PORTAL ESCOLA DOMINICAL
QUARTO TRIMESTRE DE 2016
JOVENS - EM ESPÍRITO E EM VERDADE - A essência da adoração cristã
COMENTARISTA: THIAGO BRAZIL
COMENTÁRIO: PROF. FRANCISCO DE ASSIS BARBOSA
ASSEMBLEIA DE DEUS EM CAMPINA GRANDE/PB
QUARTO TRIMESTRE DE 2016
JOVENS - EM ESPÍRITO E EM VERDADE - A essência da adoração cristã
COMENTARISTA: THIAGO BRAZIL
COMENTÁRIO: PROF. FRANCISCO DE ASSIS BARBOSA
ASSEMBLEIA DE DEUS EM CAMPINA GRANDE/PB
LIÇÃO 11 - A FORMA DO CULTO
Nesta lição, estudaremos questões como: existe uma liturgia ideal? Liturgia, formalismo e fanatismo; culto à forma X culto a Deus. Estudaremos a respeito da natureza, necessidade e lógica da liturgia, compreendida como conjunto de procedimentos públicos que orientam o culto a Deus. [Comentário: O culto cristão é um dos mais agradáveis e significativos momentos da vida da igreja. A adoração comunitária é de vital importância para a igreja é a sua alma ou seu pulmão. A música e o louvor, as orações de gratidão e súplica, a leitura e a exposição da Palavra, as ofertas e apelos, a ministração do Batismo e a celebração de Ceia, enfim, tudo o que acontece na reunião pública da igreja é determinante para todos os seus demais atos. “A palavra liturgia (λειτουργία, "serviço público" ou "serviço do culto") compreende uma celebração religiosa pré-definida, de acordo com as tradições de uma religião em particular; pode incluir ou referir-se a um ritual formal e elaborado. A liturgia é considerada por várias denominações cristãs como um ofício ou serviço indispensável e obrigatório. Isto porque estas Igrejas cristãs prestam essencialmente o seu culto de adoração a Deus (a teolatria) através da liturgia”.Extraído de https://pt.wikipedia.org/wiki/Liturgia. Para elas, a liturgia tornou-se, em suma, no seu culto oficial e público. Culto traduz uma palavra grega (latreia) que aparece cinco vezes no Novo Testamento (Jo 16.2; Rm 9.4 e 12.1; Hb 9.1 e 6); pode ser o serviço de obediência a Deus em geral, ou pode se referir, como nas duas citações em Hebreus 9, aos atos específicos de louvor dirigidos a Deus. Assim, a palavra culto, em nosso uso hoje, corretamente descreve o serviço dado ao Senhor quando cristãos o adoram. Mas, a mesma palavra pode abranger qualquer ato de obediência que honra o nome de Deus. João 2.17 assevera: “E os seus discípulos lembraram-se do que está escrito: O zelo da tua casa me devorará”. Ter o zelo equilibrado para tratar das coisas do Senhor sabendo que a tradição não poderá anular a palavra de Deus. A grande verdade é que o culto cristão celebra o glorioso nome do Senhor Jesus, anuncia o evangelho e preserva nos adoradores a unidade do Espírito pelo vínculo da paz; dá-se ainda, que o próprio Jesus se faz presente no meio da reunião! Somente isto já requer a indispensável liturgia.] Dito isto, vamos pensar maduramente a fé cristã?
JOVENS - Lição 11: A Forma do Culto
J O V E N S
- LIÇÃO 11 –
11 de Dezembro de 2016
A Forma do Culto
TEXTO DO DIA SÍNTESE
"Rogo-vos, pois, irmãos, pela
compaixão de Deus. que apresenteis o
vosso corpo em sacrifício vivo, santo e
agradável a Deus, que é o vosso culto
racional (Rm 12 1).
Deus criou todas as coisas
ordenadamente. Nada veio do caos,
tudo que existe tem uma razão de ser;
assim também no culto ao Senhor
necessitamos de princípios básicos de
organização.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - 1 Co 11.34
A necessidade de ordem no culto
Terça - 1 Tm 2.8
A oração e o culto a Deus
Quarta - Ef 5.19
O louvor como parte de nosso culto
Quinta - Cl 3.16
A pregação da palavra como um
momento do culto
Sexta - 2 Co 9.13
A administração de ofertas no culto
Sábado - Cl 2.18
Cuidado com os falsos cultos
OBJETIVOS
• DEFINIR e problematizar o conceito de liturgia.
• ANALISAR o problema envolvendo a liturgia entre os coríntios.
• APRESENTAR os desafios envolvendo a liturgia na Igreja atual.
