Rute: uma estrangeira nascida em Moabe.
É surpreendente o fato que esta bela narrativa tenha como título o nome de uma mulher estrangeira. Ester e Rute são os dois únicos livros da Bíblia cujos nomes são de mulheres. Esta perspectiva enfatiza o significado na revelação bíblica e nos propósitos de Deus.
O nome Rute significa "amizade". No Antigo Testamento, este vocábulo é encontrado apenas no livro de Rute, e no Novo Testamento ocorre apenas na genealogia de Jesus Cristo, apresentada em Mateus 1.5. Em ambos os casos refere-se à mulher moabita que se casou com um israelita que vivia em Moabe, ficou viúva e acompanhou a sogra, chamada Noemi, quando retornou para a cidade de Belém, Judá; e ali, posteriormente, casou-se com Boaz e teve um filho, sendo que sofria de esterilidade
O livro de Rute apresenta uma narrativa que exemplifica o trabalho como o modo de suprir as necessidades primárias, mas, acima de tudo, confiando no Deus de toda provisão. Mostra uma crise generalizada, de pobreza, doença, viuvez e morte. Nesse drama se destaca a tenacidade de Rute, que foi capaz de superar as dificuldades com atitudes de fé, inteligência, lealdade, persistência e esperança. O livro se torna especial dentro do período em que Israel não tinha rei e a liderança do povo estava a cargo de juízes, que orientavam o povo acerca da terra, da espiritualidade e da família israelita (Rute 1.1). A narrativa começa no território de Moabe, fora do limite geográfico de Israel.
É surpreendente o fato que esta bela narrativa tenha como título o nome de uma mulher estrangeira. Ester e Rute são os dois únicos livros da Bíblia cujos nomes são de mulheres. Esta perspectiva enfatiza o significado na revelação bíblica e nos propósitos de Deus.
O nome Rute significa "amizade". No Antigo Testamento, este vocábulo é encontrado apenas no livro de Rute, e no Novo Testamento ocorre apenas na genealogia de Jesus Cristo, apresentada em Mateus 1.5. Em ambos os casos refere-se à mulher moabita que se casou com um israelita que vivia em Moabe, ficou viúva e acompanhou a sogra, chamada Noemi, quando retornou para a cidade de Belém, Judá; e ali, posteriormente, casou-se com Boaz e teve um filho, sendo que sofria de esterilidade
O livro de Rute apresenta uma narrativa que exemplifica o trabalho como o modo de suprir as necessidades primárias, mas, acima de tudo, confiando no Deus de toda provisão. Mostra uma crise generalizada, de pobreza, doença, viuvez e morte. Nesse drama se destaca a tenacidade de Rute, que foi capaz de superar as dificuldades com atitudes de fé, inteligência, lealdade, persistência e esperança. O livro se torna especial dentro do período em que Israel não tinha rei e a liderança do povo estava a cargo de juízes, que orientavam o povo acerca da terra, da espiritualidade e da família israelita (Rute 1.1). A narrativa começa no território de Moabe, fora do limite geográfico de Israel.
As relações de inimizade entre Moabe e Israel.
Pouco antes dos fatos ocorridos na família de Noemi, sob a liderança do rei Eglon, os moabitas tinham invadido e subjugado uma grande parte do território de Israel por 18 anos (Juízes 3.12-14), até que Eúde, o canhoto, matou este monarca e libertou Israel (versículos 15-29). Após isso, Moabe submeteu-se a Israel por 80 anos (versículo 30).
É notável como Rute desempenhava um papel tão importante e positivo no registro bíblico. Afinal, as nações Moabe e Israel eram inimigas. Como consequência dos obstáculos que a primeira criou para a segunda em sua peregrinação do Sinai para a terra prometida (Números 22.25), Deus decretou que "nenhum amonita nem moabita entrará na assembleia do Senhor, nem ainda na décima geração; nunca poderão entrar na assembleia do Senhor (Deuteronômio 23.3).
Havia um desígnio especial para a vida de Rute, que ela mesma não conhecia e nem podia imaginar. O seu "deus", antes, era um "deus moabita; depois, ela conhece o Deus de Noemi e do seu marido, e se torna uma serva de Jeová, o Deus de Israel.
Pouco antes dos fatos ocorridos na família de Noemi, sob a liderança do rei Eglon, os moabitas tinham invadido e subjugado uma grande parte do território de Israel por 18 anos (Juízes 3.12-14), até que Eúde, o canhoto, matou este monarca e libertou Israel (versículos 15-29). Após isso, Moabe submeteu-se a Israel por 80 anos (versículo 30).
É notável como Rute desempenhava um papel tão importante e positivo no registro bíblico. Afinal, as nações Moabe e Israel eram inimigas. Como consequência dos obstáculos que a primeira criou para a segunda em sua peregrinação do Sinai para a terra prometida (Números 22.25), Deus decretou que "nenhum amonita nem moabita entrará na assembleia do Senhor, nem ainda na décima geração; nunca poderão entrar na assembleia do Senhor (Deuteronômio 23.3).
