O Milagre do Livramento do Naufrágio
20 de setembro de 2015
Texto Áureo.
“E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também em nossa carne mortal”. 2Co 4.11
Verdade aplicada.
A provação é a porta de uma grande oportunidade para os que estão na direção de Deus.
Textos de referência.
Atos 27.9; 11; 20-21
9 E, passado muito tempo, e sendo já perigosa a navegação, pois, também o jejum já tinha passado, Paulo os admoestava,
11 Mas o centurião cria mais no piloto e no mestre do que no que dizia Paulo.
20 E, não aparecendo, havia já muitos dias, nem sol nem estrelas, e caindo sobre nós uma não pequena tempestade, fugiu-nos toda a esperança de nos salvarmos.
21 E, havendo já muito que não se comia, então Paulo, pondo-se em pé no meio deles, disse: Fora, na verdade, razoável, ó senhores, ter-me ouvido a mim e não partir de Creta, e assim evitariam este incômodo e esta perda.
Introdução.
A poderosa pregação de Paulo feriu o ego dos religiosos judeus de sua época. Por esse motivo, eles o levaram a prisão e lá se amotinaram para acabar com sua vida. Mas Paulo testemunhava aos grandes com graça e unção.
1. Os ventos e a vontade de Deus.
Não existe nada que não esteja sob o controle e a direção do Altíssimo. Mesmo quando algo dá errado para nós, Deus jamais perde a rédea. Quando ainda estava preso, o Senhor apareceu a Paulo e lhe disse para não temer porque como testificou em Jerusalém, o faria em Roma (At 23.11).
1.1. Uma fiel testemunha de Cristo.
Paulo estava tão decidido a cumprir a ordem do Senhor que pôs em jogo a própria vida para consegui-lo. Ele teve a oportunidade para ser liberto. Mas a recusou em troca da oportunidade de aparecer diante de César, a quem havia apelado. Foi uma escolha que ele fez unicamente em prol do Evangelho (At 26.31, 32). Para ele não havia perigo em sofrer dano algum em qualquer tempestade. A vontade de Deus era que testificasse em Roma e Deus estava no controle. Do ponto de vista humano, Paulo era um prisioneiro no navio. Para Deus, o apóstolo era o capitão e os demais eram os prisioneiros (At 27.21-26, 30, 31-34).
1.2. Discernindo os tempos.
Não é de hoje que as pessoas confiam mais nas conclusões de peritos e nas ciências do que nas advertências de homens de visão espiritual (At 27.11). Devemos ter em mente que a ciência, divorciada do temor de a Deus, pode destruir sociedades civilizações inteiras. Paulo já havia passado por três naufrágios (2Co 11.25), tinha sensibilidade e discernimento, sabia que algo não estava bem e alertou para o problema. Se existe uma coisa que jamais seremos privados é de sinais de aviso. Podemos viver coma desculpa de que o inimigo nos enganou ou com a certeza de que lhe abrimos a porta. Mas uma coisa é certa: “Deus não nos deixara enganados” (Sl 25.3; Am 3.7; Jo 7.17).
1.3. O contraste entre Paulo e Jonas.
Comparando a ambos, vemos que Jonas fugia de uma chamada; Paulo viajava para cumprir uma missão. Jonas se escondeu e dormiu durante a tempestade; Paulo dirigia as operações e encorajava os passageiros. A presença de Jonas no navio era a causa da tempestade; o navio em que Paulo viajava seria preservado de todo dano se os tripulantes respeitassem seu aviso (At 27.9, 10). Jonas foi disfarçado a dar testemunho acerca de Deus (Jn 1.8, 9); Paulo, com boa vontade e coragem, falou acerca da sua visão e do seu Deus. A presença de Jonas no navio ameaçava vida dos gentios; a presença de Paulo era uma garantia para a vida dos seus companheiros de viagem. Há muita diferença em atravessar uma tempestade dentro e fora da vontade de Deus!
2. Perderemos o navio, as almas jamais.
Uma pessoa cheia do Espírito Santo pode ser a diferença até mesmo em um naufrágio e Paulo foi esse homem. Ele estava ali para encorajar e comunicar a maneira correta de como salvar toda a tripulação daquele navio.
2.1. O encorajamento de um líder.
A crise não faz a pessoa, a crise mostra do que a pessoa é feita e, normalmente, faz aflorar a verdadeira liderança. Paulo repreendeu o centurião, o piloto e o capitão com brandura por ignorarem a sua advertência. Em breve, descobriram que Deus poupara todos eles somente por causa do Apóstolo. Às vezes, nos colocamos em meio às tempestades pelos mesmos motivos: ficamos impacientes (At 27.9); aceitamos conselhos abalizados, porém contrários à vontade de Deus, seguindo a maioria e nos fiando nas condições “ideais” (At 27.13).