INTERAÇÃO
Caro (a) educador (a) o tema da lição de hoje requer muita atenção devido
algumas características especificas:
1) Cuidado para não transformar sua aula numa discussão muito técnica,
desinteressante e longe da realidade de seus alunos:
2) Evite expor publicamente qualquer liderança de sua igreja local ressalte sempre aos
educandos que os fundamentos de nossa discussão são gerais e impessoais;
3) Incentive a participação de seus alunos de modo positivo, solicitando-os a sugestão
de ações que podem tomar a liturgia de sua igreja algo mais dinâmico e próximo à
realidade da comunidade. As sugestões organizadas podem, por exemplo, ser
implementadas inicialmente nos cultos ou atividades realizadas sobre a liderança dos
jovens Que ao final de sua aula, os corações de seus educandos estejam voltados a
desenvolver estratégias para abençoar efetivamente a igreja local superando todo tipo de
exageros ou desregramentos.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Você vai precisar de um aparelho de reprodução de vídeos; seleção de vídeos.
Apresente aos seus alunos fragmentos de vídeos nos quais ocorram procedimentos
louváveis ou reprováveis para que depois eles possam apontar quais os erros e acertos de
cada vídeo (diante da impossibilidade de apresentação dos vídeos, que em último caso
podem ser apresentados no próprio celular do educador, crie algumas situações através
das quais os alunos possam fazer a análise sugerida). Ao final da discussão, promova um
momento de reflexão a respeito da necessidade de organização do culto a Deus para que
se evite exageros ou distorções.
TEXTO BÍBLICO
1 Coríntios 14-26-33
26 Que fareis, pois, irmãos? Quando vos
ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem
doutrina tem revelação, tem língua, tem
interpretação. Faça-se tudo para edificação.
27 E, se alguém falar língua estranha, façase
isso por dois ou. quando muito, três, e
por sua vez, e haja intérprete.
28 Mas, se não houver intérprete, esteja
calado na igreja e fale consigo mesmo e
com Deus.
29 E falem dois ou três profetas, e os outros
julguem.
30 Mas, se a outro, que estiver assentado,
for revelada alguma coisa, cale-se o
primeiro.
31 Porque todos podereis profetizar, uns
depois dos outros, para que todos
aprendam e todos sejam consolados.
32 E os espíritos dos profetas estão
sujeitos aos profetas.
33 Porque Deus não é Deus de confusão,
senão de paz, como em todas as igrejas
dos santos.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos questões como: existe uma liturgia ideal? Liturgia,
formalismo e fanatismo; culto à forma X culto a Deus. Estudaremos a respeito da
natureza, necessidade e lógica da liturgia, compreendida como conjunto de
procedimentos públicos que orientam o culto a Deus. [
Comentário: O culto cristão é
um dos mais agradáveis e significativos momentos da vida da igreja. A
adoração comunitária é de vital importância para a igreja é a sua alma ou seu
pulmão. A música e o louvor, as orações de gratidão e súplica, a leitura e a
exposição da Palavra, as ofertas e apelos, a ministração do Batismo e a
celebração de Ceia, enfim, tudo o que acontece na reunião pública da igreja é
determinante para todos os seus demais atos. “A palavra liturgia (λειτουργία,
"serviço público" ou "serviço do culto") compreende uma celebração religiosa
pré-definida, de acordo com as tradições de uma religião em particular; pode
incluir ou referir-se a um ritual formal e elaborado. A liturgia é considerada por
várias denominações cristãs como um ofício ou serviço indispensável e
obrigatório. Isto porque estas Igrejas cristãs prestam essencialmente o seu
culto de adoração a Deus (a teolatria) através da liturgia”.Extraído
de https://pt.wikipedia.org/wiki/Liturgia. Para elas, a liturgia tornou-se, em suma, no seu culto
oficial e público. Culto traduz uma palavra grega (latreia) que aparece cinco
vezes no Novo Testamento (Jo 16.2; Rm 9.4 e 12.1; Hb 9.1 e 6); pode ser o
serviço de obediência a Deus em geral, ou pode se referir, como nas duas
citações em Hebreus 9, aos atos específicos de louvor dirigidos a Deus. Assim,
a palavra culto, em nosso uso hoje, corretamente descreve o serviço dado ao
Senhor quando cristãos o adoram. Mas, a mesma palavra pode abranger
qualquer ato de obediência que honra o nome de Deus. João 2.17 assevera: “E
os seus discípulos lembraram-se do que está escrito: O zelo da tua casa me
devorará”. Ter o zelo equilibrado para tratar das coisas do Senhor sabendo que
a tradição não poderá anular a palavra de Deus. A grande verdade é que o
culto cristão celebra o glorioso nome do Senhor Jesus, anuncia o evangelho e
preserva nos adoradores a unidade do Espírito pelo vínculo da paz; dá-se
ainda, que o próprio Jesus se faz presente no meio da reunião! Somente isto já
requer a indispensável liturgia.] Dito isto, vamos pensar maduramente a fé cristã?
