Lição 4, Os Benefícios da Justificação 2º trimestre de 2016 - Maravilhosa Graça - O Evangelho de JESUS CRISTO Revelado Na Carta Aos Romanos
Comentarista da CPAD: Pr. José Gonçalves Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm Estudo sobre nossos assunto de 2006 - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao4-salvacao-ajustificacaopelafeemcristo.htm AQUI VOCÊ VÊ PONTOS DIFÍCEIS DA LIÇÃO - POLÊMICOS TEXTO ÁUREO“Mas DEUS prova o seu amor para conosco em que CRISTO morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.” (Rm 5.8)
VERDADE PRÁTICAA justificação pela fé em CRISTO nos libertou de Adão, símbolo do velho homem, para nos colocar em CRISTO, onde fomos feitos uma nova criação.
LEITURA DIÁRIA Segunda - 1 Co 15.21 O pecado entrou no mundo mediante a Queda Terça - 1 Co 15.22 Todos morreram em Adão e só podem ser vivificados em JESUS
Quarta - Rm 5.13 O pecado só pode ser imputado havendo a lei
Quinta - Rm 5.15 A suprema eficiência da redenção em JESUS CRISTO
Sexta - Rm 5.17 O pecado trouxe morte, mas CRISTO trouxe a graça divina
Sábado - Rm 5.21 A graça e a justiça reinam por intermédio de CRISTO LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Romanos 5.1-12 1 - Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com DEUS por nosso Senhor JESUS CRISTO; 2 - pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes; e nos gloriamos na esperança da glória de DEUS. 3 - E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência; 4 - e a paciência, a experiência; e a experiência, a esperança. 5 - E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de DEUS está derramado em nosso coração pelo ESPÍRITO SANTO que nos foi dado. 6 - Porque CRISTO, estando nós ainda fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios. 7 - Porque apenas alguém morrerá por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém ouse morrer. 8 - Mas DEUS prova o seu amor para conosco em que CRISTO morreu por nós, sendo nós ainda pecadores. 9 - Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira. 10 - Porque, se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com DEUS pela morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida. 11 - E não somente isto, mas também nos gloriamos em DEUS por nosso Senhor JESUS CRISTO, pelo qual agora alcançamos a reconciliação. 12 - Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram. OBJETIVO GERALEsclarecer que a justificação pela fé em CRISTO nos libertou da lei do pecado e nos fez novas criaturas. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Apresentar as bênçãos decorrentes da justificação; Mostrar as bênçãos do amor trinitário; Explicar as bênçãos decorrentes na nova criação INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Professor, você já parou para refletir a respeito das bênçãos decorrentes da justificação pela fé? Pare e pense no que CRISTO fez por você. Louve ao Salvador. Adore-o pela sua graça e redenção. O Filho de DEUS assumiu o castigo que era nosso. Ele tomou sobre si a nossa condenação. Na cruz CRISTO cumpriu a nossa pena nos justificando perante o Pai e fazendo de nós novas criaturas. Ele nos libertou da lei do pecado. Uma vez livres e justificados pela fé temos paz com DEUS (Rm 5.1) e acesso à graça (Rm 5.2). Como pecadores jamais poderíamos pagar a nossa dívida para com o Pai. Quando pela fé recebemos o perdão de DEUS, a culpa que perturbava as nossas consciências foi substituída pela graça e misericórdia divina. COMENTÁRIO/INTRODUÇÃONos quatro primeiros capítulos da Epístola aos Romanos, Paulo já havia escrito a respeito das origens e das bases da nossa justificação. Faltava agora falar dos resultados dessa justificação. Que benefícios ela nos trouxe? Quais seriam as bênçãos a ela associada? Paz, alegria, esperança são algumas dessas bênçãos associadas à justificação. Todavia, Paulo vai além, ele mostra que tudo isso só foi possível porque DEUS nos fez participante de uma bênção maior - sermos parte da nova criação. Esse fato será mostrado através do contraste feito entre Adão, símbolo da velha criação e CRISTO, o segundo Adão, cabeça de uma nova criação
PONTO CENTRAL
A justificação pela fé nos concede muitos benefícios.
Resumo da Lição 4, Os Benefícios da Justificação
I - A BÊNÇÃO DA GRAÇA JUSTIFICADORA (Rm 5.1-5)
1. A bênção da paz com DEUS.
2. A bênção de esperar em DEUS.
3. A bênção de sofrer por JESUS. II - AS BÊNÇÃOS DO AMOR TRINITÁRIO (Rm 5.5-11) 1. O amor que o Pai outorga. 2. O amor que o Espírito distribui. 3. O amor que o Filho realiza. III - AS BÊNÇÃOS DA NOVA CRIAÇÃO (Rm 5.12-21) 1. O homem em Adão. 2. O homem em Cristo. SÍNTESE DO TÓPICO I - Com a justificação pela fé recebemos a bênção da paz com Deus. SÍNTESE DO TÓPICO II - Com a justificação pela fé recebemos a bênção do amor trinitário. SÍNTESE DO TÓPICO III - Com a justificação pela fé recebemos a bênção do novo nascimento. SUBSÍDIO DIDÁTICO Inicie o tópico fazendo a seguinte indagação: "Quais são as bênçãos decorrentes da justificação?" Incentive a participação de todos e ouça os alunos com atenção. Em seguida copie no quadro o esquema abaixo. Utilize-o para mostrar aos alunos algumas das bênçãos decorrentes da justificação. Leia e discuta as referências bíblicas com os alunos. OS BENEFÍCIOS DA JUSTIFICAÇÃO (5.1-21) - Adaptado de: CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus. 5.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.50. Paz com Deus (5.1).
Acesso à graça, pela fé (5.2).
Esperança da glória de Deus (5.2).
Alegria nas tribulações (5.3-5).
O amor divino derramado em nós (5.5b).
O amor de Deus demonstrado a nós através da morte de seu Filho (5.6-11). CONHEÇA MAIS Dois Adãos (Rm 5.11-21) Os teólogos se encantam com essas passagens e discutem exatamente sobre como a morte foi transmitida a todos os homens através do pecado de Adão. Essa questão para Paulo é de ordem prática. A nossa herança racial de Adão é de pecado, morte, alienação. Agora, no entanto, pertencemos a Cristo, o fundador de uma nova raça. Nossa herança nele é de justiça e vida. Para conhecer mais leia Guia do Leitor da Bíblia, CPAD, p. 741. SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"O amor divino derramado em nós (5.5b)
Temos a força que energiza a nossa esperança que é 'o amor de Deus derramado em nossos corações pelo Espírito Santo'. Esse amor só é derramado sobre um coração justificado. O interessante desse versículo é o destaque ao amor que Deus tem por nós, e não o amor que temos para com Ele. Descobrimos também neste versículo a participação das três Pessoas da Trindade na nossa justificação. Clifton J. Allen, em seu Comentário aos Romanos, escreve sobre isto: 'As três Pessoas da Trindade têm sua parte na nossa salvação. Deus nos justifica por causa da nossa fé. Sua justiça se torna possível por causa da redenção dada por Cristo. O Espírito Santo nos torna cônscios da nossa necessidade, faz com que exerçamos a fé, e faz transbordar os nossos corações com o amor de Deus. O amor de Deus satisfaz a terna afeição do coração ou corresponde ao desejo do coração'. Portanto, recebemos o amor de Deus em nossos corações e somos transbordados de alegria, graça, poder e vida nova" (CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus. 5.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, pp.64,65). SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO Reproduza o quadro da página seguinte. Leia com os alunos Romanos 5.15-21 e em seguida, utilizando o quadro faça um contraste entre Adão e Cristo. (CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus. 5.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.67).
ADÃO | CRISTO |
1. Pela ofensa de um só, morreram muitos (v. 15). | 1. Pelo dom da graça de um só homem, a graça foi abundante sobre muitos (v. 15). |
2. Uma só ofensa e todos foram condenados (v. 16). | 2. A graça de um só homem transcorre de muitas ofensas (v. 16). |
3. Pela ofensa de um, reinou a morte sobre todos (v. 17). | 3. Pela justiça de um só reinou a vida (v. 17). |
4. Por uma só ofensa veio o juízo sobre todos (v. 18). | 4. Por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos (v. 18). |
5. Pela desobediência de um homem, todos se fizeram pecadores (v. 19). | 5. Pela obediência de um homem, muitos se tornaram justos (v. 19). |
6. Pela ofensa de um só, abundou o pecado (v. 20). | 6. Pela justiça de um só, superabundou a graça (v. 20). |
7. O pecado reinou pela morte (v. 21). | 7. A graça reinou pela justiça (v. 21). |
Qual era o significado da palavra paz no Antigo Testamento?O uso que Paulo faz da palavra paz é diferente daquele usado no mundo antigo. No geral, o termo significava ausência de guerra. Porém, Paulo se refere ao vocábulo paz conforme ele aparece no Antigo Testamento e cujo significado era a salvação dos piedosos, prosperidade e bem-estar.
