A GLÓRIA É DE DEUS
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ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL - 1º TRIMESTRE / 2017 - REVISTA CPAD - JUVENIS
LIÇÕES BÍBLICAS - CONSELHOS SOCIAIS E ESPIRITUAIS DOS PROFETAS MENORES
LIÇÃO 3 – JOEL - O ANÚNCIO DO PENTECOSTES
INTRODUÇÃO
Joel profetizou os oráculos de Deus para o povo de Judá (reino do sul) por aproximadamente 38 anos
com referência a acontecimentos do passado e presente de Judá, bem como do futuro, relacionados ao
reino de Judá e da universalidade dos homens, num contexto histórico e escatológico. Nesta lição
estudaremos sobre os pecados de Judá e as sentenças de Deus sobre este povo, o derramamento do
Espírito Santo (Pentecostes), o julgamento das nações, o Armagedon e o reino milenial de Cristo.
I – CONTEXTO HISTÓRICO
1. SÍNTESE BIOGRÁFICA DE JOEL
Joel, profeta, cujo nome significa “Jeová é Deus” era filho de Petuel e por ordenança do Senhor
profetizou para o povo de Judá (reino do sul) temas históricos e escatológicos com aplicação para a
universalidade da humanidade de todas as épocas. Pouco se sabe sobre a genealogia e a história
biográfica deste profeta, pois, não há menção clara cronológica em seu livro sobre a sua vida, sendo este
mencionado na Bíblia Sagrada apenas duas vezes, respectivamente, no livro de Joel e no livro de Atos
dos Apóstolos.(Jl1:1; At 2:16-17)
2. ESTADO MORAL E ESPIRITUAL DA NAÇÃO DE JUDÁ NO TEMPO DO PROFETA JOEL
O Profeta Joel inicia a sua pregação narrando sobre uma terrível praga de gafanhotos e uma seca
climática que se abatera sobre as plantações e as terras de Judá, como resultado de um julgamento do
Senhor sobre este povo, presumindo-se que Judá (reino do sul) se aplicara a um estado moral e espiritual
degradante que profundamente desagradara ao Senhor recebendo como sentenças a ação dos
gafanhotos devoradores e a ausência de chuvas na terra de Judá por um longo período.
II – ESTRUTURA DO LIVRO
O livro de Joel quanto a sua estrutura apresenta a narração de acontecimentos do passado, presente e
futuro de Judá, bem como, acontecimentos futuros da universalidade dos homens.
1. A PRAGA DOS GAFANHOTOS E A SECA
O profeta Joel descreve uma praga dos gafanhotos e uma terrível seca climática ocorrida no reino de
Judá que consumiram praticamente todas as fontes de alimentos do reino e conclama aos sacerdotes e
ao povo a chorar e se humilhar, jejuar, orar e clamar diante do Senhor. (Jl 1)
2. O DIA DO SENHOR
O profeta Joel utilizando-se da ilustração da devastação dos gafanhotos nas plantações, anuncia a
ameaça de uma invasão militar por um exército inimigo ao território de Judá com uma total destruição
(invasão de Judá pelos Babilônicos) no tempo presente e futuro de Judá e o julgamento das nações no
tempo futuro da universalidade dos homens, denominando este dia como o Dia do Senhor.