I - LITURGIA
1. O que é liturgia? O termo “liturgia" é derivado de um vocábulo do mundo
político da Grécia Antiga, que foi incorporado ao contexto religioso. Definia-se
como liturgia o trabalho que um cidadão exercia em beneficio da coletividade. Tal
atribuição não era percebida como um encargo, mas com uma honra. Ações como
serviço militar, responsabilidade em cargos políticos, construção de bens públicos,
todos eram concebidos como liturgia. Quando introduzida no campo religioso a
palavra passou a designar a organização dos elementos cúlticos com a finalidade
de prestar adoração e louvor a Deus de forma coletiva e saudável. Em o Novo
Testamento textos como 2 Coríntios 9.12: Filipenses 2.17 e Hebreus 8.6, utilizam o
termo que é traduzido, respectivamente, como administração, serviço, ministério
Pode-se assim notar que a liturgia não tem um fim em si mesma, mas tem como
objetivo contribuir para que cada elemento do culto cumpra seu papel principal,
que é colaborar na adoração. [
Comentário:Etimologicamente a palavra liturgia vem
da língua grega e é composta de dois elementos: leitos, que quer dizer público,
e érgein, que significa fazer. Juntando-se estes dois elementos pelo radical e
acrescentando-se-lhes o sufixo formador de substantivos, tem-se leit-o-erg-ia
ou leitourgia. O primeiro elemento leitos é derivado da palavra léos, forma
dialetal de láos, que significa povo. O segundo elemento da palavra é um verbo
desusado, mas sobrevivente no futuro érxoi e no substantivo érgon, que quer
dizer trabalho. Do substantivo liturgia tirou-se o concreto litourgos ou liturgos –
funcionário público, – e o verbo litourgein, – exercer função pública. De láos, –
povo, – origina-se laico, laical, leigo. Portanto, liturgia, liturgo, lutúrgico, laico,
leigo, laical pertencem a uma mesma família de palavras, pois todos procedem
da raiz láos ou léos, povo. Texto extraído de: https://tradicaocatolicaes.wordpress.com/2010/08/12/etimologia-da-palavraliturgia/.
Liturgia é o conjunto dos elementos que compõem o culto cristão (At 2.42-
47; 1 Co 14.26-40; Cl 3.16). Embora seja possível liturgia sem culto, não há
culto sem liturgia (Is 1.11-17; 29.13; Mt 15. 7-9; 1 Co 11.17-22). A liturgia,
portanto, compreende diversas partes do culto: oração (At 12.12; 16.16);
cânticos (1 Co 14.26; Cl 3.16); leitura e exposição da Palavra de Deus (Rm
10.17; Hb 13.7); ofertas (1 Co 16.1,2); manifestações e operações do Espírito
Santo (1 Co 14.26-32); e bênção apostólica (2 Co 13.13; Nm 6.23-27).]
2. Quem precisa de liturgia? Se vivemos em comunidade é natural que em
determinado momento surjam as divergências. Elas não são necessariamente
fruto do pecado ou da influência de Satanás, mas produto de nossas
singularidades. Essa natureza multifacetada da humanidade repercute no corpo de
Cristo, assim como nos ministérios que exercemos nele (Ef 411: Rm 12.6-8).
Diante dessa condição própria da humanidade, o desenvolvimento de um conjunto
de princípios para a organização do culto é absolutamente necessário. Sem um
ordenamento mínimo qualquer organização humana toma-se caótica, até mesmo a
adoração a Deus Deste modo, por melhores que sejamos ou mais espirituais que
nos achemos, todos necessitamos de limites e sinais que nos apontem até onde
podemos ir. [
Comentário: O subtópico parece querer ‘amenizar’ o perigo das
divergências afirmando ser elas ‘fruto de nossas singularidades’. De fato estas
singularidades são conflitantes e é por isto mesmo que Paulo exorta:
“mortificais os vossos membros que estão na carne” (Cl 3.5-9). Discórdias,
dissensões e facções. Aqueles que praticam tais coisas não herdarão o reino
do céu. A advertência de Paulo em Gálatas 5:19-21 é clara. Deus não aceita o
espírito partidário divisor que domina tantas pessoas religiosas de hoje. Estes
pecados correm diretamente contra a oração de Jesus e a verdadeira natureza
de Deus (Jo 17.20-23). Jesus quer que seus seguidores sirvam juntos em
harmonia nesta vida e na eternidade. Logicamente que isso não implica dizer
que diferenças de opinião, doutrinárias ou de níveis de maturidade e de
consciência pessoal sejam necessariamente pecado. Enquanto pessoas
continuarem a nascer na família de Cristo, estas coisas estarão presentes, Ok?
Agora, diante de tudo isto que foi aqui exposto, vemos que a necessidade de
uma liturgia para o bom funcionamento da reunião é indispensável.]
3. Quais os fundamentos de uma liturgia. O primeiro fundamento da liturgia é o
louvor a Deus. Tudo o que acontece no culto deve exaltar e bendizer ao Pai, logo,
se algo é realizado sem tal finalidade deve ser suprimido da devoção coletiva. A
segunda razão de ser da liturgia é a coletividade, isto é, tudo que envolve o
processo de organização do culto deve visar o bem comum, jamais o interesse
individual. Por isso, gostos e preferências particulares precisam ser deixados de
lado. O culto é organizado para glória de Deus e alegria de todos os adoradores
(Sl 32.11; 68.3). O terceiro elemento da liturgia é a organização; a aplicação da
liturgia deve permitir que participação no culto seja inteligível a todos. Não há nada
indiscernível ou misterioso no culto; tudo o que acontece deve promover uma
adoração racional. [
Comentário: É importantíssimo frisar que o culto é a resposta
do homem a Deus, com fé e gratidão. Isto indica que é Deus quem dá o
primeiro passo na forma como ele deve e quer ser adorado (Êx 29.38-46).