Qual o primeiro benefício da justificação? A paz com Deus.
Qual o significado da palavra esperança no contexto de romanos?No contexto de Romanos, esperança significa enfrentar o tempo presente, com todos os seus desafios, porque se tem certeza quanto ao futuro.
Quem é a origem, fonte do amor?Deus é a origem e a fonte do amor.
Faça um contraste entre Adão e Cristo.O primeiro Adão é alma vivente, o segundo Adão é Espírito vivificante; o primeiro Adão é da terra, o segundo Adão é do céu; o primeiro Adão é pecador, o segundo Adão é justo; o primeiro Adão é morte, o segundo Adão é vida.
CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 65, p38. Comentários de vários autores com alguma modificações do EV. Luiz Henrique Pontos difíceis e polêmicos Antes estávamos separados de DEUS, pois a barreira do pecado nos separava Dele, éramos inimigos da cruz de CRISTO, agora estamos em paz com DEUS, pois a barreira do pecado JESUS levou na cruz, agora Temos paz com DEUS.
A maneira de entrar para a graça que já foi realizada na cruz é acreditando nela sem a ver, pois aconteceu a mais de 2010 anos atras. É pela fé.
Temos que ficar, permanecer nesta graça para alcançarmos suas superiores e eternas promessas. Nosso destino é a nova terra e novos céus, na Nova Jerusalém.
Para nós as tribulações são meras pedras no caminho para que, ao passarmos por elas com a ajuda de Deus, nos fortaleçamos mais ainda nossa fé. 2º Trimestre de 1998 - Título: Romanos — O Evangelho da justiça de DEUS - Comentarista: Esequias Soares da Silva Lição 5: Privilégios dos justificados pela fé TEXTO ÁUREO “Porque todas quantas promessas há de DEUS são nele sim; e por ele o Amém, para glória de DEUS, por nós” (2Co 1.20). VERDADE PRÁTICA A justificação pela fé é o começo de uma nova vida, trazendo paz, graça, glória e absolvição da ira futura. LEITURA DIÁRIA Segunda — Fp 4.7A paz de DEUS excede todo o entendimento Terça — Ef 2.18 Por JESUS temos acesso ao Pai Quarta — Mt 11.28-30 Em JESUS, encontramos descanso para nossas almas Quinta — Mt 5.11,12 Somos participantes dos sofrimentos de CRISTO Sexta — 1Pe 4.12-16 Se padecemos como cristãos, devemos glorificar a DEUS Sábado — 1Jo 4.19 DEUS nos amou primeiro LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Romanos 5.1-11. 1 — Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com DEUS por nosso Senhor JESUS CRISTO;2 — pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes; e nos gloriamos na esperança da glória de DEUS.3 — E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência;4 — e a paciência, a experiência; e a experiência, a esperança.5 — E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de DEUS está derramado em nosso coração pelo ESPÍRITO SANTO que nos foi dado.6 — Porque CRISTO, estando nós ainda fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios.7 — Porque apenas alguém morrerá por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém ouse morrer.8 — Mas DEUS prova o seu amor para conosco em que CRISTO morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.9 — Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.10 — Porque, se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com DEUS pela morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida.11 — E não somente isto, mas também nos gloriamos em DEUS por nosso Senhor JESUS CRISTO, pelo qual agora alcançamos a reconciliação. PONTO DE CONTATO Como está a motivação dos seus alunos pelo estudo da Epístola aos Romanos? Você tem percebido interesse e animação durante as aulas? Que bom! Mas, não se acomode, continue buscando melhorias para a sua classe, com oração, leitura da Bíblia, livros teológicos e didáticos, buscando material auxiliar para enriquecer as suas aulas e tornando-as mais agradáveis e proveitosas. Dessa maneira você irá promover uma maior aprendizagem destes temas tão importantes para a edificação espiritual de seus alunos. OBJETIVOS Após esta aula, o aluno deverá estar apto a: Enumerar os privilégios daqueles que são justificados pela fé. Identificar qual é o efeito imediato da justificação. Explicar que o sofrimento para o cristão tem, como objetivo final, produzir a esperança do porvir. Distinguir a situação do homem em inimizade com DEUS daquele que é reconciliado mediante JESUS CRISTO. SÍNTESE TEXTUAL Nesta lição estaremos estudando os frutos da justificação pela fé, sua fonte, seus beneficiários e os seus resultados na vida dos cristãos. Veremos, também, a maneira objetiva e subjetiva do amor de DEUS derramado pelos pecadores e a mudança de posição destes, diante de DEUS, por causa da Sua graça. ORIENTAÇÃO DIDÁTICA Procure fazer com que seus alunos se sintam valorizados, como pessoa, mostrando-lhes que são importantes para DEUS. Todos têm valor inestimável. Demonstre isto promovendo a participação de todos e aproveitando, na medida do possível, a colaboração de cada um. Nesta lição, por exemplo, você poderá distribuir algumas questões escritas num papel para que respondam durante a aula: 1. Explique a palavra “paz” do versículo 1. 2. Como “gloriar-se nas tribulações”? 3. A tribulação produz o quê? 4. E a paciência? 5. E a experiência? 6. E a esperança? 7. Quando pedimos paciência a DEUS o que poderá vir antes? Pode-se fazer outras questões de acordo com o número de alunos. COMENTÁRIO/INTRODUÇÃO Depois de demonstrar, com base no Antigo Testamento, a doutrina da justificação pela fé, Paulo, agora, começa a enumerar as bênçãos provenientes dessa doutrina. Em Romanos 4.25, o apóstolo declara que JESUS ressuscitou para a nossa justificação. Isso serve como ponto de partida para o capítulo 5, que é o estudo de hoje. I. FRUTOS DA JUSTIFICAÇÃO 1. A segunda seção de Romanos. Os capítulos 5 a 8 de Romanos registram os privilégios dos que são justificados pela fé: paz com DEUS (Rm 5): união com CRISTO (Rm 6); libertação da lei (Rm 7) e vida abundante no ESPÍRITO (Rm 8). 2. “Temos” ou “tenhamos”? (v.1). A expressão “tenhamos paz com DEUS” não é apropriada nesse contexto. “Temos” é a tradução mais adequada, pois a “paz com DEUS” nos toma aceitos por CRISTO. E, dessa forma, não estamos mais sob a ameaça da ira de DEUS. A palavra hebraica para “paz” é shalom, e a grega, eirene, que significa “completo”. 3. “Paz com DEUS” (v.1). O homem no pecado é inimigo de DEUS (v.10); mas quando é justificado pela fé em JESUS CRISTO, é reconciliado com DEUS, e essa reconciliação traz-lhe paz. Esse é o efeito imediato da justificação. 4. “Entrada pela fé a esta graça” (v.2a). Graça é favor imerecido. Nós não merecíamos a salvação, mas por JESUS, agora, temos acesso a esta graça. É CRISTO quem introduz o pecador à presença de DEUS. “Estamos firmes” significa o efeito contínuo da justificação. 5. “E nos gloriamos na esperança da glória de DEUS” (v.2b). “Gloriamos” revela o regozijo e o gozo inefável do crente como antecipação das bênçãos futuras. “Glória de DEUS” é o mesmo que a manifestação de DEUS. Aqui, é uma expressão que significa o céu, lugar da habitação de DEUS e de sua manifestação. II. O SOFRIMENTO 1. Gloriar-se nas tribulações (v.3a). O quadro glorioso registrado nos versículos 1 e 2 não significa uma vida totalmente isenta de tribulações. JESUS disse: “Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me” (Mc 8.34) Essas tribulações não são apenas dores, enfermidades, depressões, tristezas nem aflições; são também as pressões deste mundo hostil que crucificou o nosso Senhor JESUS CRISTO (At 14.22). JESUS disse que no mundo teríamos aflição, mas que ficássemos seguros, pois Ele venceu o mundo (Jo 16.33). 2. Ser cristão não significa ser masoquista. Paulo não afirma nem dá a entender que ser cristão seja sentir prazer no sofrimento. Veja o que ele diz: “mas também nos gloriamos”. A Palavra é realista, mostrando que encontramos espinhos na jornada da vida cristã, e que, mesmo assim, o crente é feliz e glorifica a DEUS. Isso em virtude da glória que em nós será revelada (Rm 8.18), e que traz resultados positivos para a vida cristã, pois tudo concorre para o bem dos que amam a DEUS (Rm 8.28). Temos júbilos nas bênçãos e também nas tribulações. 3. “A tribulação produz a paciência” (v.3b). Aqui “paciência”, no grego, é hypomene, que vem de duas palavras gregashypo, “sob” e o verbo meno, “permanecer”. O referido vocábulo significa: “paciência, perseverança, firmeza, fortaleza”. É a virtude de alguém sofrer com resignação. Se não existisse sofrimento não existiria paciência. Estejamos certos de que o bem proveniente da paciência é maior que os males das tribulações. 