Qual a diferença entre BONDADE e BENIGNIDADE? Na lição anterior estudamos os benefícios da Benignidade como Fruto do Espírito, ela serve-nos como escudo protetor contra as contentas, ou seja, o maior beneficiado é quem tem a benignidade, pois consegue proteger o relacionamento com o próximo e com Deus.
O QUE É A BENIGNIDADE? É o caminho mais curto entre a contenta e a sua resolução. Então, qual é o caminho natural da resolução de conflitos? Para se resolver uma contenda é necessário um longo processo que envolve, depoimentos das partes, provas que envolvem documentos e testemunhos de pessoas, julgamento baseado na compreensão da verdade dos fatos, aplicação e cumprimento de uma pena àquele que estiver errado. Isso pode levar até dezena de anos para se chegar até a remissão (após cumprir toda a pena). A exemplo disso temos o poder judiciário que trabalha nesse caminho natural.
A Benignidade encurta o caminho do conflito até a remissão, pois EVITA o longo processo de apuração, julgamento, aplicação e cumprimento da pena e já VAI DIRETO para a remissão. Observe o caso de Evódia e Síntique, não se sabia o motivo da contenta entre elas e nem o apóstolo Paulo procurou saber quem estava com a razão, tampouco procurou aplicar pena alguma, mas foi direto para a Remissão, elas deveriam perdoar uma a outra e acabar com aquela contenda.
Outro exemplo da Benignidade é o de Jesus Cristo, pois sabendo que nós falhamos e pecamos, ELE não nos levou a um tribunal, não trouxe uma sentença, não exigiu cumprimento de pena, mas já foi logo para a Remissão, aplicou o perdão e já nos deu o direito de sermos chamados FILHOS DE DEUS “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome;” (João 1:12). Cristo é amor, é perdão, é misericórdia, quem o recebe, já se torna imediatamente FILHO DE DEUS, ou seja, vai direto para a remissão.
Portanto, não há caminho mais curto entre o conflito e a remissão do que o caminho da Benignidade. Por que a Benignidade é um fruto do Espírito? Porque perdoa independentemente da quantidade de ofensas e do tamanho delas, isso é tão difícil que só em Deus alcançamos essa capacidade.
O QUE É A BONDADE? É o caminho mais curto entre quem pode ajudar e quem precisa de ajuda. Qual é o caminho natural? A pessoa ajuda quando se tem um vínculo afetivo, seja familiar ou de amizade, quando se tem interesses particulares, baseado no que depois receberá como recompensa, como por exemplo, um político que ajuda pensando no voto que o elegerá à função pública. Várias são as situações que alguém analisa para ajudar quem está passando necessidades.
Quem ajuda, avalia também a sua própria situação material, geralmente usa daquilo que está lhe sobrando ou que não lhe fará falta. Pois em primeiro lugar vem as suas necessidades, em segundo lugar as necessidades dos mais próximos pelo vínculo afetivo, depois se sobrar ela ajuda outras pessoas mais distante do seu convívio. Por isso, existem dois grandes aspectos avaliados na hora de ajudar, a própria condição material e o vínculo ou interesse com quem vai ajudar. Esse é o caminho natural.
A Bondade encurta esse caminho, leva uma pessoa a praticar o bem independentemente de vínculos familiares, de amizades, de contrapartidas, desprovido de interesses pessoais e não leva em conta a sua condição material. Esse é o exemplo do Bom Samaritano. Veja como Jesus começa a história, “Descia um HOMEM de Jerusalém para Jericó” não descreve nada sobre o homem, qual o seu nome, se feio ou bonito, se magro ou gordo, se rico ou pobre, se importante ou não para a sociedade, se culto ou não, se tinha amigos importante ou não, Jesus estava dizendo que tudo o que importa é saber que se trata de uma pessoa, de um ser humano que precisa de ajuda. Quem tem a Bondade elimina todos aspectos que normalmente levamos em conta para ajudar alguém, quebra a barreira do vínculo afetivo ou da recompensa.