Devemos ter sempre diante de nós a convicção e o propósito de que o culto é
oferecido a Deus. O próprio Deus estabelece os métodos de adoração em sua
Palavra – A Arca: Ex 37.1-5; Nm 7.9, 2 Sm 6.3-6; 1 Cr 15.13-15). Pode parecer
estranho o que está sendo afirmado aqui, visto que podemos simplesmente
pensar que o culto que prestamos é obviamente dirigido a Deus. No entanto,
no verso 14 do salmo 50, o escritor enfatiza: “Oferece a Deus sacrifício de
ações de graça”. Entendido que, o culto é prestado ao Senhor, Ele deseja que
o adoremos como uma expressão de reverência e gratidão, e também espera
que sejamos obedientes. Ele quer não só que o amemos, mas que ajamos com
justiça uns para os outros, sempre demonstrando amor e compaixão. Desta
forma, nós nos apresentamos a Ele como um sacrifício vivo, santo e agradável.
Isto glorifica a Deus e é o nosso "culto racional" (Rm 12.1). Quando adoramos
com um coração obediente e um espírito aberto e arrependido, Deus é
glorificado, os cristãos são purificados, a igreja é edificada e os perdidos são
evangelizados. Estes são todos os elementos da verdadeira adoração..
Observemos que em Corinto cada membro da igreja oferecia a sua
contribuição, participando ativamente do culto: “um tem salmo, outro doutrina,
este traz revelação, aquele outro língua, e ainda outro interpretação" (v.26). O
apóstolo não condena a disposição e envolvimento de todos no culto. Porem,
isto requer ordem, harmonia e entendimento. É como se Paulo tivesse dizendo
que o culto tem que ter ordem, seqüência lógica e entendimento – culto
racional! O culto precisa ter ordem e isso não implica em formalismo. Aquele
cantor convidado que toma todo o tempo do culto com sermonetes antes de
cada louvor (foi convidado para cantar ou dar sermão?), o grupo de louvor que
acredita elevar a igreja às alturas e atrair a presença de Deus e o agir do
Espírito com suas infindáveis músicas, os grupos de gestos muitas vezes
espalhafatosos, e tantas outras coisas que tem surgido em nosso meio,
precisam urgentemente entender o que é e a necessidade de obediência à
uma liturgia cultual. Se o culto é para Deus, na expressão do comentarista
David Prior, “Quando o Espírito está realmente no controle, Ele produz paz,
não confusão. Este é o maior desafio para que a congregação siga em frente,
descobrindo e usando todos os dons do Espírito”
PRIOR, David. A Mensagem de 1 Coríntios: A vida na
igreja local. São Paulo: ABU Editora, 2001
.]
II - O PROBLEMA DO CULTO EM CORINTO
1. Corinto, uma igreja de excessos. A igreja em Corinto espelhava a comunidade
na qual estava inserida: cheia de exageros e imoderação (1Co 4 8; 5,6) Não que
aquela comunidade fosse apenas um reduto de pecados - apesar deles existirem
(1 Co 5.1.2; 8.12) - Mas, ao contrário, a graça de Deus fora derramada ali de modo
especial (2 Co 74:8.7:3.8,14). Aquela igreja transbordava em bênçãos de Deus (1
Co 1.7), esse talvez fosse o ‘bom problema" em Corinto: havia tantos dons.
bênçãos, milagres e ministérios, que se iniciou ali um choque de atuações e
serviços; enquanto alguns eram abençoados, outros eram atribulados (1 Co
14.17). Foi algo tão sério que a comunidade chegou a partidarizar-se em torno de
algumas lideranças - as quais por sua vez possuíam características ministeriais e
carismáticas diferentes (1 Co 3.1-6). Diante desse abençoado, mas problemático,
excesso de dádivas, o que fazer? [
Comentário:
“A igreja em Corinto espelhava a
comunidade na qual estava inserida” Corinto era universalmente conhecida pela
sua imoralidade. O termo “moça coríntia” era sinônimo de “prostituta” e
“corintianizar” significava levar uma vida imoral. Nas comédias gregas,
“coríntio” era ocasionalmente a designação dada aos bêbados. De acordo com
Estrabão, existiam cerca de mil mulheres escravas trabalhando como
prostitutas no templo, no santuário de Afrodite, localizado no Acrocorinthus.