4. A paciência produz a experiência (v.4a). A paciência nas perseguições torna o cristão aprovado e vitorioso (2Ts 1.4,5). Isso serve para o nosso amadurecimento e para uma maior aproximação com DEUS. 5. A experiência produz a esperança (vv.4b,5). O caráter cristão é produzido em meio aos sofrimentos. É nessas circunstâncias que o ESPÍRITO SANTO mais trabalha a nossa vida, gerando em nós a confiança de que DEUS nos levará à glória do porvir. A esperança está entre as principais virtudes da fé cristã, ao lado do amor e da fé (1Co 13.13). III. A MORTE DE CRISTO PELOS PECADORES 1. Quem pode garantir que essa esperança não falhe? A base da justificação são a morte e a ressurreição de JESUS CRISTO (Rm 3.24-26; 4.25). Tudo isso provém do amor de DEUS (v.8). Paulo demonstra nos vv.6-8 por que a esperança não falha. Ele apresenta duas provas: a evidência subjetiva e a evidência objetiva. 2. Prova subjetiva (v.5). O amor de DEUS derramado em nossos corações, e isso através do ESPÍRITO SANTO. Esta é a prova subjetiva. Interessante é que o apóstolo acrescentou: “que nos foi dado”. O ESPÍRITO SANTO nos foi dado quando recebemos a JESUS CRISTO como Salvador. Nada no mundo pode roubar a convicção da vida eterna, pois o ESPÍRITO SANTO de DEUS “testifica com o nosso espírito que somos filhos de DEUS” (Rm 8.16). E algo que DEUS colocou em nós, e está dentro de nós. Esse amor de DEUS inunda todo o nosso ser de esperança e de júbilo. Essa prova, porém, não serve para os outros, mas só para quem tem essa comunhão com DEUS. 3. Prova objetiva (vv.6-8). O amor de DEUS está no fato de haver CRISTO morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. A morte de JESUS é um fato histórico. Por isso é uma prova objetiva. Éramos inimigos de DEUS; ultrajávamos o seu santo nome com palavras e ações. Que interesse DEUS poderia ter por nós? Paulo diz: “pois poderá ser que pelo bom alguém ouse morrer” (v.7). Ora, se DEUS se interessou por nós quando ainda éramos seus inimigos, quanto mais agora que estamos reconciliados com Ele. A morte de JESUS é a prova objetiva e externa do amor de DEUS por nós (Jo 3.16). IV. A RECONCILIAÇÃO DOS PECADORES 1. “Muito mais” (vv.9,10). O argumento do apóstolo é indestrutível. No capítulo 5 de Romanos, ele usa quatro vezes a expressão “muito mais”. Duas com referência à segurança do crente, e outras duas (vv.15-17) acerca da abundância da graça. Nós, que estávamos em estado de miséria, e éramos rebeldes e inimigos de DEUS, fomos alvos de seu amor inaudito. Fomos justificados no tempo presente. Portanto, “muito mais” agora, que somos filhos de DEUS, estamos, por Ele, livres da condenação futura (1Ts 1.10). 2. Reconciliação (v.11). O referido substantivo só aparece quatro vezes no Novo Testamento grego, e vem do verbokatallasso, “reconciliar”. Quanto ao verbo reconciliar, encontrado nestas passagens: Rm 5.10; 1Co 7.11; 2Co 5.18-20, significa mudar de inimizade para amizade. Foi isso que aconteceu entre nós e DEUS! CONCLUSÃO Agora, sabemos e sentimos que estamos reconciliados com DEUS por meio de nosso Senhor JESUS CRISTO. Por isso, desfrutamos desses benefícios e privilégios. Quem ainda não tem essa esperança nem está usufruindo das bênçãos mencionadas nessa lição, precisa urgentemente crer na graça de DEUS, aceitando a JESUS como o seu Salvador pessoal. VOCABULÁRIO Inefável: Que não se pode exprimir por palavras; indizível.
Masoquista: Que se deleita com o próprio sofrimento.
Hostil: Contrário, adverso, inimigo, agressivo.
Ultrajar: Ofender a dignidade de; difamar, injuriar, insultar, afrontar.
Inaudito: Que nunca se ouviu dizer; de que não há exemplo; extraordinário. AUXÍLIOS SUPLEMENTARES - Subsídio Teológico “A justificação é o anúncio extraordinário de que o pecador já está plenamente justificado. Aos olhos de DEUS, seus pecados já não existem mais, pois ‘quanto está longe o Oriente do Ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões’ (Sl 103.12). Miqueias expressa lindamente esse benefício da graça: ‘Quem, ó DEUS, é semelhante a ti. que perdoas a iniquidade, e que te esqueces da rebelião do restante da tua herança? O Senhor não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na benignidade. Tomará a apiedar-se de nós; subjugará as nossas iniquidades, e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar’ (Mq 7.18.19). Três bênçãos específicas fluem da justificação. A primeira é a redenção dos pecados, cuja pena é a morte — espiritual e física (Gn 2.16.17; Rm 5.12-14; 6.23). Essa penalidade foi removida pela morte de CRISTO, o qual suportou o castigo que nos estava reservado (Is 53.5,6; 1Pe 2.24). A justificação implica também a restauração do favor divino. Além de havermos incorrido na penalidade requerida pelas nossas transgressões, havíamos também perdido o favor divino, pois DEUS não tem comunhão com o pecado (Jo 3.36; Rm 1.18). No entanto, através da fé em CRISTO, fomos restaurados à comunhão com o Pai Celeste (Gl 3.26 e 1Jo 1.3). Finalmente, a justificação traz consigo a imputação da retidão. Assim como a pena pelo pecado fora ‘debitada em nossa conta’, a retidão de CRISTO, no ato da justificação, é creditada em nossa conta (Fp 3.9; Gn 15.6). Fomos envolvidos com a pureza de CRISTO. Ele tornou-se nossa veste nupcial (Mt 22.11,12)” (Doutrinas Bíblicas. CPAD). Subsídio Doutrinário “Mais uma vez é mediante JESUS CRISTO que obtivemos igualmente acesso pela fé, a esta graça, na qual estamos firmes. Esse segundo benefício da justificação nos introduz à presença de DEUS diante do trono da graça, para usufruir de todas as bênçãos a que temos direito como justificados em CRISTO. Somos colocados em uma nova posição, visto que já alcançamos a ‘paz com DEUS’. Temos agora uma nova posição em CRISTO e isto resulta na possibilidade de termos acesso à graça de DEUS. Esse acesso a DEUS nos torna filhos de DEUS, e a posição de ‘filhos’ em adoção por JESUS CRISTO é o passaporte para entrarmos na presença do Pai Todo-Poderoso. Esse acesso significa comunhão mais perene e pessoal com DEUS. A palavra acesso no grego é ‘prosagoge’ que dá a ideia de ‘aproximação, introdução’. A palavra introdução dá ideia neste texto de apresentação. Por JESUS CRISTO somos apresentados a DEUS Pai, sem qualquer outro protocolo. A fé em JESUS é o meio de entrarmos na presença de DEUS. Não é um ‘acesso a DEUS’ semelhante a alguém que busca entrar ou ter acesso à presença de uma autoridade secular. Não se trata de um acesso mecânico, seco e formal. Para com DEUS, o acesso resulta de uma reconciliação feita anteriormente por JESUS CRISTO, e que agora, esse ‘acesso à graça’ é espontâneo, sem protocolo, sem impedimentos. É um acesso que significa intimidade com Ele” (Carta aos Romanos, CPAD). Subsídio Devocional O cristão não deve encarar o sofrimento da mesma maneira que um não crente. Com as tribulações o caráter cristão alcança aprofundamento e aprimoramento. Justificado por DEUS, o cristão está num processo de transformação de acordo com a imagem de JESUS CRISTO. O agente dessa transformação é o ESPÍRITO SANTO. A tribulação dá a oportunidade para o ESPÍRITO SANTO operar no cristão essa obra. Imagine se a vida só nos reservasse o sucesso e a alegria, nosso progresso espiritual seria mínimo. Não queremos dizer que o cristão deve viver num conformismo que beira ao masoquismo. Mas que, o sofrimento, inerente à natureza humana, DEUS o usa para produzir magníficos resultados no cristão. ----------------------------------------------------------------------------------- Lição 4 - A JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ EM CRISTO TEXTO ÁUREO "Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa o pecado" (Rm 4.8). VERDADE PRÁTICA A justificação é mais do que perdão. O perdão remove a condenação do pecado; a justificação nos declara justos, como se nunca houvéssemos pecado contra DEUS. LEITURA DIÁRIA Segunda - Is 64.8 Nossa justiça - trapo de imundícia Mas, agora, ó SENHOR, tu és o nosso Pai; nós, o barro, e tu, o nosso oleiro; e todos nós, obra
das tuas mãos.Jeremias 18.6 Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? diz o SENHOR; eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel.Terça - SI 49.8 justificação - um recurso divino (pois a redenção da sua alma é caríssima, e seus recursos se esgotariam antes);
Quarta - SI 32.2 A justificação gera felicidade verdadeira Bem-aventurado o homem a quem o SENHOR não imputa maldade, e em cujo espírito não há engano.