Havia um desígnio especial para a vida de Rute, que ela mesma não conhecia e nem podia imaginar. O seu "deus", antes, era um "deus moabita; depois, ela conhece o Deus de Noemi e do seu marido, e se torna uma serva de Jeová, o Deus de Israel.
O texto de Rute 1.1 diz literalmente: "houve uma fome na terra". Por volta de 1268 a 1251, aproximadamente, havia carestia e seca por toda parte na terra de Canaã, toda a Judeia estava desolada, escassa, havia falta de grãos, especialmente trigo e cevada.
Óbitos
A primeira menção do nome Rute encontra-se em seu casamento com Malom (1.4; 4.10). O falecimento de Malom e Quiliom, seu cunhado, trágica e inesperadamente poucos anos depois da morte de Elimeleque, o seu sogro, foi uma circunstância crucial (1.3, 5). Rute, sua cunhada Orfa e sua sogra Noemi ficaram sozinhas na mais completa miséria (versículos 6 e 7).
Quase tão grave quanto a viuvez era a esterilidade de Rute (4.11-13). A incapacidade para gerar filhos era considerada uma maldição em muitas culturas antigas, e diminuía drasticamente a possibilidade de um segundo casamento.
Óbitos
A primeira menção do nome Rute encontra-se em seu casamento com Malom (1.4; 4.10). O falecimento de Malom e Quiliom, seu cunhado, trágica e inesperadamente poucos anos depois da morte de Elimeleque, o seu sogro, foi uma circunstância crucial (1.3, 5). Rute, sua cunhada Orfa e sua sogra Noemi ficaram sozinhas na mais completa miséria (versículos 6 e 7).
Quase tão grave quanto a viuvez era a esterilidade de Rute (4.11-13). A incapacidade para gerar filhos era considerada uma maldição em muitas culturas antigas, e diminuía drasticamente a possibilidade de um segundo casamento.
A crise existencial de Noemi e o apoio de Rute.
Segundo os especialistas, crise existencial é um momento no qual um indivíduo questiona os próprios fundamentos de sua vida; se esta vida possui algum sentido ou valor. Uma segunda definição, diz que crise existencial é um estado emocional em que o ser humano vê a própria vida sem sentido e sem significado.
Foi esta a experiência vivida por Noemi, que, tendo perdido o marido e seus dois filhos, em sua viuvez não via outra coisa senão a mão pesada de Deus contra ela. Rute foi mais forte, porém viveu um momento de amargura e dúvida a rondar sua cabeça sem ver alguma luz no fim do túnel. Noemi chegou a um ponto de sua vida pessoal em que não enxergava nenhuma saída racional para solucionar seu dilema, aos seus olhos, o futuro era um "beco sem saída" para sua vida emocional, física e até mesmo espiritual. Contudo, Rute foi capaz de não se deixar dominar por sentimentos negativos e ainda amenizou a baixa-estima de sua sogra, permanecendo ao seu lado e lhe dando toda a atenção e carinho.
A volta de Noemi à terra natal
Noemi estava envelhecida, não entendia a razão do seu sofrimento até então, acreditava que Deus a estava castigando com todas as suas agruras vividas, por isso, resolveu liberar suas noras Orfa e Rute para que voltassem às suas famílias de origem em Moabe (Rute 1.8). Orfa aceitou a liberação, mas Rute resolveu ficar com sua sogra (1.14-17).
Deus permitiu que a estrangeira convertida ao Deus de Israel se tornasse o canal da bênção de recuperação para Noemi. Rute deu uma demonstração de afeto profundo para Noemi que a fez entender que ainda havia esperança.
O trabalho
Noemi e Raquel haviam chegado no "princípio da sega das cevadas (Rute 1.22), quando a colheita de cevada estava começando. Em Moabe a situação era precária; mas agora, em Belém, havia esperança de "não faltar nada" para as duas. Rute usou sua perspicácia para suprir a necessidade da casa sem precisar agir desonestamente, Ela agiu com ética e respeito, e fez Noemi entender que Deus cuidaria de ambas e não faltaria nada para elas. Sua atitude de ânimo contribuiu para que Noemi reerguesse a cabeça e melhorasse sua autoestima.
Boaz (Rute 2.4)
Boaz era um homem diferente, bom e temente a Deus. Procurava ser justo com seus empregados e para com todas as pessoas em torno de si. Procurava ajudar a todos.
Na tipologia bíblica, Boaz é apresentado como um tipo de Cristo na sua relação com a Igreja, um tipo de Rute. Ela era estrangeira, pobre e carente até encontrar Boaz, que se tornou seu remidor, assim como Cristo é o nosso Redentor que, sendo rico, se fez pobre para nos fazer ricos e herdeiros das suas riquezas (2 Coríntios 8.9).
A Lei do Resgatador e a Lei do Levirato (Levítico 25.23-34; Deuteronômio 25.5-10).