O bom samaritano não perguntou quem era o homem, qual era a sua família, qual a situação financeira, quem eram os seus amigos, ele apenas viu alguém que precisava de ajuda e se dispôs a ajudar, simples e direto. Também não avaliou a sua própria condição material, mas tudo o que tinha colocou à disposição daquele homem ferido, pegou as suas ataduras e colocou no homem, pegou o seu azeite e vinho e deu para aquele homem, pegou o seu animal e colocou o homem sobre ele, levou para um abrigo e cuidou dele, e no dia seguinte deixou duas moedas para as despesas, mas, deixou a mensagem, que tudo o que aquele homem precisasse poderiam fazer para salvá-lo, pois na volta pagaria todas as despesas.
O samaritano poderia ter dito que ao voltar de sua viagem queria conversar com o homem para o conhecê-lo melhor, para saber se haveria algum ressarcimento pelo que ele gastou ou algum louvor e reconhecimento pelo seu ato heroico, mas, não teve essa preocupação, o que lhe importava era terminar o que havia começado, era ajudar sem deixar aquele homem preocupado com as dívidas, era promover o bem ao próximo. Talvez aquele samaritano nunca mais o veria, nem saberia quem era aquele homem ferido, mas no seu coração haveria uma satisfação muito grande de ter ajudado um homem a viver, quem sabe, devolvido ao lar um pai de família que tinha filhos pequenos que dependiam do seu sustento, inúmeras possibilidades poderíamos imaginar a partir dessa restauração. Assim a bondade resulta em vida não só para um ferido, mas para uma família, uma geração, quem sabe até uma nação no decorrer da história.
O samaritano poderia ter dito que ao voltar de sua viagem queria conversar com o homem para o conhecê-lo melhor, para saber se haveria algum ressarcimento pelo que ele gastou ou algum louvor e reconhecimento pelo seu ato heroico, mas, não teve essa preocupação, o que lhe importava era terminar o que havia começado, era ajudar sem deixar aquele homem preocupado com as dívidas, era promover o bem ao próximo. Talvez aquele samaritano nunca mais o veria, nem saberia quem era aquele homem ferido, mas no seu coração haveria uma satisfação muito grande de ter ajudado um homem a viver, quem sabe, devolvido ao lar um pai de família que tinha filhos pequenos que dependiam do seu sustento, inúmeras possibilidades poderíamos imaginar a partir dessa restauração. Assim a bondade resulta em vida não só para um ferido, mas para uma família, uma geração, quem sabe até uma nação no decorrer da história.
Devemos fazer como o samaritano. Todos nós temos o necessário para a nossa viagem, ou seja, para as despesas do dia-a-dia, mas, ao nos depararmos com algum necessitado, devemos dividir tudo o que temos, sem interesses pessoais ou sobre promessa de recompensa. Essa atitude caracteriza de fato a bondade no coração de um homem. O Espírito Santo nos ajuda a quebrar as barreiras afetivas e interesseiras, para que nossa ação seja rápida e eficiente, simples e direta.
Portanto, a bondade encurta o caminho entre o ajudador e o ajudado, levando a uma ação rápida e eficaz. Assim como Cristo é bom para conosco que nos fez herdeiros das mais ricas bênçãos espirituais sem levar em conta o que podemos fazer para retribuir, basta ao homem crer e será salvo, não requer de nós obras como pagamento do que Jesus fez por nós na cruz do calvário. Jesus disse, “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.” (Mateus 11:28). Isso é bondade, não importa a nossa condição, ele nos socorrerá! Aleluia!
A Benignidade de Jesus nos leva direto para a REMISSÃO, dá-nos o privilégio de Filhos de Deus, restaura a nossa comunhão com o Senhor. A Bondade por sua vez nos torna participantes das riquezas espirituais e celestiais. Assim como Deus usa a benignidade e a bondade conosco, devemos também usar a benignidade e a bondade com o nosso próximo, perdoar, reconciliar e dividir nossas riquezas (materiais e espirituais) com o próximo. Devemos reproduzir aquilo que recebemos da parte de Deus.
Bons estudos e boa aula!
Deus vos abençoe!
Pr. Ismael Oliveira fonte http://www.escola-dominical.com/