Uma inscrição mostra que tinham os seus próprios lugares no teatro. Estas
condições lançam alguma luz sobre as referências que Paulo faz à imoralidade
no mundo pagão, nas suas duas cartas aos coríntios (1Co 5.1; 1Co 6.9-20;
1Co 10.8; 2Co 7.1) e na sua carta aos romanos (Rm 1.18-32). Numa pequena
crítica ao que pensa o comentarista da lição, dizer que a igreja ‘espelhava a
comunidade na qual estava inserida’ é um pouco forte demais, dado o contexto
imoral e depravado daquela cidade, o que não condiz com uma igreja que
embora tenha sido chamada de carnal, era uma comunidade de santos,
composta por pessoas chamadas por Cristo - aqui Deus teve "muito povo" (At
18.10). Devemos compreender que Paulo descreve estes crentes de Corinto
como sendo “carnais” ou mundanos, e ainda “criancinhas em Cristo”,
mostrando claramente que estão no estágio inicial da vida espiritual. Na sua
regeneração eles verdadeiramente estão “em Cristo”, vitalmente vivificados
com Sua vida e firmados Nele pelo Seu Espírito, como está escrito em João
3.16, “aquele que nEle crer tem a vida eterna”; mas estas “crianças em Cristo”,
vitalmente nEle através de uma fé viva, ainda não compreenderam tudo o que
a Cruz tira deles pelo fato de serem batizados em Sua morte na Cruz e
vivificados pela Sua vida. No site da CACP, no artigo ‘As Divisões da Igreja de
Corinto – Retrato de Hoje’, é dito que: “Apesar de ser uma igreja que se via
como espiritual (1Co 3.1) e de ser voltada para a busca de dons carismáticos
(1Co 12.31; 14.1; 14.12), a igreja de Corinto estava na iminência de dividir-se
em pelo menos quatro pedaços. Esta igreja com seu espírito faccioso e
divisionista, a despeito de sua pretensa espiritualidade, ficou na história como
um alerta às igrejas cristãs de todo o mundo, registrado na carta que Paulo
lhes escreveu”. Leia mais em:http://www.cacp.org.br/as-divisoes-da-igreja-de-corinto-retrato-de-hoje/ . Isto levou
Paulo a chamá-la de carnal; esta carnalidade, embora deva ser interpretada
primariamente como imaturidade, em contraste aos “maduros” ou “perfeitos”
(1Co 2.6), carrega uma conotação ética, como a expressão “andar segundo os
homens” (1Co 3.3) indica. O Rev Augustus Nicodemus Lopes afirma que
“percebemos que as causas do intenso divisionismo evangélico no Brasil são
intrinsecamente corintianas: imaturidade, carnalidade, culto à personalidade,
orgulho espiritual, mundanismo”. Diante desse quadro, o que fazer?]
2. A adoção de uma liturgia para edificação coletiva. Havia muitos talentos
entre os coríntios (1 Co 14. 26). Per isso, para o desenvolvimento espiritual de
todos, era necessário a adoção de um plano litúrgico para que as celebrações em
Corinto fossem edificantes para todos Logo, deveria haver espaço para tudo, do
louvor ao falar em línguas, passando pela profecia e pelo discernimento de
espírito. Um conceito chave, entretanto, era a ordem, de modo que cada um, a
partir de seu próprio relacionamento com Deus e no desenvolvimento de sua
adoração, deviam colaborar, individualmente, para o estabelecimento de um bom
ambiente de louvor a Deus. A desculpa de que o momento da adoração nos
conduz ao descontrole é inválida. [
Comentário:Hernandes Dias Lopes, escreveu: “O
culto tem três aspectos: Deus é adorado, o povo de Deus é edificado e os
incrédulos são convencidos de seus pecados. Se formos à igreja para adorar
com o propósito de demonstrarmos a nossa espiritualidade, estaremos
laborando em erro. O culto é para a edificação e não para exibição. Mas a
igreja de Corinto estava transformando o culto num palco de exibição em vez
de um canal para edificação” LOPES, Hernandes Dias, I Coríntios: Como resolver conflitos na Igreja. São Paulo: Hagnos,
2008. Aqui é importante ressaltar que, na reunião de adoração, não há partes
mais importantes que outras – o louvor é mais importante, ou a pregação é o
cerne – toda a liturgia é importante, ainda que, o culto deva ser voltado para a
edificação da coletividade e a instrução do povo de Deus na Palavra deve
receber a prioridade. Leon Morris em I Coríntios - Introdução e Comentário,
escreve: “A disposição de aprender a servir à Causa deve estar em primeiro
lugar. Muita gente tem dificuldade em entrar no Templo para ouvir as
instruções do Senhor. Alguns se consideram dispensados de aprender alguma
coisa, por se julgarem muito capacitados e preparados. Na igreja, há até os
que se julgam os únicos certos do grupo. Para o apóstolo esta reivindicação
(ainda que seja somente interior) é sinal de insubmissão e carnalidade. Deus
merece o melhor de todos nós! No culto devemos demonstrar isso, pois “tudo
deve ser feito de maneira tão decente quanto possível, e com a devida
consideração pela ordem. A falta de decoro e a inovação indevida são
igualmente desencorajadas" MORRIS, Leon. I Coríntios - Introdução e Comentário. Série Cultura Bíblica, volume 7. São
Paulo: Editora Mundo Cristão, 1989. Não esquecendo a recomendação de Paulo: “Tudo,
porem, seja feito com decência e ordem”(v.40).]
