Vladimir Putin anunciou esta terça-feira uma parceria “na luta contra o terrorismo” entre a Rússia e Israel. A aliança foi revelada no decorrer da terceira visita, em nove meses, de Benjamin Netanyahu a Moscou.
Acompanhado pela mulher e dois outros membros do governo israelense, o primeiro-ministro de Israel — curiosamente um forte aliado dos Estados Unidos — foi recebido nesta terça-feira, no Kremlin, pelo presidente da Rússia.
Nas boas vindas, Putin sublinhou a importância para a Rússia de boas relações com Israel. “Não apenas porque Israel é uma peça-chave no Médio Oriente, mas também pelas relações históricas entre os nossos países”, afirmou o presidente russo, destacando, sobretudo, o forte potencial para o reforço de relações bilaterais da significativa imigração russa estabelecida há muita no Estado judeu.
Benjamin Netanyahu, por seu lado, sublinhou os interesses comuns entre israelenses e russos, destacando áreas como “a tecnologia, a cooperação agrícola, o comércio e os conflitos regionais”. O conflito sírio, por exemplo, onde a Rússia tem estado envolvida diretamente no apoio ao regime de Bashar al-Assad, estava anunciado como um dos mais importantes na agenda deste encontro.
A presente visita do primeiro-ministro israelense ao líder do Kremlin teve por base os 25 anos do reatamento de relações diplomáticas com a Rússia e, tal como em Washington há alguns meses, incluiu em Moscou o ato de depositar uma coroa de flores no memorial ao soldado desconhecido, numa clara recordação da II Guerra Mundial, na qual o “exército vermelho” soviético teve papel decisivo na libertação dos judeus do campo de concentração nazista de Auschwitz.
Fonte: EuroNews
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