TRUMP VISITA A ISRAEL, ANUNCIANDO “PAZ E SEGURANÇA”, E NETANYAHU DIZ ACREDITAR EM PAZ "PELA 1ª VEZ NA VIDA"
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chegou nesta segunda-feira (22) a Israel, onde se encontrou com o chefe de Estado israelense, Reuven Rivlin, e o premiê, Benjamin Netanyahu.
Há uma grande expectativa que ele faça anúncios para um acordo de paz no Oriente Médio. “Estamos diante de uma oportunidade pouco comum para trazer segurança e estabilidade à região. Para criar harmonia, prosperidade e paz”, destacou Trump logo em sua chegada ao aeroporto de Ben Gurion. Ele permanecerá cerca de 28 horas no país, visitando Jerusalém e indo a Belém falar com a Autoridade Palestina.
No primeiro discurso, lembrou que o Estado judeu é “uma terra rica em história” e que “construiu uma das grandes civilizações do mundo, uma nação próspera”. Reforçou que ama o país e que sua visita tem como objetivo “reafirmar o laço inquebrantável entre EUA e o Estado de Israel”. Aproveitou para fazer uma referência ao Holocausto, assumindo um compromisso para que nunca se repita “o horror do último século”.
O bilionário tem judeus em sua família – a filha Ivanka de converter após casar com Jared Kushner – e reforçou sua esperança de que, “no futuro, os moradores da região viverão em paz”, e as crianças poderão “crescer livres do terrorismo e da violência”. “Amamos Israel, respeitamos Israel. Estamos com vocês”, encerrou.
Trump fez uma visita histórica ao Muro das Lamentações, local mais sagrado do judaísmo, onde colocou pedidos de oração entre as pedras, um gesto de reverência ao local que as Nações Unidas tentam retirar do controle de Israel, alegando ser um lugar santo do islamismo.
Mencionando sua visita à Arábia Saudita no domingo, Trump afirma que lá encontrou “novos motivos para a paz” e fez alianças para a luta “contra o terrorismo e a ideologia do mal” entre os líderes do mundo árabe e muçulmano.
Sem mudança de embaixada
O presidente Rivlin, deu boas-vindas calorosas ao chefe de Estado americano e lembrou que, daqui alguns dias, será o 50º aniversário da Guerra dos Seis Dias, na qual os israelenses festejam a “liberdade e reunificação” de Jerusalém. Contudo, o aguardado anúncio da mudança da embaixada de Tel Aviv para a capital Jerusalém não ocorreu, ainda que tenha sido prometido por Trump desde sua campanha.
Rivalin agradeceu a Trump o reconhecimento do “significado de Jerusalém para os judeus no mundo todo” e também lembrou que, em um único dia, o governante americano “visitará os três lugares sagrados para o Islã, o judaísmo e cristianismo” e indicou que os fiéis dessas três religiões monoteístas devem “trabalhar lado a lado para um futuro melhor”.
Por sua vez, Netanyahu agradeceu o que considerou “uma visita verdadeiramente histórica” e “um bom começo”, já que “nunca antes, a primeira viagem oficial de um presidente dos EUA incluiu uma visita a Israel”.
O premiê também agradeceu a amigo Trump pela oportunidade e deixou claro que “Construímos um estado judeu democrático, moderno e vibrante, que protege todas as fés”, acrescentando que “a mão de Israel está estendida para a paz a todos os vizinhos, inclusive os palestinos”.
“A paz que buscamos é genuína, na qual um estado judeu seja reconhecido e a segurança fique nas mãos de Israel e o conflito termine de uma vez por todas e para todos”, finalizou Netanayahu. Com informações das agências
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O presidente norte-americano, Donald Trump, fechou o seu primeiro dia em Israel ganhando elogios do premiê Benjamin Netanyahu, que creditou ao republicano a esperança de encerrar os conflitos que afligem o Oriente Médio. Ambos falaram à imprensa antes e depois de uma reunião no hotel King David, em Jerusalém.
Em seu discurso, Netanyahu sorriu e disse estar "absolutamente encantado" em receber o presidente norte-americano e a primeira-dama Melania. "Nos conhecemos há muito tempo e é ótimo vê-lo", disse o premiê, que também agradeceu Trump por seu "comprometimento profundo com a segurança de Israel" e elogiou a "mudança em relação à política do Irã" da nova gestão da Casa Branca, mais rígida contra os iranianos do que o governo de Barack Obama.