3. O principio do amor na estruturação da liturgia. Paulo deixa bastante claro
que todas as regras comunitárias, operações sobrenaturais, normas coletivas e
manifestações espirituais precisam ser mediadas pelo amor (1 Co 12.31). Nada
deve ser feito por revanchismo, sentimento de humilhação do próximo, ou
narcisismo (1 Co 14.36). Cada cristão daquela comunidade tinha o privilégio de
exercer seus dons e ministérios, desde que levasse em conta que a existência
desses era para a glória de Deus e serviço à comunidade. Sem a devida
conciliação entre dons ministérios e amor, a bênção de Deus pode tornar-se
inválida (1 Co 14.19,23). Não existe culto sem a manifestação de Deus, as
operações espirituais sem a mediação do amor tornam-se puro exibicionismo e
espetáculo que somente atrapalham o culto e afastam a glória de
Deus.[
Comentário: Os cultos da igreja de Corinto eram notadamente pentecostais
(1 Co 12; 13; 14). Nenhum dom lhes faltava, porém, os dons não produziam a
edificação, exortação e consolação desejados por Deus. A bagunça era
generalizada, quando Deus falava não era ouvido, quando fazia milagres não
era glorificado. Sem ordem e sem decência não há crescimento espiritual,
apenas emoção. A direção de um culto, cabe prioritariamente ao Espírito
Santo, mas a participação humana é indispensável. O elemento humano na
direção de um culto a Deus precisa estar primeiramente em sintonia com o
Espírito Santo. Muitos com o falso entendimento de que uma liturgia
‘engessaria’ a atuação do Espírito e a manifestação pentecostal, preferem não
adotá-la. Temóteo R. Oliveira escreve que “Dirigir um culto requer muita
responsabilidade, porque, neste ato, se está trabalhando com matéria prima do
Céu, alimento do Céu, que se distribui com os famintos espirituais. A meta de
quem dirige um culto nunca pode ser a de cumprir um anseio humano nem de
encontrar uma oportunidade para expor os frutos do eu e da vaidade, mas, sim,
fazer tudo para glorificar o nome do Senhor." OLIVEIRA, Temóteo R. Manual de cerimônias. 22.ed., Rio
Janeiro: CPAD, 2005, p. 16-7
. A Bíblia recomenda que todos, pelo Espírito Santo, falem em
línguas e profetizem (1 Co 14.5), mas que também exerçam os dons espirituais
com sabedoria, ordem e decência (1 Co 14.26-33,37-40), a fim de que o nome
do Senhor seja glorificado (1 Co 14.25), o incrédulo seja convertido (1 Co
14.22-25) e a igreja edificada (1 Co 14.26).]
III - LITURGIA. FORMALISMO E EXIBICIONISMO
1. O culto a Deus X o culto ao culto. A história é dinâmica, assim como o
desenvolvimento do povo de Deus. Durante o curso do desenvolvimento do plano
divino sobre a terra, o Senhor vem se utilizando de diversas estratégias para
auxiliar o seu povo no louvor: orientou a construção do tabernáculo e do Templo.
Exigiu sacrifícios de animais e agora pede sacrifícios de louvor (Hb 13.15). Se com
Israel e a Igreja Primitiva as formas de cultuar a Deus mudaram é natural que em
nossas comunidades algo também se altere, sem contudo, a essência ser
perdida. [
Comentário: É Deus quem diz como deseja ser adorado, não há formas
de cultuar, são as Escrituras que finalizam este assunto. A liturgia do culto já
está definida. A adoração e louvor que agrada Deus na Sua casa estão
impressas na bíblia. Estão claramente afirmadas para todos que tenham olhos
para ver. A Confissão de Fé Luterana traz uma definição interessante sobre
isso: “Por que nos reunimos em culto? Confiamos na promessa de Jesus Cristo
de estar presente onde duas ou três pessoas estão reunidas em seu nome. O
Espírito Santo faz-nos reconhecer que Deus é nosso Pai e doador de todas as
coisas. Faz-nos saber que Deus veio ao nosso encontro e nos serviu em Jesus
Cristo. Faz-nos agradecer a Deus por este serviço, adorando-o e louvando-o. O
Espírito Santo fortalece a comunhão no encontro com outras pessoas. Faz-nos
sair do isolamento. Confronta-nos com a palavra de Deus, fazendo-nos
conhecer sua vontade. Pelo sacramento do santo Batismo certifica-nos de sua
aliança. Pelo sacramento da Ceia do Senhor une-nos no mistério do corpo de
Cristo, fortalecendo-nos para a missão de servir a Deus e ao próximo.” Culto
não é ritual, melodia, formas, estética, beleza, palavras, cânticos, dogmas,
símbolos, ofertas ou qualquer outro detalhe que lhe possamos atribuir. Culto,
antes de tudo, é vida em ação. Culto é um ato de resposta à ação bondosa de
Deus, que nos chamou com finalidade bem clara: “Por meio de Jesus, pois,
ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que
confessam o seu nome” (Hb 13.15). Por isto, aquele que se relaciona com
Deus deve lembrar que o culto a Deus é o fruto natural (no sentido de normal)
da comunhão com Jesus Cristo. Notemos também que as reuniões regulares
da igreja primitiva não visavam a propósitos evangelísticos e, sim,
primordialmente, ao encorajamento mútuo e à adoração. Por essa razão, o