2.2. Deus me deu a vida de vocês.
Enquanto todos estavam vendo a morte, Paulo estava vendo anjos. Como a fé nos acalma! Podemos dormir profundo no meio do rugido da tempestade e sonhar com os anjos quando nosso coração está apoiado em Deus (At 27.24). Seus mensageiros podem abrir caminhos por céus fechados e através de tempestades violentas para socorrer aqueles que necessitam de Seu auxílio (At 18.9, 10; 23.11). O navio e a carga se perderiam, mas os passageiros seriam poupados porque Paulo tinha uma missão (At 27.23).
2.3. E todos se salvaram.
Como é gratificante estar na posição que Deus quer (Ez 22.30). Paulo, andando segundo o querer de Deus, em comunhão com Ele, tornou-se benção para todos quantos atravessavam o perigo com ele. O navio, finalmente, encalhou na praia de Malta, perto da Itália, onde começou a ser despedaçado pelas ondas. Os soldados queriam matar os prisioneiros para evitar que fugissem, pois era costume romano. A mão de Deus, porém, estava com o seu mensageiro. Júlio foi impulsionado a poupar a vida de todos. Nenhum poder, nos céus ou na terra, acabaria com Paulo enquanto Deus tivesse um plano especial para sua vida. Ele pregaria o Evangelho em Roma (At 23.11; 27.24, 25). Conforme Paulo anunciou, todos escaparam ilesos.
3. Vencendo as tempestades.
Existem situações que o Senhor nos coloca para fazer aflorar em nossas vidas algumas qualidades e ações que, seguindo uma vida de fé simples, jamais alcançaríamos. O mais importante nessas horas é em quem confiamos; esse é o alicerce para que em meio à tempestade vejamos a luz da vida em vez da sombra da morte.
3.1. Nem estrela, nem esperança.
Podemos perder a visão durante a tempestade (At 27.20). Mas nem mesmo as piores tempestades podem esconder a face de Deus ou frustrar Seus planos. Há momentos na vida em que não existe sol para nos aquecer, nem estrelas para nos guiar. Ou seja, um período de trevas espirituais. As causas podem ser variadas como: esgotamento físico, a não utilização dos meios da graça, opressão por espíritos malignos ou provação da fé. Mas, seja qual for a causa, não podemos perder o ânimo e, mesmo não sentindo o calor espiritual, obedecer a Deus é de vital importância para a sobrevivência (At 27.22-24).
3.2. Transformando adversidade em oportunidade.
As adversidades podem ser a porta das grandes oportunidades. O Senhor disse que Paulo iria testemunhar em Roma, mas não lhe disse como chegaria lá. As adversidades fazem parte de vida humana. Mas, uma coisa é estar nela porque escolhemos o caminho errado e outra porque o Senhor nos comissionou. Deus pode consentir que fiquemos em situações vergonhosas e difíceis como fez com Paulo e tantos outros ao longo da Bíblia. Todavia, nesses casos, a finalidade é nos transformar em bênçãos para pessoas que, de outra forma, nunca teríamos conhecido. Podemos até lastimar o fato de vivermos determinadas situações, mas se estivermos na visão, o problema será a porta de uma grande oportunidade (Sl 119.157; 1Co 16.9).
3.3. Imitadores de Cristo.
A nossa identidade não pode ser nada além de Cristo (1Co 11.1). Ela deve ser ancorada no que Ele fez por nós, não no que fazemos para Ele. Isso significa que temos de fazer segundo a Sua voz nos orienta, não segundo aquilo que os “especialistas do barco” nos dizem, É comum encontrar no navio um aconselhamento especializado, mas devemos enfocar o destino traçado por Deus (At 27.11). O nosso navio é apenas uma ferramenta para chegarmos lá e o Senhor pode fazer com o navio o que Ele quiser.
Conclusão.
As tempestades da vida servem para revelar o caráter do cristão. Há ocasiões em que todo o ambiente pode ser mudado se tão somente crermos em Deus. Independentemente de qual seja o destino final, a fé nos permite ver as tempestades como oportunidades e não como provações.
http://marcosandreclubdateologia.blogspot.com.br/2015/09/escola-dominical-conteudo-da-licao-12_14.htm