Continuamente conclama o povo a se converter, jejuar e se lamentar de sua condição espiritual, bem
como, aos sacerdotes conclama a chorar e orar. O profeta anuncia também os atributos do amor e
misericórdia do Senhor, o derramamento do Espírito Santo sobre o seu povo como revestimento de
poder, prefigurando o Pentecostes descrito no livro dos Atos dos Apóstolos e as bênçãos de Deus sobre a
terra. (Jl 2)
3. O JULGAMENTO DAS NAÇÕES
O profeta Joel descreve sobre uma grande batalha no vale de Josafá no tempo presente e futuro de
Judá, prefigurando a grande batalha do Armagedon no tempo futuro da universalidade dos homens,
denominando este dia como o Dia do Senhor, onde Israel completamente cercado pelos seus inimigos
para destruí-lo obterá a salvação do Senhor. Continuamente o profeta anuncia as bênçãos materiais e
espirituais sobre o seu povo caracterizando e evento escatológico do milênio. (Jl 3)
III – A MENSAGEM DE JOEL
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Considerando o contexto histórico e a estrutura do livro do profeta Joel, a partir deste ponto de nosso
estudo passaremos a analisar os acontecimentos narrados no livro, sequencialmente, sob a ótica de um
juízo de Deus, consagração do povo á Deus e a restauração do povo de Judá ou da humanidade em
cada acontecimento, a saber:
1. A PRAGA DOS GAFANHOTOS
1.1. JUÍZO DE DEUS
Devido a idolatria, o reino de Judá se desviara dos caminhos do Senhor e a partir deste estado moral e
espiritual de Judá o profeta descreve como parte do julgamento de Deus sobre o seu povo, a devastação
das plantações da terra de Judá por uma praga de gafanhotos devoradores acrescida do fenômeno da
ausência de chuvas, se instalando uma terrível seca climática nesta terra que culminou com a fome do
povo até ao ponto de faltarem ofertas no Templo do Senhor. (Jl 1:1-12)
1.2. CONSAGRAÇÃO DO POVO A DEUS
O profeta Joel testemunhando este sofrimento do povo de Judá por causa da terra destruída conclama
aos sacerdotes vestirem pano de saco e a chorarem coletivamente no pátio do templo como forma de se
arrependerem e se humilharem diante do Senhor. O profeta ordena ainda que os ministros de Deus
convoque todo o povo para uma reunião no templo e apregoem um dia de jejum como forma de se
consagrarem ao Senhor e por último ordena para que orem incessantemente pedindo socorro a Deus
para que não só a condição espiritual deles mas a terra seca fosse restaurada.(Jl 1:13-20)
1.3. RESTAURAÇÃO DO POVO DE JUDÁ
O profeta Joel não revela em seu livro no capítulo 1 se naquele momento pontual no tempo houve
restauração do povo de Judá.
APLICAÇÃO PESSOAL 1
Tenhamos uma vida de obediência aos preceitos divinos para que as pragas e a miséria não nos
alcance. Busquemos em primeiro lugar o reino de Deus para que as demais coisas nos sejam
acrescentadas como fruto de nosso esforço e ânimo sob as bênçãos do Senhor. Esta história narrada
pelo profeta Joel confirma a consagrada lei espiritual de que o homem colhe o que semeia proclamada
pelo apóstolo Paulo e também pelo libertador Moisés.(Gl 6:7; Dt 28:15-19)
APLICAÇÃO PESSOAL 2
Esta grande crise do povo de Judá abriu uma grande oportunidade para este povo rever os seus
valores e assumir a posição correta diante de Deus em relação ao seu comportamento espiritual. O
arrependimento coroado por uma conversão sincera acompanhados de jejum (consagração ao Senhor) e
oração propiciariam a este povo a correção de rumos para a retomada de um relacionamento de
intimidade com Deus tendo como consequência uma restauração eivada de saúde e prosperidade
espiritual. Esta lição de que em tempos de crise se vislumbra uma potencial oportunidade de intimidade
com o Senhor também vale para nós cristãos.
2. O DIA DO SENHOR
2.1. JUÍZO DE DEUS
Na mesma condição moral e espiritual degradante do povo de Judá no passado, o profeta Joel
utilizando-se da descrição da invasão dos gafanhotos sobre as plantações do reino de Judá, profetiza
para este povo no tempo presente de sua época um acontecimento futuro que seria a invasão de um
poderoso exército estrangeiro inimigo para dominar Judá e fazê-los cativos. (Jl 2:1-9) Presume-se que
esta profecia se referia a invasão e domínio do império babilônico sobre as terras de Judá em 586 a . C.
