testamento)
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao8-ist-3tr15-aprovados-por-deus-em-cristo-jesus.htm