NÃO IMPUTA MALDADE. Romanos 4.6-8 cita os versículos 1 e 2 para demonstrar que DEUS trata como justos os pecadores sinceramente arrependidos, não porque a justiça seja algo que possam obter através das obras, mas, pelo contrário, recebem-na como um dom quando confessam os seus pecados e crêem no Senhor (cf. v. 5).Quinta - Rm 5.1 A justificação gera paz com DEUS : Sendo, pois, justificados pela fé, atemos paz com DEUS por nosso Senhor JESUS CRISTO;SENDO POIS JUSTIFICADOS. A justificação pela fé produz vários resultados no crente: a paz com DEUS, a graça, a esperança, a firmeza, as tribulações, o amor de DEUS, o ESPÍRITO SANTO, o livramento da ira, a reconciliação com DEUS, a salvação pela vida e presença de JESUS e o regozijo em DEUS (vv. 1-11) Sexta - Is 53.11 CRISTO crucificado trouxe a justificação O trabalho da sua alma ele verá e ficará satisfeito; com o seu conhecimento, o meu servo, o justo, justificará a muitos, porque as iniqüidades deles levará sobre si.O TRABALHO DA SUA ALMA. O sofrimento do Messias cumpriria o propósito de DEUS e resultaria
na salvação para os muitos que crerem. Sábado - Ef 2.8,9 A glória pela nossa salvação é só de DEUS Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de DEUS.
FÉ E GRAÇA
Rm 5.21 “Para que, assim como o pecado reinou na morte, também a graça reinasse pela justiça para a vida eterna, por JESUS CRISTO, nosso Senhor.”
A salvação é um dom da graça de DEUS, mas somente podemos recebê-la em resposta à fé, do lado humano. Para entender corretamente o processo da salvação, precisamos entender essas duas palavras: Fé e Graça
FÉ SALVÍFICA. A fé em JESUS CRISTO é a única condição prévia que DEUS requer do homem para a salvação. A fé não é somente uma confissão a respeito de CRISTO, mas também uma ação dinâmica, que brota do coração do crente que quer seguir a CRISTO como Senhor e Salvador (cf. Mt 4.19; 16.24; Lc 9.23-25; Jo 10.4, 27; 12.26; Ap 14.4).
(1) O conceito de fé no NT abrange quatro elementos principais: (a) Fé significa crer e confiar firmemente no CRISTO crucificado e ressurreto como nosso Senhor e Salvador pessoal (ver Rm 1.17). Importa em crer de todo coração (At 8.37; Rm 6.17; Ef 6.6; Hb 10.22), ou seja: entregar a nossa vontade e a totalidade do nosso ser a JESUS CRISTO tal como Ele é revelado no NT.
(b) Fé inclui arrependimento, i.e., desviar-se do pecado com verdadeira tristeza (At 17.30; 2Co 7.10) e voltar-se para DEUS através de CRISTO. Fé salvífica é sempre fé mais arrependimento (At 2.37,38; ver Mt 3.2).
(c) A fé inclui obediência a JESUS CRISTO e à sua Palavra, como maneira de viver inspirada por nossa fé, por nossa gratidão a DEUS e pela obra regeneradora do ESPÍRITO SANTO em nós (Jo 3.3-6; 14.15, 21-24; Hb 5.8,9). É a “obediência que provém da fé” (Rm 1.5). Logo, fé e obediência são inseparáveis (cf. Rm 16.26).
A fé salvífica sem uma busca dedicada da santificação é ilegítima e impossível. (d) A fé inclui sincera dedicação pessoal e fidelidade a JESUS CRISTO, que se expressam na confiança, amor, gratidão e lealdade para com Ele. A fé, no seu sentido mais elevado, não se diferencia muito do amor. É uma atividade pessoal de sacrifício e de abnegação para com CRISTO (cf. Mt 22.37; Jo 21.15-17; At 8.37; Rm 6.17; Gl 2.20; Ef 6.6; 1Pe 1.8).
(2) A fé em JESUS como nosso Senhor e Salvador é tanto um ato de um único momento, como uma atitude contínua para a vida inteira, que precisa crescer e se fortalecer (ver Jo 1.12). Porque temos fé numa Pessoa real e única que morreu por nós (Rm 4.25; 8.32; 1Ts 5.9,10), nossa fé deve crescer (Rm 4.20; 2Ts 1.3; 1Pe 1.3-9). A confiança e a obediência transformam-se em fidelidade e devoção (Rm 14.8; 2Co 5.15); nossa fidelidade e devoção transformam-se numa intensa dedicação pessoal e amorosa ao Senhor JESUS CRISTO (Fp 1.21; 3.8-10; ver Jo 15.4; Gl 2.20).
GRAÇA. No AT DEUS revelou-se como o DEUS da graça e misericórdia, demonstrando amor para com o seu povo, não porque este merecesse, mas por causa da fidelidade de DEUS à sua promessa feita a Abraão, Isaque e Jacó (ver Êx 6.9). Os escritores bíblicos dão prosseguimento ao tema da graça como sendo a presença e o amor de DEUS em CRISTO JESUS, transmitidos aos crentes pelo ESPÍRITO SANTO, e que lhes outorga misericórdia, perdão, querer e poder para
fazer a vontade de DEUS (Jo 3.16; 1Co 15.10; Fp 2.13; 1Tm 1.15,16). Toda atividade da vida cristã, desde o seu início até o fim, depende desta graça divina.
(1) DEUS concede uma medida da sua graça como dádiva aos incrédulos (1Co 1.4; 15.10), a fim de poderem crer no Senhor JESUS CRISTO (Ef 2.8,9; Tt 2.11; 3.4).
(2) DEUS concede graça ao crente para que seja “liberto do pecado” (Rm 6.20, 22), para que nele opere “tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade” (Fp 2.13; cf. Tt 2.11,12; ver Mt 7.21), para orar (Zc 12.10), para crescer em CRISTO (2Pe 3.18) e para testemunhar de CRISTO (At 4.33; 11.23).
(3) Devemos diligentemente desejar e buscar a graça de DEUS (Hb 4.16). Alguns dos meios pelos quais o crente recebe a graça de DEUS são: estudar as Escrituras Sagradas e obedecer aos seus preceitos (Jo 15.1-11; 20.31; 2Tm 3.15), ouvir a proclamação do evangelho (Lc 24.47; At 1.8; Rm 1.16; 1Co 1.17,18), orar (Hb 4.16; Jd v. 20), jejuar (cf. Mt 4.2; 6.16), adorar a CRISTO (Cl 3.16); estar continuamente cheio do ESPÍRITO SANTO (cf. Ef 5.18) e participar da Ceia do Senhor (cf. At 2.42; ver Ef 2.9).