A Lei do Resgatador e a Lei do Levirato (Levítico 25.23-34; Deuteronômio 25.5-10).
Segundo a Escritura relata, o objetivo dessas leis era preservar o nome e proteger a propriedade familiar. Para não haver exploração das terras, especialmente pelos ricos, que poderiam se aproveitar dos pobres e das viúvas. Eram leis que garantiam o nome da família do homem que morreu depois da sua morte. Por isso, a propriedade não seria vendida para pessoas que não fizessem parte da família.
Rute desejava ser remida por Boaz e Boaz se dispõe a remir a moabita.
Quando Noemi ouviu os fatos sobre o interesse de Boaz por Rute e que a tratou com muita bondade, apelou para a tradição sobre o costume do "parente remidor". Instruiu Rute para que se preparasse com vestes e perfumes e, discretamente, sem que Boaz soubesse, fosse deitar-se aos pés dele sem que percebesse a sua presença.
Cerca de meia-noite, Boaz estremeceu em sua cama quando viu que Rute estava deitada aos seus pés (3.8, 9). O fato não constitui nenhum ato delituoso e nem sensual, porque ela estava protegida pelas leis que regiam o costume do papel do remidor para com a aquela mulher que estava viúva, e o seu marido era parente de Boaz. Pedir que ele estendesse uma aba de sua coberta sobre ela significava que ele a estaria protegendo.
No capítulo 4 do livro, Boaz se casa com Rute, tornando-se o seu remidor e ainda mantendo sobre proteção Noemi. Legitimamente, Boaz e Rute se casaram sob as bênçãos de toda a comunidade de Belém.
No devido tempo, Deus deu a Boaz e Rute um filho, a quem deram o nome Obede. A genealogia no final do livro de Rute apresenta seu filho como o avô do rei Davi.
No capítulo 4 do livro, Boaz se casa com Rute, tornando-se o seu remidor e ainda mantendo sobre proteção Noemi. Legitimamente, Boaz e Rute se casaram sob as bênçãos de toda a comunidade de Belém.
No devido tempo, Deus deu a Boaz e Rute um filho, a quem deram o nome Obede. A genealogia no final do livro de Rute apresenta seu filho como o avô do rei Davi.
Conclusão
A Bíblia diz que "o justo viverá da fé" (Habacuque 2.4; Romanos 1.17), para que aprendamos a confiar em Deus em todas as circunstâncias.
A inclusão da história de Rute, a estrangeira, nas páginas das Escrituras dificilmente terá outra explicação senão a da providência de Deus, que evidencia sua graça e habilidade de operar na vida de qualquer pessoa, não importa a sua origem.
Rute, mulher gentia, obteve fé suficiente para servir de exemplo aos que aspiram a um emprego nesses tempos difíceis. Apesar das perdas enormes, o marido, o sogro e o cunhado, e de ajudar Noemi que sofria com seu coração amargurado, ela soube superar essas adversidades sem perder a esperança de sua felicidade poderia ser construída sobre valores maiores do que a riqueza material. Ela não se deixou seduzir pelo fascínio de ser uma mulher bonita, mas firmou sua mente na busca de um trabalho honesto que lhe desse tranquilidade. Deus honrou seu comportamento, do trabalho sustentou a si mesma e a casa de sua sogra Noemi.
A inclusão da história de Rute, a estrangeira, nas páginas das Escrituras dificilmente terá outra explicação senão a da providência de Deus, que evidencia sua graça e habilidade de operar na vida de qualquer pessoa, não importa a sua origem.
Rute, mulher gentia, obteve fé suficiente para servir de exemplo aos que aspiram a um emprego nesses tempos difíceis. Apesar das perdas enormes, o marido, o sogro e o cunhado, e de ajudar Noemi que sofria com seu coração amargurado, ela soube superar essas adversidades sem perder a esperança de sua felicidade poderia ser construída sobre valores maiores do que a riqueza material. Ela não se deixou seduzir pelo fascínio de ser uma mulher bonita, mas firmou sua mente na busca de um trabalho honesto que lhe desse tranquilidade. Deus honrou seu comportamento, do trabalho sustentou a si mesma e a casa de sua sogra Noemi.
Nossa visão da vida quando nos deparamos com crises se torna embaçada e limitada. Mas podemos superar essas crises com uma atitude de fé no Deus de toda provisão, podemos aprender com o exemplo de Rute e com o apóstolo Paulo que escreveu "todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito" e declarar como ele declarou: "que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?" (Romanos 8. 28,31 - ARA).
O Deus de Toda Provisão - Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises; Elienai Cabral; páginas 90, 91, 93, 94, 96-102; 1ª edição 2016; Rio de Janeiro (CPAD).
O Deus de Toda Provisão - Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises; Elienai Cabral; páginas 90, 91, 93, 94, 96-102; 1ª edição 2016; Rio de Janeiro (CPAD).
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