Postado por Josiel Dias
Papa Francisco abraça o pastor Giovanni Traettino, durante o encontro no Vaticano. (Foto: Rádio Vaticano)
"Dentro de alguns séculos, o papa passou de 'anti-Cristo' para 'irmão em Cristo' para muitos protestantes", alerta estudioso.
Em discurso feito no início da semana no Fórum Cristão Global, realizado na Albânia, o Papa Francisco sugeriu que a perseguição contra cristãos de todo mundo dá oportunidade para evangélicos e católicos se unirem em um propósito.
"Em várias partes do mundo, o testemunho de Cristo, até o derramar do sangue, se tornou uma experiência compartilhada entre católicos, ortodoxos, anglicanos, protestantes, evangélicos e pentecostais.
Isso é mais profundo e mais forte do que as diferenças que ainda separam as nossas igrejas e comunidades eclesiásticas", disse Francisco em uma mensagem direcionada ao cardeal católico Kurt Koch, presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos.
Francisco insistiu que a comunhão dos mártires é o maior sinal de uma jornada juntos. "Vamos encarar essa verdade profunda como um chamado para perseverar em nosso caminho ecumênico, em direção a uma comunhão plena e visível, crescendo cada vez mais no amor e na compreensão mútua", disse ele.
Os discursos que evidenciam as superficiais mensagens de amor e união têm aumentado a popularidade do papa Francisco não apenas na Igreja Católica, como também na tradicional Igreja Protestante.
De acordo com uma pesquisa feita pela LifeWay Research, 40% dos pastores protestantes americanos afirmam ter uma visão mais positiva sobre a Igreja Católica depois da liderança do pontífice argentino.
Contradição
Para Ed Stetzer, diretor da LifeWay, observar o apoio ao papa vindo de pastores protestantes, que surgiram após a Reforma Protestante, é algo contraditório. "A pesquisa mostra, de fato, o resultado do 'Efeito Francisco', já que ele é apoiado pelo grupo de pessoas nomeadas para protestar contra a própria fé conduzida pelo papa."
"Os precursores dos atuais pastores protestantes — Lutero, Wesley, Spurgeon e muitos outros — certamente não veriam o papa como seu 'irmão em Cristo'. Dentro de alguns séculos, o papa passou de 'anti-Cristo' para 'irmão em Cristo' para muitos protestantes", alertou Stetzer.
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