(4) A graça de DEUS pode ser resistida (Hb 12.15), recebida em vão (2Co 6.1), apagada (1Ts 5.19), anulada (Gl 2.21) e abandonada pelo crente (Gl 5.4). PONTO DE CONTATO Professor, prepare para a introdução desta aula uma narração sobre a experiência de Lutero com o tema tratado nesta lição. Use o texto a seguir como referência: Martinho Lutero, enquanto professor de Teologia na Universidade de Wittemberg, lecionou a Carta aos Romanos de novembro de 1515 a setembro de 1516. À proporção que se aprofundava na epístola, apreciava cada vez mais a doutrina bíblica da justificação pela fé. Segundo Lutero, ele 'ansiava por compreender a Epístola de Paulo aos Romanos', mas o tema da 'justiça de DEUS' o incomodava. O reformador considerava a doutrina da justiça divina como a punição de DEUS sobre o injusto. Até que, depois de muito refletir sobre o assunto, entendeu tratar-se da 'justiça pela qual, mediante a graça e a misericórdia. DEUS nos justifica pela fé'. Desde então, afirmou Lutero, "senti-me renascer e atravessar os portais abertos do paraíso. Toda a Escritura ganhou novo significado e, ao passo que antes a justiça de DEUS me enchia de ódio, agora se tomava indizivelmente bela e me enchia de amor. Este texto veio a ser uma porta para o céu".. OBJETIVOS Após esta aula, seu aluno deverá estar apto a: Definir a justificação de acordo com a Bíblia Sagrada. Distinguir a justiça divina da humana. Descrever as características da justificação divina. SÍNTESE TEXTUAL O texto da Leitura Bíblica em Classe divide-se em duas seções: Exposição da doutrina da justificação. (vv.21-26) e, insuficiência humana para justificar-se (w.27-31). Segue abaixo dez sentenças extraídas do texto bíblico que sumarizam a doutrina da justificação: 1- A justiça manifestada no Antigo Testamento independe da lei (vv.21.31); 2- A justiça de DEUS se realiza mediante a fé em CRISTO, a favor de todos os que crêem (w.22, 29,30); 3. Todos pecaram, logo, todos necessitam da justificação em CRISTO (vv.23.24); 4- A justificação é gratuita por meio da graça e da redenção que há em CRISTO (v.24); 5- A base inamovível da justificação é a morte substituta e expiatória de CRISTO (v.25); 6- A morte vicária de CRISTO satisfez a justiça de DEUS (v.25); 7- DEUS é justo ao justificar quem vive da fé em JESUS (v.26); 8- A fé é o meio pelo qual o homem alcança a justificação em CRISTO (vv.26-28); 9. Ninguém tem qualquer mérito para ser justificado à parte da fé em CRISTO (v.27); 10- A fé não anula a lei, mas a estabelece (v.31) ORIENTAÇÃO DIDÁTICA Professor, como recurso didático para esta lição, use a tabela de "efeito global" a respeito das bênçãos decorrentes da justificação. Esse recurso é usado quando se deseja apresentar a relação de diversos fatores com um mesmo tema. Na lição, temos um tema geral, a justificação, e, vários assuntos vinculados ao mesmo. O gráfico abaixo apresenta essa correspondência em relação às bênçãos advindas da justificação. Este recurso deve ser preferencialmente usado no final do tópico "Características da justificação Divina". LEITURA BÍBLICA EM CLASSE ROMANOS 3.21-31 21 Mas agora se manifestou uma justiça que provém de DEUS, independente da Lei, da qual testemunham a Lei e os Profetas, 22 justiça de DEUS mediante a fé em JESUS CRISTO para todos os que crêem. Não há distinção, 23 pois todos pecaram e estão destituídos da glória de DEUS, 24 sendo justificados gratuitamente por sua graça, por meio da redenção que há em CRISTO JESUS. 25 DEUS o ofereceu como sacrifício para propiciação{9} mediante a fé, pelo seu sangue, demonstrando a sua justiça. Em sua tolerância, havia deixado impunes os pecados anteriormente cometidos; 26 mas, no presente, demonstrou a sua justiça, a fim de ser justo e justificador daquele que tem fé em JESUS. 27 Onde está, então, o motivo de vanglória? É excluído. Baseado em que princípio? No da obediência à Lei? Não, mas no princípio da fé. 28 Pois sustentamos que o homem é justificado pela fé, independente da obediência à Lei. 29 DEUS é DEUS apenas dos judeus? Ele não é também o DEUS dos gentios? Sim, dos gentios também, 30 visto que existe um só DEUS, que pela fé justificará os circuncisos e os incircuncisos. 31 Anulamos então a Lei pela fé? De maneira nenhuma! Ao contrário, confirmamos a Lei. Comentários de Editora Vida Nova e Mundo Cristão - Livro Romanos, Introdução e Comentários Autor F.F.Bruce - Série Cultura Bíblica http://www.vidanova.com.br/e-commerce/productdetails.asp?ProductID=1587&Process%20Type= O Meio de Alcançar a Justiça: Satisfeita a Necessidade Universal (3:21-5:21). a. A provisão de DEUS(3:21-31). Mas agora abriu-se um novo caminho para a aceitação da parte de DEUS, completamente diverso do caminho da obediência legal. Contudo, não se trata de um caminho moderno, idealizado por nós. Os escritos do Velho Testamento dão amplo e progressivo testemunho dele na Lei e nos Profetas. Ê o caminho da fé em JESUS CRISTO, e está aberto para todo o que crê nele, tanto para o judeu como para o gentio. Já vimos que não existe diferença entre estas duas divisões da espécie humana, visto que tanto os judeus como os gentios pecaram e carecem da glória de DEUS - o verdadeiro fim para o qual DEUS os criou. Mas por este novo meio os judeus e os gentios podem ser postos em correta relação com DEUS, podem ter a certeza de ser aceitos por Ele e de receber Seu perdão gratuito. Recebemos gratuitamente, por Sua graça; recebem-no por causa da obra redentora realizada por CRISTO. Ê CRISTO que DEUS expôs diante de nossos olhos como Aquele cuja morte sacrificial fez expiação de nossa culpa e retirou a iminente retribuição merecida por nossa rebelião contra DEUS. O que CRISTO obteve para nós, podemos tomar efetivamente nosso pela fé. Este é, pois, o modo pelo qual DEUS demonstrou a Sua justiça vindicou Seu caráter e dá um estado de justos a homens pecadores. Por isso DEUS, em Sua paciente maneira de tratar os homens, pôde deixar de lavar os pecados que eles cometeram antes da vinda de CRISTO, em vez de exigir a punição total. Estava mostrando misericórdia para com eles com o propósito de demonstrar Sua justiça na presente época. E esta demonstração nos mostra como Ele continua sendo perfeitamente justo enquanto perdoa os que crêem em JESUS e os coloca na posição certa ante o tribunal divino. Sendo assim, quem tem direito de gabar-se? Vai-se toda a base da jactância pela justiça pessoal - não pela lei das obras, mas pelo princípio da fé. Dado que judeus e gentios são igualmente justificados pela graça de DEUS, sem qualquer mérito pessoal deles, ninguém pode dizer: "Fiz isto por meu próprio esforço." A conclusão do argumento de Paulo é que o homem é posto na posição certa à vista de DEUS pela fé, inteiramente à 'parte das obras prescritas pela lei. Se a aceitação da parte de DEUS só pudesse ser alcançada pela guarda da lei judaica, DEUS seria num sentido especial o DEUS dos judeus. Mas Ele é DEUS dos gentios como o é dos judeus, pois no Evangelho um e o mesmo caminho da justiça está aberto para ambos. DEUS aceita judeus em virtude da sua fé, e aceita gentios fundado exatamente na mesma base. Para Paulo, a divisão entre judeus e gentios constituía a divisão básica da raça humana. Ele próprio era judeu de nascimento e de criação, e tinha sido instruído no sentido de considerar os não-judeus como pecadores ignorantes, carentes do, conhecimento da lei de DEUS, indispensável para conseguir aceitação à Sua vista. E de fato, a divisão que separava judeus e gentios era uma das mais insanáveis do mundo antigo. Há outras brechas que talvez nos pareçam muito maiores hoje em dia distanciamentos por questões de raça, de nacionalidade, de classe e de cor - cuja obstinada resistência nos apresenta problemas muito mais agudos do que a divisão de judeus e gentios. Mas o argumento de Paulo é tão válido à luz das divisões atuais como o era face às divisões dos seus dias. E seu argumento é: não há diferença entre ocidente e oriente, nem entre negro e branco, pois todos igualmente precisam da gratuita misericórdia de DEUS, e todos podem receber Sua misericórdia nos mesmos termos. o poeta romano Horácio, traçando algumas linha~. de orientação para os escritores de tragédias da sua época, critica aqueles que recorrem muito prontamente ao expediente de um deus ex machina para resolver os intrincados problemas desenrolados no transcurso do enredo. "Não introduza um deus no palco", diz ele, "a menos que o problema seja tal que mereça um deus para resolvê-lo" ,(nec deus intersit, nisi dignus vindice nodus inciderit}.l Lutero tomou estas palavras e as aplicou ao perdão de pecados: aqui, disse ele, há um problema que precisa de DEUS para ser resolvido (nodus Deo vindice dignus}.2 Certo, pois o homem pecador não o pode resolver, embora precise desesperadamente de uma solução; o problema é dele; é ele que tem de ser perdoado. E o que Paulo nos diz aqui é que o problema foi dignamente solucionado pela graça de DEUS, que apresentou CRISTO como a solução, o meio para a obtenção do perdão, o fiador que garante a nossa aceitação por parte de DEUS. Tudo o que se requer do pecador é que abrace pela fé aquilo que a graça de DEUS supriu. Pode-se perguntar, porém, se a lei de DEUS não é anulada pelo princípio da fé. Longe disso, diz Paulo. Por este princípio da fé a lei é mantida de pé, o pecado é condenado, a justiça é vindicada, e se cumprem as Escrituras do Velho Testamento. Isto ele começa a demonstrar agora. 