que ficou conhecido como o exílio babilônico de Judá (2 Rs 25:18-21)
No contexto escatológico para acontecimentos dos últimos dias, o profeta Joel, profetiza sobre o Dia
do Senhor, evento representado pela 2ª fase da volta de Jesus Cristo a esta terra para realizar o
julgamento das nações, com o objetivo de destruir o império satânico e as nações perseguidoras de Israel
e destronar Satanás, o falso profeta e o Anticristo da governança do mundo.(Mt 25:31-46; Jl 2:30-31; Mt
24:29-31; Jl 2:10-11)
2.2. CONSAGRAÇÃO DO POVO A DEUS
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O profeta Joel conclama ao povo de Judá a se voltar para Deus de todo o coração, jejuando, chorando
e se lamentando pelo seu inaceitável estado espiritual, mas também, que se arrependam não por meio de
ritos e sim verdadeiramente no coração, pois o Senhor tem misericórdia daqueles que o buscam e ama
incondicionalmente a seus filhos. Ordena ainda o profeta Joel que o povo realize um dia santo de jejum e
que reunidos no templo se santifiquem cada vez mais. Aos sacerdotes ordena o profeta Joel que eles
chorem e façam uma específica oração ditada pelo próprio profeta pedindo a Deus que não os
castigue.(Jl 2:12-17)
Em profecia futurística, o profeta Joel, anuncia o derramamento do Espírito Santo como revestimento
de poder sobre toda a carne, ou seja, sobre o povo (homens, mulheres, jovens, adolescentes e crianças)
e esta profecia foi inaugurada com o dia de Pentecostes e prossegue até aos nossos dias com uma
infusão do Espírito Santo em todos os lugares da terra em todas as épocas de forma permanente. (Jl
2:28-29; At 2:1-4)
2.3. RESTAURAÇÃO DO POVO DE JUDÁ
O povo de Judá responde ao Senhor realizando tudo o que lhes fora ordenado e assim o Senhor
devido ao seu infinito amor e compaixão abençoa o povo com bênçãos de chuvas, produção abundante
de alimentos, bem como, pela salvação dos perigos iminentes contra Judá no que diz respeito as
ameaças de invasões pelos exércitos inimigos representados neste caso pelos gafanhotos.(Jl 2:18-27)
Joel, o arauto do Senhor, termina o segundo capítulo de seu livro anunciando a maior dádiva de Deus
para o homem que é a salvação em Cristo Jesus e a vida eterna. (Jl 2:32)
APLICAÇÃO PESSOAL 3
Quando estamos de corpo, alma e espírito voltados para o Senhor numa busca incessante de plena
comunhão com Ele, as bênçãos materiais e espirituais são derramadas dos céus sobre nós de forma
abundante sob todos os aspectos. (saúde, provisões e salvação) (3 Jo 1-2)
3. O JULGAMENTO DAS NÇÕES - OS ÚLTIMOS DIAS
3.1. JUÍZO DE DEUS (A BATALHA DO ARMAGEDOM)
No contexto escatológico para acontecimentos dos últimos dias, o profeta Joel, profetiza sobre o Dia
do Senhor, evento representado por uma grande guerra, onde o Senhor aniquilará as nações
perseguidoras de Israel sendo este confronto militar futurístico denominado como a grande batalha do
Armagedom. (Jl 3:1-15).
Na batalha do Armagedom o falso profeta e o Anticristo serão lançados no lago de fogo e enxofre e os
que tem a marca da besta serão mortos e seus corpos consumidos pelos abutres. (Ap19:11-21). Satanás
e os seus demônios serão acorrentados por 1000 anos e todas as nações serão julgadas pelo seus mal
feitos. (Ap 20:1-3) Nesta Batalha a menina dos olhos do Senhor, Israel, será salva e assim reconhecerão
que o Senhor Jesus é o verdadeiro Messias, o redentor de Israel e da humanidade. (Ap 16:12-16)
3.2. CONSAGRAÇÃO DO POVO A DEUS
Nos dias atuais nossa consagração ao Senhor perpassa por uma vida piedosa no sentido espiritual da
prática do jejum, da oração, da permanente leitura da Santa Bíblia, da adoração, consolidadas estas
práticas em nosso irrepreensível modo de viver no corpo, na alma e no espírito. Em hipótese nenhuma
podemos permitir que os desejos e as obras carnais dominem o nosso ser.
3.3. RESTAURAÇÃO DA HUMANIDADE (O MILÊNIO)
Considerando ainda o contexto escatológico, Joel, o arauto do Senhor, profetiza que após o
Armagedon será inaugurado o reino milenial de Cristo na terra onde haverá vida plena com
abundância.(Jl 3:16-21)(Jl 2:18-27). Após a destruição do império Satânico começa na terra o governo de
Cristo por mil anos, o milênio, uma teocracia segundo um reino universal, eterno, com justiça, verdade,
júbilo, glória, santidade, paz, com equidade inflexível e com toda a plenitude de Espírito.(Ap 20:4).
IV - CONCLUSÃO
Deus é amor e por isso deseja que todos os homens se salvem e tenham vida eterna. Busquemos
incessantemente ao Senhor para termos uma vida de intimidade com Deus, adorando-o em espírito e em
fonte http://portalescoladominical.org.br/