autor de Hebreus escreve: “Consideremo-nos também uns aos outros, para
nos estimularmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de congregar-nos,
como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto
vede que o Dia se aproxima”(Hb 10.24-25). Por serem reuniões públicas, havia
ocasiões em que os incrédulos vinham às reuniões dos crentes, mas isto era
considerado apenas uma possibilidade (1Co 14.23). O evangelismo, segundo o
texto de Atos 2, acontecia no contexto da vida diária, à medida que os crentes
propagavam o evangelho. Extraído de: http://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/igreja/o-culto-no-novotestamento/]
2. Formalismo. Formalismo é uma observância estrita a regras e formas, e isso
em algumas igrejas vem se tornando um problema no momento do culto. Em
alguns lugares, o culto é tão mecânico que sua previsibilidade engessa a
adoração. Em outros casos, uma pessoa pode até não andar realmente de acordo
com os padrões de Deus, mas se ela seguir o formalismo do culto, pode até
ministrar a adoração. Isso é errado! Pois, os adoradores verdadeiros mais do que
seguir regras, seguem uma vida de obediência a Deus. Não existe fervor nas
orações, que já se tornaram vãs repetições. A forma como o culto é apresentado é
muito mais importante que o Deus que se pretende adorar. Ir à igreja tornou-se
uma tradição. [
Comentário: Notemos que, se não há fervor nas orações, se o culto
parece ser mecânico e previsível, o problema não está na forma litúrgica, está
no crente que não é totalmente controlado pelo Espírito. Notemos ainda, que o
culto que agrada a Deus é aquele que vem de um coração puro (Sl 15.1-5; I
Tm 2.8). Está claro que aquele que habitara no Teu tabernáculo e no Seu santo
monte é aquele que anda com as mãos santas no temor de Deus, e não com
uma liturgia de atitude criativa que usa a cultura de um povo como padrão. As
mãos santas que devem ser levantadas são as de um coração puro e não
destes membros da anatomia em quais o pecado habita (Rm 7.18, 23). As
mãos que devem ser levantadas em oração são as que são santas. De outra
forma Deus não nos ouvirá (Sl 66.18, “Se eu atender à iniqüidade no meu
coração, o Senhor não me ouvirá”). É melhor orar, e adorar, com um coração
puro. Não é o levantar de mãos, não é o barulho de ‘glórias e aleluias’, não são
as lágrimas... estas coisas devem ser expressão, a materialização de um
coração puro, e isso não está vinculado a ‘formalização’, mas à uma vida cheia
do Espírito. Pureza de coração no temor do Senhor nos levará a fazer tudo
para a glória de Deus na igreja (Pv 1.7; Ec 12.13; I Co 10.31; Ef 3.21).]
3. O perigo da falta de ordem. Semelhante a comunidade em Corinto, em várias
igrejas a abundância de dons, que deveria ser um sinal de bênção, tem se tornado
motivo de tribulação. Em alguns lugares há tanto louvor que não é possível ter
pregação da Palavra já em algumas comunidades o momento da oferta tornou-se
o centro do culto, ocupando a maior parte do tempo Como faz falta uma boa e
genuína liturgia nestes lugares. [
Comentário: Fato! Não sei se a facilidade de
acesso à informação serviu para uma diversificação e mistura tão grandes
como vemos hoje; adotamos liturgias estranhas àquela dos primórdios
pentecostais. Cada cantor, cada grupo de louvor, quer fazer sua ‘ministração’ –
muitas vezes desconexas e até heréticas. O momento do louvor é importante.
A música pode, às vezes, nos comover pela beleza da melodia, mas esse
sentimento, por si só, não é adoração. A música deve ter verdades bíblicas
contidas em suas linhas para que seja um recurso legítimo e fomente a
verdadeira adoração. A música expressa nossa relação com Deus (Hb
13.15);ela deve caracterizar nossa comunhão com os irmãos e contribuir como
veículo de proclamação da verdade de Deus (Ef 5.19; Cl 3.16). Seguindo estes
parâmetros, o momento do louvor será edificante e não precisará que ‘levitas’
ministrem sermonetes – deixem essa parte para o pregador.]
SUBSÍDIO 1
O formalismo cansa a Deus
O culto levítico fora instituído, a fim de que Israel adorasse a Deus de forma verdadeira e
amorosa (Lv 20.7). Os seus vários sacrifícios oferendas e oblações deveriam ser
subentendidos como figuras dos bens futuros (Hb 10.11). Infelizmente, os israelitas
passaram, com o decorrer do tempo, a adorar a própria adoração. Acabaram por
considerar o culto superior ao cultuado. E isso trouxe-lhes consideráveis prejuízos. Haja
vista o que aconteceu à serpente de bronze (Nm 21.8; 2 Rs 18.4) Na vida dos judeus,
cumprira-se o que, certa feita, afirmou Charles Montesquieu: A maior ofensa que se pode
fazer aos homens é tocar nas suas cerimônias e nos seus usos’. De tal maneira o
formalismo contagiou os judeus que, no tempo de Jeremias, passaram eles a considerar o
Templo do Senhor como mais importante que o Senhor do Templo (Jr 7.4).