21. A justiça de DEUS. O meio estabelecido por DEUS para obter-se a justiça ou justificação. Ver a citação de Lutero, p. 51. 22. Mediante a fé em JESUS CRISTO. (AA, RV, RSV, melhor do que AV, que diz: "Pela fé que é de JESUS CRISTO." O genitivo "de JESUS CRISTO" é objetivo.) Para todos [e sobre todos] os que crêem. O texto mais bem credenciado omite a expressão que AA traz entre colchetes "e sobre todos". (Ver RV, RSV e NEB.) Não há diferença. Assim como aqui não há distinção entre judeus e gentios (ou entre quaisquer outras categorias em que se divide a humanidade) com relação ao pecado, assim em 10:12 "não há distinção.. entre eles com relação à misericórdia de DEUS. 23. Todos pecaram. As duas palavras (pailtes hemarton) são idênticas às do fim de 5:12 mas, ao passo que lá o contexto sugere que a referência é à participação de todos na "desobediência do primeiro homem", aqui temos antes uma afirmação do fato de que todos os homens, como indivíduos, pecaram. Carecem da glória de DEUS. A interpretação tradicional de Isaías 43:7, "os criei para minha glória" (que se diz, no contexto, de "todos os que são chamados pelo meu nome"), aplica-o à humanidade em geral. Mediante o pecado o homem perde o ideal que DEUS tinha em mira quando o trouxe à existência. Ver 5:2. 24. Sendo justificados gratuitamente por sua graça. A esperança de Paulo, antes de se tornar cristão, era que por força de perseverar na observância da lei de DEUS, ele poderia finalmente ser declarado justo por DEUS quando se apresentasse diante do trono do juízo divino. Mas neste modo de obter-se a justiça à parte da lei, o processo é ao revés: DEUS declara justo o homem no início do seu percurso, não no fim. Se o declara justo no início do seu percurso, não pode ser com base nas obras ainda não praticadas por ele. Esta justificação é, ao contrário, "um ato da livre graça de DEUS, no qual Ele perdoa todos os nossos pecados, e nos aceita como justos diante de Si" (Breve Catecismo de Westminster, perg. 33). E quando se chega à questão de sermos aceitos por DEUS, quanto mais satisfatório é saber-nos "justificados gratuitamente por sua graça" do que esperarmos ser justificados pelas "obras da lei". Neste caso, nunca posso sentir-me realmente satisfeito como "tendo colado grau", de que meu comportamento foi suficientemente meritório para obter a aprovação divina. Ainda que eu faça o meu melhor (e o problema é que nem sempre ajo assim), como posso ter certeza de que a minha melhor realização se enquadra nas exigências de DEUS? Pode ser que eu tenha esperança, mas certeza, nunca. Mas se DEUS, por pura graça, me assegura que me aceita de antemão, e eu abraço alegremente esta segurança, então posso prosseguir para fazer a Sua vontade sem estar sempre me preocupando se a estou fazendo adequadamente ou não. De fato, até o final do capítulo serei um "servo inútil" , mas sei em quem tenho crido: "Ele me toma como Seu filho; não posso mais ter medo." Em Isaías 40-55, a libertação dos israelitas do cativeiro da Babilônia ~ a "justificação" deles - e a de DEUS. "Tão-somente no Senhor há justiça e força" (Isaías 45:24, RV, AA), e Sua justiça e Sua força são demonstradas na libertação de Seu povo: "Mas no Senhor será justificada toda a descendência de Israel, e nele se gloriará" (Isaías 45:25); "esta é a herança dos servos do Senhor, e a sua justiça, 'que é minha, diz o Senhor" ~saías 54:17, AV). Por que a libertação deles é a sua justificação? Não ;1lham merecido o castigo do cativeiro? Sim. Jerusalém tinha recebido em dobro da mão do Senhor, por todos os seus pecados" (Isaías 40:2). \1as a livre graça de DEUS restaurou-os, e sua restauração era tanto a vitoriosa vindicação do nome de DEUS entre as nações (Isaías 42: 13,48:9.1) como a salvação do Seu povo. Mediante a redenção que há em CRISTO JESUS. A redenção (apolu-.Yisis3) é o ato de comprar um escravo -cativo a fim de libertá-lo. Aqui também o misericordioso tratamento dado por DEUS a Israel provê um astro vetero-testamentário para a linguagem de Paulo, quer pensemos na redenção de Israel da escravidão egípcia (Êx 15:13; SI 77: 14, 78:35), quer pensemos em sua posterior libertação do cativeiro babilônico (Is 41:14, - ~'l). A graça de DEUS que "justifica" os que crêem, manifestou-se piamente na obra redentora de CRISTO. "Quando eu estava andando para cima e para baixo na casa, aquela palavra de DEUS tomou posse do meu coração: Vós sois "justificados gratuitamente por sua graça, mediante a redenção que há em CRISTO JESUS" (Rm 3:24). Mas oh! que reviravolta fez em mim! Agora estava como alguém desperto de um pesadelo e, ao ouvir esta sentença celestial, foi como se ouvisse esta exposição dela: Pecador, pensas que por causa dos teus pecados e fraquezas eu não posso salvar a tua alma, porém eis que o meu Filho está junto a mim e é para ele que olho, não para ti, e tratarei contigo segundo a satisfação que ele me dá" (João Bunyan, Grace Abounding, §§ 257-258). 25. A quem DEUS propôs, no seu sangue, como propiciação. Observe-se a pontuação mais precisa em RV comparada com A V: "a quem DEUS propôs como propiciação, mediante a fé, por seu sangue". As duas frases, "mediante a fé" e "no seu sangue" são independentemente epexegéticas quanto a "propiciação". A palavra chave é "propiciação", tradução de hilasterion em AV, RV e AA. Esta palavra pode ser tomada o~ como o acusativo masculino .singular do adjetivo hilasterios ("propiciatório"), combinado com "a quem" (hon); ou, mais provavelmente, como o substantivo neutro hilasterion, empregado na LXX para indicar "lugar de propiciação", "lugar onde os pecados são apagados". O uso mais comum que a LXX faz da palavra é como equivalente do heb. kapporeth, a lâmina de ouro ou "assento da misericórdia" que cobria a arca no santo dos santos (ocorre deste modo mais de 20 vezes no Pentateuco). Em Ezequiel 43:14ss. é usada (5 vezes) para traduzir o heb. 'azarah, a "borda" (assim RSV; AV e RV dizem "assento") ao redor das ofertas queimadas do templo de Ezequiel. O substantivo hilasferion relaciona-se com o verbo hilaskomai, que no grego pagão significa "aplacar" ou "tornar gracioso", mas que na LXX toma o sentido do heb. kipper ("fazer expiação") e termos cognatos, entre os quais se inclui kapporeth, "assento da misericórdia", "lugar onde os pecados são expiados ou apagados". Tem-se feito objeção ao uso do verbo "propiciar" e do substantivo "propiciação", na tradução destas palavras gregas para o Novo Testamento em inglês (e em português) com base no fato de que estas palavras no inglês (e no português) dão a idéia de "aplacar" ou "apaziguar".5 Podemos comparar a fuga ao uso destes termos nesta passagem, em RSV ("a quem DEUS propôs como expiação por seu sangue, a ser recebido pela fé") com NEB ("DEUS designou-o para ser o meio de expiar o pecado por sua morte sacrificial, que se efetiva pela fé"). Mas, se hilaskomai, hilasterion e seus cognatos adquiriram novo significado do seu contexto bíblico, podemos esperar que, pelo seu uso prolongado as palavras "propiciar" e "propiciação" - no inglês e no português - adquiriram significado bíblico do mesmo modo. Em todo caso, a insistência de Paulo em que é DEUS, e não o homem pecador, que providenciou este hilasterion impede que seja mal compreendido. De modo semelhante, o Velho Testamento atribui a iniciativa à graça de DEUS, nesta questão: "Porque a vida da carne está no sangue. Eu vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação (heb. kipper; LXX exilaskomal) pelas vossas almas; porquanto é o sangue que fará expiação em virtude da vida" (Lv 17:11, RV e