Torcida grita “Allah Akhbar” durante minuto de silêncio pela França

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Jogo da seleção turca é marcado por controvérsia
O jogo amistoso da Turquia contra a Grécia acabou empado em 0 a 0, mas um episódio lamentável ocorreu antes da partida. Parte dos torcedores presentes no estádio Basaksehir, em Istambul não respeitou o minuto de silêncio observado em todas as partidas ocorridas pelas eliminatórias da Eurocopa esta semana.

Além dos 17.000 torcedores, estavam no local os primeiros ministros Ahmet Davutoglu, da Turquia, e Alexis Tsipras, da Grécia. Durante a homenagem às vítimas dos atentados em Paris, os jogadores das duas equipes ficaram abraçados no meio do campo. Contudo, a torcida vaiou o minuto de silêncio enquanto gritaram “Allah Akhbar” (Deus é grande, em árabe).

Essa expressão, considerada uma declaração de fé no islamismo, é comumente usada por terroristas durante os atentados. O silêncio também foi rompido por gritos de apoio ao presidente turco Recep Tayyip Erdogan, considerado um ‘moderado’, mas que tem imposto tradições muçulmanas como diretrizes de sua administração.

Chama mais atenção ainda o fato de a partida ser contra a Grécia, uma rival histórica tanto no plano político quando esportivo.

Não é a primeira vez que algo assim ocorre na Turquia. Mês passado, durante partida das eliminatórias da Eurocopa, ouviram-se gritos de “Allah Akhbar” durante o minuto de silêncio em memória às 102 vítimas de um atentado na capital turca Ancara.
Egípcios também fazem protesto

Na terça (17) também ocorreram protestos durante o jogo das seleções de Egito e Chade, pelas eliminatórias da Copa da Rússia. Desde 2012, os egípcios não assistiam um jogo da sua seleção, por conta da instável situação política do país.

Cerca de 20 mil torcedores estiveram no estádio Borg El Arab. Muitos fizeram protestos pacíficos. Parte deles queria mostrar ao mundo que nem todos os muçulmanos são extremistas.

Haviam faixas dizendo “árabes não são terroristas”, uma referência aos atentados em Paris. Um torcedor segurava o Alcorão em uma mão e uma cruz na outra, como forma de pedir a convivência pacífica entre islâmicos e cristãos.


Com informações Express