"Estou ansioso para, com você, alcançar paz em nossa região, porque você notou que perigos em comum estão transformando em aliados antigos inimigos", disse, em alusão a uma frase anterior de Trump dizendo que a Arábia Saudita e outros países muçulmanos, antes hostis à Israel, agora se aproximam do governo de Netanyahu por causa da oposição comum ao Irã.
"E é nisso que vemos algo novo e potencialmente promissor. Não será simples, mas pela primeira vez em minha vida, vejo uma esperança real por mudança", completou o premiê israelense.
"Quero que saiba que agradecemos sua decisão corajosa de agir contra o uso de armas químicas na Síria. Acredito que juntos possamos impedir a marcha agressiva do Irã nessa região e confrontar sua ambição de virar um país com armas nucleares", afirmou.
Inimigo em comum
Em sua primeira viagem ao exterior, Donald Trump tem colocado o governo do Irã --antagonista histórico de Israel, EUA e da Arábia Saudita, além de outros países muçulmanos sunitas-- como responsável pelos conflitos no Oriente Médio.
Trump iniciou a viagem na Arábia Saudita, aliado americano, onde discursou para líderes de países sunitas. Em Riad, Trump disse que o Irã "por décadas alimentou o fogo do conflito sectário e do terrorismo". "É um governo que fala abertamente de assassinatos em massa, prometendo a destruição de Israel, a morte dos Estados Unidos e a ruína de muitos líderes e nações presentes neste salão", afirmou Trump no domingo (21
Na ocasião, o presidente também culpou o governo do Irã por "tudo que está acontecendo na Síria". No conflito sírio, EUA, Arábia Saudita e outros países muçulmanos de maioria sunita combatem o regime xiita de Bashar al-Assad, que é apoiado por Irã e Rússia. No Iêmen, xiitas do Irã e sunitas da Arábia Saudita e outros países --com apoio dos Estados Unidos-- também estão em lados opostos.
Já em Jerusalém, Trump fez vários discursos contra o governo iraniano. Trump atacou o acordo nuclear negociado pela gestão Barack Obama, em conjunto com França, Alemanha e outras potências, apesar de seu governo ter mantido o pacto de 2015 na semana passada, impondo novas sanções. Trump é um crítico antigo do acordo, que também sempre foi atacado por Netanyahu.
"O Irã precisa ser grato aos EUA porque negociou um acordo fantástico com a administração prévia [governo Obama]. Algumas pessoas não entendem nem como ele foi pensado, é inacreditável. Eles têm que agradecer, porque senão estariam em apuros. Demos prosperidade a eles", afirmou Trump.
"Não importa onde a gente vá no Oriente Médio, vemos os sinais do Irã, seja arma ou dinheiro, na Síria, no Iêmen, no Iraque. Foi terrível para os Estados Unidos entrar naquele acordo."
Trump fechou o discurso antes da reunião com o Netanyahu dizendo que o "Irã nunca terá uma arma nuclear", e em seguida cumprimentou o premiê.
Segundo os termos do pacto de 2015, o governo de Obama aceitou aliviar as sanções contra o Irã em troca de rígidos controles de seu programa nuclear. O acordo prevê um controle internacional de caráter puramente civil e pacífico. Até mesmo os detratores do acordo - como os caciques republicanos conservadores, altos funcionários israelenses e países árabes - admitem que o Irã tem respeitado seus compromissos.
Irã rebate Trump
Hassan Rouhani, presidente reeleito do Irã, disse nesta segunda que Teerã irá continuar com seu programa de mísseis balísticos, segundo noticiou a televisão estatal, adotando um tom desafiador após as fortes críticas de Trump.
"A nação iraniana decidiu ser poderosa. Nossos mísseis são para a paz e para a defesa... as autoridades americanas deveriam saber que, quando precisarmos testar um míssil tecnicamente, nós o faremos e não iremos esperar sua permissão", disse Rouhani em uma coletiva de imprensa transmitida ao vivo pela TV estatal.
Por Jarbas Aragão - Gospel Prime
Por https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2017/05/22/com-trump-netanyahu-diz-acreditar-em-paz-no-oriente-medio-pela-1-vez-na-vida.htm?cmpid=fb-uolnot-dir
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