AA). Casualmente, é uma passagem do Velho Testamento como esta que explica o uso que Paulo faz da expressão "seu sangue" no presente versículo e justifica a interpretação da mesma como "sua morte sacrificial" . Portanto, a morte de CRISTO é o meio pelo qual DEUS elimina o pecado do Seu povo - não simbolicamente, como no ritual de Levitico 16, em que figurava o assento da misericórdia material, mas realmente. E realmente em duplo sentido: o pecado foi removido não só da consciência do cristão - na qual pesava como carga insuportável - mas também foi removido da presença de DEUS. Pode-se comparar isto com o modo pelo qual o escritor de Hebreus associa o sacrifício de CRISTO ao cumprimento da profecia da nova aliança: "dos seus pecados e de suas iniqüidades não me lembrarei mais" (Hb 8:12, citando Ir 31:34). Uma vez que façamos justiça à iniciativa da graça divina na eficácia do oferecimento voluntário que CRISTO fez de Si mesmo, não há razão pela qual devamos excluir do sentido de hilasterion o afastamento da ira divina no sentido de hilasterion em 3:25. Paulo já dissera em 1:18 que "a ira de DEUS (NEB, "retribuição divina") se revela do céu contra toda impiedade e perversão (AV "e injustiça") dos homens". Então, como haverá de retirar-se esta "ira"? O hilasterion que DEUS providenciou em CRISTO não só retira a impiedade e injustiça dos homens .como também, ao mesmo tempo, afasta a ira ou retribuição que é o resultado inevitável dessas atitudes e ações num universo moral. De modo geral, aqui parece melhor tomar hilasterion como substantivo, aludindo ao assento da misericórdia como o lugar onde se fazia expiação nos dias do Velho Testamento, antes do cativeiro babilônico. Paulo "nos informa que em CRISTO foi exposto como realidade aquilo que foi dado figuradamente aos judeus" (Calvino).6 O contraste entre o velho hilasterion e o novo é indicado pelas palavras "a quem DEUS propôs" . O velho hilasterion ficava oculto atrás da cortina que separava o santo dos santos do santuário externo, e ninguém o via, exceto o sumo sacerdote, no dia da expiação anual. Mas em CRISTO "o assento da misericórdia não fica mais guardado na reclusão sagrada do lugar santíssimo: foi trazido para o meio da desordem e confusão do mundo, e foi instalado diante do olhar das multidões hostis, desdenhosas ou indiferentes" (T. W. Manson). A frase mediante a fé mostra como apropriar-nos dos benefícios salvadores do assento da misericórdia do Evangelho. A frase no seu sangue não depende da fé, como A V dá a entender. Refere-se à morte sacrificial de CRISTO como o meio pelo qual foi feita a única e eficaz expiação pelo pecado (ver 5:8s.: CRISTO morreu "por nós, sendo nós ainda pecadores. (...) sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira"). Assim, Paulo serviu-se da linguagem do tribunal de justiça ("justificados"), do mercado de escravos ("redenção") e do templo ("assento da misericórdia") para fazer justiça à plenitude do ato da graça de DEUS em CRISTO. Perdão, libertação, expiação - são postos ao alcance do homem pela livre iniciativa de DEUS, e podem ser assimilados mediante a fé. E a fé, neste sentido, não é uma espécie de obra especialmente meritória à vista de DEUS. É aquela singela e sincera atitude para com DEUS que O acredita por Sua palavra e aceita Sua graça de bom grado e com gratidão. Para manifestar a sua justiça, por ter DEUS, na sua tolerância, deixado impunes (paresis, "tendo passado por alto") os pecados anteriormente cometidos. Isto é, "para demonstrar que DEUS não foi injusto quando não levou em conta os pecados cometidos nos dias anteriores, no período da Sua tolerância". A redenção realizada por CRISTO tem eficácia retrospectiva, bem como prospectiva. Ele é o "assento da misericórdia" para a humanidade toda - "a propiciação pelos nossos pecados", como um escritor posterior do Novo Testamento o coloca (usando uma palavra do mesmo tronco de hilasterion), "e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro" (1 Jo 2:2, RV, AA). Pode-se comparar a descrição das eras anteriores a CRISTO como o período da tolerância de DEUS, com a proclamação que Paulo fez aos atenienses: "não levou DEUS em conta os tempos da ignorância; agora, porém..." (At 17:30, RV, AA). Conquanto o problema de natureza moral aqui tratado talvez não seja tão óbvio para a mente moderna como era para a de Paulo, contudo, não levar em conta o mal praticado é um ato de tanta injustiça da parte de um juiz como o ato de condenar o inocente - e "o Juiz de toda a terra não fará o que é reto?" 26. Para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em JESUS. Na oferta que CRISTO fez de Si mesmo, a justiça de DEUS é vindicada e o pecador que crê é justificado. Pois CRISTO ocupa uma posição singular como representante de DEUS junto ao homem e representante do homem junto a DEUS. Na qualidade de Homem representativo, Ele absorve o juízo a que ficou sujeito o pecado humano; como representante de DEUS, Ele comunica aos homens a graça perdoadora de DEUS. A frase "justo e o justificador" lembra Isaías 45:21 ("DEUS justo e Salvador") e Zacarias 9:9 ("justo e Salvador", ou, apud AV, "justo, e tendo salvação).v.7 28. Independentemente das obras da lei. Quer dizer, "sem as ações da lei" (AV) ou "à parte das obras da lei" . Paulo não pretende dizer que não há necessidade de praticar as obras da lei. O que diz é que, mesmo quando o homem as pratica razoavelmente bem, não é por isso justificado à vista de DEUS. Ele está retirando o chão de sob os pés daqueles que dizem: "Sempre faço o melhor que posso ... trato de levar vida decente ... dou mil gramas se me pedem um quilo, e que mais DEUS pode esperar de mim?" Lutero sublinha a expressão "pela fé, independentemente das obras da lei" acrescentando o advérbio "somente": "o homem é justificado somente pela fé, independentemente das obras da lei."8 Por este "acréscimo" ao texto alguns o criticaram severamente. Ele deu pouca importância a tais críticos, os quais descreveu como "fazendo tremendo rebuliço porque a palavra sola, 'somente', não consta no texto de Paulo, e este acréscimo (...) à Palavra de DEUS não deve ser tolerado". Mas com o sentido que Lutero quis dar à palavra "somente", ela sintetiza com precisão o que Paulo quis dizer: é somente pela fé, e não por obras da lei, nem por quaisquer outros meios imaginários de justificação, que o homem recebe o estado de justo que DEUS outorga por Sua graça. 9 Quando se capta isto, pode-se ver que os homens não têm base para felicitar-se quando observam o meio de salvação; é sola gratia, sola fide, soli Deo gloria ("somente pela graça, somente pela fé, somente a DEUS seja a glória") . Não obstante, embora seja fato que os homens são, neste sentido, justificados somente pela fé, "a fé que justifica não está só". Ela é, como Paulo diz em Gálatas 5:6, "a fé que atua pelo amor" - e a maneira exata como ela atua vem exposta com pormenores práticos nos capítulos 12 a 15 desta epístola. Mas isto pertence a um estágio posterior da argumentação. Por ora, o importante é salientar que é pela fé, e não pelo que faz, que o homem recebe a graça justificadora de DEUS. 31. Confirmamos a lei. Se Paulo se tivesse expressado em hebraico, teria usado o verbo qiyyem. Este é o verbo usado na freqüente afirmação rabínica de que Abraão "cumpriu a lei". Paulo bem podia ter em mente essa afirmação, de modo que continua argumentando que Abraão de fato cumpriu ou "estabeleceu" (confirmou) a lei, mas, segundo o testemunho da Escritura, estabeleceu-a por meio do dom da justiça pela fé - dom que recebeu de DEUS. Resumo da revista, com comentários ali contidos: COMENTÁRIO INTRODUÇÃO Nesta lição, estaremos em contato com uma das mais sublimes doutrinas das Sagradas Escrituras - a justificação pela fé em CRISTO. Em atitude de profundo agradecimento a DEUS, curvemo-nos ante Aquele, cuja morte justificou-nos diante do trono divino. E, agora, justificados pela fé, temos paz com DEUS através de nosso Senhor JESUS CRISTO (Rm 5.1). I- A JUSTIFICAÇÃO 1. A justificação é um ato divino. A justificação é uma declaração de DEUS, segundo a qual todos os processos da lei divina são plenamente satisfeitos, por meio da justiça de CRISTO, em benefício do pecador que o recebe como salvador. Justificação significa mudança de posição espiritual diante de DEUS: de condenados para justificados. Esta é a única maneira do homem ter comunhão com DEUS, apresentando-se a Ele sem culpa. A obra redentora resultante do sacrifício expiatório, efetuado por CRISTO na cruz, propiciou a maior de todas as dádivas de DEUS - a salvação do indigno e miserável pecador. 