Achavam que, apesar de suas iniquidades, os sacrifícios e oblações, que pensavam eles
endereçar ao Altíssimo, ser-lhes-iam mais do que suficientes para torná-los aceitáveis
diante de Deus (Jr 3.1-15). Como estavam enganados! [...] Assim é o cristianismo nominal’
(ANDRADE. Claudionor. de Fundamentos Bíblicos de um Autêntico Avivamento 1.ed Rio
de Janeiro: CPAD. 2004 p 128).
SUBSÍDIO 2
"O espirito do profeta e o Espirito do Senhor. Precisamos fazer a nossa parte, a fim de que
o Espirito realize a dEle. E isso esta relacionado com a liturgia, conjunto dos elementos
que compõem o culto cristão (At 2.42-47:1 Co 1426-40: Cl 3.16). Embora seja possível
liturgia sem culto, não há culto sem liturgia (Is 1.11-I7:2913: Mt 15.7-9:1 Co 11.17-22) A
parte litúrgica compreende diversas partes do culto: oração (At 12.12; 16.16); cânticos (1
Co 14.26. Cl 3.16); leitura e exposição da Palavra de Deus (Rm 10.17: Hb 13.7); ofertas (I
Co 16.1.2); manifestações e operações do Espirito Santo (I Co 14.26-32); e bênção
apostólica (2 Co 13.13; Nm 6.23-27).
Tomando como base o livro de Atos dos Apóstolos e as Epistolas (At 2.1-4; Ef 519; Cl
316). vejamos como era o culto, nos tempos do Novo Testamento. A promessa da efusão
do Espirito (Jl 2.28) cumpriu-se no dia de Pentecostes (At 2.16-18), quando os que
estavam reunidos foram 'cheios do Espirito Santo e começaram a falar em outras línguas,
conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem' (At 2.1-4) Essa experiência
pentecostal repetiu-se em outras ocasiões: At 814-20; At 917; At 10.44-48; At 19.1-7"
(GILBERTO. Antonio. Teologia Sistemática Pentecostal 1.ed Rio de Janeiro CPAD. 2008.
p. 208).
CONCLUSÃO
A importância da liturgia para o desenvolvimento da adoração a Deus é algo que
devemos continuamente reconhecer Todos somos capazes de perceber quando a
programação de um culto está mal elaborada ou simplesmente não existe: isto
porque essa irresponsabilidade afeta coletivamente o louvor que se pretende
apresentar ao Senhor Busquemos a Deus com fervor, mas sempre numa perfeita
organização. [
Comentário: Nós, que em resposta à ação bondosa de Deus amamos a
Cristo e cremos na suficiência da Sua Palavra, não podemos moldar nossa
adoração aos estilos e preferências de um mundo escravo do pecado e de suas
paixões. Nosso objetivo principal deve ser adorar em espírito e em verdade. Para
isto, as Escrituras precisam regular o nosso culto, a nossa adoração. Tudo em
nossos cultos deve conduzir o adorador a um conhecimento mais profundo de
Deus. Como afirma o Rev Augustus Nicodemos Lopes, “é importante reconhecer…
que o Espírito age principalmente a favor dos interesses de Cristo, visando
glorificá-Lo e exaltá-Lo. Esse princípio aplica-se também ao culto cristão. Esse
princípio litúrgico precisa ser resgatado: o culto é voltado para Deus. É teocêntrico
– e nisso, cristocêntrico, não antropocêntrico. Nada mais deve ocupar o lugar de
Cristo no culto.”] Entenda que “A Salvação pertence ao nosso Deus, que se
assenta no trono e ao Cordeiro!” (Ap 7.10)”,
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Dezembro de 2016
HORA DA REVISÃO
1. Explique com suas palavras o que é liturgia.
Resposta pessoal. (Sugestão: O conjunto de procedimentos públicos que orientam
o culto a Deus).
2. Por que a organização do culto por meio de uma liturgia se faz tão necessária?
Para que se evite discórdia no momento do culto a Deus, pois somos todos seres
únicos e por isso diferentes uns dos outros.
3. Quais os três fundamentos que justificam a natureza da liturgia?
Adoração, coletividade e organização.
4. Por que a igreja em Corinto enfrentava problemas se ela era abundante em
dons e ministérios?
Porque lhe faltava organização na administração dos dons, isto é, na liturgia.
5. Que perigos corremos quando não se adota uma liturgia básica para cultuar a
Deus?
Exageros e excessos de um lado; manipulação, controle personalista e formalismo
do outro.
Fonte: http://auxilioebd.blogspot.com.br/2016/12/jovens-licao-11-forma-do-culto.html
Fonte: http://auxilioebd.blogspot.com.br/2016/12/jovens-licao-11-forma-do-culto.html Acesso em 09 dez. 2016.