A religião parece estar sendo vista no Brasil, em grande medida, não mais como uma aliada na luta por direitos humanos e cidadãos, mas sim, contrariamente, como empecilho a eles. Essa é a análise do professor do Departamento de Sociologia da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), André Ricardo de Souza.
Segundo o pesquisador, no Brasil de hoje há indivíduos, grupos e instituições contribuindo para uma imagem negativa da religião como um todo em diversas vertentes religiosas.
Entre o segmento mais afetado por essa interpretação negativa, o pesquisador aponta os evangélicos.
“Embora sem exclusividade, atualmente, há predominância em determinados indivíduos e grupos evangélicos”.
São exemplos os ativistas que exercem importantes cargos parlamentares, como o atual presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, e o deputado que presidiu a Comissão de Direitos Humanos daquela casa, o pastor Marco Feliciano.
Isso ocorre, segundo André, porque algumas lideranças religiosas ainda cultivam posturas no limite da beligerância. Alguns grupos ameaçam e chegam a cometer crime por intolerância religiosa.
“Esse é o lado negativo de algumas religiões, sobretudo das que não se pautam pela alteridade e respeito ao outro, mas no proselitismo”, explica.
Para ilustrar esses posicionamentos autoritários, André cita a militância política, feita principalmente por parlamentares que representam grupos religiosos. “Tornam-se parlamentares, muitas vezes, devido à projeção obtida por meio da aparição constante em programas de rádio e televisão. Por sua vez, as emissoras religiosas e os horários alugados de emissoras laicas decorrem de intensa arrecadação financeira, fechando assim o ciclo entre religião, economia e política”, analisa.
Os agentes que contribuem para um quadro negativo das religiões se caracterizam, segundo André, pelos traços de intolerância, intransigência e homofobia.
“A intolerância se refere à rejeição do diferente e sua discriminação por ser considerado pecaminoso ou impuro. Por sua vez, intransigência significa a recusa da busca de diálogo pautado por parâmetros respeitosos e democráticos devido à prevalência do pensamento e do discurso dogmático e autoritário. Já a homofobia diz respeito não só à discriminação, mas também à perseguição, até violenta, de membros da população LGBT”, diferencia André. “Tais posturas, porém, são encontradas também em indivíduos não religiosos.".
Leia mais em http://www.paulopes.com.br/2016/04/imagem-negativa-das-religioes-cresce-no-brasil-diz-pesquisador.html#ixzz44uCFc1my
Paulopes informa que reprodução deste texto só poderá ser feita com o CRÉDITO e LINK da origem.
Atuação de alguns indivíduos se reflete na religião como um todo |
Entre o segmento mais afetado por essa interpretação negativa, o pesquisador aponta os evangélicos.
“Embora sem exclusividade, atualmente, há predominância em determinados indivíduos e grupos evangélicos”.
São exemplos os ativistas que exercem importantes cargos parlamentares, como o atual presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, e o deputado que presidiu a Comissão de Direitos Humanos daquela casa, o pastor Marco Feliciano.
Isso ocorre, segundo André, porque algumas lideranças religiosas ainda cultivam posturas no limite da beligerância. Alguns grupos ameaçam e chegam a cometer crime por intolerância religiosa.
“Esse é o lado negativo de algumas religiões, sobretudo das que não se pautam pela alteridade e respeito ao outro, mas no proselitismo”, explica.
Para ilustrar esses posicionamentos autoritários, André cita a militância política, feita principalmente por parlamentares que representam grupos religiosos. “Tornam-se parlamentares, muitas vezes, devido à projeção obtida por meio da aparição constante em programas de rádio e televisão. Por sua vez, as emissoras religiosas e os horários alugados de emissoras laicas decorrem de intensa arrecadação financeira, fechando assim o ciclo entre religião, economia e política”, analisa.
Os agentes que contribuem para um quadro negativo das religiões se caracterizam, segundo André, pelos traços de intolerância, intransigência e homofobia.
“A intolerância se refere à rejeição do diferente e sua discriminação por ser considerado pecaminoso ou impuro. Por sua vez, intransigência significa a recusa da busca de diálogo pautado por parâmetros respeitosos e democráticos devido à prevalência do pensamento e do discurso dogmático e autoritário. Já a homofobia diz respeito não só à discriminação, mas também à perseguição, até violenta, de membros da população LGBT”, diferencia André. “Tais posturas, porém, são encontradas também em indivíduos não religiosos.".
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