2. A justificação testificada pela lei e pelos profetas (v. 21). A justificação do pecador, mediante o sacrifício vicário de CRISTO, pode ser percebida por meio de várias profecias no Antigo Testamento (Is 53.11; 45.22-25; 61.10; Jr 23.6; 33.16; SI 85.10; G13.7). Em Gênesis 3.21, por exemplo, encontramos uma nítida figura do propósito divino neste sentido. DEUS cobrirá graciosamente a nudez de nossos primeiros pais, Adão e Eva, após terem pecado. Outro exemplo digno de nota é o de Abraão que foi justificado por DEUS somente pela fé (Gn 15.6); fato transcendental que a Bíblia confirma em Romanos 4.3. A lei mosaica não tinha a intenção de alcançar a justiça pelo esforço humano, mas de revelar a justiça de DEUS (Rm 8.4; 10.4,10; At 10.39). Os sacrifícios da lei não visavam retirar os pecados, mas cobri-los temporariamente até que CRISTO viesse como o sacrifício perfeito e substitutivo (Êx 12.1-23; Jo 1.29). As ordenanças, rituais, sacrifícios e princípios de vida piedosa ensinados no Antigo Testamento, embora divinamente inspirados, não podiam quitar as "dívidas" da humanidade, e muito menos, transformar o perdido pecador num justo. II- A JUSTIÇA DE DEUS 1. A justiça de DEUS na dispensação da graça. A expressão "justiça de DEUS", na Epístola aos Romanos (1.17; 3.21,22) e em outras passagens, refere-se ao tipo de justiça que o Senhor aceita para que o homem tenha comunhão com Ele. Essa justiça resulta da nossa fé em CRISTO segundo o evangelho. Em outras palavras, a justiça é o próprio CRISTO (1 Co 1.30; 2 Co 5.21; Fp 3.9). Por ter sido um ardoroso representante do legalismo, Paulo não cessava de enaltecer a manifestação da justiça divina em sua vida (Fp 3.4-6). Não perdia a chance de enfatizar que é impossível ao homem justificar-se diante de DEUS através de suas próprias obras (Fp 3.9; Gn 2.16; Tt 3.5). 2. A justiça de DEUS pela fé. Na Epístola aos Romanos, capítulos 3 e 4, Paulo ensina que não há outro meio pelo qual o homem alcance a salvação senão pela fé em CRISTO. Por sua vez, o escritor aos Hebreus, no capítulo 11 de sua epístola, mostra que somente pela fé o crente será vitorioso em todos os sentidos. .Este mesmo princípio é encontrado em Romanos 4.5, onde a Bíblia declara que quem "não pratica (boas obras), porém crê n’Aquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça". III- CARACTERÍSTICAS DA JUSTIFICAÇÃO DIVINA 1. A justiça. divina alcança a todos. Assim como o pecado tomou-se universal, a Justlflcação destina-se a todos quantos queiram ser salvos (Tt 2.11). A expressão "para que todo aquele que nele crê não pereça" (Jo 3.16) abrange a todos, indistintamente. Todos os que se arrependem de seus pecados e crêem em JESUS como Salvador não perecerão, mas terão a vida eterna. E é tudo pela graça de DEUS, conforme está escrito: "Onde abundou o pecado; superabundou a graça" (Rm 5.20). Esta "multiforme graça" alcança de igual modo todas as pessoas de todas as raças, culturas, níveis sociais, idades e circunstâncias (Jo 6.37). Ninguém é bom o suficiente para se salvar, como também não é tão mau que não possa ser salvo por JESUS. 2. A justiça de DEUS é concedida gratuitamente mediante a graça. Desde que Adão e Eva pecaram contra o Senhor, a lei não tem feito outra coisa senão revelar a culpa universal do ser humano e a justiça do Todo-Poderoso. A graça que procede do amor do Pai reina por meio da justiça, como afirma Romanos 5.21. É mediante o sacrifício de CRISTO sobre a cruz, como perfeito substituto do culpado, que DEUS justifica o pecador, quando, arrependido, crê em seu Filho para a salvação (Gn 3.13; 1 Pe 2.24; Rm 10.10). Esta é a maior demonstração da justiça divina. O Altíssimo continua sendo justo mesmo justificando um . pecador (Rm 3.26). 3. É propiciada por CRISTO (v.25). "Ao qual DEUS propôs para do propiciação no seu sangue". Propor significa "apresentar perante todos", ou seja, o Pai constituiu o filho, feito homem perante o mundo, como Salvador da humanidade (Jo 1.14; Mt 1.20-23; Gl 4.4,5). "Propiciação" (v.25) é CRISTO morrendo em lugar dos perdidos a fim de salvá-los. É a remoção da ira divina por meio de uma oferta, de uma dádiva. O Tabernáculo com seus objetos, sacrifícios e sacerdócio prefigurou como sombra, entre outros elementos da salvação, a propiciação. Onde há sombra há realidade (Cl 2.16,17; Hb 10.1). Examine também: SI 32.2; Mt 20.28; Jo 1.29; Rm 4.7,8; 1 Co 15.3; 2 Co 5.19,2; 1Jo 2.2; 4.10. Propiciação é uma referência ao propiciatório. Este encontrava-se no Lugar Santíssimo do Tabernáculo onde o sumo sacerdote entrava apenas uma vez por ano, no Dia da Expiação, para sacrificar em favor do povo. Ali, ele aspergia o sangue expiador do sacrifício como símbolo da quitação ou remissão correspondente ao castigo de seus pecados e dos pecados do povo. JESUS é o verdadeiro Cordeiro de DEUS que tira o pecado do mundo (ls 53; Jo 1.29; Lc 23.46; GI 4.4,5). Foi DEUS que estabeleceu todas as coisas concernentes a JESUS, a fim de salvar-nos (At 2.23). Expiação tem a ver com o pecado; propiciação, com a atitude de DEUS para com o pecador arrependido; e redenção, com a pessoa do pecador. Tudo efetuado por DEUS em CRISTO (1 Tm 2.6; 1 Pe 1. 18,19; At 20.28). 4. É outorgada por DEUS. JESUS, como sua base (Rm 5.9). É obtida através da nossa fé em CRISTO (Rm 3.28); a fé sem as obras humanas é o meio estipulado por DEUS para nossa justificação (GI 2.16). A ressurreição de CRISTO é a garantia da perenidade de nossa justificação (Rm 4.25). Se alguém deseja ser justificado e sair da lista dos que estão sob a ira de DEUS, deve crer em CRISTO (Rm 1.16,17; 3.3,21,22). O único requisito estabelecido por DEUS para que o pecador seja justificado é que venha a CRISTO pela fé, aceitando-o como seu único salvador. IV- A MENSAGEM PROVENIENTE DA CRUZ DE CRISTO 1. Salvação sem vanglória e méritos humanos. Visto que a nossa salvação consiste somente na obra redentora de CRISTO consumada na cruz, o homem não tem motivo algum para se vangloriar porque "nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos", a não ser o nome de JESUS (At 4.12). 2. Salvação oferecida a todos. A preservação da vida de Raabe e sua família (Hb 11.31); a bênção sobre a vida de Rute (Rt 4.13-22); e a cura de Naamã (2 Rs 5.1-14), são apenas alguns exemplos de que DEUS é Senhor e abençoador de todos. Ele quer salvar a todos (Tt 2.11; Mt 11.28; Jo 6.37; Ef 4.6). O profeta Jonas testificou que DEUS é misericordioso para aceitar a qualquer um que se arrependa de seus pecados (Jn 4.2). O Evangelho de João 1.12 confirma este propósito de DEUS: salvar a todos (Jo 1.12). JESUS também o declarou (Jo 3.17; 5.24). Infelizmente, muitos são os que rejeitam o convite da graça de DEUS e acabam por desprezar a CRISTO, acarretando sobre si a ira divina. CONCLUSÃO O castigo divino pelo pecado não poderia ser protelado indefinidamente. A justiça divina concernente aos delitos do homem deveria ser satisfeita. Assim, CRISTO veio e satisfez em definitivo nossa dívida no Calvário, tornando-nos, a todos os que cremos n’Ele, justificados perante DEUS. Referências Bibliográficas (outras estão acima) Dicionário Bíblico Wycliffe. 4.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009. Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal. Bíblia de Estudo Almeida. Revista e Atualizada. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2006. Bíblia de Estudo Palavras-Chave Hebraico e Grego. Texto bíblico Almeida Revista e Corrigida. Bíblia de Estudo Pentecostal. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida, com referências e algumas variantes. Revista e Corrigida, Edição de 1995, Flórida- EUA: CPAD, 1999. BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD. CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal. VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm www.ebdweb.com.br - www.escoladominical.net - www.gospelbook.net - www.portalebd.org.br/ http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/alianca.htm Dicionário Vine antigo e novo testamentos - CPAD Manual Bíblico Entendendo a Bíblia, CPAD Dicionário de Referências Bíblicas, CPAD As Disciplinas da Vida Cristã; CPAD Hermenêutica Fácil e descomplicada, CPAD Revistas antigas - CPAD Romanos - Serie Cultura Biblica - ROMANOS - INTRODUÇÃO E COMENTÁRIO - F. F. Bruce. M.A., D.D. - SOCIEDADE RELIGIOSA EDIÇÕES VIDA NOVA, Caixa Postal 21486, São Paulo-SP 04602-970
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